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0 UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP POLO CAMPINAS SP – UNIDADE 1 CURSO DE SERVIÇO SOCIAL DISCIPLINAS NORTEADORAS: FUNDAMENTOS DAS POLÍTICAS SOCIAIS; PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL II; DIREITOS HUMANOS; ÉTICA PROFISSIONAL; FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III TUTORA: MARILENA JORDÃO CAMPINAS, 07 DE NOVEMBRO DE 2017 CAMPINAS, SP 1 NOVEMBRO / 2017 DISCIPLINAS NORTEADORAS: FUNDAMENTOS DAS POLÍTICAS SOCIAIS; PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL II; DIREITOS HUMANOS; ÉTICA PROFISSIONAL; FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III DESAFIO PROFISSIONAL Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social do Centro de Educação a Distância - CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, como requisito parcial para obtenção de nota nas disciplinas: Fundamentos das Políticas Sociais; Psicologia e Serviço Social II; Direitos humanos, Ética e Serviço Social III. Tutora EaD: Marilena Jordão CAMPINAS, SP NOVEMBRO / 2017 2 SUMÁRIO 1. Introdução 2. As políticas sociais no contexto brasileiro a partir de 1930 3. Conflitos e precarização no mundo do trabalho 4. As principais conquistas sociais e o atual contexto das políticas sociais (2015-2017) 5. Considerações finais 3 CONQUISTAS SOCIAIS OBTIDAS A PARTIR DA DÉCADA DE 1930 E O ATUAL CENÁRIO DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS RESUMO Após a crise de 1929, o Estado que antes quase não intervia nas questões do capitalismo, por achar que cada indivíduo era responsável pelo seu sustento, passou a intervir após a crise da quebra da bolsa de valores de Nova Iorque. Até reerguer os países nesse período entra também a profissionalização dos Assistentes Sociais para ajudar nas questões da classe dominante e proletariado. Mas nessa época os Assistentes Sociais interviam mais pelo lado da burguesia. Com o movimento trabalhista, o Estado assegura um acordo nas relações das classes sociais até para amortecer a crise. Já no Brasil, as políticas sociais publicas nunca foram bem executadas, com isso há uma grande desigualdade, na qual o assistente social tenta lutar contra essa desigualdade. Já do lado do proletariado, houve a necessidade dessa mudança. Hoje com o aumento do desemprego o Brasil está regredindo, a infração está em alta e com isso diminuindo verba nas áreas sociais, apesar das conquistas dos trabalhadores parece que estamos perdendo essas conquistas. Só existe conflitos entre as classes por causa do sistema capitalista, com o desenvolvimento industrial e com a tecnologia avançada o trabalhador teve que se atualizar para manter seus empregos, estudando mais e o trabalhador que não conseguia se atualizar era deixado de lado. Com o capitalismo surge as políticas sociais, o governo usa essas políticas para acalmar a população em relação há seus direitos. No Brasil estamos passando por uma nova crise em 2015 e 2016 a economia foi abalada, com isso o serviço público foi sobrecarregado, com atendimento precário, o desemprego aumentou e ao invés do país progredir esta regredindo. Palavras-chave: Políticas; Sociais; Trabalho; Brasil. 4 1. INTRODUÇÃO Este trabalho tem por objetivo, mostrar alguns pontos importantes sobre o cenário atual das Políticas Sociais brasileiras, resgatar alguns pontos considerados importantes da história a partir da década de 1930, como o estado lidava com essas políticas no início do século XX. Período em que os trabalhadores se organizavam para reivindicar seus direitos e o estado interviu surgindo as primeiras políticas sociais. Identifica-se nesse cenário grandes acontecimentos no âmbito social no país foram, primeiramente, a era Vargas e o populismo nacionalista que dão início ao período de influência da política no Brasil e as mudanças econômicas e de seu modelo de desenvolvimento econômico, passando de um modelo agrário exportador para urbano industrial e em segundo lugar o golpe militar de 1964 que se perdurou até a finalização da Constituição Federal de 1988. Apesar de todas as conquistas abordadas nesse trabalho, as contradições sociais ainda existem assim como, a violência, saúde e educação precária, a exclusão e falta de oportunidade. É preciso implementar políticas públicas eficientes para promover o desenvolvimento social e assegurar - através de ações, serviços, projetos e programas - a redução das vulnerabilidades de nossa sociedade 5 2. AS POLÍTICAS SOCIAIS NO CONTEXTO BRASILEIRO A PARTIR DE 1930 O texto relata sobre as políticas sociais no contexto brasileiro no ano de 1930, onde aconteceu vários relatos e um deles foi o processo de industrialização e modernização do estado, tentando se colocar na economia mundial após a crise de 1929.A profissão do serviço social é responsável pelo ato entre o estado, classe trabalhadora e burguesia, neste ano enfrentam a “ questão social “, que aparece na primeira metade do Século XIX, com o surgimento do pauperismo (pobreza). Neste período o serviço social é compreendido como uma estratégia governamental. O programa de ação do estado de bem estar social é proposto pela ideia de Keynesiana em países da Europa de menor desigualdade social ente os cidadãos .A menor desigualdade social entre os cidadãos , é aumentada pela ação de que o governo são responsáveis por garantir um mínimo de padrões de vida para todos os cidadãos , com o direito social , com essa realidade ,aumentaram as funções econômicas e sociais do estado que passou a controlar principalmente a produção e a assumir despesas sociais ,essas mudanças do estado foram de acordo com a força do movimento trabalhista que ocorreram nos chamados países desenvolvidos da Europa e nos Estados Unidos . O estado de bem-estar social buscou deixar seguro um acordo neutro nas relações das classes sociais e amortecerem as crises do capitalismo com o sustento público de um conjunto das relações das medidas anti crises. Entretanto foram beneficiados os interesses monopólicos. Nos chamados países pobres e dependentes da América latina, especialmente no Brasil, nunca ocorre a garantia do bem-estar da população por meio da universalização de direitos e serviços públicos de qualidades. Nos países periféricos e pobres não existe o Welfare –State nem o Keynesianismo em política. Devido a esta profunda desigualdade de classes, as políticas sociais não são de acesso universal. São políticas de categorias, isto é, que tem como alvo certas categorias específicas da sociedade como: Trabalhadores (seguros), Crianças (alimentos, vacinas, Desnutridas (distribuição de leite), certos tipos de doentes (hansenianos, por exemplo), através de programar criados de casa gestão governamental. América latina, há grande diversidade da implantação de políticas, de acordo com cada país. A tarefa do profissional (assistente social) é entender as lógicas de um desenvolvimento da sociedade e da sociedade capitalista e os impasses colocados pelos conflitos sociais, tendo 6 como um campo de atuação das questões sociais. O assistente defende a luta pela democracia econômica, política social, com a garantia da saúde pública e previdência para todos os trabalhadores, uma educação laica, publica e universal a todos. 3. CONFLITOSE PRECARIZAÇÃO NO MUNDO DO TRABALHO Em 2015 e 2016 o PIB no Brasil teve um resultado negativo, considerado o pior índice desde o início do século passado, em 2017 há possibilidade de uma nova economia brasileira. Segundo Lucio CG houve um aumento continuado de desemprego em todo país, aumento de trabalhadores sem registro em carteira profissional, isso reflete na formalização do trabalho. Consequentemente, as conquistas trabalhistas estão sendo ameaçadas, com perspectiva do crescimento negativo (2015-2016) e aumento da inflação, com corte na área social. Apesar do avanço conquistado ao longo dos anos, o homem trabalha para se sustentar, mas ainda assim o poder está com a classe dominante que acumula riquezas, enquanto a classe operaria continua lutando por melhores condições salariais e direitos trabalhistas. Só há conflitos pela desigualdade das classes sociais que segundo Karl Marx, é gerado pelo capitalismo. Entre os séculos XVIII e XIX os trabalhadores tiveram dificuldade em se adaptar ao novo modelo de produção industrial, com isso houve um movimento chamado ludista, onde os trabalhadores quebravam as máquinas por pensar que elas estavam roubando seus empregos. Atualmente com o desenvolvimento tecnológico leva a exclusão de mão de obra, gerando desemprego. O capitalismo é marcado pela forte produção, com isso existem conflitos no mundo do trabalho, uma vez que o trabalhador tem que se capacitar para essa tecnologia para disputar uma vaga de emprego. Segundo Ricardo Antunes, quando um trabalhador é demitido ele se precáriza, vira camelô, faz bico e etc. A precarização do trabalho significa o desmonte dos direitos trabalhistas, e o trabalhador é o lado mais sensível desse conflito. Ao longo do século XX foi marcado por lutas, movimentos trabalhistas e greves. Através de sindicatos, alguns direitos foram assegurados, como: redução na jornada de trabalho, geração de novos empregos, participação de lucros, planos de carreira e outros. Com isso as condições dos trabalhadores melhoraram no Brasil, hoje os sindicatos lutam para redução na jornada de trabalho de 44h para 40h semanais, extinção do fator previdenciário e a regulamentação da terceirização. 7 4. AS PRINCIPAIS CONQUISTAS SOCIAIS E O ATUAL CONTEXTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS (2015-2017) As políticas sociais no Brasil surgiram através do capitalismo, conquistadas por meio das mobilizações das classes operarias devido a Revolução Industrial no XIX. Porém o governo utilizava as políticas sociais como meio de mediação para acalmar a população, que se manifestavam por seus direitos. Estão ligadas às condições vividas em níveis políticos, econômicos e sociais. Portanto estas políticas sociais podem ser tidas, algumas vezes, como sistemas de manutenção da força de trabalho, em outras como méritos alcançados pelos trabalhadores ou como doação das elites influentes, e ainda como uma ferramenta de garantia do acréscimo da riqueza ou dos direitos do cidadão (FALEIROS APUD FREIRE, 1991, p.8). De acordo com Pinheiro Junior (2014) desde 1930 o país enfrentou um processo de modernização social, desenvolvimento econômico e de participação política, decorrentes de períodos autoritários e de crises econômicas. Segundo o autor Pinheiro Junior (2014) citado acima, ressalta que o crescimento da econômica e as mudanças do comportamento demográfico, assim como a melhora as condições de vida das pessoas e o aumento da participação do setor público na prestação de serviços sociais demonstraram a importância de se estudar como ocorre a dinâmica das políticas sociais no Brasil. Mas é valido ressaltar que esse processo de evolução das políticas sociais ocorreu de maneira desigual, sem atender a população que realmente necessita. As primeiras políticas sociais foram respaldadas pela Constituição de 1.934 que vigorou até 1.937, tendo como destaque, a legislação trabalhista, o salário mínimo, a regulamentação do trabalho feminino e dos menores no âmbito industrial, a fixação da jornada de trabalho de oito horas diárias o repouso remunerado, regulamentação especial para o trabalho agrícola, amparo aos desvalidos, amparo à infância, direito à educação primária integral e gratuita e a licença maternidade. A partir de 1.937 entrou em vigor a Constituição de 1.937, conhecida também como a Polaca, que assegurava todos os direitos acima citados, e também o amparo à infância e a juventude, promoção dos ensinos pré-vocacional e educacional destinados às classes com poucas condições financeira. 8 A consolidação das leis trabalhistas (CLT) foi criada em 1943 e reúne toda a legislação social da área desde o início do governo de Vargas em 1930. A CLT criou a carteira de trabalho, a área de segurança e medicina do trabalho, instituiu o salário maternidade e as férias remuneradas. Após 1945 os direitos políticos ganharam força e reconhecimento nos sindicatos. A partir dessas conquistas vieram, declaração universal dos direitos humanos, os direitos sociais, políticos e civis que foram se fortalecendo no decorrer da história. Em 1988 foi criado a nova constituição federal, com leis abrangendo diversos segmentos. Ampliou os direitos trabalhistas das constituições anteriores reduzindo a jornada de trabalho semanal de 48 para 44 horas, reinstituindo o direito de greve e instituindo liberdade de associação sindical, décimo - terceiro salário para aposentados e o seguro desemprego. Conta com mais de setenta incisos sobre os direitos de todo cidadão à vida, à liberdade, à igualdade, à propriedade e à segurança. Incluindo também direitos ao transporte, lazer, previdência social, assistência aos desamparados e proteção à maternidade e à infância. Atualmente, uma forte crise econômica que teve início em 2015 tem abalado a economia brasileira acompanhada por uma crise política resultando em protestos contra o governo por todo o país. Em 2016 os efeitos da crise econômica foram amplamente sentidos pela sobrecarga nos serviços públicos e pela população, que precisou adaptar as contas para a realidade financeira. De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), quase metade dos entrevistados (48%) passou a usar mais transporte público e 34% deixaram de ter plano de saúde. O aprofundamento da crise econômica levou 14% das famílias a trocarem a escola dos filhos de particular para pública. Além disso, os consumidores trocaram produtos por similares mais baratos (78%), esperando liquidações para comprar bens de maior valor (80%) e poupando mais para o caso de necessidade (78%). Mediante a esse cenário de desemprego e serviços públicos precário, podemos considerar um retrocesso em direitos básicos a população. Em outubro de 2.016, foi aprovada a Proposta de Emenda Constitucional 241, conhecida como PEC 241 que propõe o congelamento dos gastos federais pelos próximos 20 anos, a qual estabelece um teto na verba destinado a saúde e educação, atingindo assim as políticas sociais brasileiras. Como consequências já foram feitas algumas alterações tais como a reforma previdenciária, reforma trabalhista e reforma na educação. 9 A classe trabalhadora é sem dúvida a mais atingida pelas mudanças, pois depende dos serviços públicos do país. Em contrapartida, devido ao alto índice de desemprego a classe dominante passa a se beneficiar com mão de obra barata. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho buscou apresentar a importância das políticas sociais, e o aumento da sua importância na política brasileira. O estado não se importava com as necessidades básicas da população, e não se criava políticas sociais, era só para conter a população e ter o controle e conseguir manter a ordem no País. Tudo o que era de direito da população era tratado como se fossem benefícios concedidos à população pelo governo,o descaso era de totais baixos salários, mas condições na moradia, no trabalho, no ensino e na saúde, mais com a era Vargas foram conquistados mais direitos sociais importantes uma das grandes conquistas a serem alcançadas foram a, Democracia consolidada, eleições diretas para presidente com voto secreto para mais de 135 milhões de eleitores, liberdade e direitos garantidos por uma constituição formulada por representantes escolhidos pelo povo, liberdade de organização sindical, economia diversificada e forte, conquistas como essa estavam entres as principais de grupos de brasileiros que lutavam pelo fim da dominação política, mas com a revolução de 30 colocou um ponto final na velha republica, que durou da proclamação da república em 1889, até 13 presidentes depois, em 1930. No período de 2010-2015, os esforços foram voltados para uma maior eficácia dos gastos sociais e maior efetividade dos programas e ações. Nesse período se buscou por meio da estabilidade econômica construir uma agenda de proteção social baseada na distribuição da renda e convergência entre as ações universais, como a melhora nos serviços de educação e saúde, além de serem mais focalizadas para população mais carente. Além disso, houve uma melhora na gestão dos programas sociais, principalmente nos focalizados e unificados. Por fim, é necessário que haja aprimoramento do modelo e dos métodos de cadastramento das famílias, uma vez que muitas das famílias mais pobres não têm ainda oportunidade para constar em tais cadastros. Os avanços das políticas sociais no Brasil é algo inegável desde 1988, entretanto é necessário manter atenção nas lições aprendidas até aqui para que haja inovações suficientes que garantam políticas sociais e gastos públicos realmente eficientes. 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS PINHEIRO JUNIOR, Fernando A. F. S. A evolução das políticas sociais no Brasil: O período de 1930 a 2010. 2014. Disponível em: http://diamantina.cedeplar.ufmg.br/2014/site/arquivos/a-evolucao-das-politicas-sociais-no- brasil.pdf Acesso em: 11 de setembro de 2017. "As Constituições do Brasil". Supremo Tribunal Federal, Brasília, Out. 2008. Disponivel em <http://www.stf.jus.br/cms/vernoticiadetalhe.asp?idConteudo=97174> . Data de acesso: 23 de setembro de 2017. AUGUSTO, Tania M. História das políticas sociais Brasil e seus grandes acontecimentos. 2011. Disponível em: <http://taniamaraaugusto.blogspot.com.br/2011/09/historia-das- politicas-sociais-no.html> Acesso em: 10 de Setembro de 2017. BOSCHETTI, Ivanete. Seletividade e Residualidade na Política de Assistência Social. In: Novos paradigmas da Política Social. Brasília: UNB, 2001. CALIXTRE, André; FAGNANI, Eduardo. A política social e os limites do experimento desenvolvimentista (2003-2014). Texto para Discussão. Unicamp. IE, Campinas, n. 295, maio 2017. FREIRE, S.M.; CASTRO, A. T. B. O que é política social. 5 ed. São Paulo: Brasiliense, 1991 (Primeiros Passos).
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