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Formas de Estado: Federação

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www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA 2015 
Direito Constitucional 
Prof. Robério Nunes Dos A. Filho 
1 
- Facebook: 
- www.facebook.com/prof.roberionunes 
- Instagram: 
- prof.roberionunes 
- Organização do Estado. 
- Título III da CF/88 
- Formas de Estado: 
- Unitário – Concentração do Poder, que é 
uno em relação ao território 
- Federal – Divisão do poder em relação ao 
território 
- Origens da Federação (EUA) 
- “Artigos da Confederação”: 
- “Art. 2º. Cada Estado reterá sua 
soberania, liberdade e independência, e cada 
poder, jurisdição e direitos, que não sejam 
delegados expressamente por esta 
Confederação para os Estados Unidos, 
reunidos em Congresso”. 
- Origens da Federação (EUA) 
- Características básicas da confederação: 
- Existência de um tratado (e não de uma 
constituição); 
- Reunião de Estados soberanos; 
- Possibilidade, portanto, de cada Estado se 
retirar da confederação, ou revogar, a 
qualquer momento, a delegação de poderes 
para a entidade central; 
- Origens da Federação (EUA). 
- Características básicas da confederação: 
- Necessidade de unanimidade para 
alteração do tratado; e 
- Necessidade de concordância de cada 
Estado para as decisões centrais valerem 
internamente. 
- Origens da Federação (EUA) 
- Características básicas da federação: 
- Existência de uma constituição; 
- Reunião de coletividades regionais 
(Estados) autônomos; 
- Princípio da indissolubilidade, não sendo 
possível o Estado se retirar da federação; 
- Origens da Federação (EUA). 
- Características básicas da federação: 
- Não há necessidade de unanimidade 
para a alteração da constituição, embora 
sujeita a um processo (emendas) mais difícil 
do que a elaboração das leis comuns; 
- Não há necessidade de concordância de 
cada Estado para as decisões centrais 
valerem internamente. 
- Federação. 
- José Afonso da Silva: 
- Soberania é o “poder supremo consistente 
na capacidade de autodeterminação”. 
- Autonomia é o “governo próprio dentro do 
círculo de competências traçado pela 
constituição federal”. 
- Características da autonomia. 
- Capacidades: 
- Autogoverno (poderes próprios); 
- Auto-organização (Constituições 
estaduais); 
- Auto-legislação (normas estaduais); 
- Auto-administração; e 
 
 
 
 
 
 
 
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CARREIRA JURÍDICA 2015 
Direito Constitucional 
Prof. Robério Nunes Dos A. Filho 
2 
- Autonomia tributária, financeira e 
orçamentária. 
- Origens da Federação (Brasil). 
- Constituição Brasileira de 1824: 
- “Art. 1. O IMPERIO do Brazil é a associação 
Politica de todos os Cidadãos Brazileiros. Elles 
formam uma Nação livre, e independente, que 
não admitte com qualquer outra laço algum 
de união, ou federação, que se opponha á 
sua Independencia.” 
- “Art. 2. O seu territorio é dividido em 
Provincias na fórma em que actualmente se 
acha, as quaes poderão ser subdivididas, 
como pedir o bem do Estado.” 
- Origens da Federação (Brasil) 
- O Decreto nº 1, de 15/11/1889, assim 
dispôs: 
- “Art. 1º - Fica proclamada provisoriamente e 
decretada como a forma de governo da Nação 
brasileira - a República Federativa. 
- Art. 2º - As Províncias do Brasil, reunidas 
pelo laço da Federação, ficam constituindo os 
Estados Unidos do Brasil. 
- Origens da Federação (Brasil). 
- O Decreto nº 1, de 15/11/1889, assim 
dispôs: 
- Art. 3º - Cada um desses Estados, no 
exercício de sua legítima soberania, decretará 
oportunamente a sua constituição definitiva, 
elegendo os seus corpos deliberantes e os 
seus Governos locais.” 
- Origens da Federação (Brasil) 
- Constituição de 24/02/1891: 
- “Art 1º - A Nação brasileira adota como 
forma de Governo, sob o regime 
representativo, a República Federativa, 
proclamada a 15 de novembro de 1889, e 
constitui-se, por união perpétua e 
indissolúvel das suas antigas Províncias, em 
Estados Unidos do Brasil. 
- Origens da Federação (Brasil). 
- Constituição de 24/02/1891: 
- Art 2º - Cada uma das antigas Províncias 
formará um Estado e o antigo Município 
Neutro constituirá o Distrito Federal, 
continuando a ser a Capital da União (...)” 
- Federação 
- Outras características da federação: 
- Descentralização político-administrativa 
constitucional: 
- Repartição constitucional de competências; 
- Constituição rígida; 
- Controle de constitucionalidade; 
- Federação. 
- Outras características da federação: 
- Princípio da indissociabilidade ou da 
indissolubilidade: 
- “Art. 1º A República Federativa do Brasil, 
formada pela união indissolúvel dos Estados 
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se 
em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: (...)”; 
- Federação 
- Outras características da federação: 
- Existência de um órgão que manifeste a 
vontade dos membros da federação: 
- Senado Federal; 
- Auto-organização dos Estados: 
- Constituições estaduais; 
 
 
 
 
 
 
 
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CARREIRA JURÍDICA 2015 
Direito Constitucional 
Prof. Robério Nunes Dos A. Filho 
3 
- Federação 
- Outras características da federação: 
- Autonomia financeira; 
- Autonomia recíproca; 
- Existência de mecanismos de segurança 
em face de ameaças sistêmicas: 
- Intervenção; 
- Federação. 
- Outras características da federação: 
- Existência de um órgão neutro para dirimir 
conflitos: 
- Supremo Tribunal Federal – CF/88, art. 
102, I, “f”: competência do STF para processar 
e julgar originariamente: 
- “as causas e os conflitos entre a União e os 
Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre 
uns e outros, inclusive as respectivas 
entidades da administração indireta.” 
- Federação 
- STF: 
- “A norma inscrita no art. 102, I, f, segundo o 
entendimento assentado nesta Corte, 
restringe-se, tão somente, àqueles litígios cuja 
potencialidade ofensiva se revele apta a 
vulnerar os valores que informam o princípio 
fundamental que rege, em nosso ordenamento 
jurídico, o pacto federativo. O caso dos autos 
apresenta-se desvestido de qualquer projeção 
de caráter institucional e em nada 
- Federação. 
- STF: 
- afeta as relações políticas entre as 
unidades federadas, não possuindo densidade 
suficiente para abalar o pacto federativo. É, 
portanto, inapto para provocar a manifestação 
do STF na qualidade de Tribunal da 
Federação. Precedentes.” (ACO 1802 AgR, 
Rel. Min. Dias Toffoli, Pleno, j. em 16/05/2013). 
- Federação. 
- CF/88: 
- Art. 109. Aos juízes federais compete 
processar e julgar: 
- I - as causas em que a União, entidade 
autárquica ou empresa pública federal forem 
interessadas na condição de autoras, rés, 
assistentes ou oponentes, exceto as de 
falência, as de acidentes de trabalho e as 
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do 
Trabalho; 
- Federação 
- CF/88: 
- “Art. 109. Aos juízes federais compete 
processar e julgar: 
- (...) II - as causas entre Estado estrangeiro 
ou organismo internacional e Município ou 
pessoa domiciliada ou residente no País;” 
- Federação. 
- CF/88: 
- “Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de 
Justiça: 
- II - julgar, em recurso ordinário: 
- (...) c) as causas em que forem partes 
Estado estrangeiro ou organismo 
internacional, de um lado, e, do outro, 
Município ou pessoa residente ou domiciliada 
no País;” 
- Federação. 
- Espécies 
- Por agregação 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
- Por desagregação- Centrípeta 
- Centrífuga 
- Federação 
- A divisão em federação centrípeta e 
centrífuga pode levar em consideração: 
- 1) O processo histórico de formação do 
Estado: 
- Centrípeta – Federação por agregação (de 
Estados soberanos preexistentes que formam 
um novo Estado Federal); 
- Centrífuga - Federação por desagregação 
(de um Estado unitário pré-existente, que se 
transforma em um Estado Federal). 
- Federação. 
- A divisão em federação centrípeta e 
centrífuga pode levar em consideração: 
- 2) O resultado da concentração do poder: 
- Centrípeta – o poder fica concentrado na 
União, no centro. É a tendência das 
federações por desagregação; 
- Centrífuga – o poder fica concentrado nos 
Estados-membros, fora do centro. É a 
tendência das federações por agregação. 
- Federalismo brasileiro (tricotômico). 
- 1) União: 
- a) Pessoa jurídica de direito internacional 
(pratica atos soberanos em nome do Estado 
brasileiro); 
- b) Pessoa jurídica de direito público interno 
(pratica atos autônomos como entidade 
federada); 
- 2) Estados (arts. 25 a 28); 
- 3) Municípios (arts. 29 a 31); e 
- 4) Distrito Federal (art. 32). 
- OBS: territórios (art. 33) não são entidades 
federadas. 
- Federação. 
- Distinção quanto a simetria: 
- Federalismo simétrico; e 
- Federalismo assimétrico. 
- Simetria/Assimetria: 
- Em relação ao modelo clássico de 
federação; ou 
- Em relação às diferenças jurídicas ou 
fáticas entre entidades federadas. 
- Federalismo Cooperativo. 
- CF/88: 
- Art. 23, parágrafo único da CF/88: “Leis 
complementares fixarão normas para a 
cooperação entre a União e os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista 
o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-
estar em âmbito nacional” (Redação da EC nº 
53, de 2006) 
- Federalismo Cooperativo. 
- CF/88: 
- Art. 30. Compete aos Municípios: 
- (...) VI - manter, com a cooperação técnica 
e financeira da União e do Estado, programas 
de educação infantil e de ensino fundamental; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
53, de 2006) 
- Federação. 
- Sistemas de execução de serviços: 
- Sistema imediato; 
- Sistema mediato; e 
 
 
 
 
 
 
 
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- Sistema misto. 
- Sistemas de execução de serviços. 
- CF/88: 
- “Art. 241. A União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios disciplinarão por meio 
de lei os consórcios públicos e os 
convênios de cooperação entre os entes 
federados, autorizando a gestão associada 
de serviços públicos, bem como a 
transferência total ou parcial de encargos, 
serviços, pessoal e bens essenciais à 
continuidade dos serviços transferidos.” 
(Redação dada pela EC 19/1998). 
- Repartição constitucional de 
competências. 
- Definição de competência: 
- José Afonso da Silva; 
- Competência é “a faculdade juridicamente 
atribuída a uma entidade ou a um órgão ou 
agente do poder público para emitir decisões”. 
- Repartição de competências. 
- Preferência pelo poder local: 
- “O acerto da Constituição, quando dispõe 
sobre a federação, estará diretamente 
vinculado a uma racional divisão de 
competência entre, no caso brasileiro, União, 
Estados e Municípios; tal divisão para alcançar 
logro poderia ter como regra principal a 
seguinte: nada será exercido por um poder 
mais amplo quando puder ser exercido pelo 
poder local, afinal os cidadãos moram nos 
Municípios e não na União.” (BASTOS, Celso 
Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 22ª 
ed. São Paulo: Saraiva, 2001, p. 163) 
- Repartição de competências. 
- Técnicas de repartição de competências: 
- 1) Enumeração dos poderes da União, 
ficando os poderes remanescentes para os 
Estados (predominante: EUA, Suíça, 
Argentina, México); 
- 2) Enumeração dos poderes dos Estados, 
ficando os poderes remanescentes para a 
União (Canadá); e 
- 3) Enumeração total dos poderes dos 
Estados e da União, ficando os poderes 
residuais para a União (Índia e Venezuela). 
- Classificação da competência. 
- Quanto à origem 
- Originária; e 
- Delegada. 
- Classificação da competência. 
- Quanto à extensão 
- Exclusiva (indelegável); 
- Privativa (delegável); 
- Comum; e 
- Concorrente: 
- Geral; e 
- Suplementar. 
- Classificação da competência 
- Quanto à forma: 
- Enumerada; 
- Remanescente (reservada); 
- Residual; e 
- Implícita (resultante). 
- Classificação da competência. 
- STF 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Constitucional 
Prof. Robério Nunes Dos A. Filho 
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- “(...) Há princípio basilar da hermenêutica 
constitucional, a saber, o dos ‘poderes 
implícitos’, segundo o qual, quando a 
Constituição Federal concede os fins, dá os 
meios. Se a atividade fim - promoção da ação 
penal pública - foi outorgada ao parquet em 
foro de privatividade, não se concebe como 
não lhe oportunizar a colheita de prova para 
tanto, já que o CPP autoriza que ‘peças de 
informação’ embasem a denúncia. (...)” (RE 
468523, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda 
Turma, j. em 01/12/2009). Vide ainda: HC 
94173, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda 
Turma, j. em 27/10/2009. 
- Classificação da competência 
- Quanto ao objeto 
- Material 
- Exclusiva 
- Comum 
- Legislativa 
- Exclusiva 
- Privativa 
- Concorrente 
- Geral 
- Suplementar 
- Classificação da competência. 
- Quanto ao objeto 
- Material 
- Exclusiva (art. 21; 30, IV) 
- Comum (art. 23 – U, E, DF, M) 
- Legislativa 
- Exclusiva (art. 25, caput; 30, I) 
- Privativa (art. 22) 
- Concorrente (art. 24, §§ 1º a 4º; 219-B, § 2º) 
- Geral (art. 24, § 1º) 
- Suplementar (art. 24, § 2º; 30, II) 
- Repartição de competências. 
- CF/88: 
- Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-
se pelas Constituições e leis que adotarem, 
observados os princípios desta Constituição. 
- § 1º - São reservadas aos Estados as 
competências que não lhes sejam vedadas por 
esta Constituição. 
- Repartição de competências. 
- CF/88: 
- Art. 30. Compete aos Municípios: 
- I - legislar sobre assuntos de interesse 
local; 
- II - suplementar a legislação federal e a 
estadual no que couber;

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