Buscar

Ação de divórcio com pedido de Tutela Cautelar web 02

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ...
		
		ANTÔNIA MOREIRA SOARES, portuguesa, casada, médica, portadora da carteira de identidade nº ..., inscrita no CPF sob o nº ..., residente e domiciliada em…, por seu advogado que a esta subscreve, escrito na OAB sob o nº ..., vem por seu advogado, no final assinado, com endereço profissional para intimações e notificações na Rua …, para fins do art. 106, I do Código de Processo Civil, vem a este juízo propor a presente
AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR
pelo procedimento comum, baseada nos Arts. 319 e seguintes do CPC, em face de PEDRO SOARES, brasileiro, casado, dentista, portador da carteira de identidade nº ..., inscrito no CPF sob o nº ..., residente e domiciliado em…, pelos fatos e fundamentos a seguir:
I – DA TUTELA CAUTELAR
		A tutela cautelar merece ser acolhida, uma vez que o réu está dilapidando o patrimônio do casal injustificadamente. Tal fato iniciou-se no momento em que o demandado tomou conhecimento de que a autora desejava ingressar com a ação de divórcio, haja vista que ela descobriu o caso extraconjugal do marido, ficando assim evidenciado o fumus bonni iuris.
O réu deseja também doar seus dois automóveis para sua irmã, da marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, e também passou a proferir sucessivos saques bancários em uma das contas conjuntas do casal, evidenciando o periculum in mora.
Cumpre ressaltar que a autora não tem conhecimento de todos os bens pertencentes ao casal, razão pela qual, por força do art. 301 do CPC, pede-se o arrolamento de todo o patrimônio.
Desta forma, deve prosperar a medida de tutela cautelar, pois conforme o art. 300 do CPC, estão presentes todos os fundamentos que evidenciam o direito, assim como o risco de um resultado inútil do processo, caso o réu consiga se desfazer de todo o patrimônio do casal.
II – DA LIDE E SEUS FUNDAMENTOS
A autora, casada há 30 anos com o réu, na constância do matrimônio tiveram dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes e construíram um vasto patrimônio, fruto do esforço conjunto do casal.
Ocorre que a autora descobriu que o réu está com relacionamento amoroso extraconjugal, motivo pelo qual resolveu se divorciar. Após saber da vontade da esposa de se divorciar, o réu deseja doar seus dois automóveis da marca Toyota, modelos SW4 E Corolla, para sua irmã, Isabel Soares como passou também a proferir sucessivos saques de uma das contas conjuntas do casal.
Ressalta-se que a autora pode comprovar junto ao banco no qual o casal mantém a conta conjunta os sucessivos saques do réu, após ouvir uma conversa entre os irmãos e também que ela não tem conhecimento de todos os bens aos quais tem direito, pois desconhece o valor total do patrimônio pertencentes ao casal.
	III- DO DIREITO 
O artigo 226, §6º da CF/88 e no Código Civil em seu Art. 1571, IV, determinam que o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, logo, se o cônjuge varão não cumpriu com os deveres do matrimônio, qual seja, fidelidade recíproca (art. 1566,I do CC/2002), a autora poderá usar destes institutos para se divorciar.
	IV- DO DANO MORAL 
Resta claro que a conduta do réu gerou uma grande lesão ao direito da personalidade da autora. Do mesmo modo, trouxe enorme humilhação a sua honra e fama, caracterizando um clássico caso de dano moral, devendo ser devidamente reparado.
Nas palavras de Pontes de Miranda; “nos danos morais, a esfera ética da pessoa é que é ofendida. O homem, possuindo esta esfera ética e sendo titular de direitos que compõe a sua personalidade, direitos que por este motivo não são patrimoniais, mas morais, que envolvem valores pessoais, sentimentos, não pode simplesmente admitir que esta esfera ética e estes seus direitos sejam feridos, violados, sem que exista uma devida e justa reparação”.
	V- DOS PEDIDOS
Ante o exposto, vem requerer a Vossa Excelência, que:
	Seja concedida a TUTELA DE URGÊNCIA na forma do art.300 do CPC, de NATUREZA CAUTELAR, conforme art. 301 do CPC, arrolando-se os bens do casal e, por conseguinte, arrestando 50% dos mesmos, visando garantir um resultado útil ao processo; 
	Seja citado o réu para responder a presente ação;
	Seja julgada procedente a presente ação, decretando o divórcio judicial, com a expedição de mandado determinando a averbação da sentença junto ao cartório de registro civil competente, para fins de direito;
	Seja realizada a partilha dos bens do casal, levando em consideração a metade arrestada liminarmente;
	Seja julgado procedente o pedido para condenar o réu ao pagamento de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) a título de danos morais suportados pelo adultério;
	O réu seja condenado ao pagamento do ônus da sucumbência na importância de 20% do valor da causa.
	VI - DAS PROVAS
		
		Requer a produção de provas na amplitude do artigo 369 do CPC, em especial documental, testemunhal e depoimento pessoal do réu, sob pena de confissão. 
VII - DO VALOR DA CAUSA
		Dá-se à causa o valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) 
					Nestes Termos, 
					Pede Deferimento. 
					 Local, data.
			 
				 _____________________
					 Advogado 
					 OAB nº ...

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando