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Licitação: Procedimento Administrativo

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LICITAÇÃO
I - Conceito: vem do latim “Licitacio” que significa ‘venda por lances’. 
	Em outras palavras, pode ser conceituada como um procedimento administrativo através do qual a administração pública ou a pessoa juridicamente obrigada seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. 
	Ou seja, a administração pública direta ou indireta não possui autonomia para celebrar contratos como adquirir, vender, ceder, locar ou contratar obras ou serviços, pois esta não trabalha com recursos próprios ou disponíveis, mas sim com recursos públicos. Desta forma, a Administração deverá prestar contas e observar uma série de princípios e procedimentos previstos em lei. Assim, a licitação é um processo administrativo que visa assegurar igualdade de condições a todos que queiram realizar um contrato com o Poder Público. A Licitação é disciplinada por lei (Lei nº. 8.666 de 1993). Esta estabelece critérios objetivos de seleção das propostas de contratação mais vantajosas para o interesse público.
II - Partes: a pessoa obrigada a licitar é do Estado e é denominada de licitante e a que participa do procedimento licitatório ou certame com a expectativa de vencê-la e ser contratada é chamada de proponente. 
III - Natureza jurídica: a licitação não pode exaurir-se de modo instantâneo, isto é, exige uma sequência de atividades devidamente formalizadas. Em razão disso é que a natureza jurídica da licitação tem finalidade seletiva (saber selecionar bem). 
Disciplina normativa: a licitação está disciplina no art. 22, XXVII da CF onde diz que compete privativamente à União legislar sobre licitação, mas nada impedimento que outras pessoas federativas também tenha legislação própria, sem contudo, contrariar a lei federal. O art. 37, XXI da CF menciona o princípio da obrigatoriedade da licitação. E ainda a Lei nº 8.666/93 é a reguladora das licitações, também conhecida como o Estatuto das Licitações e Contratos, sendo que esta lei já sofreu várias alterações. 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
	Lei 8.666/1993: regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.
IV - Destinatários da licitação: sujeitam-se as suas normas as pessoas integrantes da Federação (da União, Estado, DF e Municípios) que formam a Administração Direta. 
A lei exige também o mesmo procedimento para as Entidades da Administração Indireta (ex.: autarquias; empresas públicas; sociedades de economia mista e fundações públicas). 
V - Fundamentos da licitação: o legislador pátrio definiu alguns fundamentos para editar a lei de licitações. Dentre eles:
A - Moralidade administrativa: a moralidade pode guiar todas as condutas dos administradores, agindo com lealdade e boa-fé, descartando qualquer conduta maliciosa. 
B - Igualdade de oportunidades: proporcionar igualdade a todos quantos se interessam em contratar com a Administração, fornecendo seus serviços e bens. A Administração jamais pode preferir um fornecedor. Cumpre, assim, permitir a competitividade entre os interessados. 
VI – Objeto da Licitação
Objeto imediato: selecionar melhor proposta. Ou seja, escolher a proposta que vai satisfazer a necessidade da Administração Pública.
Objeto mediato: é a obtenção dos bens ou contratação serviço. 
VII - Princípios básicos da licitação:
Legalidade: o administrador não pode fazer prevalecer sua vontade pessoal, mas a da lei. É a aplicação do devido processo legal, que exige a escolha da modalidade correta, que seja claro quanto aos critérios seletivos e que somente deixe de realizar a licitação nos casos permitidos em lei. Enfim, que se disponha a alcançar os objetivos colimados, seguindo os passos dos mandamentos legais.
Moralidade: trata-se de uma exigência de comportamento ético-jurídico em todos os atos pelos administradores. (ser honesto). 
Impessoalidade: segundo este princípio a Administração Pública deverá apresentar o mesmo tratamento a todos os administrados que estejam na mesma situação jurídica. 
Publicidade: diz respeito à divulgação de todo o procedimento para o conhecimento dos interessados, a fim de assegurar à coletividade a possibilidade de fiscalizar sua legalidade. A licitação não será sigilosa e qualquer cidadão poderá acompanhar seu desenvolvimento, além disso, o edital será publicado na imprensa oficial. Existindo apenas uma exceção quanto a este princípio, trata-se da hipótese da apresentação das propostas pelos licitantes, que será sigilosa até o momento da abertura dos envelopes que as contenham, ocasião em que, torna a vigor o princípio da publicidade. 
Probidade administrativa: trata-se de uma exigência de comportamento ético-jurídico em todos os atos pelos administradores. Ou seja, o Estado não pode ser lesado, devendo o administrador seguir a licitação de maneira honesta, transparente etc. 
Vinculação ao instrumento convocatório: também conhecido como princípio do julgamento objetivo, normalmente é o edital, onde as regras traçadas para o procedimento devem ser fielmente observadas por todos os interessados. Se a regra for desrespeitada, o procedimento se torna inválido e suscetível de correção na via administrativa ou judicial. 
VIII - Princípios correlatos à licitação:
Competitividade: é correlato ao princípio da igualdade, significando que a administração não pode adotar medidas ou criar regras que comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo da licitação 
Indistinção: proíbe criar preferências ou distinções relativas à naturalidade à sede ou ao domicílio dos licitantes 
Inalterabilidade do edital: este princípio é correlato ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório e significa que a administração fica vinculada às regras do edital que ela própria elaborou. O edital publicado se torna lei entre as partes. 
Sigilo das propostas: ele é correlato ao princípio da moralidade administrativa onde as mesmas devem vir em envelopes lacrados e somente abertos em sessão pública, previamente marcada. 
Formalismo procedimental: as regras do procedimento adotadas para licitação devem seguir os parâmetros estabelecidos na lei, não sendo lícito aos administradores subverte-los a seu juízo.
Vedação à oferta de vantagens: é correlato ao princípio do julgamento objetivo, cujas regras de seleção devem ser adstritas aos critérios fixados no edital, não se podendo admitir que o licitante oferte vantagem própria ou oferecer desconto sobre a oferta de outro licitante. 
Obrigatoriedade: é obrigatória a realização de licitação quando o Estado pretender realizar compras, contratar serviços ou obras, ressalvados apenas os casos permitidos por lei. 
Licitação sustentável: 
inserção critérios ambientais = minimizar impactos – critérios definidos por decreto, não por lei.
	Correspondem a uma forma de inserção de critérios ambientais e sociais das compras e contrataçõesrealizadas pela Administração Públicas, adicionando valores e, ao mesmo tempo, minimizando os impactos ambientais. Por exemplo: aquisição de veículos movidos a álcool; obras com depósito para coletar as águas de chuva para o seu reuso; aquisição de lâmpadas de maior eficiência energética e menor teor de mercúrio; obras com bastante luminosidade natural etc.

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