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2-2 Principais Formas de Classificação de Custo

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Principais Formas de Classificação do Custo 
Agora, vamos falar de custo. Acredito que você está curioso para saber o que é Custo? Afinal de 
contas, este é o elemento chave no enunciado desta disciplina. 
 
Então vamos lá! 
 
 
 
 
Custo também é um gasto, todavia ele somente é reconhecido como tal no momento em que 
há o efetivo consumo dos fatores produtivos no processo de produção. Ou seja, aquela compra que 
era inicialmente apenas um gasto, que ativada virou um investimento agora, por ser utilizada na 
produção, torna-se um custo. É importante entender que os custos não são somente os bens tangíveis 
presentes na produção (como a matéria-prima e as embalagens), tudo que é utilizado na fabricação do 
produto é, igualmente, classificado como um custo. Sendo assim, a mão de obra da fábrica, a 
depreciação das máquinas de produção, a energia elétrica consumida na fábrica etc. também são 
denominados custos. 
Todos os gastos ocorridos na produção (portanto, todos os custos) devem ser incorporados ao 
valor monetário do produto gerado. Ou seja, o custo da mão de obra, da matéria-prima, da energia 
elétrica e tudo mais que foi usado na fábrica, compõem o valor de custo do produto acabado. Isso 
acarreta que o “produto final”, que é ativado (isto é, estocado), tem em seu valor monetário a 
cristalização de todo o sacrifício que até então foi incorrido pela empresa para sua geração. 
Novamente, todos os gastos tornam-se investimentos e, nessas condições apresentadas, temos que o 
custo da produção não compromete o valor do PL. 
 
 
Vamos voltar ao exemplo da farinha, no momento em que são usados na produção (e, somente 
neste momento), os 100 kg que estavam ativados (investimento/estoque) tornam-se custo de matéria-
prima. Ao somarmos esse custo de farinha com os demais custos presentes no processo de panificação 
(padeiro, batedeiras, forno, dentre outros itens utilizados), torna-se possível estabelecer o valor de 
custo dessa produção. Um valor que representa todo o sacrifício da empresa para gerar os pães que 
serão estocados até que sejam vendidos. Sendo assim, temos que a precificação do “estoque de 
produto final” representa todos os gastos que foram realizados para gerar esses produtos. E até que 
haja a baixa desses pães do estoque - mediante venda ou perda -, todo o custo não resultará em 
qualquer alteração no valor monetário do PL, dado o fato de ser ele um investimento da empresa (um 
gasto ativado). 
Chegou a hora de definirmos o que são despesas, segundo a óptica contábil. Isso mesmo, a 
despesa também é um gasto, só que agora é um sacrifício que a empresa tem com o objetivo de 
gerar receita, e não produto. A lógica é a seguinte, se despesa é um gasto que busca a obtenção de 
receita, o resultado desse sacrifício, diferente do que ocorre no custo, não é um novo produto e, sendo 
assim, não existe um produto gerado por esse dispêndio no qual nos permita apropriar seu valor. A 
consequência disso é que despesas são gastos que impactam no resultado econômico das operações 
da entidade, uma vez que não podem ser ativadas. Por exemplo, todos os gastos que a empresa tem 
com questões administrativas, financeiras e comerciais não são facilmente identificados com os 
produtos finais da entidade, por serem sacrifícios que não participam do processo produtivo. Eles 
apenas existem, direta ou indiretamente, para gerar receita. A partir disso, os seus valores apurados 
são despesas e estas, em vez de serem apropriadas aos produtos e ativadas, são contabilizadas 
considerando os momentos temporais a que dizem respeito (Exemplo: períodos mensais, trimestrais, 
anuais etc.). 
 
 
Talvez, com base nas linhas precedentes, você tenha concluído: “o produto que foi vendido é 
custo e o restante é despesa”. No entanto, será que esse pensamento está certo? Bem, vamos analisar 
as duas simulações que seguem: 
a) Simulação 01: da compra da matéria-prima à venda do produto final 
A matéria-prima comprada é apenas gasto; ativada, torna-se investimento (estoque); na 
produção, torna-se custo, sendo incorporada ao produto final; o produto final ativado torna-se 
investimento (estoque); produto final ao ser vendido (sacrifício da venda) torna-se despesa. 
b) Simulação 02: da compra à venda de uma máquina de produção 
A máquina industrial é apenas um gasto no momento da compra; ativada1, torna-se um 
investimento; quando em operação, cada valor depreciado se torna custo, sendo esta quantia 
monetária incorporada o valor do produto final; e, por fim, quando a máquina é vendida, baixa do 
ativo, torna-se despesa. 
1 Quando falamos que uma máquina está ativada, em sentido contábil, não significa que ela foi ligada e está funcionando, o 
que está sendo dito é que seu valor de aquisição foi reconhecida no Ativo, sendo assim, ela é agora um bem da empresa. 
 
Acredito que agora ficou claro que toda vez que vendemos um produto, este também é uma 
despesa. Ele é um sacrifício para a obtenção de receita, já que temos que entregá-lo ao comprador, 
desencadeando uma baixa em nosso patrimônio na conta estoque. E, partindo da premissa que todos 
os gastos para sua produção estavam incorporados nele, temos que aquilo que um dia foi denominado 
de custo se torna, neste momento, despesa. Interessante, não é? Porém, preciso alertá-lo que se 
olharmos com atenção um Demonstrativo de Resultado (DR), será fácil perceber que logo abaixo às 
contas de receita, uma linha com a expressão “Custo do produto vendido” se fará presente no 
relatório. Você pode estar se questionando: 
Como isso é possível? Pode um custo estar no DR? O resultado de uma empresa, 
segundo a teoria, é o confronto entre receita e despesa e, quando muito, além dessas 
também de perdas e ganhos. Custo é uma expressão cabível somente no momento da 
produção. 
 
 
Se você teve esse insight, parabéns pelo seu empenho, você prestou atenção na aula! Mas 
também fique calmo, já iremos resolver essa questão do custo no DR com a ajuda do Prof. Eliseu 
Martins. 
Segundo Martins2 (2003), o que acontece é que aquilo que se habituou chamar de “Custo do 
produto vendido”, na verdade, estaria melhor representado se sua expressão fosse, por exemplo, 
“Despesa do produto vendido”, ou algo similar, uma vez que, como já explicado, trata-se de um sacrifício 
para a obtenção de receita. Resumindo, temos que, por uma questão de costume, a palavra “custo”, 
mesmo fora de seu contexto teórico, foi empregada no DR e seu uso já está tão consolidado nesse 
relatório contábil que qualquer tipo de alteração nessa altura do campeonato seria inviável. Então, a 
melhor coisa que podemos fazer é aceitar sua restrição semântica aos olhos da teoria e nos 
contentarmos de sermos conhecedores de seu real significado informacional. Isto é, que o CPV, na 
verdade, é uma despesa que outrora foi um custo. 
 
2Martins, Elizeu. Contabilidade de Custo. 9º edição. São Paulo Editora Atlas, 2003, p. 26. 
E, finalizando as palavras chaves, iremos, neste parágrafo, abordar um tipo de sacrifício que não 
pode ser classificado, segundo a contabilidade, como gasto, chegou a hora de falarmos de perda. Isso 
mesmo, uma perda não é gasto. Por quê? Simplesmente, porque um gasto é um sacrifício intencional 
realizado para obtenção de um produto ou serviço (a gente falou disso lá no início, lembra?). A perda é 
um evento de natureza anormal, involuntária e imprevisível que uma empresa sofre em relação aos seus 
recursos produtivos/investimentos que, por sua vez, lhe prejudica de alguma forma (por exemplo: 
incêndios, furtos, greves etc.). 
 
 
A informação supracitada nos presta um grande favor, pois sabemos que a perda não é gasto, que 
custo é um gasto para gerar produto, e que despesaé um gasto para obter receita. Qual a conclusão 
que chegamos? Perda, pelos preceitos vistos, não pode ser enquadrada nem como custo e, tampouco, 
deve ser confundida com despesa. Então o que ela é? É apenas uma ocorrência anormal ao processo. 
Veja que interessante, seguindo essa linha, é possível afirmar que expressões comuns no dia a dia como 
“nesta fábrica é normal que haja uma perda no processo de 3%”, ou, ainda, “o defeito que ocorreu este 
mês na máquina beta aumentou o custo em R$ 30mil”, são formas inadequadas de comunicação. Se as 
citadas “perdas” de produção da primeira sentença são de fato condições normais da operação, então 
elas não são perdas, elas são “custos” e é assim que elas precisam ser tratadas na Gestão Estratégica. 
Na mesma forma, aqueles sacrifícios financeiros da segunda sentença que foram gerados por defeitos 
imprevistos na linha de produção, igualmente, não devem ser tratados como custos, pois são perdas. 
Viram? Foi bem como disse no início desta aula, as palavras na Gestão Estratégia de Custo precisam ser 
muito bem entendidas, para que não haja atrito na comunicação. 
Vimos, então, que o custo é aquele gasto que temos no momento da transformação dos recursos 
produtivos em bens finais. Sua mensuração, por sua vez, é obtida, mediante a contabilização do valor 
monetário de cada um dos recursos utilizados (exemplo: mão de obra, matéria-prima, energia etc.). 
Sendo assim, um custo industrial representa o valor de todo o sacrifício incorrido pela empresa até 
aquele momento para disponibilizar o referido fator produtivo à produção. Seguindo essa lógica, 
chegamos à conclusão que o custo de um recurso produtivo é um valor obtido pela contabilização dos 
gastos líquidos incorridos até aquele momento, considerando a aquisição, transferência e preparação 
desse fator para a produção. Por exemplo, como uma matéria-prima precisa ser comprada, transportada, 
assegurada, estocada e, logicamente, transferida até a produção, tudo isso, e muito mais, reflete aquele 
valor que é identificado como sendo o custo da matéria-prima, o qual será, por sua vez, transferido ao 
produto final. 
 
 
Bem, já que definimos alguns dos termos chaves sobre os dispêndios de uma empresa – gastos, 
pagamentos, investimentos, custos, despesas e perdas –, podemos agora nos concentrar fortemente em 
“custo” na perspectiva de nossa disciplina. Nesse sentido, vamos analisar agora duas formas principais 
nas quais um custo pode ser isolado para atender nossos interesses informacionais, sendo estas: (i) 
custo fixo e variável; e (ii) custo direto e indireto. 
Custo Variável 
 
Um custo variável, como o próprio nome diz, varia na medida em que ocorrem alterações nos 
volumes de produção. E o motivo é que nesse tipo de custo os recursos produtivos considerados são 
aqueles que apresentam correlação entre suas quantidades consumidas na produção e as quantidades 
fabricadas de produto. Sendo assim, quando há um aumento na quantidade produzida, tem-se um 
aumento no uso desse recurso produtivo e, por conseguinte, um aumento no volume do gasto financeiro 
com esse item. Podemos ilustrar essa situação com o exemplo das matérias-primas. Nesse sentido, 
imagine uma confecção que para produzir uma camisa precise de dois metros quadrados de um tecido, o 
qual custa R$10/m2, portanto, se ela produzir apenas uma camisa, consume apenas dois metros de 
tecido e, por isso, seu custo total com tecido será de R$20,00 nessa produção (= 1 camisa x 2 m2 de 
tecido x $10 por m2 de tecido). 
 
 
Agora se ela produzir duas camisas, seu consumo de tecido será de 4 m2 e seu custo de produção 
será contabilizado em R$40,00 (= 2 camisas x 2 m2 x $10/m2). Percebeu a relação entre as quantidades? 
Quanto mais camisas são produzidas, mais se gasta com tecido e, na mesma forma, quanto menos 
camisas são produzidas, menos se gasta com tecido. Essa é a ideia do custo variável. 
Custo Fixo 
Já os custos fixos são aqueles gastos que não se alteram em virtude de modificações na quantidade 
produzida, desde que, logicamente, certas condições sejam respeitadas, como a capacidade instalada da 
fábrica. Um tipo de gasto que representa bem este tipo de custo são os contratos de aluguéis. Trata-se 
de uma transação comercial onde a empresa contrata o direito de usar a propriedade de outrem – por 
exemplo, espaço físico ou máquina – mediante o pagamento predeterminado para um período. Sendo 
assim, não importa, nesses casos, se a empresa vai ficar vazia o mês todo ou se vai trabalhar 24 horas 
todos os dias, o que interessa é que ao final do período ela terá que honrar o contrato firmado com o 
proprietário deste bem, não importando se sua produção foi de zero ou de um milhão de unidades do 
produto. 
 
 
OBSERVAÇÃO 
E antes de encerrar o custo fixo e variável é necessário fazer um alerta. É muito comum 
encontrarmos pessoas no mercado que se confundem ao analisar os dados de uma empresa. Por vezes, 
consideram que o custo que apresentou valores diferentes entre os meses é um custo variável, já outro 
que se mantém constante é definido como de natureza fixa. Uma análise feita apenas seguindo esse 
critério é inadequada, pois, dentre outros motivos, um custo fixo pode ser “repetitivo” ou “não 
repetitivo”. Precisamos lembrar que o termo “fixo” significa apenas que o custo não varia em função da 
quantidade produzida, todavia isso não quer dizer que ele não possa variar por outros motivos. É por isso 
que quando um custo fixo apresenta um comportamento constante ao longo de um determinado período 
o denominamos de “custo fixo repetitivo”, uma vez que esse comportamento não é padrão para todos os 
custos fixos, como no caso o valor de um aluguel mensal fixado anualmente. Na mesma forma, somente 
porque o valor de um determinado custo não é o mesmo em todos os períodos, não quer dizer que este 
é custo variável, pode ser que ele seja um custo fixo “não repetitivo”, como no caso o valor de um 
aluguel reajustado todo mês segundo a inflação, sua variação é constante, porém sem vínculo com a 
quantidade produzida. 
Veja mais sobre a classificação e os tipos de custos, assistindo à videoaula a seguir com o 
professor Ernani. 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.grupouninter.com.br/2015/A
BR/MT50029-A02-P03.mp4

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