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MOBILIZAÇÃO NEURAL A Mobilização Neural visa minimizar ou anular a dor causada por uma disfunção em um nervo periférico. É comum na apresentação clínica da disfunção de nervos periféricos a dor em Membros Superiores e Inferiores. Essa dor pode ser descrita de diferentes formas: parestesia (formigamento, queimação, dormência), choque, diminuição de sensibilidade, sendo descrita sempre no trajeto do nervo periférico envolvido. Segundo Butler o estudo do movimento do Sistema Nervoso (SN) não é diferente do movimento nos músculos e articulações. O SN é construído primariamente para condução de impulsos. A função de condução de impulsos é suportada por uma anatomia que permite a condução enquanto acomoda os movimentos do corpo. O conceito de Trato tecidual contínuo Se o SN fosse considerado como um órgão ao invés de uma estrutura multissegmentada, isto levaria a um melhor entendimento do sistema e da consequência patomecânicas e patofisiológicas de se alterar sua mecânica. Uma das maiores implicações de vê-lo como um órgão é que, se houver alguma alteração em alguma parte do sistema, isto terá repercussões em todo o sistema. O sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico precisam ser considerados como sendo um só, uma vez que eles formam um trato tecidual contínuo. Para a maioria das funções, qualquer divisão em componentes periféricos e centrais pode ser somente artificial. O sistema está em continuidade de 3 maneiras: Os tecidos conjuntivos são contínuos, embora em diferentes formatos, como o epineuro e a dura mater. Um simples axônio pode estar associado com um grande número destes tecidos conjuntivos. Os neurônios se encontram interconectados eletricamente de forma que, por exemplo, um impulso gerado no pé pode ser recebido pelo cérebro. O sistema nervoso pode ser considerado como contínuo quimicamente. Os mesmos neurotransmissores existem na periferia e em nível central e há um fluxo de citoplasma no interior dos axônios. Mobilidade do sistema nervoso O sistema nervoso se adapta aos movimentos do corpo por meio de movimentos relativos às estruturas que o envolve. Como é um tecido contínuo, movimentos em uma parte são transmitidos para outros locais, através de tensões. Adaptabilidade do sistema nervoso Seres humanos são capazes de movimentos amplamente especializados com o sistema nervoso alongado ou relaxado, estático ou em movimento. O sistema nervoso possui propriedades elásticas e pode encurtar-se ou alongar-se em resposta a movimentos corporais. OBS.: As lesões no SNC e no SNP podem ser por compressão das estruturadas ou por estiramento, podendo gerar alterações fisiológicas Tratamento As técnicas de mobilização neural visam colocar o neuroeixo em tensão e alonga-lo por meio de mobilizações específicas. O tratamento consiste na aplicação de movimentos oscilatórios e/ou brevemente mantidos ao tecido neural para restaurar o movimento e a elasticidade do sistema nervoso, promovendo o retorno de suas funções normais. Técnicas: Deslizamento e Tensionamento INDICAÇÕES A mobilização neural se aplica a todas as condições que apresentam alteração da mecânica do sistema nervoso: Neuropatias compressivas dos membros superiores e inferiores (síndrome do túnel do carpo, radiculopatias, compressões do nervo isquiático). Dores crônicas. Quando existem sintomas na coluna vertebral, e parestesia e dor nos trajetos dos nervos periféricos. CONTRA-INDICAÇÕES Tumor. Hérnia discal. Quadros inflamatórios e/ou infecciosos Teste neural / Teste neurodinâmico Teste Nervo Mediano Teste SLR Slump Test
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