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TraduçãoTradução “Decifrando o alfabeto molecular” Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas Disciplina- Biologia Molecular e Celular Curso- Enfermagem – 1º semestre Profª Msc. Nathália Lima 27/10/2017 Dogma central da Biologia Molecular Tradução • Síntese de polipeptídeos, usando como molde moléculas de mRNA e acopladores (tRNA); • Maquinaria necessária – Ribossomos, tRNA, mRNA ; ~ 300 moléculas envolvidas; • Processo rápido: ~20 resíduos/seg;• Processo rápido: ~20 resíduos/seg; • Erro: 1 a cada 10.000 aa adicionados; • Etapas: iniciação, alongamento e término; • Local: citoplasma celular; • A chave da tradução reside no código genético composto por múltiplas combinações de três nucleotídeos consecutivos no RNAm, os quais se relacionam especificamente com os 20 tipos de aa usados na síntese de proteínas. Síntese e Processamento de Proteínas Transcrito primário Transcrição Processamento pós-transcricional Processamento pós-traducional mRNA maduro Proteína (inativa) Tradução Dobramento Modificações covalentes nos aminoácidos Proteína ativa Fluxo da Informação Genética Código genético 3 bases nitrogenadas 1 amino ácido Código Genético • “Dicionário molecular ” → Correspondência da sequência de nucleotídeos levando à sequência de aminoácidos; Códon → 3 bases nucleotídicas no mRNA que codificam• Códon → 3 bases nucleotídicas no mRNA que codificam cada aminoácido (“palavra”); • Códon: – mRNA → A, G, C e U; – “Escrita” da direção 5’ para 3’; – 64 combinações diferentes de bases; 1 códon 3 nucleotídeos no RNAm Código Genético 1 códon 3 nucleotídeos no RNAm 7 códons 21 nucleotídeos Revisando o Código Genético 61 dos 64 códons possíveis codificam os 20 aminoácidos padrão20 aminoácidos padrão Códons de terminação ou de parada ou sem sentido; não codificam aa. UAG / UGA / UAAUAG / UGA / UAA Código Genético • Características: – Especificidade – um determinado códon sempre codifica o mesmo AA; – Universalidade – é conservado em quase todas as espécies; Degeneração do código quase todas as espécies; – Redundância ou Degeneração – um AA pode ter mais de 1 trinca que o codifica; – Contínuo – sempre lido de 3 em 3 bases. Degeneração do Código Genético Degeneração do Código Genético Outras sequências de mRNA podem especificar a mesma sequência de aminoácidos Código genético • Códon de iniciação- AUG (Raro- GUG, UUG) • Códon de terminação- UAA, UAG, UGA O códon de iniciação é a trinca AUG • O primeiro códon a ser traduzido no RNAm é sempre uma trinca AUG, cujas informações codificam o aminoácido metiona; • Como consequência, este códon cumpre duas funções: assinala o lugar do começo da tradução;assinala o lugar do começo da tradução; • O códon de iniciação não apenas especifica o primeiro aminoácido das proteínas, como também determina o “encaixe” das sucessivas trincas e, portanto, a síntese correta das proteínas; • Aminoácidos: → AAs essenciais; • tRNAs ou moléculas adaptadoras: – Possuem dois domínios: um que se liga especificamente a um dos 20 aminoácidos e, do outro, um que se liga também especificamente ao códon adequado; Componentes da Tradução também especificamente ao códon adequado; – Segundo domínio – Anticódon: consiste em uma combinação de três nucleotídeos, que é complementar à do códon que codifica os aminoácidos (o códon específico do RNAm;) – As células humanas possuem apenas 31, e o déficit é solucionado pela capacidade que têm vários RNAt de reconhecer mais de um códon; Componentes da Tradução • A primeira base dos anticódons, em geral, são adaptáveis, o que lhes permitem estabelecerem uniões não habituais com bases complementares situadas na terceira posição do códon; • Assim, a G na primeira posição de um anticódon pode ser pareada tanto com C (habitual), como com uma U do códon; • • Inversamente, a U na primeira posição de um anticódon pode fazê-lo com uma A (habitual) ou uma G. RNA Transportador Pareamento códon-anticódon • Pareamento de bases Watson-Crick nas duas primeiras bases do códon – 3’-5’ to 5’-3’ (pareamento anti-paralelo) Pareamento Não - Habitual 1 anticódon pode reconhecer mais de um códon • Aminoacil-RNAt sintetase: – Família de enzimas que ligam os aa aos seus RNAt → ↑ especificidade que aumenta a fidelidade da tradução da mensagem genética; Componentes da Tradução mensagem genética; • mRNA (molde); • rRNA e Ribossomos: – Ribossomos: grandes complexos de RNAr e proteínas compostos por duas subunidades Componentes da Tradução – São as estruturas responsáveis pela síntese protéica (local da síntese). Livres ou no RER. – Ribossomo de eucariotos: subunidades 60S + 40S – Em procariotos: subunidades 50S + 30S; – rRNA: responsáveis pela estabilização do complexo de iniciação e dos demais participantes da tradução Componentes da Tradução Ribossomos: • Sítio P: neste sítio, o códon de iniciação é posicionado para seu pareamento com o anticódon do RNAt que transposta metionina – primeiro aa da tradução. • Sítio A: neste sítio, o códon adjacente é posicionado para seu pareamento com o anticódon do RNAt que transposta o próximo aa da cadeia polipeptídica. • Sítio E: depois de ser traduzido, o códon é posicionado no sítio E (ou sítio de saída) para seu desligamento com o RNAt, agora descarregado. • Fatores protéicos: • ATP e GTP. Etapas da síntese de proteínas 1. Ativação do aminoácido; 2. Iniciação; 3. Elongação; 4. Terminação; 5. Dobramento/processamento pós-tradução. • Ativação dos AAs: – Ligação dos AAs aos seus RNAt ocorre no citosol pelas aminoacil-RNAt sintetases. – Duas ligações. de alta energia. Ativação do aminoácido EtapaEtapa 11 – Duas ligações. de alta energia. Aminoacilação do RNAt Requer: • 20 aas • 20 aminoacil-tRNA sintetases •Energia – ATP • RNAt Duas etapas: ATP + aa aminoacil-AMP + 2 Ppi Essa energia é então utilizada pela enzima para transferir o aa do Aminoacil tRNA sintetase Com a energia da hidrólise do ATP, um aa se liga ao AMP, com o qual forma um aminoacil - AMP Essa energia é então utilizada pela enzima para transferir o aa do aminoacil-AMP para a A (AUG) do braço aceptor do tRNA compatível, que reconhece o códon complementar no mRNA Aminoacil-AMP + tRNA aminoacil-tRNA + AMPAminoacil tRNA sintetase • Iniciação: – O RNAm liga-se a subunidade menor ribossômica e ao aminoacil-RNAt de iniciação; – Esta etapa é regulada por proteínas citosólicas Etapas da Síntese Protéica Etapa 2Etapa 2 – Esta etapa é regulada por proteínas citosólicas denominadas fatores de iniciação (IF) e acontece em dois eventos; – 1) O CAP do mRNA é reconhecido pelo ribossomo (polirribossomo); O IF-4 liga-se ao mRNA consumindo energia (ATP) – 2) O metionil-RNAt(i)Met entra no sítio P da subunidade menor do ribossomo, com o auxílio do IF-2 (GTP) Etapas da Síntese Protéica •• EtapaEtapa 22 • Iniciação: • Outro fator de iniciação (IF-3), com o auxílio do IF-4 coloca a extremidade 5’ do mRNA sobre uma das faces da subunidade menor do ribossomo (Sítios P e A);subunidade menor do ribossomo (Sítios P e A); • Imediatamente, a subunidade menor desliza sobre o mRNA e detecta o códon de iniciação (AUG), que se coloca no sitio P – através do anticódon; • Logo, o próximo códon do mRNA se coloca no sítio A; • A etapa de iniciação termina quando a subunidade menor se combina com a subunidade maior, formando o ribossomo – Desligamento do IF-2 e IF-3 mediado pelo IF-5 AA2 Etapas da Síntese Protéica Etapa 3Etapa 3 • Alongamento Requer: – Complexo de iniciação – Aminoacil-tRNAAA especificados pelos códons– Aminoacil-tRNAAAespecificados pelos códons – Fatores de alongamento – Peptidiltransferase – GTP • A etapa de alongamento começa quando se aproxima do sítio A do ribossomo, outro aminoacil-tRNAAA, compatível com o segundo códon do RNAm, com o qual se une; • A reação é mediada por um fator de alongamento –EF-1 consumindo energia (GTP) H H -OOC – C – N - COH R N-terminal 5´ H -OOC – C - NH2 R A U G U U U C U U G A C C C C U G A G G C G U U Ribossomo RNA mensageiro 5´ 3´ U A C Etapas da Síntese Protéica • Quando ambos aminoacil-RNAtAA ficam próximos, o aa situado no sítio P, no momento que se desacopla do metil-RNA(i) se liga mediante uma ligação peptídica ao aminoácido situado no sítio A; • Forma-se um dipepidil-RNAt, que permanece no• Forma-se um dipepidil-RNAt, que permanece no sítio A; • Fora do ribossoma encontra-se o terceiro códon do RNAm, ao qual se ligará o correspondente aminoacil-RNAtAA; • Esta ligação é mediada por um fator de alongamento; • Formação da ligação peptídica A U G U U U C U U G A C C C C U G A G G C G U U U A C • O deslizamento do mRNA em direção a sua extremidade 5`, através do fator de alongamento EF2 - TRANSLOCAÇÃO. • faz com que o códon de iniciação seja desalojado do sítio P e, por conseguinte, do ribossomo; Etapas da Síntese Protéica e, por conseguinte, do ribossomo; • O segundo códon se muda do sítio A para o P e o terceiro códon ingressa no síto A que estava vago; • O deslizamento dos códons desloca também os respectivos RNAt, fazendo com que o RNA(i) saia do ribossoma, o dipeptidil-RNAt passa ao sítio P e o terceiro aminoacil- RNAtAA se acomoda no sítio A; Etapas da Síntese Protéica • O passo seguinte compreende a formação de um tripeptidil-RNAt, que permanece no sítio P até a proxima translocação do RNAm; • Os processos se repetem, consecutivamente, códon• Os processos se repetem, consecutivamente, códon após códon e, no quarto passo, é formado um tetrapeptidil-RNAt e depois, peptidil-RNAt cada vez mais longos, que se translocam do sítio P ao A conforme ocorrem as ligações peptídicas. H -OOC – C - NH2 R • Translocação • Requer GTP A U G U U U C U U G A C C C C U G A G G C G U U H O H H H H -OOC – C – N – C – C – N – C- C –N -COH R H R O R - -- A U G U U U C U U G A C C C C U G A G G C C A G •• EtapaEtapa 44 • Terminação: – Ocorre quando 1 dos 3 códons (UAA, UAG, UGA) de terminação é “colocado” no sítio A; Etapas da Síntese Protéica terminação é “colocado” no sítio A; – Fator de terminação – eRF-1 liga-se ao stop codon; – Devido a ausência de um novo aminoacil-RNAtAA, o polipeptídeo (localizado no sitio P), se desliga do ultimo tRNA e se desprende do RNAm e do Ribossomo; – O desprendimento requer outro fator de terminação eRF-3 e energia (GTP) Etapas da Síntese Protéica •• EtapaEtapa 55 •• Processamento • Após a tradução, algumas proteínas, antes de assumirem a sua conformação nativa, têm a suaassumirem a sua conformação nativa, têm a sua estrutura primária alterada por modificações pós- traducionais; • Influencia a estrutura e função de proteínas; Dobramento (Folding); Clivagem proteolítica (incluindo amino-terminal); Modificações covalentes nos aminoácidos; Degradação. 20 aminoácidos diferentes Modificações covalentes nos aminoácidos (modificações pós-traducionais): Ex: Metilação Acetilação Hidroxilação ~200 aminoácidos diferentes (modificados covalentemente) Glicosilação Fosforilação Grupos prostéticos Acilação Fosforilação Carboxilação Metilação Etapas da Síntese Protéica Glicosilação Os carboidratos são ligados aos resíduos de aminoácidos através de ligações N- ou O- glicosídicas As proteínas assumem a sua conformação nativa com o auxílio das chaperonas ou proteínas do estresse ou proteínas do choque térmico (heat shock proteins). Etapas da Síntese Protéica Ajudam as proteínas a se moldar, associar a outras proteínas de maneira estável e tornarem-se estruturas ativas, evitando a associação de proteínas Conformação Desnaturada Conformação Nativa estável e tornarem-se estruturas ativas, evitando a associação de proteínas ainda não dobradas corretamente Peptídeo sinal direciona proteínas secretadas e/ou glicosiladas para o retículo endoplasmático (ER)
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