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MONOGRAFIA OLIVINA MARIA DO NASCIMENTO

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FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE OLINDA - FUNESO
CURSO DE HABILITAÇÃO EM PEDAGOGIA
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL, NA (COLOCAR O NOME DA ESCOLA)
NOME DO GRADUANDO
ITAPIPOCA - CE
2016
NOME DO GRADUANDO
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL, NA (COLOCAR O NOME DA ESCOLA)
Monografia apresentada à Banca Examinadora do Curso de Habilitação de Pedagogia da Fundação de Ensino Superior de Olinda - FUNESO, como requisito parcial para a obtenção do título de habilitado (a) em Pedagogia.
Orientador: Prof Dr Renato da Guia Oliveira
ITAPIPOCA-CE
2016
TERMO DE APROVAÇÃO
NOME DO GRADUANDO
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL, NA (COLOCAR O NOME DA ESCOLA)
Monografia apresentada à Banca Examinadora do Curso de Habilitação de Pedagogia da Fundação de Ensino Superior de Olinda - FUNESO, como requisito parcial para a obtenção do título de habilitado (a) em Pedagogia.
Monografia aprovada em ___/___/_____		Nota: _____
_______________________________________________
Nome do graduando
Banca Examinadora:
_______________________________________________
Orientador
_______________________________________________
Prof...................................................................
Coordenador (a) do Curso
ITAPIPOCA – CE
2016
"Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade"
(Vygotsky)
AGRADECIMENTOS
À Deus pela força suprema para superar os obstáculos.
As filhas que são fontes de inspiração para a minha vida.
A minha mãe, que sempre acreditou no meu sucesso e participar das minhas vitórias.
A meus amigos e minhas amigas de curso em especial, que contribuiram de alguma forma na construção desse ideal.
E a todos aqueles que com suas manifestações de carinho e respeito ajudaram-me no alcance desta vitória.
Dedico este trabalho aos meus filhos por me dar muito orgulho em poder ser sua mãe e por
aprender com uma facilidade enorme as coisas. A minha família pelo incentivo e compreensão.
RESUMO
Este trabalho tem como finalidade mostrar o valor e a importância do lúdico para o desenvolvimento psicológico da criança, visto que jogos e brincadeiras são, conforme os estudiosos, experiências afetivas que se correlacionam ao ambiente e devem ser aplicadas nas crianças em fase escolar. Respaldada por expressivos referenciais teóricos, a proposta de trabalho apresentada permite afirmar a existência de jogos e brincadeiras infantis, que se bem aplicadas, certamente influenciarão no desenvolvimento da educação psicomotora e conseqüentemente, no processo escolar. Ressaltam-se os principais aspectos do lúdico no processo de aprendizagem que certamente farão com que os educadores motivem-se para a realização de novos estudos sobre o tema abordado.
Palavras-Chave: Lúdico, Educação Infantil.
ABSTRACT
This work has as purpose to show to the value and the importance of playful for the psychological development of the child, since games and tricks are, in agreement the scholars, affective experiences that if correlate to the environment and must be applied in the children in pertaining to school phase. Endorsed for expressive theoretical, the work proposal presented allows to affirm the existence of games and infantile tricks, that if applied well, certainly will influence in the development of the education and consequently, in the pertaining to school process. The main aspects of the playful one in the learning process are standed out that certainly will make with that the educators motivate themselves for the accomplishment of new studies on the boarded subject.
Key-words: Playful, Early Childhood Education.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	10
CAPÍTULO I - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL	12
1. 1 Conceito de lúdico .................................................................................... 12
1. 2 Os teóricos que falam sobre o lúdico	 ....................................................... 16
1. 3 Como são utilizadas as práticas lúdicas na educação infantil ................. 20
CAPÍTULO II - OS TIPOS DAS BRINCADEIRAS LÚDICAS ................................... 25
2. 1 Os tipos das brincadeiras lúdicas ............................................................. 25
2. 2 Os benefícios das atividades lúdicas ....................................................... 30
CAPÍTULO III - METODOLOGIA	32 
3.1 Pesquisa de campo	32
3. 2 Descrição, análise e discussão dos dados/resultados	33
CONSIDERAÇÕES FINAIS	38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	40
ANEXO I	43
ANEXO II	44
INTRODUÇÃO
O estudo tem como tema “A importância do lúdico na Educação Infantil”, que tem como necessidade de conhecermos melhor o tema abordado e o desenvolvimento que tem sido atribuído ao brinquedo por professores, pais e responsáveis do núcleo de educação infantil desta instituição. 
Este trabalho surgiu da necessidade de conhecermos melhor o lúdico em sala de aula de Educação Infantil, sua importância para o aprendizado enquanto aluno e sua preparação como ser humano mediante o social.
Justifica-se em virtude da importância da Educação Infantil para a nossa sociedade, sabendo que ela é a base na vida da criança enquanto aluno e o momento em que essa criança pode sentir-se atraída ou não pela escola. Tendo em vista os desafios de professores, pais e sociedade em geral em conversas formais e informais, pela necessidade de encontrar formas de ensinar verdadeiramente.
Sabe-se que a Educação Infantil deve ser um ambiente especialmente para desabrochar todas as potencialidades da criança e por esse motivo, deve ser oferecido à criança, oportunidade de ser estimulado e motivado e assim, desenvolver as habilidades.
O presente estudo teve como objetivo geral conhecer profundamente a pratica de lúdico em sala de aula, compreender a criança melhor, seus desejos, relacionar e refletir sobre a importância do brincar do desenvolvimento psicológico das crianças.
Ajudá-la, compartilhando em ensinamentos necessários à sua vivencia, encarando-a como ser em formação, mas que precisa encontrar um ambiente atraente que prepará-la como aluno e como um ser capaz de resolver situações-problema.
O estudo em questão vem falar sobre a importância de como o professor deve posicionar–se em sala de Educação Infantil, toda atenção e cuidado que deve ter ao expor as atividades para seus alunos e sobre as responsabilidades da escola nesse processo de aprendizagem.
O primeiro capítulo aborda sobre a origem do lúdico e o que estão incluídos nele, como brinquedos e divertimento que oportunizam e facilitam a aprendizagem da criança. Mostra a sua importância na Educação Infantil e cita a visão dos filósofos e outros teóricos como Kishimoto (1998) sobre o lúdico e as melhores práticas. 
Segundo o capítulo cita as práticas lúdicas na sala de aula, sobre a importância do acompanhamento do professor e ainda sobre sua função como motivar e suscitar o desejo de aprender a partir de socialização e interação na visão dos filósofos estudados.
O terceiro capítulo mostra a metodologia aplicada que foi através da observação em sala de aula e questionário dirigido aos educadores, o que auxiliou este estudo em sua finalização. 
 
 
 
CAPÍTULO I - o lúdico na Educação Infantil
1. 1 Conceito de lúdico 
O lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que quer dizer “jogos” e “brincar”.E neste brincar estão incluídos os jogos, brinquedos e divertimentos, isto oportuniza a aprendizagem do indivíduo. 
A introdução do lúdico na vida escolar do educando é uma maneira muito eficaz de repassar pelo universo infantil para imprimir-lhe o universo adulto, nossos conhecimentos e principalmente a forma de interagirmos. O ato de brincar estimula o uso da memória que ao entrar em ação se amplia e organiza o material a ser lembrado, tudo isto está relacionado com aparecimento gradativos dos processos da linguagem que ao reorganizarem a vivencia emocional e eleva a criança a um nível de processos psíquicos.
A lucidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita à aprendizagem, do desenvolvimento pessoal, social e cultural e colabora para boa saúde mental e física.
Sneyders (1996, pag. 36) comenta que “Educar é ir em direção a alegria.” As técnicas lúdicas fazem com que a criança aprenda com prazer, alegria e entretenimento, sendo relevante ressaltar que a educação lúdica está distante da concepção ingênua de passa tempo, brincadeira vulgar, diversão superficial.
Portanto, é de primordial importância a utilização das brincadeiras e dos jogos no processo pedagógico, pois os conteúdos podem ser ensinados por intermédio de atividades predominantes lúdicas.
Por meio das atividades lúdicas a criança comunica-se consigo mesma e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais, constrói conhecimentos desenvolvendo-se integralmente.
É através do lúdico que a criança desenvolve e exercita suas capacidades motoras (coordenação dos movimentos, equilíbrio, ritmo), intelectuais (atenção, memória, raciocínio, percepção, pensamento, abstrato, linguagem) e de relacionamento com os outros. Brincando educa sua sensibilidade para apreciar seus esforços, o prazer de fazer uma atividade de sua própria iniciativa e o interesse em construir e criar.
Segundo Brenelli (1996), a utilização do lúdico no aprendizado da criança é muito antiga, vem dos gregos e romanos e, de acordo com os novos ideais de ensino, o jogo deve ser utilizado para facilitar as tarefas escolares.
A brincadeira é uma linguagem da criança e é importante que esteja presente na escola desde a Educação Infantil para que o aluno possa se colocar e se expressar através de atividades que mantenham a espontaneidade das crianças.
Para Oliveira (1990), as atividades lúdicas é a essência da infância. Por isso, ao abordar este tema não podemos deixar de nos referir também Á criança. Ao retornar a história e a evolução do homem na sociedade, vamos perceber que a criança nem sempre foi considerada como é hoje. 
Antigamente, ela não tinha existência social, era considerado miniatura do adulto, ou quase adulto, ou adulto em miniatura. Seu valor era relativo, nas classes altas, era educada para o futuro e nas classes baixas o valor da criança iniciava quando ela poderia ser útil ao trabalho, colaborando na geração da renda familiar.
Segundo Almeida (2004), cada época e cada cultura têm uma visão diferente de infância, mas a que mais predomina foi a da criança como ser inocente, inacabado, incompleto, um ser em miniatura, dando a criança uma visão negativa. Entretanto já no século XVIII, Rousseau se preocupava em dar uma conotação diferente para a infância, mas suas idéias vieram a se firmar no início do século XX, quando psicólogos e pedagogos começaram a considerar a criança como uma criatura especial com especificidades, características e necessidades próprias.
Foi preciso que houvesse uma profunda mudança da imagem da criança na sociedade para que se pudesse associar uma visão positiva a suas atividades espontâneas, surgindo como decorrência à valorização dos jogos e brinquedos. O aparecimento do jogo e do brinquedo como fator do desenvolvimento infantil proporcionou um campo amplo de estudos e pesquisas e hoje é questão de consenso a importância do lúdico.
Com brincadeiras e jogos o espaço escolar pôde-se transformar em um espaço agradável, prazeroso, de forma a permitir que o educador alcance sucesso em sala de aula. Os educadores devem ser multifuncionais, ou seja, não apenas educadores, mas filósofos, sociólogos, psicólogos, psicopedagogos, recreacionistas e muito mais, para que possam desenvolver as habilidades e a confiança necessária nos educandos.
Com relação ao jogo, Piaget (1998) acredita que ele é essencial da vida da criança. 
De início tem-se o jogo do exercício que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos. Em torno dos 2 - 3 e 5 - 6 anos nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos, que satisfaçam a necessidade da criança de não somente relembrar mentalmente o conteúdo, mas de executar a representação.
Negrine (1994), em estudos realizados sobre aprendizagem e desenvolvimento infantil, afirma que “quando a criança chega à escola traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica.” Segundo esse autor, é fundamental que os professores tenham conhecimento do saber que a criança construiu na interação com o ambiente familiar e sociocultural, para formular sua proposta pedagógica.
A criação de espaços e tempos para os jogos e brincadeiras é uma das tarefas mais importantes do professor, principalmente na escola de Educação Infantil. Cabe aos educadores organizar os espaços de modo a permitir as diferentes formas de brincadeiras, por exemplo, que as crianças que estejam realizando um jogo mais sedentário não sejam atrapalhadas por aquelas que realizam uma atividade que exige mais modalidade e expansão de movimentos, ou seja, observando e respeitando as diferenças de cada um.
Segundo Severino (1991) os profissionais das escolas infantis precisam manter um comportamento ético para as crianças, não permitindo que estas sejam expostas ao ridículo ou que passem por situações constrangedoras. Alguns adultos, na tentativa de fazer com que as crianças lhe sejam obedientes deflagram nelas sentimentos de insegurança e desamparo, fazendo-as se sentirem temerosas de perder o afeto, a proteção e a confiança dos adultos.
Uma observação atenta pode indicar o professor que sua participação seria interessante para enriquecer a atividade desenvolvida, introduzindo novos personagens ou novas situações que tornem o jogo mais rico e interessante para as crianças aumentando suas possibilidades de aprendizagem.
As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tomar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade (VYGOTSKY, 1989, p.72). 
Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. Sendo, por isso, indispensável à prática educativa.
Os jogos educativos com fins pedagógicos revelam a sua importância em situações de ensino-aprendizagem ao aumentar a construção do conhecimento, introduzindo propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora, possibilitando o acesso da criança a vários tipos de conhecimentos e habilidades.
O lúdico não está apenas presente no ato de brincar, mas também no ato de ler, no apropriar-se da leitura como forma natural de descobrimento e compreensão do mundo. Atividades de expressão lúdica atraem a atenção das crianças e podem se constituir em um mecanismo de potenciação de aprendizagem. 
Atividades lúdicas favorecem o desenvolvimento motor e psicomotor das crianças em suas atividades, principalmente em escolas onde não existe um espaço lúdico, como por exemplo, uma brinquedoteca:
Na verdade, a atividade lúdica é uma forma de o individuo relacionar-se com a coletividade e consigo mesma. (AMARILHA, 1997, p.82).
Para a autora, a lucidade depende diretamente da compreensão do texto e ambas podem ser ensinadas. As figuras do livro como brinquedo, contribuem na formação de um futuro leitor:O objeto, sons, movimentos, cores, figuras, pessoas, tudo pode virar brinquedo através de um processo de interação em que funcionam como alimento que nutrem a atividade lúdica, enriquecendo. (AMARILHA, 1997, p.83)
O lúdico é uma forma agradável, eficaz e necessária na vida do ser humano, mas precisamente na infância. Pode-se perceber a partir de estudos que na Educação Infantil é de grande valor, pois, desenvolve o aspecto pessoal, social e cultural e ainda colabora com a saúde mental e física da criança. 
A lucidade favorece na criança o exercício de suas atividades com prazer e desenvolver nela a capacidade de aprender se divertindo, e além de brincar, momentos que dão segurança individual ou coletivamente, proporcionando alegria e as oportunidades educativas que é um direito humano. A escola por sua vez deve preocupar–se com jogos, leitura e enfim saber que o lúdico não é apenas brincar, mas ensinar com prazer e conseqüentemente a criança aprende se divertindo. 
1. 2 Os teóricos que falam sobre o lúdico
A vinculação do termo lúdico à educação tem sido constante nos discursos da área pedagógica, na qual a exaltação de sua importância, a valorização de seu emprego para o desenvolvimento integral da criança por toda parte. Apesar do destaque mais intenso que o tema vem recebendo atualmente, os estudos que defendem sua aplicação e seu vínculo ao processo educativo podem ser verificados ao longo dos registros de nossa história. Diversos são os autores que desde a antiguidade ressaltam as qualidades educativas que o jogo, por seus atributos, tem a propriedade de alcançar.
Conforme Kishimoto (1996), a importância dos jogos já fora destacada por filósofos como Platão e Aristóteles e posteriormente Quintiliano, Montaigne e Rousseau que já defendiam naquela época, o papel do jogo na educação. Como se pode perceber o interesse pelo lúdico é antigo, e sua utilidade na construção da maturidade e do prazer e ainda no estímulo à imaginação.
A partir da década de cinqüenta do século XX, surgiram vários estudos sobre o jogo, e seus mais importantes estudiosos concordam ser ele um fenômeno da mente, sendo visto como uma atividade que pode ser expressiva ou geradora de habilidades cognitivas gerais.
Segundo Huizinga (2000, p. 6), o lúdico manifesta-se através do jogo: “A existência do jogo é amigável. É possível negar, se quiser quase todas as abstrações; a justiça, a beleza, a verdade, o bem, Deus. É possível negar-se seriedade, mas não ao jogo.”
Na escola infantil, os pais são os primeiros a expressarem insatisfação quando da percepção de que a criança tenha brincando durante o período da aula. Eles expressam uma satisfação maior com as tarefas e os trabalhos que possam ser desenvolvidos pela criança do que com as manifestações lúdicas se encontram mais presentes, uma vez que, de certa maneira, situações permeadas de lucidade não lhes soam como produtoras, tampouco como ferramenta de preparação de seus filhos para o futuro. 
A partir dessa forma de compreensão, o brincar é compreendido, na sociedade como perca de tempo (HUIZINGA, 2000).
Separar o aprender do brincar tem a convivência da maioria dos pais, sendo que alguns se afligem quando seus filhos trazem para casa indícios de que brincaram na escola, sem se preocupam em procurar saber se isto foi uma procurar saber se isto foi uma estratégia de ensino, ou prazeroso na vivencia da criança. (DOHME, 2003, p. 11).
 
Para esses pais, os aprendizados assim como o desenvolvimento das crianças devem está vinculados a um fazer incessante, por meio do qual a criança execute intermináveis tarefas, tendo o caderno repleto de exercícios e atividades, o que lhes proporciona, de certa forma, uma sensação de tranqüilidade com relação a formação educacional dos filhos.
Quando compara o futuro do lúdico na infância e coloca as crianças das diferentes camadas sociais em níveis de igualdade, Marcelino (1990) denuncia a relação de denominação que existe entre as diferentes faixas da cultura da criança, o autor defende a necessidade de este ser vivenciado, independentemente da classe social à qual a criança pertença.
Quando detecta a impossibilidade de vivência do lúdico nas diferentes camadas sociais, o autor alerta para a unidade de infância, mesmo reconhecendo suas diferenças de classe, porém levando em conta que “[...] com relação ao adulto, todas as crianças são proletárias em termos de projetos humanos, e da própria vivencia de sua faixa etária”. (MARCELINO; 1990 p. 56).
Vygotsky (1989) atribui relevante papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil. É brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos.
A criança, por meio da brincadeira reproduz o discurso externo e o internaliza, construindo seu próprio pensamento. A linguagem, segundo Vygotsky (1989), tem importante papel no desenvolvimento cognitivo da criança à medida que sistematiza suas experiências e ainda colabora na organização dos processos em andamento.
 
A brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento proximal que não é outra coisa se não a distância entre o nível atual do desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento potencial, determinando através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um comportamento mais capaz. (VYGOTSKY, 1989, p. 97).
Huizinga salienta que as características do jogo, a partir das quais o lúdico se manifesta assim conceitua o termo:
[...] uma atividade livre, conscientemente tomada como “não séria” e exterior Á vida habitual, mas ao mesmo capaz de observar o jogador de maneira intensa e total. É uma atividade desligada de todo e qualquer interesse material, com o qual não se pode obter qualquer lucro, praticada dentro de limites espaciais e temporais próprios segundo certa ordem e certas regras. (HUIZINGA, 2000, p. 16)
O autor delega ao jogo o espaço de manifestação do componente lúdico da cultura e considera que de sua vivência não deve haver outra expectativa senão a do jogo pelo jogo, destituindo-o de qualquer possibilidade de instrumentalização.
Neste sentido, a partir da compreensão de lúdico defendida por Huizinga (2000), observa-se que ele deve ter caráter espontâneo e desvinculado de um fazer produtivo, não cabendo, portanto, sua aplicação na escola com fins didáticos e pedagógicos, uma vez que, ao menos teoricamente, esses fins remetem à obtenção de alguns objetivos propostos segundo o professor que o utiliza como instrumento de aprendizagem, visando ao desenvolvimento de seus alunos no que se relaciona com o conteúdo ali aplicado.
Quando se fazem observações nas maneiras de expressão dos professores, nota-se o uso indistinto de alguns termos diretamente relacionado ao lúdico, tais como jogo, brinquedo e brincadeira empregados em suas ações. Há uma diferenciação relativa a alguns termos que em muitas obras aparecem como sinônimos, mas que carregam em seu cerne certa distinção: os termos jogo, brinquedo e brincadeira serão aqui conceituados a partir do estudo de Kishimoto (1996), que apresenta algumas peculiaridades a cada um deles, o que os torna diferentes uns dos outros. 
A palavra jogo segundo o autor, pode ser identificada pela presença de um sistema de regras especificas, sendo também compreendido pelo próprio objeto, por exemplo: o tabuleiro de xadrez.
Já o brinquedo supõe uma relação intima com a criança e uma determinação quanto ao uso, ou seja, não existe um sistema de regras que organize sua utilização. O brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade, surgindo assim a brincadeira.
1. 3 Como são utilizadas as práticas lúdicas na Educação Infantil
De acordo com Almeida (1987), as práticas lúdicas deverão ser dirigidas e sempre acompanhadaspelo professor visando o bem estar da criança e despertando nele o interesse pelo o aprendizado, proporcionando momentos de prazer e socialização.
Estas práticas têm como objetivo primordial, explorar o universo infantil transmitindo confiança durante as atividades.
Ainda para Almeida (1987), a esperança de uma criança ao caminhar para a escola é encontrar um amigo, uma guia, um animador, um líder muito consciente e que se preocupe com ela e que faça pensar, tomar consciência de si e do mundo e que seja capaz de dar-lhe as mãos para construir com ela uma nova história e uma sociedade melhor.
Segundo Sarmento (2003, p.373) afirma que, “as crianças são competentes e tem capacidade de formularem interpretações da sociedade dos outros e de si próprios, da natureza, dos pensamentos e dos sentimentos, de os fazeres de modo distinto e de usarem para lidar com tudo o que os rodeia.”
Considerando o que diz o autor, ao pensar em trabalhar com as crianças, é necessário que tenha em mente que a organização dos aspectos deve promover a cooperação e acima de tudo a autonomia.
Para Jolibert (1994), é a partir dos espaços e dos materiais que são organizados para o desenvolvimento das atividades que as mesmas vão se inserindo de forma significativa nos grupos, desenvolvendo sua autocrítica, diante das proposições e das interações proporcionadas pelo grupo e pelo professor. Assim, as crianças vão construindo a cooperação através da experimentação, da realidade e do conflito vivenciando as situações sociais.
Segundo Niza (1996, p. 141), os professores necessitam entender que as situações que se criam no desenvolvimento das práticas devem ser direcionadas não apenas à construção de conceitos e habilidades, mas também, “à construção de uma ética, uma estética, uma noção política e de identidade pessoal.”
O professor deve instigar a criança para que esta possa construir novos significativos diante do que aprende nas instituições de Educação Infantil, relacionando-os com as outras experiências fora desses ambientes.
A autora acrescenta que o dilema de lidar com todas essas contradições e com toda essa complexidade no trabalho educativo da Educação Infantil pode ser superada na organização de currículos que priorizem momentos em que as crianças possam se expressar com alegria, integradas e envolvidas em trabalhos que lhes possibilitem a reflexão sobre seus contextos sociais.
De acordo com Morin (1996), é preciso que os professores olhem para as crianças e busquem compreender a estrutura do conhecimento produzido por elas.
Para formação do educador infantil, ganha em qualidade se, em sua sustentação, estiverem presentes três pilares: Formação teórica; Formação pedagógica e Formação lúdica. Diante disso a formação continuada precisa salientar a dimensão cultural da vida das crianças e adultos, de maneira que as crianças aprendam com a história vivida pelos mais velhos e estes vejam a criança como sujeito histórico, social e cultural.
A decisão de se permitir envolver no mundo mágico infantil seria o primeiro passo que o professor deveria dar. Explorar o universo infantil exige do educador conhecimento teórico, prático, capacidade de observação, amor e vontade de ser parceiro da criança neste processo. 
Como relata Almeida (1987, p. 195), “a aplicação de jogos, brincadeiras e brinquedos em diferentes situações educacionais podem ser um meio para estimular, analisar e avaliar aprendizagens específicas, competências e potencialidades das crianças envolvidas.”
É possível também fazer o mapeamento da criança em sua trajetória lúdica durante sua vivencia dentro de um jogo ou de uma brincadeira, buscando dessa forma entender e compreender melhor suas ações e fazer intervenções e diagnósticos mais seguros.
Segundo Vygotsky (1989), é importante demarcar que o eixo principal em torno do qual o brincar deve ser incorporado nas práticas pedagógicas e o seu significado exige a garantia de tempos e espaços para que as próprias crianças criem e desenvolvam suas brincadeiras, não apenas em locais e horários destinados pela escola a essas atividades (como os pátios e parques para a recreação), mas também nos espaços das salas de aula, por meio da invenção de diferentes formas de brincar com os conhecimentos. 
Segundo Almeida (1987) uma das principais funções dos educadores é arranjar tempo para conversar com as crianças quando a brincadeiras precisa terminar, sobre o que estavam fazendo e o que pareciam está obtendo com ela. Igualmente imprescindível é o subseqüente planejamento dos educadores para ampliar e desenvolver as oportunidades dos alunos através de suas brincadeiras espontâneas, a partir da análise e avaliação das experiências lúdicas e cada dia.
Segundo Rego (2000, p. 80), “para trabalhar com os jogos em todas as suas dimensões, tanto cognitivas, quanto afetivas, temos que traçar e definir os objetivos que se quer alcançar para não ficar um momento solto e sem significado dentro da sala de aula.”
De acordo com Weiss (2000, p. 23):
Ao ensinar com carinho e respeito às individualidades e potencialidades estaremos mais próximos de prevenir os fracassos escolares. É ampliar a saúde educacional, é dar sentido ao que é realmente significante para quem quer aprender. Aos educadores envolvidos com o processo de aprendizagem cabe resgatar nas crianças o gosto pelo aprender, à vontade pela busca de conhecimento. Consideramos que através de jogos isso se processaria mais facilmente. (WEISS, 2000, p. 23)
Observar a criança como um sujeito pensante, orgânico, corporal, intelectual e simbólico e ponto de partida para uma nova concepção de aprendizagem, aquela que realmente buscará o sucesso.
De acordo com as teorias de Dantas (2003, p. 111) “o termo lúdico refere-se à função de brincar (de forma livre e individual) e jogar no que se refere a uma conduta social que supõe regras”. 
Assim, o jogo é como se fosse uma parte inerente do ser humano, sendo encontrado, na filosofia, na arte, na Pedagogia, na poesia (com rimas de palavras) e em todos os atos de expressão.
 Portanto, o emprego da atividade lúdica, defini a toda e qualquer tipo de atividade alegre e descontraída, desde que possibilite a expressão do agir e interagir. O adulto também pode ser beneficiado com atividade lúdicas, tornando o processo de ensino/aprendizagem de línguas mais motivados, descontraídos e prazerosos, aliviando certas tensões que são carregadas pelo ser humano devido ao constante estresse do dia-a-dia.
Segundo Kishimoto (1998), ao aplicar atividades lúdicas em sala tem que ter a consciência de que não há possibilidade de dar receitas, uma vez que a atividade proposta estará envolvida com múltiplos fatores sociais, os quais irão variar de acordo com o grupo. 
Cabe então ao professor fazer adequação e modificação no que se pretende ensinar. Com isso, a articulação de sua teoria/prática será inteiramente responsabilidade do docente. Ao propor uma atividade lúdica deverá analisar as possibilidades de utilização em sala de aula e também adotar critérios para analisar o valor educacional das atividades que deseja trabalhar.
O professor deve ter em mente os objetivos que pretende atingir com a atividade lúdica que ele for inventar ou reelaborar, respeitando o nível em que o aluno se encontra e o tempo de duração da atividade, para que sejam possíveis a ação, exploração e reelaboração.
A intervenção do professor deve ocorrer no momento certo, estimulando-os para a reflexão, para que possa ocorrer a estruturação do conhecimento. Assim o aluno poderá descobrir, vivenciar, modificar e recriar regras, assimilando o conteúdo em pauta.
A mediação é essencial, tornando-se concreta a partir do momento que o professor domina o conteúdo. Só assim ele poderá propor uma atividade lúdica com objetivos além do simples gosto de brincar, ou seja, ele poderá estimular o cognitivo de acordo com seu objetivo, fazendo com que o aluno possa respeitar limites, socializar, explorar sua criatividade interagindoe aprendendo a pensar.
É preciso preparar atividades que resgate conhecimentos prévios em relação aos conteúdos de aprendizagem e, que esses sejam significativos e que provoquem um conflito cognitivo e faça o aluno estabelecer uma relação entre os novos conteúdos e os conhecimentos prévios. Por isso, o professor precisa saber e compreender, para agir de modo eficaz, seduzindo o aluno a participar com entusiasmo. 
CAPÍTULO II - BRINCADEIRAS LÚDICAS
2. 1 Os tipos das brincadeiras lúdicas
De acordo com Vygotsky (1989), a brincadeira é uma palavra estreitamente associada à infância e as crianças. Porém, ao menos nas sociedades ocidentais, ainda é considerada irrelevante ou de pouco valor do ponto de vista da educação formal, assumindo freqüentemente a significação de oposição ao trabalho, tanto no contexto da escola quanto no cotidiano familiar.
Brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos.
Para Vygotsky (1989, p. 117) afirma que na brincadeira: “a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo, é como se ela fosse maior do que ela é na realidade”. Isso porque a brincadeira na sua visão cria uma zona de desenvolvimento proximal, permitindo que as ações da criança ultrapassem o desenvolvimento já alcançado, impulsionando-a a conquistar novas possibilidades de compreensão e de ação sobre o mundo.
As brincadeiras de imaginação fantasia, por exemplo, exigem que seus participantes compreendam que o que está se fazendo não é o que aparenta ser. Quando o adulto imita uma bruxa para uma criança, esta sabe que ela não é uma bruxa, por isso pode experimentar, com segurança, a tensão e o medo, e solucioná-los fugindo ou prendendo a bruxa. 
Quando as crianças brincam de luta, é preciso que elas saibam que aqueles gestos e movimentos corporais fingem uma luta, não causando machucados uns nos outros. A brincadeira é um espaço de mentirinha, no qual o sujeito tem o controle da situação.
Durante as brincadeiras e jogos o papel do professor deverá provocar e desafiar a participação coletiva na busca de encaminhamentos e resolução de problemas. É através das brincadeiras ou jogos que podemos despertar e incentivar a criança para o espírito de companheirismo e de cooperação.
Ainda para Vygotsky (1989), a idéia de liberdade está associada, entretanto, não à ausência de regras, mas à criação de formas de regras, formas de expressão e de ação e a definição de novos planos de significação que implicam novas formas de compreender o mundo e a si mesmo.
Pipas coloridas os céus. Crianças e adultos em todas as regiões do Brasil e em várias partes do mundo empinam esse brinquedo, com modos variados de confeccioná-lo, praticá-lo, significá-lo e com ele estabelecer relações sociais. Universalidade e pluralidade são suas marcas, e de muitos outros brinquedos e brincadeiras, como a amarelinha, pega-pega, bola de gude, corda, elástico, queimada, estátua, lobos e carneiros. Dominó da experiência humana e ao mesmo tempo especificidade de grupos sociais.
Como relata Santos (2000), partindo do princípio de que a criança é um ser social e que a apropriação do conhecimento se dá desde que ela nasce, isto é, o seu desenvolvimento se dá num espaço de tempo compartilhado com outras pessoas, sendo a sua atividade mais completa o brincar, buscamos enfatizar o jogo como uma alternativa que pode contribuir de forma favorável para o desenvolvimento infantil.
Em relação ao brincar a criança evolui da manipulação de brinquedos para o faz-de-conta na fase pré-escola. Nesta fase a criança já é capaz de separar os campos do significado e da visão. Mas só na fase escolar a criança consegue brincar seguindo regras, que podem ser pré-estabelecidas antes do jogo.
Segundo Vygotsky (1989), papel do brinquedo refere-se à brincadeira de faz-de-conta, que seria brincar de casinha, de escolhinha, ele faz referência a outros tipos de brinquedos, porém a brincadeira de faz-de-conta é que discute o papel do brinquedo no desenvolvimento.
Mas além de ser uma situação imaginária, o brinquedo é também uma atividade regida por regras. Mesmo no universo do faz-de-conta há regras que devem ser seguidas. Numa brincadeira de escolhinha, por exemplo, tem que haver alunos e uma professora, e as atividades tem uma correspondência pré-estabelecida com aqueles que ocorrem numa escola real.
Para Vygotky (1989, p. 35) Não é qualquer comportamento, portanto, que é aceitável no âmbito de uma dada brincadeira.
 Quando a criança ao brincar a brincadeira do faz-de-conta, ela pega um tijolinho de madeira e brinca como se fosse um carrinho, ela vai relacionar com o significado que está em questão, que no caso é o carro, e não com o objeto que está em suas mãos. A brincadeira do faz-de-conta faz com que a criança separe o objeto do significado.
Segundo Gomes (1993) independente do método a ser utilizado deve se levar em conta a adequação das atividades as possibilidades maturacionais da criação e seu nível de desenvolvimento, buscando-se estímulos e reforços positivos.
De acordo com Vygotsky (1989) utilizar-se o brinquedo para estimular o desenvolvimento da criança, é um instrumento que a pré-escola poderia ou deve usar em suas atividades no processo de aprendizagem da criança. Como o uso do brinquedo a criança adquire seus maiores avanços no processo de desenvolvimento, não apenas em sua infância mas para toda sua vida.
Para Parten (1932) citado por Papalia (2000), as crianças na idade de Educação Infantil vivenciam experiências lúdicas sociais e não sociais. No brincar das crianças pequenas, pode-se identificar seus tipos de atividades sociais e não sociais.
 
Para colocar a criança em ação é necessário que se saiba as suas necessidades e incentivos para que ocorra o seu avanço de um estágio para o outro, pois todo avanço está conectado com uma mudança acentuada nas motivações, tendências e incentivos.
Segundo Kishimoto (1996), deferindo o jogo, o brinquedo supõe uma relação íntima com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de um sistema de regras que organizam sua utilização. O brinquedo propicia representação da realidade, como por exemplo, a boneca que pode ser usada na brincadeira de mamãe e filhinha, o que não acontece com jogos, pois as habilidades para o jogo dependem da estrutura do objeto, que este pode ser manipulado segundo suas regras.
E através do brinquedo que a criança aprende a reproduzir o seu cotidiano, a natureza e as relações sociais, por isso pode-se dizer que um dos objetivos do brinquedo e que através dele, a criança possa substituir reais e manipulá-los de acordo com sua imaginação, ou seja, posso criar algo.
O brinquedo proporciona à criança e ao adulto um mergulho no mundo imaginário. No caso da criança, varia conforme a idade: com 03 anos, através do animismo, de quatro a cinco anos integra elementos da realidade. No caso do adulto, representa as memórias de seu tempo de criança.
 Para Kishimoto (1996) enquanto objetos, a brincadeira é sempre suporte, pois é um estimulante material para fazer fluir o imaginário infantil. E, a brincadeira é a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica. Pode-se dizer que é o lúdico em ação. Dessa forma brinquedo e brincadeira relacionam-se coma criança e não se confundem com o jogo.
Os brinquedos educativos são utilizados como recursos para ensinar, desenvolver e executar de forma prazerosa, como por exemplo, o quebra-cabeça ensina forma ou cores, brinquedos de encaixa dão noção de seqüência, tamanho e forma e mobiles percepção visual, sonora ou motora.
Esses tipos de brinquedos são bastante usados em situações psicopedagógicas com finalidades de ensino-aprendizagem e desenvolvimentoinfantil na medida em que proporcionam o desenvolvimento da cognição, afetividade, corpo e interações sociais.
A fantasia do brincar caracteriza a didática a ser desenvolvida para fixa de idade da Educação Infantil, o que determina os tipos de brincadeiras lúdicas. Diante disso, para melhor lidar com estas questões, antes de mais nada, o professor deve procurar entender a natureza infantil.
 Certamente, todos os professores que atuam em classes iniciais, já terão passado pela experiência de observar os seus alunos em atitudes, no mínimo, curiosas: conversam com brinquedos e objetos como se tivessem vida. Contudo, transformam terra, pedra, papéis em comidinhas e servem para os amigos, assumem personalidades de outras pessoas tratando de doentes, ensinam os seus alunos como os professores etc.
2. 2 Os benefícios das atividades lúdicas
Segundo Piaget (1967), o jogo é uma atividade lúdica que tem valor educacional. A utilização do mesmo no ambiente escolar traz muitos benefícios para o processo de ensino aprendizagem, o jogo é um impulso natural da criança funcionando assim como um grande motivador, a criança através do jogo obtém prazer e realiza um esforço espontâneo e voluntário.
Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conteúdo, seleciona idéias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, o que é mais importante, vai se socializando.
Os jogos ajudam a criar um entusiasmo sobre o conteúdo a ser trabalhado a fim de considerar os interesses e as motivações dos educandos em expressar-se, agir e interagir nas atividades lúdicas realizadas na sala de aula.
De acordo com Winnicot (1975) através das atividades lúdicas a criança adquire seus valores, símbolos, habilidades, desenvolvem sua linguagem, explorando o ambiente e se inserindo em seu grupo social.
Que a brincadeira é a melhor maneira da criança comunicar-se, ou seja, um instrumento que ela possui para relacionar-se com outras crianças. Brincando, a criança aprende sobre o mundo do que a cerca e tem a oportunidade de procurar a melhor forma de integrar-se a esse mundo que já encontra ponto ao nascer. (WINNICOT,1975, p. 78)
Segundo Negrine (1994, p. 41), “as atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança, já que através destas atividades a criança se desenvolve efetivamente, convive socialmente e opera mentalmente. O brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a inserção da criança na sociedade.”
Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento.
É através da brincadeira que a criança desenvolve potencialidade; ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua e cria.
Brincar é essencial para a saúde física e metal das crianças. Na Educação faz parte do processo da formação educativa do ser humano. É fundamental para vida familiar e comunitária.
O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempos. Através dele, a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor. O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização.
Para Piaget (1967), o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral. Através dele se processa a construção de conhecimento, principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório.
São vários os benefícios das atividades lúdicas, entre eles estão: Assimilação de valores; Aquisição de comportamentos; Desenvolvimento de diversas áreas do conhecimento; Aprimoramento de habilidades; e Socialização. Além disso, as atividades lúdicas possibilita, momentos de encontro consigo e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de resignificação e percepção, momentos de auto conhecimento e conhecimento do outro, de cuidar de si e olhar para o outro, momento de vida. 
Segundo Teixeira (1995), toda criança que participa de atividades lúdicas, adquire novos conhecimentos e desenvolve habilidades de forma natural e agradável, que gera um forte interesse em aprender e garante o prazer. Na Educação Infantil, por meio das atividades lúdicas a criança brinca, joga e se diverte. Ela também age, sente, pensa, aprende e se desenvolve.
CAPÍTULO III - METODOLOGIA
3. 1 Pesquisa de campo
O presente estudo utilizou uma abordagem qualitativa descritiva, pois seu objetivo foi conhecer as estratégias desenvolvidas pelo professor com bases nas experiências cotidianas das crianças na Educação Infantil, objetivando pesquisar, refletir sobre a importância do brincar no desenvolvimento cognitivo dessas crianças.
A pesquisa foi realizada na (colocar o nome da escola), situada no município de Itapipoca, Ceará. A mesma foi fundada no dia 05 de fevereiro de 2007 com o intuito de atender crianças de 03 a 05 anos, distribuídos nos turnos manhã e tarde, divididos em creche e pré-escola. Atualmente este referido estabelecimento atende um quantitativo de 123 crianças.
O sujeito desta pesquisa foi analisar na escola, características distintas como: a prática de professores com o nível médio, onde todas as professoras foram treinadas e capacitadas para melhor atender as crianças desta modalidade de ensino, juntamente com a colaboração participativa da direção escola neste contexto educativo, consideramos como sendo de suma importância o papel do professor de Educação Infantil.
Para aplicação do questionário foram escolhidos três professores de Educação Infantil no Centro de Educação Infantil Rosa Costa Ribeiro, onde a presença do trabalho com atividades lúdicas são bem mais freqüentes.
Para que está pesquisa de campo ficasse mais completa foi necessário coletar dados utilizados através de questionário e buscou-se na comunidade envolvida sua percepção de realidade. A função da mesma é trabalhar com a criança o brinquedo de uma forma dinâmica que propicie o seu desenvolvimento cognitivo a partir de brincadeiras, jogos e lúdico. No local selecionado para a pesquisa de campo, o trabalho é desenvolvimento de forma ampla e abrangente utilizado de metodologia diversificado para que a criança possa desenvolver-se cognitivamente, fisicamente e psicologicamente, sendo uma delas o brinquedo objeto de estudo pesquisa.
3.2. Descrição análise e discussão dos dados resultados
De acordo com as respostas obtidas e observações, as crianças gostam de brincar por vários motivos como: pelo espaço do parque, pelos colegas, pelos brinquedos etc. Quando a criança brinca, ela o faz de modo bastante compenetrado, sem se preocupar com aquisição de conhecimentos. 
As crianças afirmavam que a professora organiza atividades lúdicas em sala de aula. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) é o adulto na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil, ajuda a estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças. Conseqüentemente é ele que organiza sua base estrutural, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, dá delimitação e arranjos para brincar. 
Para a maioria das crianças o recreio é de vitalimportância, pois é neste espaço que elas podem interagir de forma mais prazerosa. 
Na entrevista com a coordenadora (ANEXO II) percebe-se que a mesma possui um amplo conhecimento teórico sobre a importância das atividades lúdicas. De certa forma, tais recursos são contemplados no cotidiano dessa escola precisando somente ser mais trabalhado. 
Todas as professoras têm uma visão teórica da importância das atividades lúdicas na vida da criança (ANEXO I). 
Neste trabalho analisou-se as atividades lúdicas no espaço do recreio com turmas de Educação Infantil no Centro de Educação Infantil Rosa Costa Ribeiro, tendo como objetivo evidenciar que as atividades lúdicas não estão relacionadas só com o ato de brincar por brincar e sim com o desenvolvimento físico, afetivo, cognitivo, moral e social.
A atividade lúdica traz possibilidades de crescimento sócio-pessoal, pois quando uma criança brinca de maneira participativa, procura satisfazer suas necessidades e expressa interesses espontâneos.
Macedo (1995) fala que seria importante que se permitisse na escola que os meios, ao menos por algum tempo, fossem os próprios fins das tarefas; que permitisse às crianças e aos professores serem criativos, que tivessem prazer estético e conhecessem o gozo da construção do conhecimento.
Dessa forma com as brincadeiras lúdicas, a criança descobre as regras de convivência social, de comunicação e cooperação e de solidariedade.
As observações feitas nas turmas de educação infantil da (colocar o nome da escola), mostrou o quanto elas interagem nas brincadeiras lúdicas, mesmo com idades diferenciadas. As crianças maiores de 6 anos ajudam as de 5 anos que participam de todas as atividades propostas pelas crianças maiores. 
A diferença está na liderança dessas brincadeiras. As crianças na faixa de 6 anos se sobrepõem às de 5 anos assumindo assim essa liderança. Porém todos participam com o mesmo afinco das brincadeiras e jogos propostos.
O tempo parece não existir para eles, brincar como se o recreio não fosse acabar. 
(...) a proposta de jogos em grupo não é advogada meramente para que as crianças aprendam a jogar determinados jogos. O que importa é que o jogo proporcione um contexto estimulador da atividade mental da criança e de sua capacidade de cooperação, seja ele jogado ou não de acordo com regras previamente determinadas. (DE VRIES E FAMIÊ, 1991, P. 12)
As meninas assim como os meninos, brincam sem que a diferença de idade possa interferir. Do mesmo modo que os meninos, há uma certa liderança por parte do grupo da educação de infantil conduzindo assim as brincadeiras que são geralmente de boneca, faz de conta (casinha), outras gostam de brincar de pira, amarelinha, queimada etc.
Assim, para Brougére (1995) na brincadeira, a criança não se contenta em desenvolver comportamentos, mas manipula as imagens, as significações simbólicas que constituem uma parte da impregnação cultural à qual está submetida.
Contudo de fundamental importância que se faça uma reflexão e análise para que os jogos e brincadeiras proporcionem à criança o diálogo entre ela e o mundo. É importante também ressaltar que a brincadeira é uma experiência de convívio, de troca, de interação, socialização e aprendizagem, onde se manifesta não apenas entre crianças, mas em todos que dela se dispuserem a participar.
Na visão da coordenadora, que as brincadeiras lúdicas são importantes porque garantem o aprendizado prazeroso, estimulando o interesse e participação das crianças em todas as atividades.
A coordenadora afirma também que jogos e brincadeiras são ferramentas de trabalho que estimulam o desenvolvimento infantil.
As professoras da Educação Infantil, afirmam que através do brincar a criança, vai aos poucos tomando contato com a realidade; na brincadeira ela oscila entre o real e o simbólico e tenta descobrir sua própria identidade e a dos outros. Assim como também influência na relação afetiva e educativa da criança. 
Na verdade a brincadeira dá testemunho da abertura e da invenção do possível, do qual ela é o espaço potencial do surgimento. A brincadeira que pode às vezes, tornar-se uma escola de conformismo social, de adequação às situações propostas, pode, do mesmo modo, tornar-se um espaço de invenção, de curiosidade e de experiências diversificadas (Brougére,1995, p. 38) 
O objetivo de evidenciar, documentar e relacionar os jogos e brincadeiras ao desenvolvimento infantil foi alcançado através das observações e entrevistas com as crianças, e também com os questionamentos junto às professoras e coordenadora acerca de como aproveitam esses jogos para o ensino e aprendizagem das mesmas.
É de fundamental importância que os professores responsáveis pela Educação Infantil ao se planejarem, observem fatores relevantes como os que foram descrias neste trabalho e que tenham consciência de que estão desenvolvendo atividades com crianças onde o lúdico é presente em suas vidas por isso incluam brincadeiras que evidencie o jogo lúdico, pois os mesmos são um meio de liberar tensões, fonte de prazer, alegria e busca o desenvolvimento integral no processo educacional, contemplando assim os objetivos de um programa inovador de educação para a educação infantil.
As professoras entrevistadas apresentam características distintas: a primeira está cursando o nível superior e atua há seis anos. A segunda e a terceira são graduadas e atuam respectivamente em sala de aula, há sete e três anos. São professores jovens com grandes interesses pela profissão.
No Anexo I está o questionário e no anexo II as respostas. Mesmo após responderem o questionário, houve a presença desta pesquisadora durante 01 semana em cada sala ministrada pelas professoras.
As professoras falam sobre a importância do lúdico como socialização para despertar novas experiências e preparação, para, enfrentar situações problema. As três concordam com a importância da prática da ludicidade.
Percebe-se a importância do lúdico para trabalhar o lado físico-motor, as habilidades no sentido social e que todas tentam despertar o interesse dos alunos, contribuindo para construção do conhecimento, o que é muito importante, pois o aluno precisa aprender de maneira prazerosa. Principalmente no processo de aprendizagem da leitura e da escrita.
Verificou-se a importância do lúdico no desenvolvimento físico e psíquico, a preparação do ser diante das situações do ser humano, a importância em inovar as formas do brincar e a responsabilidade da escola sobre o assunto.
A partir de estudos feitos, pela observação nas salas de aula e especificamente entrevista com as professoras da Educação Infantil, percebe-se a importância do lúdico na sala de aula para o desenvolvimento da criança na vida estudantil e como ser humano.
O lúdico na Educação Infantil permite que a criança seja ativa e reconheça sua importância no meio, sendo capaz de resolver situações do momento e situações futuras quando necessário na sua vida social.
Nota-se a necessidade e importância do professor ser capacitado para conduzir situações onde a criança sinta-se útil e valorizada a partir de brincadeiras e jogos e compreender a leitura e escrita de maneira agradável e atraente.
A pesquisa mostram o objeto de estudo como essencial por trabalhar o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento físico-motor, assim desenvolve o corpo e a mente da criança preparando-o para melhor conviver com o ambiente escolar e extra-escolar.
Segundo a pesquisa, o papel do educador infantil para o desenvolvimento integral da criança é muito importante, uma vez que lida com pessoas que estão vivendo momentos muito delicados para a construção de suas identidades.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observa-se que no espaço do recreio a criança através das atividades lúdicas tem a possibilidade de crescimento sócio-pessoal, pois quando uma criança brinca de maneira participativa, procura satisfazer suas necessidades e expressa interesses espontâneos.E é na valorização pelo professor do caráter lúdico e educativo dos jogos e brincadeiras é que o espaço de sala de aula se torna adequado ao desenvolvimento da criança.
Sendo assim, sabe-se que o brincar como atividade lúdica desenvolve inúmeras funções cabendo ao professor aproveitar esta atividade e adequá-la aos inúmeros conteúdos exigidos pelo currículo escolar. Uma das possibilidades de tornar o ambiente escolar mais agradável é a utilização de jogos e brincadeiras como recurso fundamental para o trabalho na educação infantil, pois dessa forma entende-se a necessidade de ação, dos movimentos de aprendizagem da criança.
Este estudo demonstrou que a criança na Educação Infantil está em fase de aprendizado e descobertas, assim sendo um momento que precisa ter uma base, uma preparação.
Fica evidenciado, através de explicações de estudiosos a razão do comportamento vulnerável da criança que deve ter toda atenção de modo em geral.
A criança estabelece várias relações com o mundo que a cerca. Essas relações permitem que ela se encontre ou não no meio, daí surgem muitas descobertas, e com elas a mudança de comportamento que varia de pessoas para pessoa. Por ser vulnerável, a criança precisa muito da escola e de práticas lúdicas que transmitam uma aprendizagem de forma satisfatória, dos pais e da sociedade, é necessário que os mesmos saibam ajudá-la a preparar-se para resolver situações-problemas.
A Educação atualmente vem passando por muitas mudanças a fim de acompanhar o ritmo de desenvolvimento de sua clientela que é bastante diversificado e tem uma postura diferente dos alunos do modelo tradicional de ensino que com sua passividade impunha formas de ensinar e educar.
A lucidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem do desenvolvimento pessoal, social e cultural e colabora para uma boa saúde mental e física.
Portanto é de primordial importância a utilização das brincadeiras e dos jogos no processo pedagógico, pois os conteúdos podem ser ensinados por intermédio de atividades predominantemente lúdicas.
O brinquedo supõe uma relação intima com a criança e uma determinação quando ao uso, ou seja, não existe um sistema de regras que organize sua utilização. O brinquedo estimula a realização, a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade.
Cabe ao professor fazer intervenções no momento certo, estimulando à criança a reflexão para que ocorra a estruturação do conhecimento. Assim o aluno poderá descobrir, modificar e recriar regras, assimilando o conteúdo em pauta e aprendendo a posicionar na vida como pessoa.
Conclui-se a importância da aplicação lúdica em sala de aula na escola analisada, para que aconteça o sucesso escolar na vida da criança e no ser, de forma geral.
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ANEXO I
Questionário realizado com educadores do Centro de Educação Infantil Rosa Costa Ribeiro em Itarema, Ceará.
1. O lúdico é importante para as crianças e por quê?
2. Quais são as habilidades que estão sendo desenvolvido em seus alunos através das brincadeiras realizadas na sua sala de aula?
3. Você acha importante resgatar as brincadeiras antigas? Por quê?
4. Dê exemplo de atividades lúdicas que são capazes de contribuir na maturação da criança.
5. Para você qual a importância do brincar na formação da identidade da criança?
6. O que a escola pode fazer para enriquecer o brincar?
7. Você acha que as atividades lúdicas ajudam na construção da personalidade da criança? Por quê?
8. Você considera importante a pratica do lúdico nas escolas? Comente.
ANEXO II
Resposta ao qustionário realizado com educadores do Centro de Educação Infantil Rosa Costa Ribeiro em Itarema, Ceará (Anexo I).
1. O lúdico é importante para as crianças e por quê?
P1. Sim. Porque o brincar estimula o desenvolvimento da coordenaçãomotora, percepção, socialização, agilidade, equilíbrio e atenção. E brincando que a criança aprende, a modificar e ampliar seu modo de conhecer e entender o mundo físico e social.
P2. Sim. Porque desenvolve as principais habilidades que é preciso no desenvolvimento infantil.
P3. Sim. Porque o brincar desperta na criança a vontade de conhecer o novo experimentar situações diferentes na interação na com o outro ela aprende a dominar regras, confronta-se com suas próprias emoções e medos.
2. Quais são as habilidades que estão sendo desenvolvido em seus alunos através das brincadeiras realizadas na sua sala de aula?
P1. Percebo que todas as brincadeiras realizadas em sala, despertam nos alunos o interesse, a curiosidade, a imaginação a atenção e a capacidade de interagir.
P2. Expressão corporal, oralidade, efetividade e coordenação motora.
P3. As brincadeiras realizadas desperta na criança interesse, curiosidade desenvolvendo a percepção e capacidade de interagir com o meio social em que vive.
3. Você acha importante resgatar as brincadeiras antigas? Por quê?
P1. Sim. Para que as crianças tenham conhecimento das brincadeiras de infância dos pais e possam vivenciá-las atualmente, resgatando assim sua cultura.
P2. Sim. Porque resgata a nossa cultura fazendo com que as crianças conheçam as brincadeiras que seus pais brincaram.
P3. Sim. É importante que as crianças de hoje tenham esse conhecimento das brincadeiras de infância vivida pelo os seus pais.
4. Dê exemplo de atividades lúdicas que são capazes de contribuir na maturação da criança.
P1. 
- A cabra cega;
- Pula corda;
- Amarelinha;
- Bola ao cesto;
- A dança das cadeiras;
- O robô do jumento;
- Esconde-Esconde;
- Lenço atrás;
- O anel;
- Jogo da memória;
- Dramatização, boliche das vogais.
P2. Música bate na mão, amarelinha, anel, bola ao cesto, dança das cadeira, pular corda.
P3. Boliche das vogais, pular corda, música, bola ao cesto, jogo da memória.
5. Para você qual a importância do brincar na formação da identidade da criança?
P1. O brincar tem grande importância na vida da criança, pois propicia na mesma a conquista da coordenação e precisão dos movimentos, desenvolvendo assim a formação de capacidade e habilidade contida nas inteligências múltiplas que cada criança possui.
P2. O brincar é muito importante na formação da identidade da criança, porque é através dessa atividade que a criança experimenta situações diferentes, relacionadas com o outro, aprende a dominar regras confrontar-se com.
P3. Sem dúvida, o brincar é muito importante, porque é através das brincadeiras que as crianças realizam seus desejos que não podem ser satisfeito na situação real proporciona também, na mesma a conquista da coordenação e precisão dos movimentos e capacidade de experimentar situações diferentes.
6. O que a escola pode fazer para enriquecer o brincar?
P1. Trabalhar o lúdico de forma inovadora, confeccionando junto com a criança seu brinquedo e pesquisando novas brincadeiras que despertem nos educandos o verdadeiro valor do brincar.
P2. A escola deverá estimular a prática da ludicidade como prioridade na Educação Infantil.
P3. Aplicar atividades de formas inovadora, criar, desenvolver atividades com as crianças que se transformem em aprendizagem significativas.
7. Você acha que as atividades lúdicas ajudam na construção da personalidade da criança? Por quê?
P1. Sim. Pois o brincar atende a objetivos educativos importantes que desenvolve o físico - motor, cognitivo e sócio - afetivo, promovendo uma aprendizagem significativa, estimulando na criança a descoberta e a capacidade de manifestar-se diante do mundo.
P2. Sim. Porque brincando as crianças transformam a si e o mundo que desejam conquistar.
P3. Sim. É muito importante, pois assim nós conseguimos alcançar nosso objetivo com sucesso. Isto é, a criança aprende o conteúdo, fazendo o que ela mais gosta; brincando.
8. Você considera importante a pratica do lúdico nas escolas? Comente.
P1. Sim. O brincar contribui bastante na formação pessoal e social da criança, dando lhe oportunidade de manifestar-se livremente despertando a imaginação e o incentivo ao trabalho em grupo.
P2. Sim. Porque Á prática do lúdico a criança revela o seu verdadeiro sentimento, amplia suas relações sociais, aproxima-se mais do seu mediador de sala e desenvolve suas habilidades de forma prazerosa.
P1. A maior dificuldade encontrada na realização das brincadeiras e controlar a ansiedade dos alunos no momento de orientá-los.

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