Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR – UCSAL DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS BACHARELADO EM ENGENHARIA QUÍMICA FÍSICA EXPERIMENTAL I MATUTINO Amanda Carmo Santos NOÇÕES SOBRE FORÇA DE ATRITO Confirmação da Primeira Lei do Movimento da Mecânica Salvador 2021 2 1 INTRODUÇÃO O presente relatório tem como objetivo realizar a prática do estudo da Primeira Lei da Mecânica. Para isso, será comparado, conceitualmente, o atrito estático e cinético, suas diferenças, e classificação da força de atrito, além de mencionar que a força é o agente capaz de modificar o estado de um corpo. Dessa forma, o relatório será associado ao roteiro do experimento 8 do caderno de práticas da UCSAL e ao vídeo do curso da USP. A Primeira Lei da Mecânica, também conhecida como princípio da Inércia, é definida como Propriedade de um corpo que faz com que ele se oponha a qualquer agente que tente colocá-lo em movimento ou, caso se encontre em movimento, altere a magnitude ou a direção de sua velocidade. Um corpo em movimento continua movendo-se não por causa de sua inércia, mas por causa da ausência de uma força capaz de retardá-lo, mudar sua direção ou acelerá-lo. (HELERBROCK, 2012). Sobre a força de atrito, tem-se que A força de atrito é uma força de oposição à tendência do escorregamento. Tal força é gerada devido a irregularidades entre as duas superfícies que estão em contato. A força de atrito depende da força de compressão que o objeto faz com a superfície de apoio. Essa força de compressão é representada pela força normal. (BISQUOLO, 2009). A força de atrito pode ser classificada de duas formas, sendo elas A força de atrito estática ocorre quando a força aplicada em um corpo não é suficientemente maior que a força de atrito em questão, então o corpo não entra em movimento. A propriedade da superfície nesse caso denomina-se coeficiente de atrito estático. Já a força de atrito cinético ocorre quando a força aplicada em um corpo consegue ser suficientemente maior que a força de atrito em questão, consequentemente, o corpo acaba entrando em movimento. A propriedade da superfície geradora da força de atrito nesse caso é denominada coeficiente de atrito cinético. A diferença entre ambas é apenas a propriedade da superfície denominada coeficiente de atrito que pode ser estático ou cinético. (RODRIGUES, 2014). 3 O procedimento experimental consta na confirmação da Primeira Lei do Movimento da Mecânica. Para isso, utiliza-se o dinamômetro, instrumento que realiza a medição da força através da deformação elástica de uma mola. A seguir, pendura-se uma massa no dinamômetro, para que possamos ver a indicação do peso dessa massa. Por fim, coloca-se o bloco de madeira sobre o papel sulfite, liga-se o dinamômetro neste bloco e puxa-o, podendo observar a força exercida pela mola através da sua elongação. Os materiais utilizados são: • Dinamômetro; • Bloco de madeira; • Papel sulfite. 2 RESULTADOS E ANÁLISES a) Materiais: Para a realização desse experimento, será necessário um dinamômetro, um bloco de madeira e uma folha de papel sulfite. b) Procedimentos experimentais: É necessário prender o dinamômetro no bloco de madeira que está sobre a folha de papel. Com o bloco de madeira em repouso, aplica-se uma força sobre o bloco e observa-se a mínima necessária para movimentá-lo. Em seguida, retirar a folha de papel, deixando o bloco em contato apenas com a superfície da mesa, e executar o mesmo procedimento anterior. Figura 1 – Mecânica - Tema 5 - Forças - Experimento 10: Força de atrito, [01:20]. Fonte: http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=5315 4 Para a montagem do experimento, inicialmente, coloca-se o bloco de madeira sobre a folha de papel sulfite. Após isso, prende-se o dinamômetro no bloco de madeira para que possa aplicar uma força para que o bloco se mova posteriormente. O movimento relativo de deslizamento entre as superfícies envolvidas, ou seja, entre o bloco de madeira e o papel, ocorre somente para valores que estão acima de um certo limite da força que será aplicada ao bloco de madeira. Segundo a Primeira Lei da Mecânica, “um corpo em repouso assim permanecerá a menos que uma força resultante externa venha a atuar sobre ele.”. As forças externas iniciais dentro de certo valor limite não conseguiram movimentar o bloco porque a força aplicada é igual a força de atrito da superfície de contato. A justificativa que se dá ao fato da resultante externa nula no intervalo em que a força aplicada não foi capaz de mover o bloco, é que a força aplicada é igual a força de atrito da superfície de contato. Sabendo que cada faixa do dinamômetro mede 0,2N, a faixa em que o dinamômetro começou a ser movimentado foi na quinta, logo, temos que a força mínima para realizar o movimento foi de 1N. Para calcularmos o valor do coeficiente de atrito, precisa-se do cálculo da força normal que se dá por: N = m.g. Considerando que a massa do bloco possui 500g, temos que: N = 0,5x9,81 ⸫ N = 4,09N. A partir desse resultado podemos calcular o coeficiente, pois µ = 𝐹𝑎𝑡 𝑁 ⇒ µ = 1 4,09 ⸫ µ = 0,24. Após o corpo entrar em movimento, percebe-se que há uma redução do valor do dinamômetro por causa do atrito do bloco com o papel, a força da mola consegue vencer o atrito entre o bloco e o papel. Com o corpo em repouso tem- se o atrito estático, em que o valor máximo da força de atrito estático irá equivaler ao módulo da menor força aplicada que irá iniciar o movimento no corpo entre as superfícies que se tocam. 5 Figura 2 – Mecânica - Tema 5 - Forças - Experimento 10: Força de atrito, [01:20]. Fonte: http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=5315 Pôde-se perceber que houve uma redução da força quando o papel sulfite foi substituído pela superfície da mesa. Isso se dá porque o papel é a superfície mais rugosa, sendo assim, é necessário aplicar maior força para que o corpo possa apresentar movimento. Para a superfície da mesa, a força aplicada é menor, e essa diferença entre as forças aplicada se dá por conta do atrito, logo, os coeficientes de atritos são distintos para as superfícies. O atrito entre os pneus de um carro e a superfície asfáltico não será fixo e nem pode ser tabelado, porque o asfalto não é igual em todo percurso ou em todos os lugares, principalmente por conta da meteorização e irregularidades. Já em dias chuvosos, a água irá diminuir o atrito entre o pneu por criar uma camada relativamente fina que os separa, ocasionando na diminuição do atrito entre o pneu. 3 PESQUISA a) O vídeo “Força de atrito na caixa de sapato” apresentado pelo aluno Rafael Santana é uma proposta do experimento com materiais de baixo custo. Inicialmente, o aluno apresenta os materiais a serem utilizados, que são: uma caixa de sapato, uma régua para medir a elongação do elástico, dois livros, que atuarão como a massa, um elástico, que servirá como dinamômetro, um grampeador, uma fita adesiva, uma superfície lisa, e uma superfície mais áspera, que será usada a mesa de vidro e um pedaço de madeira, respectivamente. 6 Figura 3 – Força de Atrito na Caixa de Sapato - Experimentando a Física -2020.3. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=RWOg7jYztmE Ao decorrer do vídeo, o aluno faz a montagem do experimento, colocando o elástico preso na caixa. Ele ressalta que, ao colocar uma massa na caixa, aumentará a força normal e poderá medir a elongação do elástico para diferentes forças de atrito e que os livros pesam aproximadamente 1kg cada. Em seguida, começa colocando um livro dentro da caixa e observa a medida. Ele repete o procedimento colocando mais um livro e espera que o resultado seja o dobro da primeira elongação. Figura 4 – Força de Atrito na Caixa de Sapato - Experimentando a Física -2020.3.Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=RWOg7jYztmE Por fim, repete o procedimento na outra superfície, que é a madeira. Com apenas um livro, ele observa que a elongação é maior pelo fato de a superfície ser mais áspera e supõe que o coeficiente de atrito será maior. Colocando o segundo livro, conclui que a será maior ainda. 7 Figura 5 – Força de Atrito na Caixa de Sapato - Experimentando a Física -2020.3. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=RWOg7jYztmE a) Pontos fortes: o vídeo é rápido e direto; o experimento é realizado com materiais presentes no cotidiano; o aluno possui domínio na explicação do experimento; ele complementa a prática com boas observações. Pontos fracos: o vídeo não está com foco bom; ele poderia conceituar o assunto antes de realizar a prática e ele deveria comentar os resultados obtidos, comparando as duas superfícies. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Através da realização do experimento, pôde-se compreender que, para que possamos movimentar um corpo, deve-se aplicar uma força resultante sobre o mesmo, para que haja o deslocamento. Diante disso, a força a ser aplicada deverá ser maior do que a força de atrito em que o corpo se encontra. Enquanto força de atrito estático ocorre quando a força aplicada não é suficiente para mover o objeto, a força de atrito cinético ocorre quando a força aplicada for maior que a força de atrito de destaque. A associação do vídeo do curso da USP ao roteiro do experimento 8 do caderno de práticas da UCSAL foi de grande valia, notou-se que ambos fizeram o mesmo procedimento, se diferenciando apenas no tipo de superfície, mas que não altera a compreensão da prática. 8 REFERÊNCIAS FONTES, Luiz Carlos A. de A. Caderno de roteiros das aulas práticas de Física Experimental II/UCSAL, 2017.1 Disponível: www.ucsal.br\ead. BISQUOLO, Paulo A. Força de atrito - Entenda o que são atrito estático e atrito cinético. Disponível em: < https://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/forca-de-atrito-entenda-o-que-sao- atrito-estatico-e-atrito-cinetico.htm>. Acesso em 26 abr 2021. ATRITO. Disponível em: https://pt.khanacademy.org/science/physics/forces- newtons-laws/inclined-planes-friction/a/what-is-friction>. Acesso em 26 abr 2021. JÚNIOR, Joab Silas da Silva. O que é força de atrito? Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-forca-atrito.htm. Acesso em 27 de abril de 2021.
Compartilhar