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borsato.rm@gmail.com RESUMO DIREITO PENAL II - ANOTAÇÕES DE CADERNO RELEMBRANDO... TEORIA DO CRIME Elementos que compõem o crime 1) Fato típico - Conduta » Dolosa/Culposa » Comissiva/Omissiva - Resultado - Nexo causal » Material » Normativo (Imputação Objetiva) - Tipicidade » Formal » Conglobante 2) Antijurídico Obs.: quando o agente não atua em: Art. 23 CP - Estado de necessidade - Legítima defesa - Exercício regular de direito - Estrito cumprimento do dever legal Até aqui, se configura um crime. 3) Culpabilidade - Imputabilidade - Potencial consciência de ilicitude - Exigibilidade de conduta diversa Fato Típico / Antijurídico / Culpabilidade _____________________________________________FATO TÍPICO__________________________________________ Elementos do Fato Típico 1) Conduta 2) Resultado 3) Nexo Causal 4) Tipicidade 5) Relação de imputação objetiva 6) Quebra do dever de cuidado objetivo 7) Previsibilidade objetiva Obs.: Crime doloso (+ 5) Crime culposo (+ 5, 6 e 7) 1) CONDUTA = ação ou omissão consciente e voluntária dirigida a uma finalidade. Conduta ≠ Ato » fração da conduta Vários atos (crime plurisubsistentes) Único ato (crime unissubsistentes) ELEMENTOS da Conduta: - Vontade - Finalidade - Exteriorização (materializada) - Consciência FORMAS de Conduta - Comissiva (norma probitiva) - Omissiva (norma mandamental) borsato.rm@gmail.com TEORIAS Teoria Naturalista (Causal) Omissão é produtora do resultado. Conduta negativa. Teoria Normativa (Jurídica) Não existe nexo causal entre ambição e resultado. Imputação se faz por nexo normativo. ESPÉCIES de crimes omissivos A) CRIMES OMISSIVOS PRÓPRIOS Crimes de mera conduta Ex: art. 135, art. 269 CP Requisitos do crime omissivo: 1) Situação de perigo 2) Dever jurídico de agir 3) Possibilidade de agir 4) Omissão da conduta esperada 5) Desaprovação da conduta (criação ou incremento de risco proibido) 6) Resultado jurídico 7) Imputação objetiva do resultado Obs.: Riscos permitidos: - ofendículos - diminuição do risco de dano - fato fora dos limites do agente - ação a próprio o risco - tolerância pela sociedade - salvamento de terceiros - risco insignificante - aceitação do risco pela vítima B) CRIMES OMISSIVOS IMPRÓPRIOS (Comissivos por omissão) - Conduta positiva. Admitem tentativa. A gente tinha o dever de agir de impedir o resultado. Responde pelo resultado causado imputado pelo nexo normativo. × Art. 13 § 2° (a,b,c) - CP "Relevância da omissão" a = tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b = de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c = com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado; C) Omissivos por comissão Há uma ação provocadora da omissão Ex: impedir socorro Obs.: Caso fortuito (inevitável) e força maior (evento externo) » excluem dolo e culpa. NÃO HÁ CRIME. SUJEITOS da conduta ATIVO = Pessoa humana que pratica figura típica descrita em lei Coautoria ≠ Partícipe Prática conjunta do crime ≠ art. 29 CP: "Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas..." - Crime Próprio = exige qualidade especial do sujeito (art. 312) - Crime Comum = qualquer pessoa - Crime de Mão Própria = só pode ser cometido por si próprio, não admite coautoria somente participação (falso testemunho) PASSIVO = aquele que sofre a lesão ao seu bem jurídico - Crime Vago = crime destituídos de personalidade jurídica - Crime de Massa = sujeito passivo possui número indeterminado de pessoas borsato.rm@gmail.com 2) RESULTADO = Consequência da conduta humana Resultado ≠ Evento » qualquer acontecimento TEORIAS Teoria Naturalista (Causal) Resultado é uma modificação do mundo exterior provocada pela conduta - Crime Material = crime é consumado se ocorrer resultado naturalístico (homicídio; 121) - Crime Formal = se consuma independente de resultado naturalístico (extorsão mediante sequestro; 159) - Crime de Mera Conduta = não possui resultado naturalístico (violação de domicílio; 150) Teoria Normativa (Jurídica) Possui resultado jurídico através de lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico - Crime de Dano ou Lesão = só pode dizer que se consumou, caso houve dano ao bem jurídico (vida, integridade física, patrimônio) - Crime de Perigo = resultado é o perigo de dano ou lesão ao bem jurídico • abstrato = presume-se que gerou perigo ao bem jurídico (257, 264 (ocultação de equipamento; arremesso de projétil, respectivamente.)) • concreto = acusação deve provar que a conduta gerou perigo (250, causar incêndio) 3) NEXO DE CAUSALIDADE Elo físico que se estabelece entre a conduta e o resultado (art. 13 - CP) - Nexo Causal (relação fática/física) - Nexo Normativo (presença de dolo ou culpa) TEORIAS - Teoria causalidade adequada Juízo de probabilidade/idoneidade da ação; Causa é condição necessária e adequada a determinar a produção do evento. - Teoria da equivalência dos antecedentes causais (TEORIA ADOTADA) Tudo que contribuem para o resultado é causa do resultado. Nexo causal nos C.O. Próprios = não há; agente responde pelo nexo jurídico (normativo) Nexo causal nos C.O. Impróprios = há; agente responde pelo resultado Superveniência Causal (art. 13 §1°) Causas - Dependentes ("o que é esperado") - Independentes ("o que não é esperado") » Absolutamente = sem nexo » Relativamente (soma de 2 fatos geram um resultado) = com nexo Absolutamente Relativamente Sem nexo Preexistente Com nexo Sem nexo Concomitante Com nexo Sem nexo Superveniente Com nexo* * agente não responde pelo resultado, apenas pela tentativa Obs: Complicação Cirúrgica e Infecção Hospitalar Causa Dependente Linha lógica unilinear. O agente responde pelo resultado se tiver sob acusação de dolo culpa. 4) TIPICIDADE Subsunção, enquadramento, correspondência de uma conduta praticada ao modelo legal tipificado. (Subsunção do fato à norma) borsato.rm@gmail.com 1° Fase - independência do tipo "Função meramente descritiva" Elemento valorativamente neutro 2° Fase - caráter indiciário da ilicitude "Todo fato típico é ilícito, exceto se estiver acobertado por uma excludente de ilicitude" (art. 23 - CP) 3° Fase - tipo legal como essência da ilicitude "Se o fato é lícito, é atípico" Conceituado como ilicitude tipificada Adequação Típica Modalidades: A) Subordinação Imediata (Direta) - correspondência direta entre a conduta e o tipo legal B) Subordinação Mediata (Indireta) - quando não se verifica a correspondência direta entre a conduta e o tipo, então ocorre a combinação por uma "norma de extensão" TIPO PENAL Tipicidade - Formal - Conglobante (fato para ser típico não basta tipicidade formal é preciso ser globalmente considerado) TP = TL + TC Tipicidade penal = tipicidade lícita + tipicidade conglobante FUNÇÕES dos tipos penais - Serve de fundamento do crime - Delimita o crime - Possui função de garantia - Possui função de presumir a ilicitude ELEMENTOS do tipo penal 1) Objetivos a) Descritivos b) Normativos (exige valoração do juíz) I) Jurídicos (art. 178, 184) II) Da ilicitude contida no tipo (art. 151) III) Culturais, Extrajurídicos ou Morais 2) Subjetivos a) Dolo genérico (vontade livre e consciente de concretizar o fato) b) Dolo específico (intenção específica) ESPÉCIES dostipos penais 1) Tipo penal incriminador (descreve a conduta) - Proibitivo - Mandamental 2) Tipo/norma penal não incriminador(a) - Explicativas (declaratória) - Permissivas (justificante) - Exculpantes 3) Tipo Fundamental/Básico 4) Tipo Derivado Lei agrega um fato a fim de aumentar ou diminuir a pena 5) Tipo Autônomo Descreve um crime independente, guarda relação com outro crime (homicídio - infanticídio) 6) Tipo Fechado - Não é necessário juízo de valor 7) Tipo Aberto - Necessário juízo de valor 8) Tipo Normal - apenas elemento objetivo 9) Tipo Anormal - elemento objetivo + subj. normativo 10) Tipo simples - descreve 1 única conduta 11) Tipo composto - descreve + de 1 conduta 12) Tipo congruente - dolo genérico 13) Tipo incongruente - dolo genérico + específico borsato.rm@gmail.com ____________________________________________ANTIJURÍDICO__________________________________________ Antijuridicidade = Ilicitude Relação de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico. Excludentes da Antijuridicidade 1) Estado de Necessidade 2) Legítima Defesa 3) Exercício Regular do Direito 4) Estrito Cumprimento do Dever Legal Espécies: Obs.: ✓ = adotado pelo Direito Brasileiro - Formal = contrariedade do fato com o ordenamento jurídico ✓ Material = contrariedade do fato com o ordenamento jurídico a uma lesão, ou a um perigo de lesão ✓ Objetiva = análise da antijuridicidade NÃO DEPENDE da culpabilidade - Subjetiva = análise da antijuridicidade DEPENDE da culpabilidade ✓ Genérica = contradição do fato à norma por meio da afetação ao bem jurídico - Específica = elemento normativo da ilicitude contida no tipo Justificante ≠ Tipificante ≠ Exculpante Excludentes de: Ilicitude ≠ Tipicidade ≠ Culpabilidade Fato Típico ≠ Fato Justificado - Atípico - Típico, porém sobre ele se incide uma justificante com função dogmática de excluir a ilicitude Exceções: "aberatio ictus" 1) erro na execução 2) estado de necessidade agressivo 3) estado de necessidade defensivo 4) legítima defesa putativa Requisito Subjetivo para exercer a excludente: querer e saber que está agindo acobertado por uma excludente de ilicitude. Espécies de Excesso (Válida para todas as excludentes) Excesso: inicialmente jurídico » conduta lícita, porém há uma intensificação da conduta. 1) Voluntária/Consciente (Dolosa) - plena consciência do agente 2) Involuntária/Inconsciente (Culposa) - erro vencível que deriva da má apreciação da realidade pelo agente 3) Erro Exculpante/Perdoável - inevitável, deriva de erro invencível 4) Erro de Crasso - erro grosseiro 5) Extensivo - sujeito age antes da efetiva extensão ("conduta preventiva") 6) Intensivo - age de forma legítima, porém intensifica sua conduta 7) Acidental - sujeito age de maneira legítima/correta, mas, acidentalmente, ocorre um excesso (não há resp. civil ou criminal) Obs.: 1 ao 6 cabe indenização, 7 não. borsato.rm@gmail.com EXCLUDENTES DE ILICITUDE 1) ESTADO DE NECESSIDADE Reação do agente perante uma situação de perigo que coloca 2 ou + interesses em conflito. Natureza Jurídica: excludente de ilicitude Teorias - Diferenciadora: ponderação entre os valores dos bens e os deveres em conflito - Unitária: não há distinção se o EN é justificante ou não REQUISITOS 1) Situação de perigo eminente 2) Em defesa de um direito próprio ou alheio 3) Conhecimento da situação justificante (Req. Subjetivo) 4) O perigo não pode ser praticado voluntariamente 5) Proporcionalidade entre o bem salvo e o sacrificado Salvo > sacrificado - exculpante Salvo = sacrificado - EN justificante Salvo < sacrificado - não é EN 6) Inevitabilidade do perigo 7) Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo Classificação do Estado de Necessidade 1) defensivo 2) agressivo - possui indenização no cível 3) justificante - adotado no BR. 4) exculpante 5) próprio 6) terceiro 7) real (art.24) 8) putativo (imaginado) - art. 20 §1° CP Requisitos para caracterização de furto famélico: 1) matar a fome 2) único e derradeiro recurso (inevitabilidade lesiva) 3) objeto capaz diretamente matar a fome 4) insuficiência dos recursos adquiridos com o trabalho 2) LEGÍTIMA DEFESA Art. 25 - CP Objetivo: repelir uma injusta agressão humana sofrida Natureza jurídica: excludente de ilicitude Fundamento: defesa do cidadão REQUISITOS 1) Agressão atual ou eminente 2) Agressão injusta 3) Agressão a um direito próprio ou alheio 4) Uso dos meios necessários para afastar a injusta agressão 5) Moderação nos usos dos meios necessários 6) Consciência - elemento subjetivo » Objetivamente necessária e subjetivamente presente a vontade de se defender. Classificações da Legítima Defesa Admite? 1) recíproca × 2) sucessiva ✓ 3) real ✓ art. 25 4) putativa (imaginária) - 5) própria 6) terceiro 7) subjetiva 8) "aberratio ictus" Ofendículos × Defesa mecânica predisposta Ofendículos = artefatos visíveis (caco de vidro) Defesa mecânica predisposta = armadilha, cerca elétrica “invisível”. (Alguns autores fazem essa distinção, em regra tudo é ofendículo, e qualquer uso dos mesmos necessita de um aviso) borsato.rm@gmail.com Diferenças entre Legítima Defesa × Estado de Necessidade LD EN Agressão humana Agressão qualquer 1 pessoa tem razão Todas tem razão Ataque injusto ao bem jurídico Situação de perigo que coloca o bem jurídico em perigo 3) EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO O exercício de um direito nunca é antijurídico, ou seja, toda pessoa que exerce um direito pratica um ato lícito. REQUISITOS 1) Exercício de um direito 2) Exercício regular de um direito 3) Saber e querer exercer o direito (requisito subjetivo) Fundamento: normas jurídicas e costumes Natureza jurídica: excludente de ilicitude 4) ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL - Deve ser imposto por uma norma jurídica em caráter genérico. Possui natureza jurídica justificante REQUISITOS 1) Existência de um dever legal 2) Estrito cumprimento do dever 3) Conduta do agente 4) Conhecimento da situação justificante (requisito subjetivo) Princípio do interesse preponderante Obs.: - Consentimento do ofendido Será excludente de ilicitude quando houver o consentimento da vítima Causa de redução da pena Requisitos 1) Bem jurídico disponível 2) Bem jurídico deve estar dentro da esfera de disponibilidade 3) Consentimento deve ser livre 4) Compreensão das decisões e consequências 5) Adequação (deve se identifica com a autorização do ofendido) ____________________________________________CULPABILIDADE________________________________________ CULPABILIDADE Pressuposto necessário à aplicação da pena - Juízo de reprovabilidade sobre a conduta criminosa Função da Culpabilidade: - Fundamento da pena - Limite da pena - Fator de graduação da pena (Pressuposto da pena) Culpa ≠ Culpabilidade EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE CULPABILIDADE 1) Teoria Psicológica I) Imputabilidade II) Dolo e Culpa 2) Teoria Psicológico-Normativa I) Imputabilidade II) Dolo e Culpa III) Exigibilidade de Conduta Diversa borsato.rm@gmail.com 3) Teoria Normativa Pura I) Imputabilidade II) Potencial Consciência de Ilicitude III) Exigibilidade de Conduta Diversa - Derivações: (discriminantes putativas) a) TeoriaExtremada b) Teoria Limitada (adotada) ✓ 4) Teoria Complexa I) Menosprezo (dolo direto) II) Indiferença (dolo eventual) III) Descuido (negligência) Culpabilidade ≠ Periculosidade Analise, Retrospectiva Prospectiva (futura) ELEMENTOS DA CULPABILIDADE 1) Imputabilidade 2) Potencial consciência de ilicitude 3) Exigibilidade de conduta diversa 1) IMPUTABILIDADE Capacidade de auto compreensão e determinação (conjunto de maturidade e compreensão mental) Causas legais de exclusão da culpabilidade: a) art. 26 CP - Doença mental b) art. 28 §1° - Embriaguez c) art. 45, Lei 11343/2006 (lei de drogas) - Dependência de drogas d) art. 27 CP e art. 228 CF - Menoridade Sistema biopsicológico (a, b e c) Sistema biológico ou etiológico (d) Sistema psicológico A) Doença mental = perturbação psíquica de qualquer ordem que retira a capacidade de entender. - Desenvolvimento mental incompleto - Desenvolvimento mental retardado (mentalidade incompatível com a idade da pessoa - oligofrênicos) São classificados em uma escala de inteligência decrescente: débil mental/imbecil/idiota B) Embriaguez - intoxicação aguda e transitórias causada pelo álcool. Requisitos - Completa (b e c) - exclui a punibilidade - Involuntária decorrente de caso fortuito ou força maior Fases: a) Excitação (euforia) - "macaco" b) Depressão (confusão mental e irritabilidade) - "leão" c) Coma (sono) - "porco" Embriaguez voluntária - Dolosa - Culposa C) Dependência toxicológica - Intoxicação por drogas em caso fortuito ou força maior O dependente não sofre pena, ele recebe medida de segurança D) Menoridade Aferida no momento da conduta borsato.rm@gmail.com 2) POTENCIAL CONSCIÊNCIA DE ILICITUDE O agente possui potencialidades e condições para saber tudo que é proibido? Erros - de proibição (art. 21) erro sobre a ilicitude do fato - de tipo (art. 20) erro sobre elemento constitutivo do tipo legal Classificações do erro de proibição - Vencível (Evitável) - imperdoável - Invencível (Inevitável) - perdoável (exclui a PCI) - Direto (quando o erro do agente venha recair sobre o conteúdo proibitivos de uma norma penal) - Indireto (suposição errônea de uma causa de justificação) 3) EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA Excludentes (art. 22 CP) a e b A) Coação moral irresistível Requisitos 1) Irresistibilidade 2) Coação eminente Obs.: Pode envolver 2 ou + pessoas B) Obediência hierárquica Requisitos 1) Relação com o Direito Público 2) Ordem de terceiro 3) Ordem ilegal não manifestamente evidente Co-autor (Co-autoria) ≠ Coator (Coação) - Causas supralegais de exclusão de culpabilidade - ex: empresa deixa de pagar imposto para pagar funcionário Teoria da co-culpabilidade (Zaffaroni) não é adotado DAS PENAS TEORIA GERAL Pena = espécie de sanção aflitiva imposta pelo Estado através da ação penal direcionada ao autor da infração. TEORIAS 1) Absoluta ou Retribucionista Pune-se o mal com o mal - Princípio da Proporcionalidade 2) Teoria Relativa/Preventiva/Utilitarista A pena é uma forma de prevenir o crime 3) Teoria Mista ou Eclética A pena é retributiva e preventiva (art. 59 CP) - TEORIA ADOTADA NO BRASIL ✓ FINALIDADE DA PENA NO BRASIL 1) Função Retributiva Impõe um mal ao infrator ou o priva de alguma maneira. 2) Função Preventiva Prevenir novamente a ocorrência do mal pelo infrator. - Preventiva Geral (visa a todos, presente antes do crime) - Preventiva Específica (visa ao criminoso, presente no momento da prática do crime) 3) Função Ressocializadora Promove a readaptação social do infrator borsato.rm@gmail.com PRINCÍPIOS NORTEADORES DA PENA 1) Legalidade/Anterioridade 2) Personalidade da Pena/Intranscendência 3) Individualização da Pena Obs.: Penas fixas (sem individualização) Penas relativamente determinadas (com individualização) ✓ 4) Proporcionalidade 5) Inderrogabilidade 6) Humanização da Pena 7) Regime disciplinar diferenciado 8) Jurisdicionalidade TIPOS DE PENA QUE O BRASIL ADOTA Art. 32 - CP Incisos: I - Privativas de liberdade » art. 33 Reclusão Detenção Prisão simples II - Restritivas de Direitos » art. 43 Prestação pecuniária Perda de bens e valores Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas Interdição temporária de direitos Limitação de fim de semana III - Pena de Multa » art. 49 ao 52 borsato.rm@gmail.com DOSIMETRIA DA PENA Critério trifásico (art. 68 - CP) 1) Fixação da pena base (59) 2) Agravantes e atenuantes (61,62,65,66) 3) Diminuição e aumento (espalhados pelo código) 4) Fixar o regime de pena (33) 5) Possibilidade de substituição da pena por penas alternativas ou "sursis" (penas restritivas de direito - 43) » 43 ou 77. 1° FASE - FIXAÇÃO DA PENA BASE Prevê as circunstâncias judiciais. Art. 59 4 primeiras, subjetivas: 1/8 • Culpabilidade 2/8 • Antecedentes 1/8 • Conduta social 1/8 • Personalidade do agente 4 últimas, objetivas: 1/8 • Motivos 1/8 • Circunstâncias (modo de execução do crime) » qualificadoras 1/8 • Consequências (intensidade da ofensa ao bem jurídico) • Comportamento da vítima (utilizado para reduzir a pena do autor) Art. 59 I) Pena Reclusão - ou multa - e multa Detenção - ou multa - e multa II) Quantidade da Pena III) O Regime IV) A substituição da pena privativa de liberdade por outra, se cabível 2° FASE - AGRAVANTES (61, 62) E ATENUANTES (65, 66) Prevê as circunstâncias legais. Obs.: Concurso entre agravantes e atenuantes: em algumas situações, a agravante prepondera sobre a atenuante e vice- versa. Atenuantes (arts. 65 e 66 CP) Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena. A expressão “sempre” não é absoluta. Súmula 231 do STJ: A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. HIERARQUIA DAS AGRAVANTES E ATENUANTES Todas valem 1/6, porém em concurso a força Ag. ou At. restante cai para 1/12. 1 - Menoridade (At.) 2 - Reincidência (Ag.) 3 - Confissão (At.) 4 - Motivos do Crime (subjetivas; Ag. ou At.) 5 - Circunstâncias (objetivas; Ag. ou At.) Macete: "Menor reincidente confessa motivos e circunstâncias do crime." 3° FASE - CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO - Causas da parte geral: Obrigatória aplicação. Na maioria dos casos aplicam-se duas possibilidades juntas. Apenas em dois casos que não se aplicam duas ao mesmo tempo. CAPE + CAPE = uma aplicação, a que + aumenta CDPE + CDPE = uma aplicação, a que + diminui borsato.rm@gmail.com Obs.: Art. 70 - Concurso Formal Art. 71 - Crime Continuado Aumento de 1/6 até ½ Aumento de 1/6 até 2/3 1/6 - 2 crimes 1/6 - 2 crimes 1/5 - 3 crimes 1/5 - 3 crimes 1/4 - 4 crimes 1/4 - 4 crimes 1/3 - 5 crimes 1/3 - 5 crimes 1/2 - 6 ou + crimes 1/2 - 6 crimes 2/3 - 7 ou + crimes 4° FASE - ESTABELECER REGIME DA PENA (Art. 33) ESPÉCIES - Reclusão (Fechado, semiaberto, aberto) - Detenção (Semiaberto, aberto) - Multa TIPOS DE REGIME para Reclusão Pena Regime Local de cumprimento de pena + 8 anos» FECHADO » Presídio de segurança Máx. ou Méd. 4 a 8 anos » SEMIABERTO » Colônia penal agrícola ou industrial = ou - 4 anos » ABERTO » Casa do albergado § 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código. (O juiz, ao observar os critérios do § 2º do art. 33, pode levar em conta que, mesmo com pena inferior ou igual a 4 anos, levar o condenado a cumprir a pena em regime fechado pelas circunstâncias judiciais desfavoráveis que recaem sobre ele, sendo o juiz obrigado a fundamentar isso na sentença). Obs.: - Súmula 269 - STJ = É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados à pena igual ou inferior a quatro anos, se favoráveis as circunstâncias judiciais. - Súmula 719 - STF = A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea. Efeitos da condenação: Arts. 91, 92 5° FASE - ANALISA A POSSIBILIDADE DE SUBSTITUIR a pena por Pena ALTERNATIVA ou "SURSIS" RESTRITIVAS DE DIREITOS (ART. 44) Requisitos I) Pena < que 4 anos, crime não ser cometido com violência ou grave ameaça, crime culposo. II) Réu não for reincidente de crime doloso. III) A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. SURSIS (ART. 77) - Suspensão de pena Requisitos I) Condenado não ser reincidente de crime doloso. II) A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício. III) Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste código.
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