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TRADUÇÃO E SÍNTESE PROTEICA COMPONENTES DA SÍNTESE PROTEICA - ribossomos - mRNA - tRNA - rRNA - proteínas (ribossomais e não ribossomais) - aminoácidos - cofatores (para as enzimas) RIBOSSOMOS - 20-30 nm de diâmetro - observados em microscopia eletrônica de varredura - E. coli - 20.000 ribossomos (25% peso seco) - céls mamíferos em proliferação (alta síntese proteica, de divisão celular) - 10 milhões ribossomos - constituídos por moléculas de RNAr e proteínas - formado por duas subunidades: maior e menor - a menor se liga ao RNAm e ao RNAt durante a síntese de proteínas → 4 sítios de ligação - 1 para o RNAm e 3 para o RNAt - a maior catalisa a ligação peptídica entre os aminoácidos durante a síntese de proteínas (conforme os AA vão sendo inseridos, vai acontecendo a ligação entre eles na subunidade maior) - células eucarióticas - 1 ribossomo adiciona 2 AA/segundo - células procarióticas - 20 AA/segundo POLIRRIBOSSOMOS OU POLISSOMOS (RNAm + vários ribossomos) polissomos podem estar: → livres no citoplasma: proteínas destinadas à célula (ex. células cancerosas, células embrionárias e reticulócitos) → aderidos à membrana: proteínas a serem secretadas (ex. gl. mamária em lactação) ou de composição de membranas pq logo o produto (leite) vai ser secretado membrana do REG também - vários ribossomos lendo o mesmo RNAm ao mesmo tempo (células que têm alta demanda de síntese proteica) - cadeias polipeptídicas iguais RNAm - transcrito complementar a uma das fitas do DNA (fita molde) - especifica a sequência de aminoácidos (AA) - sentido de leitura: 5’ -> 3’ - 1 códon = 3 nucleotídeos (bases - 4 possíveis: ATCG) - 4x4x4 = 54 combinações possíveis de códon (20 AA) RNAt - transporta os AA correspondentes ao anticódon - formado por aproximadamente 80 nucleotídeos dobrados sobre si mesmo (forma de trevo) - produzido no núcleo e migra para o citoplasma - adaptador entre AA e RNAm (aminoacil tRNA transferase - enzima que ativa e incorpora AA na região de ligação com o RNAt) - captura AA e os transporta até o RNAm no ribossomo - bactérias - aproximadamente 31 RNAt - anticódon obs. há genes para a formação do RNAt - diferente do RNAm, o RNAt já é funcional, ou seja, uma vez transcrito já está pronto para exercer sua função PAREAMENTO DE BASE EM PÊNDULO (OSCILANTE) ENTRE CÓDON (RNAm) E ANTICÓDON (RNAt) - região oscilante: 3ª base nitrogenada do códon (ela possui uma certa “tolerância” em relação à complementariedade de bases) ex. base pendular do códon: U; possíveis bases no anticódon: A, G ou I obs. I - iosina: modificação da própria adenina - isso faz com que ocorra uma variabilidade positiva para o tempo de síntese da cadeia polipeptídica → aumento da eficiência da síntese proteica → possibilita que diferentes RNAt possam atuar trazendo o AA de interesse proveniente da informação do códon - isso possibilita um número maior de códons (64) em relação à quantidade de AA (20) - diferentes códons para um mesmo AA CÓDIGO GENÉTICO - como a sequência de DNA dita a sequência de proteína? - 64 códons possíveis: 3 stop códons (término de tradução), 61 codificam AA (desses, 1 também inicia síntese - AUG: metionina) para 20 AA → existem mutações que trocam a 3ª base de um códon para um stop códon ex. o 3 AA de uma cadeia polipeptídica é UAU, se trocar por UAA, vira um stop códon e todo o restante da cadeia não vai ser traduzido * CARACTERÍSTICAS: linear: bases ribonucleotídeos do RNAm - letras triplo: códon (3 nucleotídeos) - 1 aminoácido não ambíguo: cada trinca de nucleotídeo especifica apenas um AA (um AA pode ser codificado por diferentes códons, mas 1 códon codifica apenas 1 AA) degenerado: um AA pode ser especificado por +1 trinca sinais de iniciação e terminação sem interrupções (por isso acontece o splicing antes) não sobreposto (não tem como uma base ficar em cima da outra) universal (para todas as espécies) ETAPAS DA SÍNTESE PROTEICA ativação dos aminoácidos -> iniciação -> elongação -> terminação -> processamento pós-tradução ATIVAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS (como eles são incorporados nos RNAt) - para cada AA há 1 enzima (aminoacil-tRNA sintetase) específica que vai transferir esse AA para o RNAt - participação da aminoacil-tRNA sintetases (ativação dos AA e ligação ao seu RNAt) - AA é primeiramente ativado, reagindo com o ATP - AA é transferido para CCA 3’ terminal do tRNA e AMP é liberado - a aminoacil tRNA sintase é específica para o aminoácido e para o RNAt - em caso de erro de reconhecimento, o complexo aminoácido-AMP é hidrolisado antes da formação do aminoacil-tRNA - reconhecimento do RNAt pela aminoacil-sintetase SINAIS PARA O INÍCIO DA TRADUÇÃO PROCARIOTOS sequência Shine-Delgarno (sequências específicas que se pareiam com o RNAr do ribossomo) precede o códon de iniciação → alguns antibióticos tentam inibir esse processo (sem tradução - sem síntese proteica - morte da bactéria) pareamento de bases: alinha o RNAm no ribossomo EUCARIOTOS RNAm ligado à subunidade ribossomal 40S pelo cap 5’ (este se liga à subunidade ribossomal, além de sinalizar que a tradução pode ocorrer pq o RNAm está ok) INICIAÇÃO BACTÉRIAS - fatores de iniciação ligam-se à subunidade ribossomal menor - ligação do RNAm e do RNAt formilmetionina (AA iniciador) - fator IF-2 ligado à GTP reconhece o complexo - subunidade maior liga-se ao complexo (ribossomal) EUCARIOTOS - fatores de iniciação (proteínas) ligam-se à subunidade ribossomal menor - RNAm é conduzido ao ribossomo por fatores - ribossomo percorre o RNAm para encontrar o códon de iniciação - deslocamento requer energia - códon de iniciação encontrado: → liberação dos fatores → subunidade ribossomal maior é unida ALONGAMENTO - semelhante em procariotos e eucariotos RIBOSSOMO (EPA) sítio A → aminoacil sítio P → peptidil sítio E → saída - RNAt formilmetionina iniciador está ligado no sítio P - fator de alongamento que acompanha RNAt: → EF (elongation factor)-Tu → procariotos → EF-1a → eucariotos - ligação do próximo 2º RNAt aminoacil ao sítio A - formação da ligação peptídica (peptidil transferase) no sítio P - ribossomo move-se - RNAt translocado para o sítio P - RNAt descarregado move-se para o sítio E TERMINAÇÃO - códons de terminação: UAA, UAG, UGA → entra no sítio A → ao invés de chegar um RNAt com um AA, chegam fatores de liberação - reconhecimento por fatores de liberação → procariotos: RF-1 → UAA ou UAG RF-2 → UAA ou UGA → eucariotos: eRF-1 → UAA, UAG, UGA → ambos: RF-3 eRF-3 - hidrólise (peptil transferase - que antes fazia a ligação entre os AA - agora adiciona H2O na ligação carboxila da cadeia polipeptídica) → rompe a ligação entre o RNAt e a cadeia polipeptídica - tRNA → sítio E - liberação: cadeia polipeptídica e RNAt - dissociação dos ribossomos - podem ser utilizados para a leitura de outros RNAm
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