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Aula 4 Morte encefálica

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MORTE ENCEFÁLICA
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
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SISTEMA NERVOSO CENTRAL
O cérebro controla todas as nossas funções corporais, mas há três coisas que ele não pode fazer: 
não pode sentir dor dentro dele mesmo; 
não pode armazenar oxigênio; 
o cérebro não pode armazenar glicose
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MORTE CEREBRAL OU MORTE ENCEFÁLICA
A morte encefálica acontece quando o cérebro é submetido à dor, falta de oxigênio e de glicose
 
Coma vs. Morte Encefálica
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A morte encefálica deverá ser conseqüência de processo irreversível e de causa conhecida
(CFM, Res. 1.480/97 , art. 3º)
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MORTE CEREBRAL OU MORTE ENCEFÁLICA
Critérios (Harvard Medical School, 1968)
1) Ausência de resposta ao mais intenso estímulo doloroso.
2) Ausência de movimentos ou respiração espontânea, definida como ausência de esforço para respirar por três minutos fora do respirador, com a tensão de CO2 normal e respiração de ar ambiente por 10 minutos antes do teste.
3) arreflexias
4) EEG isoelétrico
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MORTE ENCEFÁLICA
Cuidados na confirmação
Repetição dos testes após determinado intervalo de tempo para determinação da irreversibilidade do dano cerebral.
Exclusão de condições potencialmente reversíveis (Hipotermia (t<32,2o C); depressores do SNC, ex: barbituratos).
Dois médicos para determinar a morte.
Médicos de equipes de transplante não devem ser responsáveis pelo diagnóstico.
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MORTE ENCEFÁLICA
Cuidados na confirmação
Art. 6º. Os exames complementares a serem observados para constatação de morte encefálica deverão demonstrar de forma inequívoca:
ausência de atividade elétrica cerebral ou, 
ausência de atividade metabólica cerebral ou, 
ausência de perfusão sangüínea cerebral.
Art. 9º. Constatada e documentada a morte encefálica deve-se comunicar tal fato aos responsáveis legais do paciente e à Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos.
(CFM, Res. 1.480/97)
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COMA VS. MORTE ENCEFÁLICA
o paciente não responde a comandos verbais, visuais ou de outro tipo; 
o paciente está flácido e sem reflexos nos membros 
as pupilas não reagem (estão fixas)
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COMA VS. MORTE ENCEFÁLICA
o paciente não apresenta reflexo oculocefálico – reflexo de olhos de boneca
o paciente não apresenta reflexos na córnea
o paciente não apresenta respostas, intencionais nem posturais à estimulação supra-orbitária 
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COMA VS. MORTE ENCEFÁLICA
o paciente não apresenta reflexo oculovestibular
o paciente não apresenta reflexo de engasgar 
o paciente não tem respiração espontânea 
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COMA VS. MORTE ENCEFÁLICA
EEG  atividade elétrica encefálica
Outro exame para a confirmação de morte encefálica é o exame químico: administra-se 1 mg de atropina IV. Em um paciente com cérebro vivo, a atropina aumentará a freqüência cardíaca. No paciente com morte encefálica, a atropina não aumentará a freqüência cardíaca. 
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DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
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CENTRAL DE NOTIFICAÇÃO, CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÓRGÃOS
Três maiores processos envolvidos no transplante de órgãos: o sistema de distribuição de órgãos, a cirurgia propriamente dita e a recuperação pós-cirúrgica. 
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CENTRAL DE NOTIFICAÇÃO, CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÓRGÃOS
Para ser incluído na lista de espera nacional, o paciente precisa primeiro encontrar uma equipe de transplante: grupo de cirurgiões, enfermeiras e outros profissionais de saúde de um hospital. 
Avalia o paciente para decidir se é um bom candidato para o transplante – condição física, o comportamento do candidato, seu estado psicológico e o histórico de uso de drogas, entre outros fatores. 
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CENTRAL DE NOTIFICAÇÃO, CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÓRGÃOS
A triagem, a lista e a compatibilidade Os transplantes são uma opção quando um órgão não está funcionando devidamente. 
A doação pode ser de doador vivo compatível ou doador morto. Geralmente, os doadores ideais são pessoas com morte encefálica, mas mantidos vivos com a ajuda de aparelhos.
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Como na maioria das cirurgias, a recuperação após um transplante envolve medicação adicional e visitas ao hospital para ter certeza de que as incisões cicatrizaram corretamente. Muitos receptores transplantados precisam continuar o tratamento médico pelo resto da vida. Isso acontece por causa da reação do sistema imunológico ao novo órgão.
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Um órgão transplantado é feito inteiramente de células estranhas. Isso quer dizer que o corpo o atacará. Mesmo com uma compatibilidade grande, o corpo verá as novas células como corpos estranhos e rejeitará o órgão (destruindo-o célula por célula). Somente os tecidos de um gêmeo idêntico seriam totalmente aceitos. 
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EXISTEM 3 TIPOS DE REJEIÇÃO:
rejeição hiperaguda: ocorre assim que o órgão doado está no corpo. Isso só ocorre se já existirem anticorpos na corrente sangüínea do receptor para reagir ao novo órgão. Se isso acontecesse, o receptor morreria na mesa de cirurgia; 
rejeição aguda: acontece pelo menos alguns dias após o transplante, depois de o corpo ter tido tempo para reconhecer o corpo estranho, reação normal a um corpo estranho; 
rejeição crônica: é uma rejeição muito gradual, que dura meses ou anos. Ela pode ser tão sutil que o paciente não sente seus efeitos por algum tempo. 
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Quando o outro vai embora é que a gente descobre o tamanho do espaço que ele ocupava
- No reflexo oculocefálico a cabeça do paciente é movimentada pelo examinador nas posições horizontal e vertical, observando a resposta dos movimentos oculares. A resposta normal é o desvio conjugado dos olhos para o lado contralateral ao movimento da cabeça. Na morte encefálica há ausência completa de movimentos oculares, com os olhos permanecendo imóveis durante os movimentos da cabeça, independente do lado em que é movimentada. 
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- No reflexo oculovestibular deve-se infundir 40 a 50 ml de água gelada no conduto auditivo do paciente, após a realização de uma otoscopia para verificar a integridade da membrana timpânica. A resposta normal em pacientes conscientes é a indução de nistagmo na direção contralateral ao ouvido testado. Em paciente em coma por causa metabólica há desvio conjugado dos olhos na direção da infusão após 1 ou 2 minutos. Na morte encefálica há ausência total de movimentos oculares. 
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