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Sistema osteo mioarticular Constituído por ossos articulações e músculos. Serve para manter a postura, realizar movimentos, suporte e proteção de órgãos. Sindrome do imobilismo A síndrome da imobilidade é um conjunto de alterações que ocorrem no indivíduo acamado por um período prolongado. Independente da condição inicial que motivou ao decúbito prolongado, esta síndrome evolui para problemas circulatórios, dermatológicos, respiratórios e muitas vezes psicológicos. Muito da morbidade e mortalidade associada ao paciente restrito ao leito advém dessas complicações músculo-esqueléticas e viscerais. Efeitos sobre o aparelho locomotor Geralmente é o sistema mais acometido pelo imobilismo. A inatividade afeta diretamente a força muscular, a resistência à fadiga e a força exercida pela gravidade nos ossos e tecidos de apoio. Estima-se que para cada semana de imobilização completa no leito, o paciente pode perder de 10 a 20% do seu nível de força muscular inicial, sendo que, por volta de quatro semanas de imobilização o paciente terá perdido aproximadamente 50% de sua força total. As principais alterações musculares relacionadas ao imobilismo são: Diminuição do nível de glicogênio e ATP no ventre muscular; Comprometimento da irrigação sanguínea muscular; Baixo débito de O2, com consequente diminuição na capacidade oxidativa; Diminuição da síntese proteica; Atrofia das fibras musculares; Diminuição do número de sarcômeros; Diminuição do torque; Incoordenação gerada pela fraqueza muscular generalizada; Dor/desconforto. O tratamento fisioterápico de pacientes com imobilização prolongada deve: Estimular a movimentação precoce no leito e a independência nas atividades; Estimular a deambulação; Prevenir complicações pulmonares; Auxiliar na resolução de patologias pulmonares já implantadas; Promover um padrão respiratório mais eficaz; Evitar complicações respiratórias; Reduzir a dor; Manter força muscular e amplitude articular; Evitar encurtamentos, atrofias e/ou contraturas musculares; Melhor mobilidade, flexibilidade, coordenação e equilíbrio; Promover relaxamento; Prevenir e tratar possíveis edemas; Promover a reeducação postural; Prevenção de escaras. Vale ressaltar que o trabalho na prevenção das complicações do imobilismo deve ser realizado por toda a equipe multidisciplinar, tendo em vista que a síndrome do imobilismo é a principal responsável pela permanência de pacientes nos leitos de hospitais. No sistema protetor A úlcera de pressão é a mais comum alteração que acontece nos pacientes submetidos ao longo período de decúbito. Elas podem ser minimizadas por mudanças constantes de decúbito, uso de colchão especial, massoterapia, crioterapia e em estágios mais avançados a laser terapia. Para tratar e prevenir o quadro causado pela imobilidade, necessitamos de uma abordagem multidisciplinar e da participação ativa dos familiares, durante a internação e principalmente após a alta hospitalar, procurando manter a qualidade de vida do idoso.
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