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TRABALHO DE DIREITO OBRIGAÇAO DE NAO FAZER

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TRABALHO DE DIREITO:
DIREITO DOS OBRIGAÇOES PROFESSOR: TORRANO
ALUNO: ADRIANO GODOI DE LARA R.A 004201500255
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
Direito das Obrigações, podemos conceituá-lo como a disciplina que trata das relações harmônicas entre as pessoas para a satisfação dos seus interesses individuais. Digo “relações harmônicas” porque a sociedade exige harmonia, sob pena de conflito e caos social. Em suma, uma satisfação de interesses, porque uma pessoa não consegue produzir sozinha tudo que precisa para viver, e por impulso precisa se relacionar com outra para obter bens de seu interesse. As relações obrigacionais acontecem a todo instante e são o suporte econômico da sociedade moderna de consumo, especialmente através do contrato de compra e venda. 
 A obrigação é o direito do credor contra o devedor. Num conceito mais completo, a obrigação é um vínculo jurídico transitório em virtude do qual uma pessoa fica sujeita a satisfazer, ou deixar de fazer, uma prestação econômica, em proveito de outra. Necessariamente precisa haver um vínculo jurídico: o vínculo é o motor da obrigação e precisa interessar ao Direito.
 Transitório: a obrigação é efêmera, tem vida curta, podendo até ser duradoura (ex: alugar uma casa por um ano), mas não dura para sempre. Inclusive um direito de crédito se extingue quando é exercido. Já os Direitos Reais são permanentes, e quanto mais exercidos mais se fortalecem (ex: a propriedade sobre uma fazenda passa por gerações de pai para filho, e quanto mais à fazenda for usada mais cumprirá sua função social).
 Prestação: é o objeto da obrigação e se trata de uma conduta ou omissão humana, ou seja, sempre é dar uma coisa, fazer um serviço ou se abster de alguma conduta. Dar, fazer e não-fazer, estas três são as espécies de obrigação.
Econômica: toda obrigação precisa ter um valor econômico para viabilizar a responsabilidade patrimonial do inadimplente se não for espontaneamente cumprida. Em outras palavras, se uma dívida não for paga no vencimento o credor mune-se de uma pretensão e a dívida se transforma em responsabilidade patrimonial.
ESPÉCIE DE OBRIGAÇÃO:
Obrigação de não fazer: trata-se de uma obrigação negativa cujo objeto da prestação é uma omissão ou abstenção. Os romanos chamavam de obrigação ad non faciendum. Conceito: vínculo jurídico pelo qual o devedor se compromete a se abster de fazer certo ato, que poderia livremente praticar, se não tivesse se obrigado em benefício do credor. O devedor vai ter que sofrer, tolerar ou se abster de algum ato em benefício do credor. Exemplos: o condômino que se obriga a não pintar a fachada do apartamento onde reside; o comerciante que se obriga a não fazer concorrência a outro. Pode haver limite temporal para a obrigação (1.147 Código Civil).
Como na autonomia privada a liberdade é grande, as obrigações negativas podem ser bem variadas, mas obrigações imorais e anti-sociais, ou que sacrifiquem a liberdade das pessoas, são proibidas, exemplo: obrigação de não se casar, de não trabalhar, de não ter religião. A violação da obrigação negativa se resolve em perdas e danos, entretanto, se for viável, o credor poderá exigir o desfazimento pelo devedor (art. 251 CC) sendo urgente poderá o credor desfazer ou mandar desfazer sem autorização judicial, sem o prejuízo do ressarcimento. Parágrafo Único do mesmo artigo.  No caso de não cumprida a obrigação, então uma indenização por perdas e danos é a solução, responde o devedor por perdas e danos mais correção. (Art.389 CC).
A obrigação de não fazer poderá ser estendida a terceiros, por força do art. 1.378 do CC, servidão predial, e por se tratar de um direito real, já se percebe sua maior força em relação a um direito obrigacional, neste caso, exige-se uma declaração expressa dos proprietários e o Registro no cartório de imóveis, sendo a obrigação de não fazer passada aos diversos proprietários subsequentes.
No entanto, o devedor será livre da obrigação, desde que sem culpa, torne-lhe impossível se abster do ato que obrigou há não fazer, nos termos do artigo 250 do Código Civil. Exemplo: A assumiu a obrigação de não edificar o muro no terreno que faz divisa com B. A é notificado judicialmente para edificar um muro conforme prevê o plano urbanístico do município, pois o Direito Público predomina sobre o Direito Privado é o chamado “Fato do Príncipe”
Fato do príncipe: é a imposição de uma norma publica sobre uma norma privada mandando que seja feita determinada obra ou ato pelo qual o devedor havia se comprometido em não realizar.

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