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Caso concreto

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Caso concreto: 1
José Manuel contratou um contador para fazer a sua declaração de imposto de renda. O contador lhe solicitou todos os documentos e informações necessários e conferiu todos os dados, com base em possíveis cruzamentos de informações. Como resultado da declaração apresentada, restou apurado o dever de recolher pouco mais de três mil reais. O contador entrega a José Manuel a declaração impressa e em versão digital, acompanhada da guia de recolhimento da primeira parcela, dentro do prazo legal e orienta ele a recolher as demais parcelas. José Manuel recebe e paga a primeira parcela, mas se esquece de fazer qualquer pagamento nos meses seguintes. José Manuel se habilita em um certame público para prestar serviços públicos como temporário em virtude de grande evento esportivo que ocorrerá em sua cidade, conduzido pelas forças armadas. Para isso, lhe é solicitada a entrega de certidões que comprovem sua regularidade fiscal. José Manuel solicita este documento à receita federal e recebe a informação de que em seu nome consta dívida ativa inscrita pelo não pagamento de imposto de renda declarado. Insurge-se e entra em contato com seu contador que lhe relembra que deveria pagar as demais parcelas pela declaração feita recentemente, mas ele reclama pois a RFB inscreveu seu nome sem sequer lhe notificar antes. Indaga-se:
1) o caso concreto trata de que espécie de lançamento?
Lançamento por homologação ou autolançamento, pois o próprio contribuinte realizou o recolhimento do tributo antes de qualquer providência do Fisco, conforme art. 150 caput, CTN.
2) A inscrição é regular ou deveria haver alguma notificação prévia?
Em regra, a inscrição em dívida ativa não carece de notificação, conforme súmula 436, do STJ. Porém, caso haja um lançamento complementar realizado pelo Fisco haverá a necessidade de notificação.
PLANO DE AULA 2 - CASO CONCRETO: 
Diante de ato de autoridade pública supostamente eivado de ilegalidade, CREMILDO BULGAR impetra Mandado de Segurança com pedido de liminar para suspender a exigibilidade do crédito tributário referente ao i mposto d e ren da, que monta em R$ 20.000,00. Deferida a 
liminar, o Juízo de Primeiro Grau leva 3 anos para julgar o mérito, e, ao fazê-lo, den ega a s egurança. O contribuinte, então, interpõe Apelação, acreditando que, ao ser recebida no dup lo efeito, esta preservará os efeitos da liminar. A Fazenda, por sua vez, ajuíza a competente execução fiscal para a satisfação do seu crédito, que a esta altura já alcança R$ 24.000,00, por estar acrescido de ju ros de mora e devidamente corrigido monetariamente. Na execução, o contribuinte alega qu e a mesma deve ser extinta em face da existência de mandado de segurança ainda não transitado em julgado. Pergunta-se: 
a) Nas condições apresentadas, a Execução Fiscal deve ser extinta sem resolução d e mérito? 
Não. A execução fiscal não deve ser extinta sem resolução do mérito porque apelação em mandado de segurança não é recebida em duplo efeito, sendo assim, o crédito passa a ser exigível, podendo, portanto, ser executado. De acordo com a súmula 405, STJ a apelação não tem efeito suspensivo 
b) Quais os efeitos da sentença denegatória da segurança? 
1º - Poderá ocorrer a exigibilidade do crédito; 
2º - O acréscimo dos juros e mora uma vez que a denegação da segurança tem efeitos ex-tunc. 
c) No caso em tela é cabível a incidência de juros e correção monetária? 
Sim. Porque os efeitos da denegatória são ex -tunc, sendo o crédito exigível desde a data do lançamento do crédito. A forma de impedir 
os juros seria o depósito do montante integral. 
Semana 3
Caso Concreto:
Durante os anos de 1989 a 1994 o Governo Federal, através do extinto DAC (Departamento de Aviação Civil) tabelou os preços das passagens aéreas que as empresas cobrariam dos passageiros, e na composição daquele preço o ICMS não foi incluído. Não obstante, os Estados cobravam das Cias aéreas uma vultosa quantia a título de ICMS. Posteriormente, aquele ICMS veio a ser considerado inconstitucional, sendo possível, em tese, o pedido de restituição. Imediatamente a CIA AÉREA VOE BEM - tempestivamente - pleiteou a restituição, via ação de repetição de indébito, em dobro, do ICMS indevidamente recolhido. A Fazenda Estadual, no entanto, contestou o pedido alegando, em preliminar, a ilegitimidade da CIA AÉREA, por descumprimento do art. 166 do CTN, uma vez que o ICMS é imposto indireto, no qual ocorre a transferência do encargo financeiro, bem como ocorreu a prescrição. No mérito, sustenta a impossibilidade de devolução do valor pago em dobro. Enfrente todos os argumentos trazidos pelas partes e aborde, com fundamento na doutrina, na legislação e na jurisprudência, se são procedentes ou improcedentes as alegações apresentadas.
A Cia aérea possui legitimidade, pois o art. 166, do CTN não se aplica nesse caso, pois apesar do ICMS ser um imposto indireto (os que são repassados a terceiros), o fato do preço das passagens terem sido tabelados e não abrangerem o tributo em questão, fez com que as Cias aéreas suportassem sozinhas o pagamento do ICMS, não sendo necessária a autorização dos passageiros (contribuintes de fato), conforme súm. 546, do STF. Em relação a possibilidade de Repetição do indébito por parte da Cia aérea, sim é possível, já que a cobrança foi considerada inconstitucional, conforme art. 165, III, do CTN, dentro do prazo prescricional de 5 anos. Em relação da devolução em dobro não cabe na relação entre Fisco e Contribuinte, mas sim nas relações de consumo. Não há que se falar em prescrição já que o caso concreto narra que a Cia aérea pleiteou a repetição do indébito tempestivamente.
Semana 4
Caso Concreto
Em 10/05/2010, a fiscalização estadual lavrou auto de infração e notificou a empresa COMÉRCIO DE BRINQUEDOS EDUCATIVOS ABC LTDA. para recolher ICMS relativo a fatos geradores ocorridos no período de 01/06/2008 a 31/12/2008. Este tributo deveria ter sido recolhido, conforme legislação estadual até o dia 10 do mês subsequente à data da ocorrência do fato gerador. A notificada impugnou, sem sucesso, a autuação e recorreu tempestivamente ao Conselho de Contribuintes, em 20/06/2010. Em face da sobrecarga de processos na 2a. instância administrativa, o recurso restou paralisado, sem qualquer despacho nem petição das partes, até 20/09/2010, vindo a ser julgado, também desfavoravelmente ao contribuinte, em 10/10/2010. Publicada a decisão (e o aresto unânime) em 15/10/2010, foi a sociedade dela notificada, esgotando-se o prazo para pagar o débito em 22/10/2010. Não advindo pagamento nem pedido de parcelamento, foi o crédito tributário inscrito em dívida ativa, em 22/11/2016, vindo, contudo, a execução fiscal a ser ajuizada somente em 29/11/2016. Citada, a executada ofereceu bens suficientes à penhora e, efetuada esta, ajuizou embargos à execução, alegando haver ocorrido a decadência e, ad argumentandum, a prescrição. Pergunta-se:
a) Procede a alegação de decadência? Se positivo, quando ocorreu?
Não procede a alegação de decadência, pois o Fisco tinha o prazo decadencial de 5 anos a contar do fato gerador para efetuar o lançamento, como houve a impugnação presume-se ter ocorrido o lançamento pelo Fisco, excluindo-se com isso a Decadência.
b) Procede a alegação de prescrição? Se positivo, em que data teria ocorrido?
Procede a alegação de prescrição pois a contar da decisão administrativa publicada em 15.10.2010 o Fisco teria cinco anos para cobrar a dívida ou conseguir o Cite-se do juízo de execução, o que só ocorreu depois de ter caducado o prazo prescricional, ou seja, a prescrição ocorreu no dia 15.10.2015.
c) Quais as causas de suspensão e as de interrupção do prazo prescricional da ação de cobrança do crédito tributário? (Mencione os dispositivos legais)
Ocorre a interrupção do prazo prescricional pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; pelo protesto judicial;por qualquer ato judicional que constitua em mora o devedor e por qualquer ato inequivoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor, conforme art. 174, parágrafo único, I ao IV, do CTN.
Suspendem-se a exibilidade do crédido a moratória, o depósito do seu montante integral, as reclamações e os recursos, a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, o parcelamento, conforme art. 151, do CTN.
d) Esgotado o prazo prescricional dessa ação, o que se extingue?
A pretensão do Fisco de cobrar a dívida do contribuinte e extingue-se o crédito tributário segundo respectivamente os art. 174 e 156, V, ambos do CTN.
e) A prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo juízo? Respostas fundamentadas.
Sim, conforme art. 921, §5º do CPC, podendo ser reconhecida de ofício.
Caso concreto
Caso Concreto Em 2013, determinado Município concedeu isenção do ISSQN, por 10 (dez) anos, para as empresas prestadoras de serviços que viessem se instalar naquele território, gerando, em cada uma delas 25 (vinte e cinco) empregos diretos. Várias dessas empresas, atraídas por esse incentivo fiscal, lá se instalaram. E no ano de 2016, surgiu uma outra norma jurídica revogando essa isenção do ISSQN. Responda:
a) Este caso concreto refere-se a qual espécie de isenção?
Isenção contratual ou onerosa.
b) Pode esta isenção ser revogada? Qual(is) princípio(s) deve(m) ser observado(s)?
Em regra, as isenções contratuais ou onerosas não podem ser livremente suprimidas, conforme art. 178, do CTN e súm. 544, do STF. Entretanto a isenção poderá ser revogada caso as partes deixem de cumprir os requisitos estabelecidos no contrato de concessão de isenção assinado por ambas as partes. Em relação a lei que autorizou as isenções, estas podem ser revogadas a qualquer tempo. Em respeito ao princípio há uma controvérsia jurisprudencial entre respeitar o princípio da anterioridade, porém a doutrina entende que não é necessário respeitar tal princípio, já que não se trata de tributo novo.
c) É possível o ajuizamento de alguma ação para evitar a revogação da isenção mencionada no caso concreto? Caso positivo, qual(is)?
Mandado de segurança, caso esteja dentro do prazo de 120 dias e provas pré-constituídas e a isenção tenha sido concedida dentro do prazo da validade da lei autorizadora.
Semana 6
Caso concreto
Em dificuldade para saldar seus débitos, inclusive tributários, a sociedade comercial Irmãos Tavares & Cia. Ltda., decidiu cerrar suas portas sumariamente, deixando de dar baixa regular em seus registros e obrigações comerciais e fiscais. Tomando conhecimento do fato, fiscais da Receita Federal verificaram não ter sido recolhido o Imposto de Renda dos dois últimos exercícios, tendo em consequência procedido ao lançamento. Notificada regularmente a empresa, na pessoa de seu sócio-gerente, deixou de defender-se administrativamente, correndo o processo administrativo-fiscal à revelia e culminando com a inscrição do crédito tributário em dívida ativa e imediato ajuizamento da execução fiscal. Alertado por seu ex-contador, o sócio-gerente aliena vários bens sociais. Perguntase:
a) São válidos esses atos de alienação? Em que circunstâncias?
Depende. Em princípio, o ato de alienação após a inscrição em dívida ativa é considerado fraude conforme art. 185, do CTN. Entretanto, serão válidos se houver reservas suficientes para a satisfação do crédito tributário, conforme art. 185, parágrafo único, do CTN.
b) Pode a Fazenda Pública requerer a falência da sociedade?
A fazenda pública não pode requerer a falência da sociedade, pois não possui legitimidade e não há interesse em acabar com a empresa pelo fato social, econômico e preservação dos empregos.
c) É possível ao fisco determinar à instituição bancária que lhe forneça os dados das movimentações da sociedade e do sócio gerente para buscar identificar as irregularidades, independente de autorização judicial?
Sim, atualmente o STF permite a migração do sigilo fiscal, já que o sigilo dos dados bancários permanece em poder da Receita Federal e continua resguardado em relação a terceiros.
PLANO DE AULA 7 – CASO CONCRETO A Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, objetivando incrementar a recuperação de sua dívida ativa, realiza a emissão de dup licatas relativamente aos débitos de IPTU inscritos em no me do contribuinte Imobiliária Irmãos Guimarães S/A, e d esconta os títulos na agência local do Banco do Brasil. Este estabelecimento bancário, sub -rogado, vencido o prazo para pagamento amigável e noti ficado pela P refeitura à empresa contrib uinte, promove o protesto das dupli catas no cartório competente da Comarca, que dá ciência ao devedor, assinando-lhe prazo para quitar os títulos. Pergunta-se: a) Que medida judicial pode a empresa tomar, nessas circunstâncias emergenciais, para defesa imediata de seus interesses? b) Se tivesse optado pela emissão de certidão de inscrição em Dívida Ativa, poderia a Prefeitura requerer a falência da empresa comercial? 
A) Embargos à execução. Suscitando a sustação da execução com medida cautelar alegando que a dívida é tributária (execução fiscal). 
B) Não. Por que de acordo com o artig o 18 7 do CTN, a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação e m f alência, recuperação judicial, concordata, inventário o u arrolamento, se verificando, este concurso, apena s e ntre pessoas jurídicas de direito público, na ordem estipulada pela CTN
PLANO DE AULA 8 – CASO CONCRETO Irmãos Sou za & Cia. Ltda., grand e atacadista de gêneros alimentícios, foi autuada em n ovembro/2008 pela fiscalização do ICM S , por recolhimentos insu ficientes do imposto durante os anos de 2005 e 2 006, ten do o auto d e infração to talizado créditos tributários (prin cipal, multas, juros e atualização monetária) no valor de R$ 5 milhões. Impugnado tempestivamente, o lançamento veio a ser mantido, em fevereiro/2009, pela Junta de Revisão Fiscal. Dessa decisão, recorre voluntariamente a empresa para o Conselho de Contribuintes, deixando contudo de efetuar depósito de 30% da quantia em discussão, bem assim de, alternativamente, oferecer fiança bancária, conforme prevê a legislação de regência, para “garantia de instância”. O processo administrativo fiscal é encaminhado ao P residente do Conselho de Con tribuintes, que d etém o ju ízo p reliminar de admissibilidade do recurso; que se vier a ser admitido, será distribuído a uma das Câmaras, a qual poderá rever a decisão vestibular de admissibilidade. Como deve o Presidente do Conselho de contribuintes prodecer? Deve exigir o mencionado depósito prévio administrativo? Responda de acordo com o entendimento atual do Supremo Tribunal Federal. 
R:Princípios constitucionais e legais colidentes devem ser objeto de ponderação. De um lado, militam a favor da inconstitucionalidade/ilegalidade da “garantia de instância”: devido processo legal e ampla defesa; vedação do solve et repet e; exigência de duplo grau/direito do contribuinte a o recurso (CF/ 88, art 5º., XV; CTN, art. 151, III); proporcionalidade/razoabilidade, com seus três postulados (adequação, n ecessidade=meio menos gravoso, e proporcionalidade e m sentido estrito). De outro lado, a favor da exigência: prevalência do int eresse público na evitação de recursos administrativos protelatórios e na necessidade de garantia de crédito essencial à atuação estatal; existência d e exigência similar no recurso trabalhista ordinário, sem qualqu er increpação de inconstitucionalidade; status infraconstitucional da garantia do duplo g rau e condicionamento da previsão de recurso administrativo no CTN (art. 151, III) aos “termos dasleis reguladoras do processo tributário ad ministrativo”; e, na órbita jurisprudencial, a decisão do S TF indeferi ndo a s uspensão cautelar r equerida nas ADINs 1.9 22 e 1 .976 ( mérito ainda não julgado!) e a jurisprudência majoritária, inclusive do TJ -RJ. E m 2 006, o STF -Pleno voltou a apreciar a questão, no bojo de REs, tendendo a mudar a orientação: até início de agosto/06 , a votação est ava 5 X 1 pela inconstitucionalidade da ex igência de depósito, interrompido o julgamento por pedido de vista. 
Semana 9
Em março de 2014, o Estado A instituiu, por meio de decreto, taxa de serviço de segurança devida pelas pessoas jurídicas com sede naquele Estado, com base de cálculo correspondente a 3% (três por cento) do seu faturamento líquido mensal. A taxa, devida trimestralmente por seus sujeitos passivos, foi criada com o objetivo de remunerar o serviço de segurança pública prestado na região. A taxa passou a ser exigível a partir da data da publicação do decreto que a instituiu.
Dez dias após a publicação do decreto (antes, portanto, da data de recolhimento da taxa), a pessoa jurídica PJ Ltda. decide impugnar o novo tributo, desde que sem o risco de suportar os custos de honorários advocatícios na eventualidade de insucesso na demanda, tendo em vista que pretende participar de processo licitatório em data próxima, para o qual é indispensável a apresentação de certidão de regularidade fiscal, a qual será obstada caso a pessoa jurídica deixe de pagar o tributo sem o amparo de uma medida judicial.
Considerando a situação econômica do contribuinte, elabore a medida judicial adequada para a impugnação do novo tributo e a garantia da certidão de regularidade fiscal necessária à sua participação na licitação, considerando a desnecessidade de dilação probatória e indicando todos os fundamentos jurídicos aplicáveis ao caso. (Valor: 5,0)
 
R:A peça apropriada é o Mandado de Segurança, uma vez que se trata de direito líquido e certo e a medida não comporta condenação em honorários advocatícios (Súmula 512 do STF, Súmula 105, do STJ, e Art. 25, de Lei nº 12.016/2009). Deve ser apresentado pedido de liminar para assegurar que o novo tributo não poderá impedir o impetrante de obter a certidão de regularidade fiscal da pessoa jurídica. Para tanto devem ser demonstradas a presença dos requisitos essenciais à liminar, quais sejam o fumus boni iuris (plausibilidade do direito alegado) e o periculum in mora (risco na demora da prestação jurisdicional, em decorrência da proximidade da licitação).
Quanto ao mérito, deve ser alegada a inconstitucionalidade da taxa em razão da violação do princípio da legalidade (Art. 150, I, da Constituição) e ao princípio da anterioridade (tanto a anterioridade do exercício financeiro quanto a anterioridade nonagesimal – Art. 150, III, b e c, da CF). Também deve ser apontada a inconstitucionalidade do fato gerador da taxa não corresponder a serviço público específico e divisível, uma vez que o serviço de segurança pública possui caráter geral e indivisível (Art. 145, II, da Constituição). Vale destacar, ainda, que a taxa é um tributo contraprestacional/vinculado e a base de cálculo instituída pelo decreto não reflete o custo despendido pelo Estado para a prestação da atividade.
Semana 10
A União, por não ter recursos suficientes para cobrir despesas referentes a investimento público urgente e de relevante interesse nacional, instituiu, por meio da Lei Ordinária nº 1.234, publicada em 01 de janeiro de 2014, empréstimo compulsório. O fato gerador do citado empréstimo compulsório é a propriedade de imóveis rurais e o tributo somente será devido de maio a dezembro de 2014. 
Caio, proprietário de imóvel rural situado no Estado X, após receber a notificação do lançamento do crédito tributário referente ao empréstimo compulsório dos meses de maio a dezembro de 2014, realiza o pagamento do tributo cobrado. 
Posteriormente, tendo em vista notícias veiculadas a respeito da possibilidade desse pagamento ter sido indevido, Caio decide procurá-lo(a) com o objetivo de obter a restituição dos valores pagos indevidamente.
R:O examinando deverá elaborar a petição inicial de uma Ação de Repetição de Indébito, uma vez que se pretende a restituição do empréstimo compulsório pago indevidamente. A ação declaratória isoladamente não satisfaz o interesse do cliente, visto que o objetivo não é evitar o lançamento do crédito tributário. Na hipótese, não há mais lançamento a ser realizado, visto que o tributo só seria devido pelo período de maio a dezembro de 2014. Tampouco é cabível a ação anulatória isoladamente, visto que não há lançamento a ser anulado. 
 A ação de repetição de indébito deverá ser endereçada à Vara Federal da Seção Judiciária do Estado X. O autor da ação é Caio e a ré, a União.
No mérito, o examinando deverá demonstrar que o empréstimo compulsório é inconstitucional, uma vez que este tributo deve ser instituído por lei complementar, conforme o Art. 148, caput, da CRFB/88, e não por lei ordinária como na hipótese do enunciado. 
Ademais, o examinando deverá indicar a violação ao princípio da anterioridade, uma vez que o empréstimo compulsório referente a investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional somente pode ser cobrado no exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei, no caso somente em 2015, conforme o Art. 148, inciso II c/c o Art. 150, inciso III, alínea b, ambos da CRFB/88.
Por fim, deve o examinando requerer a procedência do pedido para que os valores pagos indevidamente lhe sejam restituídos.
 
CASO CONCRETO 11
Já nos idos dos anos 50, se verificavam estímulos que demonstravam o interesse de alguns países, no estudo de possibilidades de integração econômica. E, de fato, dessa ép oca para cá vários blocos econômicos foram criados. É o que a doutrina passou a chamar de Nova Ordem E conômica Int ernacional. Verifica-se entã o que o fenômeno da globalização é inevitável, surgindo o que hoje já é chamado de direito comunitário. Atualmente , existem diversos grupos econômicos, dentre eles o MERCOSUL (Tratado de Assunção, de 26 de março de 1991), do qual o Brasil participa e a União Européia, integrada pela sua grande maioria de países europeus. Numa reunião realizada em Roma ( jan de 2005), o Brasil estreitou os laços com a União Européia com objetivo de estimular o comércio e ntre o MERCOSUL e a União Européia, o que aquece o mercado internacional de uma maneira geral, sobretudo a economia brasileira. Nesse sentido, no que se refere à globalização, pergunta-se: 
a) Qual a distinção entre processo de integração econômica e processo unilateral de abertura econômica? 
R= O processo de integração econômica é um acordo internacional que precisa ser ratificado pelos Estados signatários, para poder fazer nascer um novo bloco econômico, como é o caso do MERCOSUL e união Européia, o processo de abertura econômica depende do próprio país, não precisa celebrar acordo internacional basta que esse país tenha a iniciativa de abrir sua economia. 
b) Segundo a doutrina, quais a s fases do processo de integração econômica? 
R= Área de livre comercio; união aduaneira; criação do mercado comum; união econômica; integração econômica total. 
Semana 12
Zeta é uma sociedade empresária cujo objeto social é a compra, venda e montagem de peças metálicas utilizadas em estruturas de shows e demais eventos. Para o regular exercício de sua atividade, usualmente necessita transferir tais bens entre seus estabelecimentos, localizados entre diferentes municípios do Estado de São Paulo.
Apesar de nessas operações não haver transferência da propriedade dos bens, mas apenas seu deslocamento físico entre diferentes filiais de Zeta, o fisco do Estado de São Paulo entende que há incidênciade Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços – ICMS nesse remanejamento. Diante da falta de recolhimento do imposto, o fisco já reteve por mais de uma vez, por seus Auditores Fiscais, algumas mercadorias que estavam sendo deslocadas entre as filiais, buscando, assim, forçar o pagamento do imposto pela sociedade empresária.
Considere que, entre a primeira retenção e a sua constituição como advogado, passaram-se menos de dois meses. Considere, ainda, que todas as provas necessárias já estão disponíveis e que o efetivo pagamento do tributo, ou o depósito integral deste, obstaria a continuidade das operações da empresa que, ademais, não quer se expor ao risco de eventual condenação em honorários, no caso de insucesso na medida judicial a ser proposta.
Com receio de sofrer outras cobranças do ICMS e novas retenções, e também pretendendo a rápida liberação das mercadorias já apreendidas, uma vez que elas são essenciais para a continuidade de suas atividades, a sociedade empresária Zeta o procura para, na qualidade de advogado, elaborar a petição cabível, ciente de que, entre a retenção e a constituição do advogado, há período inferior a 120 (cento e vinte) dias, e que, para a demonstração dos fatos, há a necessidade, apenas, de prova documental que lhe foi entregue
R: O examinando deverá elaborar a petição inicial de um Mandado de Segurança, diante da existência de prova pré-constituída e ausência do decurso do prazo de 120 dias desde a primeira apreensão das mercadorias. Não seriam cabíveis ações como a declaratória ou a anulatória, diante da informação de que a pessoa jurídica não quer se expor ao risco de condenação em honorários de sucumbência.
No mérito, o examinando deverá alegar que, nas transferências entre estabelecimentos do mesmo contribuinte, não incide o ICMS, conforme Súmula nº 166 do STJ.
Deverá o examinando argumentar, ainda, que não é possível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para o pagamento de tributos, conforme Súmula nº 323 do STF.
Deverá ser exposta a presença do fumus boni iuris (plausibilidade do direito alegado pela parte) e do periculum in mora (risco de demora na concessão do provimento jurisdicional pleiteado), de modo a justificar o pedido de concessão de medida liminar.
Por fim, deve ser requerida a concessão da segurança, com os pedidos de confirmação da liminar/ordem de liberação da mercadoria em definitivo, declaração de que não há incidência de ICMS no caso e a determinação de abstenção de novas retenções e cobranças futuras.
 
Semana 13
CASO CONCRETO O BANCO DO BRASIL S/A promove ação anulatória perante o Município de Goiânia para obter a declaração de nulidade de auto de in fração, lavrado pelo não recolhimento do ISSQN, sobre serviços bancários não incluídos na lista anexa a Lei 116/03. Como fundamento de sua pretensão invoca a impossibilidade de aplicação de an alogia p ara exigir pagamento de tributo não previsto na lei, consoante previsão do art. 108, § 1º, CTN. O Município de Goiânia, em sede de contestação, resiste à pretensão autoral sob a justificativa de que o caso é de aplicação extensiva da lei e não de analogia. Com quem está a razão? Resposta fundamentada. 
R= A doutrina entende que NÃO, porque fere o principio da estrita legitimidade, art.150, I,CRFB/88, porém a jurisprudência Aceita interpretação extensiva. 
CASO CONCRETO 
João Manuel saiu de casa em uma comum n oite de sábado com a finalidade de comprar um maço de cigarros no botequim da esquina . Sua esp osa, Maria, estranhou a situação, mas não questionou a vontade do ma rido. O seu estranhamento somente se manifestou horas mais ta rde ao não ver o marido retornar. Dirigiu-se ao bar e não o encontrou. Disseram-lhe, contudo que ele havia entrado em um veículo, onde se podia ver a figura de uma loura. Busc ou aj uda dos filhos para encontrar João Manuel. Nenhum sucesso. Com o passar dos anos, decidiram pedir a partilha dos bens e, assi m, a decretação da morte presumida de João, nos termos da lei civil. Seguindo-se o rito processual, é decretada a morte presumida e realizada a sucessã o provisória. Alguns meses ap ós esta última decisão, João Manuel regressa de sua longa lua -de-mel com a loura e requer a 
devolução de seu patrimônio - o que é imediata mente deferido pelo juízo competente. Indaga-se: 
a) Há incidência do ITCMD na sucessão provisória? 
R= Sim é legitima, sumula 331 STF, “ É legítima a incidência do imposto de transmissão causa mortis no inventário por morte presumida”
, 
 
b) Há incidência do ITCMD na devolução do patrimônio a João Manuel? 
R= Não, mas dependendo do Estado se houver previsão em lei, Art.118, CTN.
CASO 15 
 
CASO CONCRETO 
Determinado proprietário de veículo automotor (VECTRA -GT) ajuíza ação anulatória de lançamento do IPVA, tendo como argumentos o texto do artigo 146, inciso III da CRFB/88, e a ausência de dispositivos no Código Tributário Nacional acerca do IPVA. Entende o proprietário do veículo automotor que os Esta dos não podem inovar a ordem jurídica na ausência de Lei Complementar sobre o tributo em exame, já que a tributação não teria suporte constitucional. A liminar pleiteada foi indeferida. O Estado do Rio de Janeiro apresenta contestação, defendendo a tributação em 
comento, já que a ausência da L ei Complementar geral não impossibilita a cobrança do IPVA. 
Decida a questão, declinando os fundamentos jurídicos pertinentes. 
R= Se não tem lei geral os Estados tem competência para a cobrança de IPVA, se houver permanecer a lei complementar geral, art.24,§3º da CRBF/88, art.34 do ADCT.
CASO CONCRETO 16
João Manuel saiu de casa em uma comum noite de sábado com a finalidade de 
comprar um maço de cigarros no botequim da esquina . Sua esposa, Maria, 
estranhou a situação, mas não questionou a vontade do marido. O seu 
estranhamento somente se manifestou horas mais t rde ao não ver o marido 
retornar. Dirigiu-se ao bar e não o encontrou. Disseram-lhe, contudo que ele havia 
entrado em um veículo, onde se podia ver a figura de uma loura. Busc ou aj uda dos 
filhos para encontrar João Manuel. Nenhum sucesso. Com o passar dos anos, 
decidiram pedir a partilha dos bens e, assi m, a decretação da morte presumida de 
João, nos termos da lei civil. Seguindo-se o rito processual, é decretada a morte 
presumida e realizada a sucessão provisória. Alguns meses ap ós esta última 
decisão, João Manuel regressa de sua longa lua -de-mel com a loura e requer a 
devolução de seu patrimônio - o que é imediata mente deferido p elo juízo 
competente. 
Indaga-se: 
a) Há incidência do ITCMD na sucessão provisória? 
R= Sim é legitima, sumula 331 STF, “
É legítima a incidência do imposto de 
transmissão causa mortis no inventário por morte presumida”
, 
 
b) Há incidência do ITCMD na devolução do patrimônio a João Manuel? 
R= Não, mas dependendo do Estado se houver previsão em lei, Art.118, CTN.

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