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AULA 2 PT JOANA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _VARA CIVIL DA COMARCA DE ITABUNA/BA
Joana, brasileira, solteira, técnico em contabilidade, portadora da carteira de identidade nº000000000 expedida pelo SSP/RS, inscrita no CPF/MF sob o nº0000000000, joana@hotmail.com, residente e domiciliada na Rua Celina Machado, 320, por seu advogado, com endereço profissional de Itabuna/BA, para fins do artigo 77, inc. V, do CPC, vem a este juízo, propor. 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO,
Pelo procedimento comum, em face de JOAQUIM AFONSO PEREIRA, brasileiro, solteiro, auxiliar administrativo, portador da carteira de identidade nº1111111111, expedida pelo SSP/RS, inscrito no CPF/MF sob o nº11111111111, Joaquim@live.com, residente e domiciliada na Rua Padre Réus, 2211 Casa um, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
 DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO OU PELA NÃO
REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO.
Requer a autora a intimação da parte ré para fins de realização da audiência de conciliação.
GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Requer a autora seja deferido o beneficio da assistência jurídica gratuita, em razão de sua hipossuficiência demonstrada com os documentos anexos, haja vista a impossibilidade desta de arcar com as custa e demais despesas processuais sem que comprometa sua subsistência.
DOS FATOS 
Na tarde do dia 20/12/2016, a Autora recebeu a noticia de que seu filho, Marcos, de 18 anos de idade, foi preso de modo ilegal e encaminhado equivocadamente ao presídio Regional de Jequié. No mesmo dia do fato, Joana procurou um advogado criminalista para atuar no caso, entretanto o advogado cobrou R$ 20.000,00 de honorários.
 Ao chegar em casa a autora comentou com o seu vizinho Joaquim que não tinha o dinheiro para arcar com o que o advogado havia cobrado e que estava muito desesperada, pois não teria condições de adquirir essa quantia em tão pouco tempo.
O Réu vendo o desespero e a necessidade da Autora em obter o dinheiro para contratar um advogado, aproveitou a oportunidade para obter uma vantagem patrimonial, propondo a Autora comprar seu carro pelo valor de R$ 20.000,00, sendo que o referido carro tem o valor de mercado avaliado em R$ 50.000,00. 
Diante da situação que se encontrava, a autora decidiu celebrar o negocio jurídico assim mesmo, visto que não havia outra maneira de obter o dinheiro de imediato. 
No dia seguinte à realização do negocio jurídico e antes de se dirigir ao escritório do advogado que ela iria contratar, a Autora descobriu que a avó paterna de seu filho havia contratado outro advogado criminalista para atuar no caso e que já havia conseguido a liberdade provisória de seu filho através de um Habeas Corpus.
Diante destes novos fatos a Autora procurou o Réu para desfazer o negocio jurídico celebrado, o que foi prontamente recusado pelo mesmo.
 
DOS FUNDAMENTOS 
O direito da autora encontra amparado inicialmente no art.156 da lei 10.406/2002, Código Civil vigente.
“Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta”.
"Lesão é, assim, o prejuízo resultante da enorme desproporção existente entre as prestações de um contrato, no momento de sua celebração, determinada pela premente necessidade ou inexperiência de uma das partes".
Direito Civil. NEGÓCIO JURÍDICO. Alegação de estado de perigo, nulidade por inobservância do direito de preferência previsto no ART. 1.794 do Código Civil e simulação. Decadência. Possibilidade. Precedente do STJ. NEGÓCIOS JURÍDICOS CELEBRADOS SOB PREMENTE NECESSIDADE (Obtenção de recurso com a finalidade de custear tratamento contra o câncer). PRESTAÇÃO MANIFESTAMENTE DESPROPORCIONAL AO VALOR DA PRESTAÇÃO OPOSTA (PREÇO MUITO ABAIXO DO VALOR DO MERCADO) (TJ-PI - AC: 00010283420068180028 PI 200900010045990, Relator: Des. Francisco Antônio Paes Landim Filho, Data de Julgamento: 13/04/2016, 3ª Câmara Especializada Cível, Data de Publicação: 03/05/2016, 03/05/2016).
Súmula 375 - 
O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
Seja deferida a assistência jurídica gratuita. 
 Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para seu comparecimento;
Citação do réu
Que seja julgado procedente o pedido para anular o negócio jurídico 
Celebrado entre o réu e a autora.
Condenação do réu aos ônus da sucumbência.
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos. 
369 e seguintes do CPC, em especial documental e depoimento pessoal do réu.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$. 20.000,00 (vinte mil reais)
Pede deferimento.
Local, ITABUNA 30 de dezembro de 2016.
DARLISE DE DORNELES VIEIRA
OAB /RS 33.202

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