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Tcc da pós graduação Ludicidade na educação infantil

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FAVENI FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS
JANDARA DE FATIMA LOFAGEM
A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Trabalho de conclusão de curso, apresentado como pré-requisito para conclusão do curso de Pós-Graduação da Faculdade Faveni Venda Nova Do Imigrante.
PALMAS –PR
2021
A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
JANDARA DE FATIMA LOFAGEM 
Declaro que sou autor (a) ¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais.
RESUMO
O presente estudo pretende constatar de que forma a ludicidade colabora para a prática do professor em seu dia a dia. Apontando de forma geral refletir sobre o papel que o lúdico desempenha no processo de obtenção de conhecimento por parte da criança. Também é objetivo dessa pesquisa a discussão de prováveis maneiras de adaptar conteúdos aos campos de experiência, de maneira a apontar seu significado na infância. No que se refere a metodologia aposta no desenvolvimento dessa pesquisa, emprega- se a revisão bibliográfica que abordará a importância da ludicidade na infância e no fazer pedagógico. Quanto ao suporte teórico contará com a BNCC na educação infantil, uma vez que se ampara em dois alicerces pedagógicos: compromisso com a educação integral e o foco no desenvolvimento das competências.
Palavras-chave: Ludicidade. Jogos. Educação Infantil.
daralofagem@gmail.com
SUMÁRIO
INTRODUÇÂO
1. A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
1.1 ADAPTAÇÃO DE CONTEÚDOS 
2 . DEFINIÇÃO DE LUDICIDADE
 3. O DESENVOLVIMENTO DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL
4 ATIVIDADES EM SALA DE AULA 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
1 INTRODUÇÂO
 
 	A ludicidade na educação infantil é uma questão que está sempre atualizada e em constante discussão por ser um tema de extrema importância para o desenvolvimento infantil. É o processo pelo qual a criança se apropria das aprendizagens através da brincadeira.
 	Na educação infantil a ludicidade está em todo o trabalho pedagógico, ela é incorporada a prática do professor de maneira intrínseca, buscando sempre maneiras de se atingir objetivos, com novas experiências. O professor tem o 
desafio de não parar no tempo com sua prática. A criança que ele conheceu no início de seu trabalho como docente, não é a mesma de hoje. Seu desafio é oferecer a esse aluno novidades que lhe deem prazer ao aprender.
Serão problemas abordados durante a pesquisa a importância da ludicidade na educação infantil, o que significa realmente lúdico na educação infantil e como desenvolve-lo em sala de aula. Uma vez que as atividades lúdicas podem desenvolver na criança a atenção, a imaginação, a memorização entre outros fatores relevantes. A ludicidade permite que jogos e brincadeiras sejam adaptados à maneira como a criança interage com o mundo, facilitando assim a aquisição de conhecimento.
 	O presente trabalho tem por objetivo discutir as possíveis maneiras de adaptação de conteúdo a campos de experiências na prática docente. E como objetivos específicos apontar o significado da ludicidade na educação infantil, enumerar algumas possíveis atividades que podem ser desenvolvidas em sala de aula e caracterizar a importância dos jogos para a aprendizagem.
 	Jogos e brincadeiras são um dos fatores mais importantes dentro do desenvolvimento infantil, pois visam o pleno desenvolvimento cognitivo da criança que aprende a conviver, ganhar e perder, ter paciência, lidar com frustrações, facilitando a convivência em sociedade.
 	 A pesquisa será bibliográfica de caráter descritivo e abordagem qualitativa em torno do tema desenvolvido, com o objetivo de reunir informações que servirão de base para todo o trabalho apresentado.
 	O primeiro capítulo refere-se a apresentação da importância dos jogos e brincadeiras para a emancipação do aluno enquanto sujeito de sua própria aprendizagem. O segundo capítulo se ocupará de trazer a definição de ludicidade sobre a ótica de alguns autores da área. E o terceiro capítulo irá trazer algumas propostas de autores que possam ser adaptadas e desenvolvidas no contexto da sala de aula.
 
2 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
 	A brincadeira, o faz de conta, a imaginação é parte integrante de uma infância saudável e feliz. A ludicidade se torna um recurso pedagógico muito importante para subsidiar a prática docente na educação infantil. A criança tem direito de brincar e por meio da brincadeira, ela expressa sentimentos e emoções que contribui para seu crescimento pessoal.
 	 No Brasil, a educação infantil inicia no ano de 1975, com a instalação dos jardins de infância, asilos infantis e orfanatos. A partir daí notou-se que surgiram estudos sobre a infância na área da educação.
 	Segundo Piaget (1896-1980), há quatro estágios básicos do desenvolvimento cognitivo: O primeiro é o estágio sensório-motor, que vai até os 2 anos. Onde a criança adquire a capacidade de administrar seus reflexos básicos para que gerem ações prazerosas ou vantajosas. O estágio pré-operacional vai dos 2 aos 7 anos, onde surge a capacidade de dominar a linguagem e representar o mundo por meio de símbolos. O estágio das operações concretas, dos 7 aos 11 ou 12 anos tem como marca a aquisição da noção de reversibilidade das ações. A criança já pode dominar conceitos de tempo e número. O estágio das operações formais, por volta dos 12 anos, marca a entrada para a vida adulta em termos cognitivos, passa a ter domínio do pensamento lógico e dedutivo, raciona sobre hipótese.
 	Piaget leva a conclusão que se deve estimular a criança a pensar, favorecer o seu desenvolvimento mental; podendo ser feito através da brincadeira assim ela pode pela reprodução crescer cognitivamente.
 	Para Vygotsky (1896-1934) explorar o ambiente é uma das maneiras mais poderosas que a criança tem (ou deveria ter) à disposição para aprender. Em sua obra dedicou espaço a estudar esses filtros entre o organismo e o meio, com a noção de mediação, ou aprendizagem mediana.
Entra aqui, o papel da ludicidade no fazer pedagógico, utilizando jogos como objeto de aquisição de aprendizagens. Oferecer à criança um ambiente com múltiplos estímulos para facilitar seu desenvolvimento.
 	Segundo Addad (2004), novos paradigmas para Educação infantil foram tomando forma na atualidade:
· A escola deixa de ser assistencialista para atender a criança como um todo: em seus aspectos- cognitivo, emocional e social. Perde o estigma de criança adulta para ser apenas criança.
· Com a mudança das organizações familiares, as transformações socioeconômicas, houve uma preocupação maior com as crianças pequenas. Quando ruas e praças deixam de ser lugar de encontro e aprendizado coletivo, para se tornarem simples passagens para desconhecidos, o melhor lugar passou a ser o espaço escolar, capaz de apresentar como candidato potencial a ocupar o lugar de atendimento das necessidades infantis por apresentar-se como dimensões, localização, limpeza e vigilância razoáveis.
· Na cabeça dos adultos envolvidos com as escolas das elites, jamais passou a ideia de deixarem seus filhos em locais desconfortáveis. Isso fez com que houvesse melhora nos espaços físicos para educação infantil, considerando que as condições ambientais favorecem ou desestimulam nossas atividades e interesses.
· O que tornou o ensino na educação infantil tão importante quanto o ensino fundamental, uma vez que o ensino na primeira infância é a base para a aprendizagem com enfoque em estímulosdos campos de experiências.
Segundo os Referenciais Curriculares para educação infantil (RCNEI,1998), professor deve direcionar sua prática pedagógica levando os alunos a: “Desenvolver uma imagem positiva de si, situando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades de percepção de suas limitações”.
Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidados com a própria saúde e bem-estar. Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração. Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para a conservação, brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades.
Utilizar diferentes linguagens (Corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas as diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido. (RCNEI,1998).
Como o Referencial cita, o aluno como agente transformador e provocador de seu processo de aprendizagem, cabe ao professor ser o mediador desse processo. Refletindo nessa forma de ensinar, considera-se o lúdico um recurso pedagógico importante, uma vez que torna o ambiente em sala de aula estimulador e divertido, pois resgata o interesse do aluno e desenvolve ao mesmo tempo a aprendizagem da criança. A ludicidade é usada como estímulo na estratégia de construção de conhecimento.
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. LDB - Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013).
O ambiente escolar se constituí em espaço de socialização e interação e está interação facilita o desenvolvimento de habilidades sociais que integra a criança como cidadão na sociedade.
A BNCC, destaca que as crianças precisam desenvolver habilidades com base em 6 eixos que integram a educação infantil, como: 
· Convivência;
· Brincadeiras;
· Participação;
· Exploração;
· Expressão e
· Autoconhecimento.
Assim através da convivência, brincando, participando, explorando e conhecendo a si e o outro, ela se desenvolve no meio social que ela está inserida. 
 	De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNI):
· Conviver com o outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respe em relação à cultura e as diferenças entre pessoas.
· Planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha da brincadeiras, dos materiais e dos ambientes desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos decidindo e se posicionando.
· Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções transformações, relacionamentos histórias objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escuta, a ciência e a tecnologia. 
· Expressar, como sujeito consciente, criativo e sensível, suas necessidades, emoções sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões , questionamentos, por meio de diferentes linguagens. 
· Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, cultural, constituindo uma imagem social positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidado, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário.
· Faz parte do trabalho do professor propor atividades interligadas a ludicidade com a finalidade de tornar a passagem da criança pela educação infantil prazerosa e cheia de sentidos.
Assim sendo, ´´ a ideia central é que o educador infantil precisa conhecer não só a educação, a criança e o seu desenvolvimento, mas a importância que o brinquedo tem para o seu desenvolvimento``. (PORTO, cruz, 2002, p.151).
Sabendo dos benefícios que as brincadeiras trazem ao aluno enquanto ser em construção, o planejamento se torna mais flexível e adaptável ao meio escolar
trabalhado, através de objetivos concretos o desenvolvimento da aprendizagem alcança resultados mais qualitativos. 
Sobre este aspecto, Moreno (2007), ressalta:
 “O trabalho pedagógico na educação infantil deve respeitar quanto aos seus
direitos e especificidades, isto é, sua essência lúdica; sua constante curiosidade, seu desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social, sua dependência e/ou necessidade de ajuda no cuidado com seu corpo, com sua alimentação, seus pertences, etc. 
A partir desses objetivos e conceitos nos quais a Educação Infantil se inclui é que a denomina como uma das faixas etárias de maior importância, hoje, já que a criança necessita ser educada com princípios éticos e sociais, sobretudo por ser considerado cidadão (2007, p.57).
 
 
1.1	 ADAPTAÇÃO DE CONTEÚDOS
A adaptação de conteúdos na escola é de suma importância, em qualquer faixa etária, deve-se levar em consideração a idade do aluno, o ambiente oferecido, suas necessidades de aprendizagem entre outros fatores.
 	Adaptar um conteúdo é ter a possibilidade de transmiti-lo de outra forma, sem que haja prejuízo ao aluno, tendo plena consciência de quais objetivos se quer alcançar e se o resultado foi atingido. A ludicidade toma aí sua forma e desempenha seu papel. Os jogos e brincadeiras ensinam os conteúdos através de regras, uma vez que possibilita a exploração do ambiente em sua volta, de maneira mais significativa proporcionando assim a aquisição de conhecimento. 
 As adaptações curriculares devem ser entendidas como mais um instrumento que possibilita maiores níveis de individualização do processo ensino-aprendizagem escolares, particularmente importante para os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais. As adaptações curriculares consistem em modificações espontaneamente realizadas pelos professores, e também em todas as estratégias que são intencionalmente organizadas para dar respostas as necessidades de cada aluno. (Carvalho ,2008, p.15). 
A adaptação de conteúdo é um novo direcionamento da atividade sem perder o foco, uma vez que seu objetivo é a transmissão do conteúdo, só que por outra via de acesso. Se utilizando de outros recursos para alcançar o objetivo almejado.
O currículo na educação infantil deve garantir e proporcionar propostas pedagógicas que contribuam para o desenvolvimento integral da criança destaca as Diretrizes Gerais do MEC, organizadas em sete grandes eixos. De acordo com Carneiro (2000, p.56):
 
1 A educação infantil é a primeira etapa da educação básica e destina-se a crianças de zero a seis anos de idade, não sendo obrigatória, mas um direito que o Estado tem a obrigação de oferecer.
2 As instituições que oferecem educação infantil, integrantes dos sistemas de ensino, são creches e pré-escolas, dividindo-se a clientela entre elas pelo critério exclusivo da faixa etária (zero a três anos na creche e quatroa seis anos na pré-escola).
3 A educação infantil é oferecida para, em complementação a ação da família, proporcionar condições adequadas de desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social da criança e promover a ampliação de suas experiências e conhecimentos, estimulando seu interesse pelo processo de transformação da natureza e pela convivência em sociedade;
4 As ações de educação, na creche e na pré-escola, devem ser complementadas pela saúde e assistência, realizada de forma articulada com os setores competentes;
5 O currículo de educação infantil deve levar em conta, na sua concepção e administração o grau de desenvolvimento da criança, diversidade social e cultural as populações atendidas e os conhecimentos que se pretendam universalizar;
6 Os profissionais de educação infantil devem ser formados em cursos de nível médios ou superior, que contemplem conteúdo específicos relativos a essa etapa da educação.
7 As crianças com necessidades especiais devem, sempre que possível, ser atendidos na rede regular de creches e pré-escolas.
As práticas pedagógicas adaptadas as crianças pequenas, através de jogos e brincadeiras são considerados um planejamento que dá bons resultados, mesmo que seja uma brincadeira livre ou dirigida. O lúdico é intrínseco à infância, usar a imaginação e a curiosidade que lhe é inerente fará com que os objetivos de aprendizagem sejam alcançados com mais rapidez e leveza.
2 DEFINIÇÃO DE LUDICIDADE
Ludicidade é usar da imaginação, nos jogos e brincadeiras para tornar a aprendizagem divertida. Aprender de forma divertida e prazerosa.
Segundo o dicionário: Lu.di.ci.da.de (lúdico + idade)
Qualidade do que é lúdico = ludismo (Dicionário.puberom.org) Significado de lúdico:
 ´´ Adjetivo feito através de jugos, brincadeiras, atividades criativas. 
 
 
 Que faz referência a jogos ou brinquedos: brincadeiras lúdicas. Que tem o divertimento acima de qualquer outro propósito, divertido. `` (Www.dicio.com.br).
Sabemos que o lúdico faz parte do universo infantil, já o dicionário Informal (SP) diz que:
 ´´ Ludicidade- forma de desenvolver a criatividade, os conhecimentos, através de jogos, música e dança. O intuito é educar, ensinar, se divertindo e interagindo com os outros. O primeiro significado do jogo é o de ser lúdico (ensinar e aprender se divertindo). O lúdico está em todas as atividades que despertam prazer. `` A ludicidade está em presente no dia a dia das atividades da educação infantil, os jogos, as brincadeiras, a música se tornaram elementos essenciais para uma formação pedagógica significativa e divertida.
 De acordo com (Brougère,2010, p.104), os jogos e brincadeiras devem ser trabalhados e desenvolvidos com suas regras porque a criança está inserida desde o seu nascimento, num contexto social e seus comportamentos estão impregnados por essa imersão inevitável. Não existe na criança uma brincadeira natural. A brincadeira é um processo de relações interindividuais, portanto de cultura. É preciso partir dos elementos que ele vai encontrar no seu ambiente imediato, em parte estruturado por seu meio, para se adaptar as suas capacidades. A brincadeira pressupõe uma aprendizagem social. Aprende-se a brincar. A brincadeira não é inata, pelo menos nas formas que ela adquire junto ao homem. A criança pequena é iniciada na brincadeira por pessoas que cuidem dela, particularmente sua mãe.
Percebe-se assim que a brincadeira é livre e a criança não é obrigada a participar dela, se isso não lhe agrada.
Chegamos assim, a primeira das características fundamentais do jogo: o fato de ser livre, de ser ele próprio. Uma segunda característica intimamente ligada à primeira, é que o jogo não é vida ´´corrente`` nem vida “real”. Pelo contrário, trata-se de uma evasão da vida real. Para uma esfera temporária de atividade com orientação própria. Toda criança sabe perfeitamente quando está ´´só fazendo de conta`` ou quando está ´´só brincando``, (HUIZINGA,1996, P.11). 
O professor deve valorizar e considerar a brincadeira como uma ferramenta com ampla capacidade para tornar seu trabalho mais eficiente e com resultados satisfatórios, uma vez que tudo que é livre e leve se torna mais fácil e divertido de aprender.
 A brincadeira aparece como uma atividade que permite a criança a apropriação dos códigos culturais e seu papel na socialização, foi muitas vezes, descartado. (BROUGÈRE, 2010, P.65). 
Mesmo com todo avanço tecnológico, a escola na sua maioria, ainda não se deu conta da importância do lúdico na educação infantil, ainda não se há a atenção necessária para algo tão importante na formação integral do ser humano, como a fantasia, o faz de conta, a imaginação.
3 O DESENVOLVIMENTO DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Destacaremos nesse primeiro momento as ideias de Vygotsky, acerca do desenvolvimento da ludicidade, uma vez que para ele a educação tem um papel transformador do homem e da humanidade, o homem aprendeu a adaptar-se ao meio gradativamente, o ser humano aprende a usar racionalmente suas capacidades naturais o ambiente se torna interiorizado; o comportamento torna-se social e cultural, não só em seu conteúdo, mas também em seus mecanismos , em seus meios . (Vygotsky e Luria, 1996:179). 
Com esse processo de adaptação dá-se a aquisição de conhecimento e aprendizagem. Vygotsky em outro ponto assinala:
 “ Qualquer função psicológica superior for externa (e) social antes de ser interna...Todas as funções no desenvolvimento cultural da criança aparecem duas vezes ou em dois planos...aparece primeiro entre pessoas como uma categoria intermental (interpsicológica), e depois no interior da criança como uma categoria intramental (intrapsicológica). Isso é igualmente verdadeiro para a atenção voluntária, para a memória e para a formação de conceitos”. (Vygotsky, 1987:21).
 Fator esse que dá aos jogos e brincadeiras, principalmente na infância, o objetivo de internalização de conceitos e símbolos, para um desenvolvimento saudável e prepara-lo para a vida em sociedade com suas regras de comportamento. 
 Na atualidade a relação entre jogo e aprendizagem tem encontrado espaço dentro da escola, pensado mais como um processo dinâmico de conhecimento. O jogo se faz a atividade principal da pré-escola, ao professor cabe o papel de orientador e mediador desse processo, com enfoque, nos objetivos que é sempre desenvolver capacidades e habilidades.
 ´´ Se ignorarmos as necessidades da criança e os incentivos que são eficazes para colocá-la em ação, nunca seremos capazes de entender seu avanço de um estágio de desenvolvimento para outro, porque todo desenvolvimento está conectado com uma mudança acentuada nas motivações, tendências, e incentivos... se não entendemos o caráter especial dessas necessidades não poderemos entender a singularidade do brinquedo como uma forma de atividade,``(Vygotsky, 1994:105/106). 
As mudanças de ações e propostas poderá suprir as necessidades de aprendizagem, uma vez que o significado do jogo, do brinquedo, se faça corrente na prática educativa, com a devida intervenção, com bases e objetivos sólidos. Pois toda criança que desenvolve atividades lúdicas, adquire habilidades de forma natural, sendo de grande eficácia para seu desenvolvimento integral. 
 A ludicidade na educação infantil tem o objetivo de possibilitar a criatividade, a interação social, exploração do ambiente, através do convívio com os demais, todos aprendem juntos, sempre há algo que assimilam até nas atividades mais simples do dia.
 De acordo com Garcia o significado da atividade lúdica para criança está ligado a vários aspectos, que atestam sua importância no processo sociocultural, o primeiro deles é o prazer de brincar livremente, seguem-se o desenvolvimento físicoque exige um gasto de energia para a manipulação diária do equilíbrio, o controle da agressividade, a experimentação pessoal em habilidades e papeis diversificados, a compreensão e incorporação de conceitos, a realização simbólica dos desejos, a repetição das brincadeiras que permitem superar as dificuldades, a interação e a adaptação ao grupo social entre outros, (Garcia, 2000. p.53). 
 Maria Montessori mudou totalmente o modelo de educação tradicional e incentivou o desenvolvimento potencial criativo desde a infância. Em, 1907, com a criação da “casa del Bambini”, (casa das crianças), que em 1940 teve seu método expandiu pelo mundo. Tinha como base o desenvolvimento infantil na primeira infância, o método Montessori partia do princípio que toda a criança tem capacidade de apreender espontaneamente a partir das experiências efetuadas no ambiente, que deve estar organizado para proporcionar a manifestação dos interesses naturais da criança, estimulando a capacidade de aprender, respeitando os fatores como o tempo e ritmo, personalidade, liberdade e individualidade dos alunos.
O ambiente da educação infantil deve estar todo voltado o estimulo da aprendizagem da criança, com materiais que harmonizem novas experiências, agucem sua curiosidade, cores, texturas, odores, sentimentos, um universo de novas probabilidades, com objetivos definidos, que busquem a autonomia da criança.
 Garcia (2002, p.56) comenta que ´´ ao brincar o sujeito ensaia, treina, aprende, se distrai, sim; mas se constrói: afirma, assimila regras sociais, observa o outro e elabora novos conhecimentos. ``
 A ludicidade é considerada como uma ferramenta de grande proveito para o professor, ao passo que ela é parte diária de suas relações em sala de aula, desde o berçário.
 Um professor que não sabe e/ ou não gosta de brincar dificilmente desenvolverá a capacidade lúdica de seus alunos. Ele parte do princípio de que brincar é bobagem, perda de tempo. Assim, antes de lidar com a ludicidade do aluno, é preciso que o professor desenvolva a sua própria. A capacidade lúdica do professor é um processo que precisa ser pacientemente trabalhado. O professor, que não gostando de brincar, esforça-se em fazê-lo, normalmente assume postura artificial; facilmente identificada pelo aluno. A atividade proposta não anda em decorrência, muitas vezes os professores deduzem que brincar é uma bobagem mesmo, e que nunca deveriam ter dado essa atividade em sala de aula. A saída desse processo é um trabalho mais consistente e coerente do professor no desenvolvimento de sua atividade lúdica(...). (KISHIMOTO,2000, P.122).
3.1 ALGUMAS ATIVIDADES PARA SALA DE AULA
 Alguns jogos e brincadeiras são essenciais aos professores de educação infantil, uma vez que buscam o desenvolvimento pleno e integral da criança como ser humano, preparando-a para viver em sociedade seguindo seus padrões de comportamento. 
 A seguir alguns itens que devem ser considerados na hora do planejar as atividades voltadas a educação infantil:
 JOGOS CORPORATIVOS:
 Um jogo corporativo é um jogo em que um grupo de jogadores, são instruídos a demostrar comportamento cooperativo, transformando o jogo em uma competição entre os grupos ao invés de uma competição entre os indivíduos. (Wikipédia).
 JOGOS MOTORES:
 São jogos que exigem a participação ativa do corpo na sua totalidade, depende de recursos físicos como: velocidade, reflexão, agilidade, visão, entre outros. Exemplos: Pegador,
 JOGOS SENSORIAIS:
 São jogos que ajudam a desenvolver os órgãos dos sentidos que são: audição, visão, paladar, tato e olfato. (www.santanavirtual.com.br).
 JOGOS TRADICIONAIS:
 Considerados partes da cultura popular, os jogos tradicionais devem ser utilizados pelos professores, pois fazem parte da cultura infantil, influenciando diretamente na formação de identidade sociocultural, e a escola deve fazer parte dessa construção histórica da criança, se comprometendo com o resgate de valores...(www.efdeesportes.com).
 Exemplos: Mãe cola, jogo do anel, cabra cega, jogo da macaca, corrida de saco, macaquinho chinês... (pequenada.com).
No que diz respeito as brincadeiras, muito são os benefícios delas para o desenvolvimento infantil.
DADO DIVERTIDO
 Confeccionar o dado e, em cada face, escrever uma opção a ser realizada pela criança. As palavras podem incluir: pular, rodar, sentar, acenar, deitar e abraçar.
 		O objeto é lançado e os alunos devem falar a palavra apresentada enquanto executam ação; outra opção é colocar figuras, sentimentos...
1- CARIMBOS
 Podem ser feitos com e.v.a ou esponjas. Os alunos devem desenhar figuras simples – flores, bonecos, formas geométricas- no e.v.a e depois recortá-las. Em seguida podem mergulhar os moldes na tinta e pressionar sobre a superfície desejada para deixar o carimbo.
2- VÔLEI DE LENÇOL
 Trabalhar em conjunto. Dividir a turma em 2 equipes. Cada equipe recebe
 um lençol- pode ser um tecido grande e leve.
 Em seguida, todos da equipe devem agarrar o pano e lançar a bola para a outra equipe.
3- JOGO DE ADIVINHAÇÃO
 O educador deve escolher uma criança, dizer uma palavra para ela, os demais não podem ouvir. Ela deve fazer gestos e a turma deverá adivinhar o que é.
4- ESCULTURA COM MASSINHA DE MODELAR
 A tradicional massinha de modelar é um excelente material par criar esculturas e bichinhos, pessoas ou qualquer outro elemento que a criança desejar. A ação de manipular o produto contribui para o desenvolvimento da coordenação motora e ainda exercita a musculatura das mãos.
5- TEATRO DE FANTOCHES
 Que tal então montar uma historinha com os pequenos. Para eles mesmos interpretarem.
Se desejar, vale ainda cada um fazer o seu próprio fantoche. Essa atividade ajuda muito na imaginação.
6- QUEM É VOCÊ?
 Aqui precisam ser disponibilizadas peças de roupas e acessórios, para as crianças se vestirem e se apresentarem com os personagens, profissões ou pessoas que elas conhecem. Deixe elas livres para que a imaginação consiga fluir.
(www.unasp.br).
7- ALFABETO DAS FRUTAS
 Essa é supersimples de ser feita, ainda que é rápida e dinâmica. Perfeita para introduzir o alfabeto. Tudo o que o professor precisa fazer é falar, uma por uma, as letras do alfabeto, e pedir para as crianças que falem uma fruta que começa com a letra. Por exemplo: A –abacate B – Banana C - Caju
8- MÚSICA
 Cantada ou tocada, é muito importante para auxiliar no desenvolvimento social e motor da criança. Através da música é possível trabalhar a questão da linguagem e alfabetização, mais alguns conceitos da matemática básica, como contagem, desenvolvimento de ritmo e habilidades de escrita.
9- PINTURA, DESENHO E COLAGEM
 Muito eficaz, ajuda no estímulo criativo como na autoestima. Crianças adoram fazer pinturas e colagens.
 Segundo Marina Marcondes Machado (...) por volta dos cinco anos, então, brincar, construir e expressar-se podem ser uma coisa só: a criança constrói cenas, objetos, cenários para sua própria brincadeira enquanto está se auto expressando, verbalmente ou de outras formas também, imaginarias ou simbólicas. (Machado,2001, p.51).
 CONSIDERAÇOES FINAIS
 O presente estudo permitiu uma análise de como a ludicidade vem se fazendo presente no dia a dia da sala de aula. Além disso, também permitiu uma pesquisa bibliográfica para obter dados mais consistentes sobre as etapas do desenvolvimento e sua evolução enquanto ferramenta de aprendizagem.
 Ao fazer a pesquisa verificou-se que a ludicidade vem já há muito tempo contribuindo para a evolução de alunos em todos os níveis, por ser livre e espontânea; permitindo assim que os objetivos propostos sejam alcançados.
 Foi evidenciado através do estudo que muitos professores e escolas já usam a ludicidade em seu plano de trabalho, o que ajuda a justificaro fato da mesma facilitar muito o trabalho pedagógico. Fato que contribui para que todas as crianças em idade escolar tenham acesso aos meios lúdicos e aprendam com mais facilidade e leveza.
 Haverá possibilidade de continuação desse estudo no futuro, por ser um tema atuante e reflexiva, esse trabalho foi de grande importância para meu crescimento profissional, uma vez que é uma prática que direciona todo o meu trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Atualidades de Jean Piaget, Emília Ferreiro, 144 págs.; Ed.Art tmed.
Vygotsky, Lev Semenovich, 1869-1934.A construção do pensamento e da linguagem. /L.S. Vygotsky; tradução Paulo Bezerra. - São Paulo: Martins Fontes, 2000. - Psicologia e Pedagogia.
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