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CONTEUDO 2 - 1.Definições básicas e contemporâneas de espaço urbano
DEFINIÇÕES BÁSICAS DE ESPAÇO URBANO
Esses conceitos estão sendo continuamente atualizados, em função das profundas modificações pelas quais a maneira de viver em sociedade e em relação ao meio ambiente estão ocorrendo. Ainda que haja uma enorme massa de pessoas morando e trabalhando no meio rural, e haja também espaços intermediários entre um e outro, a cidade passa a ser o principal foco de atenção da arquitetura e do urbanismo. Essa situação tende a se manter e ampliar, com o contínuo crescimento das cidades, metrópoles e megalópoles, apesar das inúmeras críticas e visíveis problemas decorrentes dessa forma de intervir no espaço disponível no planeta.
CIDADE
De uma maneira ampla e genérica é possível afirmar que cidade é um aglomerado humano, vivendo em um ambiente extensamente construído, em que a população residente não realiza atividades rurais, ou seja, não produz seu próprio alimento nem o dos outros. Por isso há a necessidade do uso de outros critérios para aperfeiçoar a definição, como a quantidade de pessoas que moram na cidade, as atividades nela realizadas, o tipo de espaço construído, os limites político-administrativos, entre outros. As fronteiras entre o espaço urbano e o rural, a existência de espaços rurbanos, a urbanização dispersa e o crescimento de núcleos urbanos distintos que se misturam ao longo do tempo são desafios para uma abordagem urbanística. 
MUNICÍPIO
um tipo de unidade administrativa que possui uma sede, que normalmente é a cidade, um limite territorial e uma estrutura de poder público para atender suas necessidades específicas. As limitações físicas e administrativas dos municípios nem sempre são suficientes para abordar, administrar e solucionar os problemas das cidades, principalmente quando elas crescem, expandem-se e criam um aglomerado indistinto. Em resumo, a diferença entre cidade e município está na orientação de seus conceitos: o primeiro está relacionado com a ocupação humana no espaço, e o outro, com a delimitação político-territorial. 
METRÓPOLE
No Brasil, o Estatuto da Metrópole define esse conceito da seguinte maneira: “espaço urbano com continuidade territorial que, em razão de sua população e relevância política e socioeconômica, tem influência nacional ou sobre uma região que configure, no mínimo, a área de influência de uma capital regional, conforme os critérios adotados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE”.Essa legislação afirma ainda que os “critérios para a delimitação da região de influência de uma capital regional, (...) considerarão os bens e serviços fornecidos pela cidade à região, abrangendo produtos industriais, educação, saúde, serviços bancários, comércio, empregos e outros itens pertinentes, e serão disponibilizados pelo IBGE na rede mundial de computadores”. 
REGIÃO METROPOLITANA
Uma região metropolitana normalmente é formada pela conurbação de duas ou mais cidades que se expandiram além de seus limites administrativos, criando uma extensa mancha urbana. Esse conceito pode variar dependendo do país e de sua legislação sobre o assunto. No Brasil, o conceito é utilizado tanto para definir uma aglomeração urbana de grande porte formada por várias cidades, com milhões de habitantes, quanto para criar uma categoria de administração pública que reúne vários municípios, para permitir o gerenciamento e a busca de soluções para problemas que extrapolam as divisões políticas e administrativas municipais. Na legislação que trata da definição de regiões metropolitanas ficam em destaque as questões que devem ser abordadas por essa instância político-administrativa: planejamento integrado do desenvolvimento econômico e social; saneamento básico, notadamente abastecimento de água e rede de esgotos e serviço de limpeza pública;uso do solo metropolitano;transportes e sistema viário;produção e distribuição de gás combustível canalizado;aproveitamento dos recursos hídricos e controle da poluição ambiental.
Definições contemporâneas de espaço urbano
Para estimular as habilidades referentes às intervenções no espaço urbano é necessário criar competências na área da história e da teoria da urbanização – que são os assuntos principais dessa disciplina – e nos meios que surgiram ao longo do tempo para modificar a cidade. 
Para isso o domínio de conceitos básicos desse assunto é fundamental para a compreensão das enormes escalas dos problemas e necessidades que o aluno precisa compreender sobre o ambiente que está se tornando, gradativamente, o principal local de vida do homem em todo o planeta, a cidade. 
Urbanização: Urbanização é o processo de surgimento e expansão dos espaços urbanos, que constituem as cidades, metrópoles e demais áreas consideradas urbanas. O termo, portanto, se refere unicamente ao processo de transformação de áreas não ocupadas pelo homem, ou áreas exclusivamente rurais em espaço urbano. Já houve tentativas de criar processos de urbanização que tentavam mesclar o campo com a cidade, mas o aspecto urbano dessas propostas sempre prevaleceu.
Urbanismo científico:Urbanismo é o nome dado a uma disciplina, de caráter científico, que tenta explicar o crescimento, a produção e o desaparecimento das cidades, tanto no passado, quanto no futuro. É a remodelação, a extensão e o embelezamento de uma cidade, levados a efeito, mediante um estudo metódico da geografia humana e da topografia urbana sem descurar as soluções financeiras". O fato de ser uma disciplina de caráter científico nem sempre correspondeu a algo equivalente no mundo real: a possibilidade de conhecer os processos de urbanização através dessa disciplina nem sempre significou a criação de meios de intervenção eficazes que transformassem adequadamente as cidades existentes ou criassem novas cidades eficientes e melhores. 
 Urbanismo funcionalista: Como o próprio nome diz é uma área do urbanismo científico que surgiu com base em um raciocínio sobre a cidade que a transformava em um objeto funcional. A proposta era tratar a cidade como uma máquina, ou algo equivalente, ou seja, que pudesse ser tratado como uma máquina, um organismo criado pelo homem, capaz de exercer certas funções previamente estabelecidas. As críticas ao urbanismo funcionalista começam a se intensificar na década de 1950 e aumentam nas décadas seguintes, principalmente na Europa e depois em outros países, incluindo o Brasil. 
Urbanização dispersa:Nesse tipo de urbanização, novos bairros surgem longe do centro da cidade e se espalham em diferentes formas, que vão desde condomínios de luxo até favelas no entorno de estradas. Não se trata de cidades com espaços rurais entre elas, mas sim de espaços intraurbanos, grandes manchas descontínuas de espaços urbanizadas, com um grande núcleo, em geral, que é a cidade de maior porte. O processo de dispersão urbana ocorre, de maneira simplificada, do seguinte modo: há um aumento populacional que estimula o aumento dos preços. Então, em vez de crescer como uma mancha de óleo como no tempo das ferrovias – porque era preciso que todos estivessem juntos a ela, por questões de facilidade de acesso a tudo que a ferrovia trazia e levava – as pessoas usam as rodovias e estradas vicinais e vão morar em conjuntos fora da cidade. A grande parte da população brasileira reside em cerca de 50 grandes áreas urbanas que já carregam no seu interior o processo de dispersão urbana. 
Tecido urbano:Tecido Urbano é o nome dado a um tipo específico de urbanização de uma região urbana. Tecido urbano muitas vezes pode ultrapassar os limites da cidade, fazendo com que se forme um único padrão de urbanização em diferentes bairros, distritos, zonas, ou até mesmo entre cidades vizinhas, sejam em metrópoles ou cidades próximas entre si. Utilidade do termo é significativa, pois os problemas urbanos quase nunca respeitam os limites político-administrativos das cidades e distritos. Assim, para definir um problema urbano, o termo tecido urbano pode ser mais eficiente, pois ele pode identificara verdadeira área atingida por aquele problema. 
Conurbação:O processo de conurbação é um crescimento que expande um núcleo urbano, prolongando-o para fora de seu limite político-administrativo absorvendo aglomerados rurais e outras cidades. Há uma espécie de fusão dos núcleos urbanos, inclusive na vida de quem reside e trabalha neles, pois a mobilidade das pessoas dentro dessa nova e expandida mancha urbana desconhece esses limites: os locais de trabalho, de residência, de lazer ou de estudo não estão limitados pelo perímetro original de cada cidade, como ocorria em um passado cada vez mais distante. 
Projeto Urbano e Desenho urbano:O reconhecimento da incapacidade e, muitas vezes, falta de necessidade, de ter que intervir em uma cidade inteira para realizar um empreendimento de grande porte ou de tentar melhorar a vida das pessoas, levou ao desenvolvimento de um campo do urbanismo que trata de intervenções específicas. Assim, o Projeto e o Desenho urbanos abrangem pedaços da cidades, com intervenções específicas, sejam organizadas pelo poder público, pelo poder privado, ou por ambos. 
CONTEUDO 3 - 2.Urbanismo no Brasil
Os novos princípios do urbanismo.
Quadro construído – muda com relativa lentidão, portanto mais difícil de perceber mudanças;Espaços do passado tem mais urbanidade que os espaços produzido p ela atual sociedade; No ocidente, as sociedade estão em mutação, há uma nova fase de transformações na ciência, na técnica, nas relações sociais, na economia; Necessidade de novos instrumentos para tentar controlar essa revolução urbana, de modo que se aproprie de suas vantagens e limite seus aspectos de impacto prejudicial; Quais seriam estes instrumentos? 
Destaque para os vínculos estruturais entre as cidades e as sociedades modernas – revoluções urbanas e tipos de urbanismo das duas fases iniciais da modernidade.Principais características da nova modernidade – identificável nas características da revolução urbana que a própria “nova modernidade”vem provocando e sobre a qual se desenvolve os principais desafios e esboço de princípios a serem desenvolvidos
 Cidade e Sociedade: uma estreita correlação.A existência das cidades pressupõe desde sua origem uma divisão técnica, social e espacial da produção e implica trocas de natureza diversa entre aqueles que produzem os bens manufaturados (artesãos), bens simbólicos (religiosos), o poder e aproteção (guerreiros).Destaque para os vínculos estruturais entre as cidades e as sociedades modernas – revoluções urbanas e tipos deurbanismo das duas fases iniciais da modernidade.
Cidade e Sociedade: uma estreita correlação.O crescimento das cidades esteve relacionado, ao longo da história, com o desenvolvimento dos meios de transporte e armazenamento dos bens necessários para abastecer populações crescentes...e vinculado às técnicas de transporte e estocagem das informações necessárias à organização do trabalho e das trocas.
Técnica e Origem em saber empírico,Conhecimento que visa resolver problemas práticos da vida, inventos que facilitam o trabalho Ex: técnicas de plantio, de caça utilizando arco e flecha,de artesanato.Relação com a divisão social do trabalho Envolve procedimentos humanos (habilidades manuais),pode ser uma uma arte.Tecnologia – revolução industrial. Relação com a revolução científica e com as ciências da natureza.Utilização científica de instrumentos que auxiliam no processo de conhecimento humano.Uma vez munido desses elementos o ser humano .Domínio do meio.sociedade atual – convivência da técnica para tecnologia. Destaque para os vínculos estruturais entre as cidades e as sociedades modernas – revoluções urbanas e tipos de urbanismo das duas fases iniciais da modernidade.Diferença entre técnica e tecnologia"Na verdade, é mais correto falar em tecnologia do que em técnica. Um cronômetro, porém, é um objeto tecnológico: por um lado, sua construção pressupõe conhecimentos teóricos sobre as leis do movimento (as leis do pêndulo) e, por outro lado, seu uso altera a percepção empírica e comum dos objetos, pois serve para medir aquilo que nossa percepção não consegue perceber. Uma lente de aumento é um objeto técnico, mas o telescópio e o microscópio são objetos tecnológicos, pois sua construção pressupõe o conhecimento das leis científicas definidas pela óptica.Em outras palavras, um objeto é tecnológico quando sua construção pressupõe um saber científico e quando seu uso interfere nos resultados das pesquisas científicas. Destaque para os vínculos estruturais entre as cidades e as sociedades modernas – revoluções urbanas e tipos de urbanismo das duas fases iniciais da modernidade.
Cidade e Sociedade: uma estreita correlaçãoA história das cidades foi assim marcada pela história das técnicas de transporte eestocagem de bens, informações, pessoas.Núcleo de dinâmicas urbanas desde a escrita até a internet, passando pela roda, aimprensa, a filosofia e o telégrafo, o concreto armado (...) O crescimento horizontal e vertical das cidades tornou-se possível graças à invenção e utilização dessas técnicas.“Na verdade, muitas outras sociedades passaram e passam por transformações, têm história, mas não se organizam necessariamente tendo como núcleo central da sua dinâmica de funcionamento a mudança, o progresso, o projeto. Pelo contrário, é a tradição que constitui seu princípio essencial, e a referência ao passado que fundamenta, de forma geral, suas representações de futuro.“A modernização é um processo que emergiu bem antes dos tempos que denominamos, usualmente, modernos.”
CONTEUDO 4 - 3.Urbanismo do segundo pós-guerra e a década de 1960 (revisões críticas sobre as cidades)
A década de 1960 e as revisões críticas sobre as cidades:
Leitura e Interpretação de texto de Lewis Mumford
MUMFORD, L. "Paisagem Natural e Paisagem Urbana", in CHOAY, F. “Urbanismo”. São Paulo: Perspectiva, 2005. p. 285-291.
Nesse texto, Mumford propõe uma solução, na década de 1960, que poderia resolver, ou minimizar, o problema urbano da falta de área de lazer, a expansão exagerada dos subúrbios e o aumento do trânsito. A análise do Autor é feita sobre as cidades norte-americanas, usando algumas cidades europeias como exemplo do que deveria realmente ser feito.
Ele critica a ideia de Parque urbano, surgida no século XIX, e que era baseada na "necessidade biológica dos espaços livres”. Ele afirma que o Parque urbano não foi suficiente para melhorar a vida nas cidades norte-americanas. Na época em que ele escreveu esse texto havia um grande estímulo para a saída de uma parte da população, em geral as classes médias, em direção aos subúrbios, cheios de áreas verdes, com baixa densidade e residências unifamiliares. Essa situação criaria grandes contrastes entre essas áreas e as cidades, gerando situações negativas como o aumento de trânsito entre esses dois ambientes e a decadência de muitos centros urbanos antigos.
Jane Jacobs e o resgate da rua a partir das idéias do livro “Morte e vida nas grandes cidades”
Leitura e seminário sobre CHOAY, Françoise. “Jane Jacobs”. In: Urbanismo. São Paulo: Perspectiva, 2005. p. 293-301.
A autora Jane Jacobs defende o espaço urbano movimentado das grandes cidades, afirmando que as ruas dos bairros dessas têm qualidades que o urbanismo funcionalista ignora.
Para defender a rua como espaço urbano, a autora aborda algumas qualidades e problemas desse espaço, procurando demonstrar como os usos e a densidade populacional contribuem para garantir a segurança e, ao mesmo tempo, a qualidade de vida nos bairros.
Em oposição a rua viva e movimentada que a autora defende, ela avalia negativamente os subúrbios americanos (equipamentos aos condomínios horizontais no Brasil), o planejamento urbano funcionalista, os projetos urbanos baseados em esqueletos viários, os parques e a fuga da rua.
CONTEUDO 5 - 4.Experiências urbanas contemporâneas nacionais e internacionais
A América Latina, fortemente ligada ao mundo ocidental e envolvida pelo processo de mundialização, apresenta múltiplas influências, que, no entanto, não uniformizama silhueta das imensas cidades que ocupam seus espaços e aí se conjugam. A revalorização dos centros das grandes cidades é tida como uma aposta comum da maioria dos governos de importantes cidades latinoamericanas, processo que envolve resgate da memória, requalificação econômica, programas sociais e mobilização da sociedade. As reflexões propostas neste livro pretendem enfocar uma dezena de cidades de norte a sul, da Cidade do México a Buenos Aires e Santiago, passando por São Paulo e Rio de Janeiro.
CONTEUDO 6 - 5.Urbanização do século XX no Brasil
Leitura e interpretação de SOMEKH, N. "Apresentação", in ASCHER, F. " Os novos princípios do Urbanismo". São Paulo: Romano Guerra, 2010, pp. 11-15.
Na apresentação do livro de François Ascher, Nadia Somekh, faz um resumo do processo de Urbanização recente no Brasil. Segundo ela, as principais características que formam a urbanização no Brasil foram:
1º O conflito entre as leis e planos aprovados e realizados e os interesses e imposições do mercado privado. Na opinião da autora isso criou um espaço que não parece seguir regras.
2º A exclusão da maioria da população pela legislação: uma parte considerável da população vive em péssimas condições, sem acesso às regulamentações urbanas e construtivas. Essa situação mostra a dualidade entre o espaço formal e o informal na cidade.
3º O processo de urbanização no Brasil ocorre para dar espaço ao automóvel e para o desenvolvimento do capital imobiliário.
4º A concentração de renda e a urbanização dispersa produzem uma cidade difusa.
A autora defende a valorização de uma cidade mais completa com redução das desigualdades inclusão social, o transporte coletivo.
CONTEUDO 7 - 6.Intervenções urbanas nas décadas de 1970 e 1980
As décadas de 1970 e 1980 foram fundamentais para uma profunda transformação no planejamento urbano feito no exterior e no Brasil, com muitas mudanças na maneira como eram organizadas as cidades e com o surgimento de problemas de uma magnitude muito maior do que antes. Os textos a seguir são um resumo desses fatos.
Década de 1970: O planejamento urbano de larga escala, com construções de grande porte continua a ser aplicado na organização de territórios extensos. O caso do Brasil se insere perfeitamente nessa época, quando durante o “milagre econômico” uma vasta quantidade e equipamentos públicos de grande porte (aeroportos, rodovias, ferrovias, portos, hidroelétricas, usinas nucleares, redes de abastecimento de água, etc.), de edifícios públicos e privados (indústrias, agências bancárias, habitações coletivas) são realizados. O urbanismo moderno ainda se faz presente na organização das cidades e os planos diretores tentam organizar o contínuo crescimento das cidades, que já estavam se transformando, no caso das maiores, em verdadeiras metrópoles.
Década de 1980: O reconhecimento de que o planejamento urbano e o urbanismo moderno não são suficientes para criar espaços urbanos com qualidade, ou ainda, controlar satisfatoriamente o crescimento das cidades, das metrópoles e das regiões metropolitanas, leva mais uma vez os arquitetos, urbanistas, agentes imobiliários e técnicos do setor público a buscar alternativas. Uma delas é o desenho urbano. Essa prática pretende complementar as diretrizes fornecidas pelos planos diretores e pelo planejamento urbano de larga escala. Através dessa prática o Estado pretende mais uma vez intervir na cidade, porém de forma pontual, tentando resolver pequenos problemas, mas que fazem grande diferença na vida da população, como calçamentos adequados, criação de espaços livres (praças, largos, etc.) com qualidade, recuperação de áreas centrais que estão degradadas, aumento da participação da população nos destino das verbas usadas par urbanização. No caso da Europa esse processo se inicia ainda na década de 1960. No Brasil esse processo começa principalmente na década de 1980.
CONTEUDO 9 - 7.Análise de projetos urbanos e estudos de casos
Intervenções em centros urbanos: objetivos, estratégias e resultados.
Traz em si um capítulo sobre uma iniciativa de revitalização do centro da cidade de São Paulo. Em um amplo programa de requalificação do centro, que conta com a ONG Associação Viva o Centro, processando a união de atores públicos, privados e sociedade civil, se insere o projeto “Corredor Cultural”, que previa valorizar a qualidade do projeto de desenho urbano e aproveitamento de dinâmicas pré-existentes, tentando organizar em um só e amplo projeto iniciativas pontuais (públicas ou privadas)que estavam sendo concretizadas mas não se articulavam entre si.Daí o corredor cultual teria como ponto de partida potencializar tais iniciativas, fazendo com que essas interagissem, sendo o espaço público redesenhado de forma a funcionar como “elemento integrador” daqueles projetos e, por meio da reestruturação do espaço público, pôr em contato pólos isolados de atividades relevantes de maneira a produzir sinergia entre esses pólos e destes com a rua.O corredor Cultural envolve áreas sob o domínio da Administração Regional da Sé e da República. No entanto possui uma oferta escassa de estacionamentos.Para a concretização do Projeto contou-se com investimentos públicos municipais, recursos advindos de contratos firmados entre a Emurb e empresas que exploram a publicidade e ainda contou-se com contrapartidas financeiras obtidas por meio da Operação Urbana Centro que se utiliza da outorga onerosa paga para obtenção de direitos adicionais de construção ou novos usos. O Corredor Cultural vinha como medida para tornar tais obras e futuras obras parte integrante de um corpo maior de intervenções no centro, com a intenção de não torná-las pontos específicos de ação, mas parte integrante de um projeto mais amplo de requalificação do centro. Foi ainda, diante desse esforço, que tanto o Estado quanto o múnicípio tansferiram órgãos e empresas públicas e secretárias para a área central, contribuindo para uma maior dinâmica na área e para a centralização do setor administrativoOs resultados desse projeto apontaram, entre outros, um aspecto negativo e três positivos, sendo respectivamente: a presença de uma cultura urbanística que privilegia carros (rodoviarismo) em detrimento dos pedestres que são geradores de importantes fluxos no centro da cidade; Mais importante ainda é também, contabilizar como ponto positivo a maneira como esse tipo de projeto pode estreitar laços entre setores públicos , privados e ainda da sociedade civil e como o relato desses projetos podem gerar discussões também muito bem vindas nesse sentido. 
CONTEUDO 10 - 8.A expansão urbana do início do século XXI e conclusões sobre intervenções no espaço urbano
A expansão urbana do início do século XXI
A convivência entre formas tradicionais (loteamentos e condomínios) e novas formas de expansão urbana: urbanização dispersa, planejamento estratégico, adensamento intraurbano (crescimento interno), áreas rurbanas (ocupação de baixa densidade em áreas periféricas: rural+urbana). 
Urbanização dispersa: Nesse tipo de urbanização, novos bairros surgem longe do centro da cidade e se espalham em diferentes formas, que vão desde condomínios de luxo até favelas no entorno de estradas. 
Mas, paradoxalmente, a concentração nesses polos foi acompanhada de uma dispersão no espaço intraurbano, que tomou proporções gigantescas nos últimos 20 anos. Então, em vez de crescer como uma mancha de óleo como no tempo das ferrovias – porque era preciso que todos estivessem juntos a ela, por questões de facilidade de acesso a tudo que a ferrovia trazia e levava – as pessoas usam as rodovias e estradas vicinais e vão morar em conjuntos fora da cidade. A grande parte da população brasileira reside em cerca de 50 grandes áreas urbanas que já carregam no seu interior o processo de dispersão urbana.

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