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Atrito em Blocos Relatório Nº04 Turma: 30F Integrantes do grupo Ana Clara Rodrigues Faria Alicia Ferreira Cassiano Isabella Rezende Rodrigues Suzane Kellen de Castro Palumbo 2.OBJETIVOS Objetiva – se, no experimento, encontrar a força de atrito atuante em cada bloco, através da aplicação de uma força necessária para que blocos em diferentes posições saiam do estado estático para o dinâmico. Analisar as forças envolvidas e as interferências que estas podem causar no movimento do corpo, avaliando possíveis erros experimentais. 3. INTRODUÇÃO TEÓRICA De acordo com a terceira lei de Newton (Ação e Reação), quando empurramos um objeto, existe uma força de mesma intensidade, mesma direção, mas de sentido contrário o empurrando de volta. De tal maneira, existe uma força perpendicular às superfícies de contato, que é a chamada força normal. Forças normais podem variar em grande escala de magnitude. Sobre um corpo que se encontra em uma mesa, por exemplo, essa força irá contrabalançar a força gravitacional para baixo que atua sobre o objeto. Além disso, superfícies que se encontram em contato podem exercer forças umas sobre as outras, que são paralelas as superfícies. Para que um corpo entre em movimento, é necessário que atue sobre ele uma força relativamente grande para que ele comece a deslizar, pois se a força for pequena, o atrito que existe entre a superfície e o objeto impedirá esse movimento. Uma componente de força de contato que se opõe ao deslizamento é chamada de força de atrito. O atrito surge da atração entre as moléculas de duas superfícies em contato. A força de atrito estática é aquela existente quando o corpo continua e repouso. Essa força que se opõe a força aplicada sobre o objeto pode variar em magnitude de zero a um valor máximo, na eminência do movimento. A força estática máxima é proporcional a força normal exercida por uma superfície sobre a outra. Fat.s máx = s.N Onde s é o coeficiente de atrito estático,o qual depende dos materiais que são feitos as superfícies e das temperaturas que eles se contram, e N é a normal. Existe também uma força contrária ao movimento, que atua assim que o objeto começa a se mexer, que é a chamada força de atrito dinamico ou cinética. Essa força é proporcional a força normal exercida por uma superfície sobre a outra. Fat.k = k.N A força de atrito cinético é independente da força horizontal aplicada, sendo considerada através de experimentos como aproximadamente constante para diversos valores de rapidez.Porém, depende dos materiais assim como a força de atrito estático. Como visto, a Fat, sendo estática ou dinâmica, independe da área de contato, apenas da força normal e do coeficiente de atrito 4. MATERIAIS UTILIZADOS / PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 01 Dinamômetro de 2N; 01 Bloco de madeira 1 (𝑚1); 01 Bloco de madeira 2, com um lado revestido de borracha (𝑚2); 01 Balança semi-analítica (±0,01g) Primeiramente, pesou-se os dois blocos (𝑚1 e 𝑚2) na balança semi-analítica. Logo, colocou-se sobre a superfície de uma mesa o bloco 1 (que possui todas suas faces de madeira), apoiado na parte em que sua área é maior. Fixou-se a ele o dinamômetro de 2N. Em seguida, aumentou-se vagarosamente a força feita sobre o bloco. Com a ajuda do dinamômetro, mediu-se a força que levou o bloco a sair do estado estático para o estado dinâmico. Foram realizados 15 repetições e a cada repetição anotou-se os valores adquiridos, terminando assim, a análise do Caso I. A seguir, com o mesmo bloco, porém com a área de superfície menor, realizou-se o mesmo processo, com o mesmo número de repetições (Caso II). Posteriormente, trocou-se o bloco anterior por um bloco de madeira com a superfície emborrachada. Colocando a parte da borracha sobre a mesma superfície da mesa, os mesmos processos foram realizados, com a mesma quantidade de repetições (Caso III). Por fim, pôs-se um bloco sobre o outro (Caso IV), seguindo exatamente o mesmo método realizado anteriormente. 5.RESULTADOS Durante a realização do experimentos, foram adquiridos os seguintes dados referentes a cada situação: Caso I Caso II Caso III Caso IV Número Força(N)±0,02N 1 1,4 2 1,38 3 1,42 4 1,34 5 1,34 6 1,38 7 1,52 8 1,4 9 1,22 10 1,3 11 1,34 12 1,24 13 1,26 14 1,3 15 1,2 Número Força(N)±0,02N 1 1,26 2 1,42 3 1,42 4 1,46 5 1,46 6 1,7 7 1,46 8 1,6 9 1,5 10 1,48 11 1,26 12 1,42 13 1,48 14 1,46 15 1,5 Número Força(N)±0,02N 1 1,2 2 1,2 3 1,1 4 1,28 5 1,2 6 1,44 7 1,1 8 1,1 9 1,2 10 1,24 11 1 12 1,1 13 1,14 14 1,4 15 1,2 Número Força(N)±0,02N 1 0,7 2 0,8 3 0,7 4 0,7 5 0,82 6 0,9 7 0,94 8 0,9 9 0,84 10 0,94 11 0,78 12 0,8 13 0,82 14 0,62 15 0,74 A partir dos cálculos feitos, chegou-se os seguintes resultados: Tabela 1- Valores encontrados em cada caso Casos Fat. Máxima (N) Fat massa (kg)±0,0001kg Normal (N)±0,0001N s s I 0,86 0,16 0,27397 2,6794 0,32 0,06 II 1,36 0,16 0,27397 2,6794 0,51 0,06 III 1,48 0,22 0,27479 2,6874 0,55 0,08 IV 1,22 0,22 0,54876 5,3668 0,23 0,04 A foça de atrito máxima é dada pela média da soma entre o maior e menor valor de forças encontrados. Já a variação da força de atrito é dada pela média da diferença entre o maior e menor valores. A normal foi encontrada através da formula N=m.g, já que nesse caso o plano não estava inclinado. Para encontrar os valores de s (coeficiente de atrito estático) foi utilizada a fórmula: 𝜇𝑠 = 𝐹𝑎𝑡 𝑀á𝑥 𝑁 O valor de s foi calculado a partir da seguinte equação. (Sendo N = 0,0001N) ∆𝜇𝑠 = ∆𝐹𝑎𝑡𝑀á𝑥 𝑁 + 𝐹𝑎𝑡 𝑀á𝑥 𝑁2 ∗ ∆𝑁 Demonstração de cálculos: Tomando como exemplo o caso III, temos: Casos Fat. Máxima (N) Fat massa (kg)±0,0001kg Normal (N)±0,0001N s s III 1,48 0,22 0,27479 2,6874 0,55 0,08 1,26 1,42 1,42 1,46 1,46 1,7 1,46 1,6 1,5 1,48 1,26 1,42 1,48 1,46 1,5 0 0,5 1 1,5 2 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Fo rç a (N ) Medições Caso III Fat Máx: 1,7 + 1,26 2 = 1,48𝑁 FatMáx 1,7 − 1,26 2 = 0,22𝑁 Normal 𝑁 = 𝑚𝑔 𝑁 = 0,27479 . 9,78 = 2,6874𝑁 s 𝜇𝑠 = 𝐹𝑎𝑡𝑀𝑎𝑥 𝑁 𝜇𝑠 = 1,48 2,6874 = 0,55 s ∆𝜇𝑠 = ∆𝐹𝑎𝑡𝑀á𝑥 𝑁 + 𝐹𝑎𝑡 𝑀á𝑥 𝑁2 ∗ ∆𝑁 ∆𝜇𝑠 = 0,22 2,6874 + 1,48 7,2221 ∗ 0,0001 = 0,08 Para os demais casos, foram realizados os mesmos cálculos. 1,4 1,38 1,42 1,34 1,34 1,38 1,52 1,4 1,22 1,3 1,34 1,24 1,26 1,3 1,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Fo rç a (N ) Medições Caso II 0,7 0,8 0,7 0,7 0,82 0,9 0,94 0,9 0,84 0,94 0,78 0,8 0,82 0,62 0,74 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Fo rç a (N ) Medições Caso I 7.ANÁLISES E CONCLUSÃO: Quando um corpo está parado em cima de uma mesa, a força que age sobre ele quando tentamos empurra-lo é o atrito estático. Esse atrito aumenta cada vez mais, até iniciar o movimento. Após o início do movimento, o atrito estático deixa de atuar e o cinético inicia sua interferência. O atritocinético é constante, ou seja, não se altera durante o movimento. O coeficiente de atrito depende unicamente da natureza material do objeto. Seguindo tal raciocínio, esperava-se que os s encontrados no caso I e IV fossem iguais, já que ambas as massas possuíam superfície feitas da mesma madeira.Analisando a Tabela 1 é possível observar que o s I (0,32 +- 0,6 ) e o s IV (0,23+-0,4) não possuem exatamente o mesmo valor, mesmo levando os erros em consideração. Além disso, sabe-se que a força de atrito independe da área, dependendo apenas da força normal. Logo, ao levar em consideração os dados da tabela, esperava-se que a Fat Máx do caso I (0,86 +- 0,16N) e do caso II (1,36 +- 0,16N) fossem iguais, fato que não ocorre. Como em ambos os casos usou-se o mesmo bloco, os coeficientes de atrito também deveriam ser os mesmos (idênticos também ao do caso IV). Contudo, observa-se que os valores encontrados foram 0,32+-0,6 para o caso I, 0,51+-0,06 para o caso II e 0,23+-0,4 para o caso IV, ou seja, todos diferentes. O experimento realizado tinha o intuito de analisar o atrito estático em diferentes situações. Com os resultados, foi possível observar que o atrito foi maior na superfície de borracha, comparado com a de madeira, provando-se que o coeficiente de atrito depende unicamente do material com que o objeto é feito. Também pode-se perceber, que uma maior massa significa maior atrito, comparando o primeiro, segundo e terceiro caso. 1,2 1,2 1,1 1,28 1,2 1,44 1,1 1,1 1,2 1,24 1 1,1 1,14 1,4 1,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Fo rç a (N ) Medições Caso IV Contudo, não foi possível concluir através dos dados que o atrito não depende da área de contato. Tal fato demonstra a importância do operador neste experimento. Os erros experimentais do operador influenciaram muito na hora das análises e dos cálculos dos resultados, já que erros como a aplicação de uma força em um ângulo diferente de zero, a má observação do dinamômetro entre outros, pode ter ocorrido. Além disso, há a possibilidade de que as faces do bloco de madeira possam ter polimentos diferentes, o que muda o coeficiente de atrito nos casos I e II. 8.BIBLIOGRAFIA FÍSICA 1: MECANICA, Young, Hugh D.; Freedman, Roger A.; 12 ed - São Paulo, Sp; 2008;v.1; Pearson. FUNDAMENTOS DE FÍSICA I – MECANICA; Halliday, D.; Resnick R.; Walker J. - 9ª ed. 2012. Editora LTC http://www.cienciamao.usp.br
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