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Porto Maravilha

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PORTO MARAVILHA
 
Charles silva, Gustavo, Fabrício, João Paulo e Willian
PORTO MARAVILHA
	O Porto Maravilha foi concebido para a recuperação da infraestrutura urbana, dos transportes, do meio ambiente e dos patrimônios histórico e cultural da Região Portuária. No centro da reurbanização está a melhoria das condições habitacionais e a atração de novos moradores para a área de 5 milhões de metros quadrados. A chegada de grandes empresas, os novos incentivos fiscais e a prestação de serviços públicos de qualidade estimulam o crescimento da população e da economia. Projeções de adensamento demográfico indicam salto dos atuais 32 mil para 100 mil habitantes em 10 anos na região que engloba na íntegra os bairros do Santo Cristo, Gamboa, Saúde e trechos do Centro, Caju, Cidade Nova e São Cristóvão.
Área de Especial Interesse Urbanístico (AEIU) da Região Portuária do Rio de Janeiro
Fonte: http://portomaravilha.com.br/uploads/tiny/39fc8c8b33eb1afa71982a57f8b5b2f9.jpg
	A Prefeitura do Rio criou a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP), para gerir e fiscalizar a revitalização. A Concessionária Porto Novo foi contratada via licitação para executar as obras e prestar serviços públicos municipais até 2026, na maior parceria público-privada do País. Dentre as obras contratadas estão a construção e renovação das redes de infraestrutura urbana (água, saneamento, drenagem, energia, iluminação pública, gás natural e telecomunicações), demolição dos 4.790 metros do Elevado da Perimetral e substituição do sistema viário atual por um novo conceito de mobilidade urbana que implanta novas vias, com destaque para as vias Expressa e Binário do Porto, 17 Km em ciclovias e grandes áreas para pedestres. Com a conclusão das intervenções, novo padrão de qualidade dos serviços urbanos começa a ser prestado, como, por exemplo, coleta seletiva de lixo e iluminação pública eficiente e econômica.
	A operação urbana consorciada é um recurso previsto no Estatuto das Cidades para recuperação de áreas degradadas. Com duração de 15 anos, receberá investimento de R$ 8 bilhões em obras e serviços no Porto Maravilha. Para conseguir recursos para a operação urbana, a prefeitura aumentou o potencial de construção de imóveis da Região Portuária, área que atrai a atenção de investidores do setor imobiliário para projetos comerciais e residenciais. Interessados em explorar esse potencial devem comprar Certificados de Potencial Adicional Construtivo (CEPACS), títulos usados para custear operações urbanas que recuperam áreas degradadas nas cidades. Todo o valor arrecadado com a venda dos CEPACS é obrigatoriamente investido na requalificação da região, inclusive áreas de preservação em que os imóveis não podem ter aumento de potencial. O dinheiro paga todas as obras e serviços do Porto Maravilha nos 5 milhões de m². O resultado é que o município não usa recursos do tesouro nas obras e ainda economiza nos serviços públicos. Além disso, pelo menos 3% da venda dos CEPACS são obrigatoriamente investidos na valorização do patrimônio material e imaterial da área.
MOBILIDADE URBANA
	O Porto Maravilha muda totalmente o conceito de mobilidade urbana na Região Portuária e no Centro. O novo sistema privilegia o transporte público coletivo, valoriza a ideia de morar perto do trabalho, cria mais espaços para pedestres, implanta ciclovias, contempla recursos de acessibilidade e integra os meios de locomoção na área. No plano de mobilidade em implantação na Cidade do Rio de Janeiro, o transporte público ganha prioridade e planejamento. Mais que isso, passa a ser centrado na conexão inteligente entre os modais. Com rede de 28 Km, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), todos os meios de transporte do Centro e da Região Portuária – barcas, metrô, trem, ônibus, rodoviária, aeroporto, teleférico, terminal de cruzeiros marítimos e, futuramente, o BRT Transbrasil.
Fonte: http://portomaravilha.com.br/uploads/tiny/9c581796b6b8820af663c7bd1452bd09.jpg
NOVA MOBILIDADE URBANA
Fonte: http://portomaravilha.com.br/uploads/tiny/1986b90593f905bb0812311d342f66ae.jpg
	
	O Porto Maravilha mudará totalmente o conceito de mobilidade urbana na Região Portuária. O novo sistema privilegia o transporte público coletivo, valoriza a ideia de morar perto do trabalho, cria mais espaços para pedestres, implanta 17 km em ciclovias, contempla recursos de acessibilidade e integra os meios de locomoção na área. Entenda o que vai mudar na série de reportagens especiais sobre Mobilidade Urbana.
VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHOS
	Não se promove mudança desse porte sem planejamento. A operação urbana Porto Maravilha tem projetos aprovados em diferentes esferas do poder público e demonstrou, por detalhados estudos de impacto e de tráfego, que a proposta de remover a Perimetral trará um novo conceito de mobilidade. Centrado nas pessoas e na sustentabilidade ambiental, privilegia o transporte público, a integração entre os meios de transporte, as ciclovias e as áreas de circulação, garantindo mais fluidez ao trânsito e o desenvolvimento da região.
	A concepção de um novo sistema viário, que inclui 28 Km de vias para o Veículo Leve sobre Trilhos, 17 Km em ciclovias e ruas para passagem exclusiva de pedestres, segue lógica muito diferente da atual. O VLT ligará os principais modais de transporte (estações de ônibus, teleférico da Providência, trens, metrô, barcas e aeroporto), diminuindo o número de carros e ônibus no Centro.
	O VLT ligará Centro e Região Portuária em 28 Km e 32 paradas. O projeto fortalece o conceito de transporte público integrado ao conectar metrô, trens, barcas, teleférico, BRTs, redes de ônibus convencionais e aeroporto (Santos Dumont). Com funcionamento 24h por dia, 7 dias por semana, o sistema terá capacidade de transportar 300 mil passageiros por dia.
VLT passará pela Praça Tiradentes
Fonte: http://portomaravilha.com.br/veiculosobretrilhos
Veículo Leve sobre Trilhos vai integrar Região Portuária ao Centro da cidade em 28 Km de vias
Fonte: http://portomaravilha.com.br/noticiasdetalhe/4126
	A distância média entre as paradas será de 400 metros. Cada composição comporta 420 passageiros, e o tempo máximo de espera entre um trem e outro vai variar de 3 a 15 minutos, de acordo com a linha. Os trens não têm fios superiores em rede aérea e são alimentados por duas fontes de energia: um terceiro trilho energizado e supercapacitores.
TRENS
	O projeto prevê a entrega e operação de 32 trens de 3,82 metros de altura, 44 metros de comprimento por 2,65 metros de largura, com capacidade para 420 passageiros. Os trens serão bidirecionais e compostos, cada um, por 7 módulos articulados. Cada VLT é equipado com 8 portas por lateral.
Fonte: http://portomaravilha.com.br/uploads/tiny/e8e127f091f2537da0eb04940ef24029.jpg
NOVA VIA EXPRESSA
	A operação urbana Porto Maravilha implementou grande modificação no sistema viário da Região Portuária: a substituição do Elevado da Perimetral por conjunto que inclui a criação de uma Via Expressa e de uma nova rota paralela, a Via Binário do Porto.
	A Avenida Rodrigues Alves dá espaço à Via Expressa, parte pelo Túnel Marcello Alencar, parte na superfície. Aberta totalmente ao trânsito em julho de 2016, ela serve a quem cruza a área como rota de passagem. Com a função de ligar o Aterro do Flamengo a Avenida Brasil e Ponte Rio-Niterói, tem 6.847 metros de extensão, com três faixas por sentido. Sem semáforos e saídas intermediárias, o Túnel Prefeito Marcello Alencar será o meio mais eficaz para cruzar a Região Portuária e o Centro. A galeria continente, com 3.370 metros e três faixas, tem capacidade para receber até 55 mil veículos por dia e foi aberta ao tráfego em junho. Em julho, a entrada em operação da galeria mar, com 3.382 metros - também com três faixas - eleva a capacidade da Via Expressa para 110 mil veículos por dia. Na região do Porto Maravilha, as vias Binário do Porto (inaugurada em novembro de 2013) e Expressa substituem o conjuntoAvenida Rodrigues Alves e Elevado da Perimetral com projeções positivas de impacto sobre o trânsito. A parte subterrânea permitiu a transformação do trecho da Praça Misericórdia ao Armazém 8 na Orla Conde: 3,5 km de extensão para circulação de pedestres, ciclistas e Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Obras na Avenida Rodrigues Alves para transformação em Via Expressa
Fonte: http://portomaravilha.com.br/viaexpressa
SOLUÇÃO VIÁRIA INTEGRADA
	Em substituição à Perimetral e à Rodrigues Alves, as vias Binário do Porto e Expressa vão acrescentar faixas de rolamento ao novo sistema viário, que ganhará em capacidade. A Via Expressa ligará o Aterro do Flamengo (na altura do antigo Mergulhão da Praça XV) à Avenida Brasil e à Ponte Rio-Niterói. Ela terá pistas nos dois sentidos. Quando se substitui por túnel o trecho da Rodrigues Alves entre o Armazém 8 e a Praça XV, ganha-se passeio público de 3,5 Km de extensão e 61 mil metros quadrados, arborizado, com ciclovia, área de convivência, circulação de pedestres e passagem do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
Passeio público entre Praça XV e Armazém 8 para pedestres, bicicletas e VLTs
Fonte: http://www.portomaravilha.com.br/materias/parque_linear2.jpg
	A Via Binário do Porto faz a ligação entre a Rua Primeiro de Março e a Rodoviária (no sentido Avenida Brasil/Ponte) com várias saídas para a distribuição interna do trânsito, o que hoje não existe com eficiência e organização. No sentido Centro, a via conecta o Gasômetro à Praça Mauá. Nas duas mãos, são três faixas de ida e três de volta.
VIA BINÁRIO DO PORTO
Projeção da saída da Via Binário do Porto ao lado do futuro passeio
Fonte: http://portomaravilha.com.br/via_binario
	O novo complexo de vias e túneis mudou o cenário da Região Portuária. Parte do sistema de mobilidade urbana em implantação nas obras do Porto Maravilha, a Via Binário do Porto foi inaugurada no dia 2 de novembro de 2013 e faz a ligação da Rodoviária Novo Rio à Avenida Rio Branco em um dos sentidos. Paralelo à Avenida Rodrigues Alves, o sistema com 3,5 Km de extensão tem três faixas por sentido e várias saídas para a distribuição interna do trânsito na Região Portuária.
Fonte: http://portomaravilha.com.br/uploads/tiny/a3605d51eea3d1de01cca07025a9f5da.jpg
	Durante as obras da Via Expressa, a Via Binário do Porto tem papel importante no escoamento do tráfego que passava pela Perimetral. Em 2016, quando a Via Expressa substituirá definitivamente o elevado (ligando Ponte Rio-Niterói, avenidas Brasil e Rio de Janeiro à saída do Aterro do Flamengo sem saídas intermediárias), a Via Binário do Porto assumirá a função de circulação interna dos bairros portuários e seus acessos de entrada e saída do Centro.
CICLOVIAS
Mapa cicloviário da Região Portuária
Fonte: http://portomaravilha.com.br/uploads/tiny/5dda4c2ea78c725d37b74e12167b2ce3.jpg
	O novo sistema viário da Região Portuária tem como principal objetivo dar prioridade ao pedestre, oferecendo transporte público de qualidade, e melhorar as condições para sua mobilidade. As mudanças incluem a implementação dos Veículos Leves sobre Trilhos, a integração com o BRT (Bus Rapid Transport) - que diminuirá a circulação de ônibus na área, a criação e a ampliação de vias, além da construção de 17Km de ciclovias na Região Portuária.
TELEFÉRICO
Viagem gratuita percorre 721 metros em 8 minutos
Fonte: http://portomaravilha.com.br/teleferico_servicos
	O Teleférico da Providência, inaugurado no dia 2 de julho de 2014, liga a Praça Américo Brum, no alto do morro, à Central do Brasil e à Gamboa. A viagem gratuita percorre os 721 metros e atenderá aos quase 5 mil moradores da comunidade. Também foram entregues à população a Clínica da Família Nélio de Oliveira e a Casa Rio Digital na Estação Gamboa e uma Academia da Terceira Idade em frente à Estação Américo Brum.
	Obra da Secretaria Municipal de Habitação por meio do Programa Morar Carioca de urbanização de favelas, o teleférico foi construído para atender aos moradores da mais antiga comunidade do Rio em um dos morros mais íngremes da cidade. Estações e gôndolas foram adaptadas para portadores de necessidades especiais. O equipamento recebeu investimento de R$ 75 milhões na construção das estações, montagem das torres, remanejamento da rede de energia e implantação de vias de serviço. Tem capacidade para transportar mil pessoas por hora em cada sentido em suas 16 gôndolas. As cabines comportam oito passageiros sentados e dois em pé.
	As gôndolas do teleférico estampam desenhos de alunos do 5º ano da Escola Municipal Francisco Benjamin Galloti, em sua maioria moradores do Morro da Providência que participaram de oficina de desenhos em junho. As 67 ilustrações deram origem à exposição "A Região Portuária que eu gosto", que pode ser visitada nas três estações. Jovens moradores da comunidade estudantes da Escola Padre Doutor Francisco da Motta participaram da confecção do painel em azulejaria "A Árvore da Providência", sobre Direitos Humanos. Crianças também participaram do plantio de 1.630 mudas de plantas com o apoio dos projetos Providência Sustentável e Agricultura é Cultura, iniciativas patrocinadas pela Prefeitura do Rio por meio do Prêmio Porto Maravilha Cultural, parceria entre Cdurp e Secretaria Municipal de Cultura.
	O uso desse tipo de transporte não é novidade na cidade maravilhosa. Um dos cartões postais da cidade, conhecido no mundo todo, é o Bondinho do Pão de Açúcar. Com 100 anos recém-completos, recebe média de 2.500 visitantes por dia. O nome vem da semelhança entre os carros do teleférico e os bondes que circulavam no Rio quando foi inaugurado. Em julho de 2011, sete meses após a ocupação da comunidade por uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), o Teleférico do Complexo do Alemão entrou em operação. Com 156 cabines e capacidade de transportar 10 pessoas em cada, o equipamento liga a estação de Bonsucesso ao ponto mais alto do morro.
PROJETOS
Fonte: http://portomaravilha.com.br/projetos_basicos
	A planta acima mostra uma das centenas de situações das vias de rolamento presente na zona portuária. O projeto urbanístico dimensiona, as faixas para veículos, estacionamento, faixas para transporte coletivo, ciclovias compartilhadas e calçadas. Delimita o limite dos lotes, faixas de arborização e postes de iluminação viária e para pedestres.
Fonte: http://portomaravilha.com.br/projetos_basicos
Este projeto mostra a marginal, em torno da canal do mangue, com as faixas de rolamento, jardins, canteiros, iluminação pública e calçadas.
Fonte: http://portomaravilha.com.br/projetos_basicos
A planta de Circuitos de Transportes, detalha as interseções de semáforos e tipos de pavimento asfáltico, conforme legenda no quadro abaixo.
Fonte: http://portomaravilha.com.br/projetos_basicos
A planta de padrões de acabamento detalha o acabamento das faixas de rolamento, calçadas e meio fio, conforme quadro:
PERIMETRAL
	Quando foi construída, no início dos anos 50, a Perimetral tinha como objetivo servir de alternativa às vias de então - congestionadas e sem condições de ampliação. Também foi a solução de ligação entre as zonas Sul e Norte sem que os veículos passassem pelo centro da cidade. À época, viadutos surgiram como estratégia nas grandes cidades no mundo.
	Hoje, estudos técnicos comprovam que a remoção da Perimetral é fundamental para melhorar o trânsito na região. E a decisão de substituir viadutos deste porte não é ideia exótica ou sem fundamentação. A Pesquisa Vida e Morte das Autovias Urbanas do Institute for Transportation & Development Policy (ITDP) apurou que 17 cidades dos Estados Unidos, da Europa e de países asiáticos já substituíram seus grandes viadutos.
VIADUTOS CAUSAM DEPRECIAÇÃO SOCIAL, ECONÔMICA E CULTURAL
	A perspectiva de remover o Elevado da Perimetral, chave do novo sistema viário do Porto Maravilha, acaba com a imagem de passagem da Região Portuária. O viaduto contribuiu para a degradação da área, do patrimônio público e privado, e parao esvaziamento da região, que tem a menor densidade populacional do município. A retomada do interesse pelo entorno, com a substituição do elevado, abre caminho para o resgate do patrimônio histórico e arqueológico da área e da qualidade de vida dos moradores. Consequentemente, da cidade.
Elevado da Perimetral contribuiu para degradação e esvaziamento da região
Fonte: http://portomaravilha.com.br/perimetral
	As razões para a substituição de elevados em todo o mundo variam entre o alto custo para manter estruturas gigantescas e projetos de revitalização para recuperar áreas degradadas pela instalação desses viadutos. O estudo do ITDP aponta que elevados são soluções ultrapassadas e caras. Um dos exemplos da pesquisa é o caso de São Francisco, na Califórnia, que substituiu viaduto de 2,6 Km da região portuária durante revitalização. Hoje, passada a polêmica, muito similar à do Rio de Janeiro, o local conhecido como Embarcadero, em frente ao Cais do Porto, é um dos pontos turísticos da cidade mais visitados. Seul, na Coreia do Sul, substituiu estrutura de 9,4 Km. Naquele ponto, a cidade havia perdido quase metade dos moradores, tamanha a degradação gerada pelo viaduto. A conclusão é a de que aquela não era uma boa solução para o trânsito ou para os bairros. O ITDP conclui que preocupações socioambientais dominam a maior parte dessas iniciativas que reveem o entendimento a respeito da mobilidade urbana sob a ótica da sustentabilidade.
MAPA DE EMPREENDIMENTOS
Empreendimentos na Área de Especial Interesse Urbanístico do Porto Maravilha
Fonte: http://portomaravilha.com.br/mapa_empreendimentos
MAPA DE SUBSETORES - PORTO MARAVILHA DO RIO DE JANEIRO
Setores com potencial adicional construtivo
Fonte: http://portomaravilha.com.br/mapa_subsetores
PROGRAMA PORTO MARAVILHA CULTURAL
Valorização e resgate do patrimônio da Região Portuária
Fonte: http://portomaravilha.com.br/porto_cultural
	O Porto Maravilha é uma Operação Urbana que prevê o reencontro da Região Portuária com a cidade a partir da requalificação de 5 milhões de metros quadrados, no quadrilátero entre as avenidas Rio Branco, Presidente Vargas, Francisco Bicalho e Rodrigues Alves, nos bairros da Gamboa, Santo Cristo e Saúde, morros do Pinto, Conceição, Providência e Livramento e parte do Cajú, São Cristóvão, Cidade Nova e Centro.
	O processo de transformação traz o desafio de promover mudanças que beneficiem moradores e frequentadores da região e, ao mesmo tempo, de preservar sua identidade cultural e arquitetônica.
	A Lei Complementar 101/2009 - que instituiu o Porto Maravilha - determina a aplicação de pelo menos 3% dos recursos arrecadados com Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) na recuperação e valorização desse patrimônio e no fomento à atividade cultural.
	Diversidade cultural e arquitetura retratam história da cidade e do país
A Região Portuária guarda muito da história do Rio de Janeiro. Uma caminhada por suas ruas é suficiente para confirmar a riqueza dos patrimônios material e imaterial. Obras de grandes arquitetos, trapiches redescobertos, representações da cultura afro-brasileira, palacetes, sobrados do início do século XX e galpões ferroviários são parte da diversidade que conta a história da cidade e do País. Preservada com a lei que cria a Área de Proteção do Ambiente Cultural dos bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo (APAC Sagas), a região em que nasceu o samba tem notória vocação cultural, com manifestações artísticas de todo tipo, marco da identidade desses bairros.
	
CIRCUITO HISTÓRICO E ARQUEOLÓGICO DA
CELEBRAÇÃO DA HERANÇA AFRICANA
Nas últimas décadas, em particular, após o início das obras do Porto Maravilha, estudos e escavações arqueológicas trouxeram à tona a importância histórica e cultural da Região Portuária do Rio de Janeiro para a compreensão do processo da Diáspora Africana e da formação da sociedade brasileira. Achados arqueológicos motivaram a criação, pelo Decreto Municipal 34.803 de 29 de novembro de 2011, do Grupo de Trabalho Curatorial do Circuito Histórico e Arqueológico da Herança Africana, para construir coletivamente diretrizes para implementação de políticas de valorização da memória e proteção deste patrimônio cultural.
(CURIOSIDADE)
O PORTO MARAVILHA É NEGRO
	O Porto Maravilha esconde saberes fundamentais à costura do passado do Rio de Janeiro. Para juntar os pedaços de tecido naquela área, é necessário, primeiramente, saber onde se pisa. Em 1° de março de 2011, as obras do projeto de renovação do território portuário deixaram de ser somente um conceito moderno, que olha para o futuro. Naquele dia, por força de lei, uma equipe do Museu Nacional acompanhava as intervenções de drenagem no subsolo por escavadeiras das empreiteiras que constroem o arrojado empreendimento.
Desembarque de escravos no Cais do Valongo, 1835
Fonte: http://apublica.org/2016/07/o-porto-maravilha-e-negro/
CemITériO dos pretos novos
Fonte: http://portomaravilha.com.br/africadetalhe/cod/7
	Considerado o maior cemitério de escravos das Américas, estima-se que tenham sido enterrados de 20 a 30 mil pessoas, embora nos registros oficiais esses números sejam menores, 6.122 entre 1824 e 1830. Seus corpos foram jogados em valas e queimados. A área servia também como depósito de lixo, o que revela o tratamento indigno aos africanos escravizados. Além de ossos humanos, havia também pertences dos pretos novos, como restos de alimentos e objetos de uso cotidiano descartados pela população. A análise do sítio constatou que a maior parte dos ossos pertence a crianças e adolescentes. Hoje a casa funciona como centro cultural para o resgate da história da cultura africana e oferece cursos e oficinas, além de uma biblioteca sobre a temática negra.
MUSEU DE ARTE DO RIO
	O Museu de Arte do Rio, uma das âncoras culturais do Porto Maravilha, é um espaço dedicado à arte e à cultura visual. Inaugurado na comemoração dos 448 anos do Rio de Janeiro, dia 1º de março de 2013, tem 15 mil metros quadrados de construção e oito grandes salas de exposição, duas para cada mostra. Ao lado do museu está a Escola do Olhar, destinada à educação e que desenvolve programas de formação continuada em artes e cultura visual com professores e educadores. A escola tem parceria com universidades, instituições museológicas, Organizações não governamentais (ONGs) e programas de educação não-formal, construindo espaços de pesquisa, seminários, workshops e cursos. 
Fonte: http://portomaravilha.com.br/museu_arte
	Os dois prédios que compõe o complexo passaram por muitas obras. O Palacete Dom João VI, inaugurado em 1916 e tombado pelo município em 2010, foi submetido a um longo e meticuloso processo de restauro para se transformar no pavilhão de exposições do MAR. Um dos maiores desafios da equipe da obra foi unir dois edifícios tão diferentes. A harmonia entre os imóveis foi possibilitada pela cobertura fluida que lembra ondas do mar, uma das características mais marcantes na arquitetura do complexo. Profissionais de diferentes áreas de conhecimento participaram desse processo - arquitetos, carpinteiros, pintores, artistas e administradores.
		Desde a sua inauguração, o museu oferece cursos de formação com professores e encontros com os vizinhos do MAR (programa que envolve a comunidade em ações culturais e dá livre acesso aos moradores do entorno às exposições e aos programas da Escola da Olhar). O complexo também garante a acessibilidade em estruturas físicas, além de promover ações educativas voltadas ao público com necessidades especiais.
Fonte: http://portomaravilha.com.br/museu_arte
centro cultural josé bonifácio ccjb
	O Centro Cultural José Bonifácio é um dos seis pontos do Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana. Com 2.356 m², três pavimentos e 18 salas com usos diversificados, o novo centro reabriu em 20 de novembro de 2013, após obra de restauro do programa Porto Maravilha Cultural. sob a coordenação da Companhia de DesenvolvimentoUrbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade. Os órgãos mantêm o compromisso de preservar e valorizar a cultura Afro-Brasileira e da Região Portuária.
	O edifício foi inaugurado por D. Pedro II em 1877 como a primeira escola pública da América Latina. Desativada em 1977, a Escola Pública Primária da Freguesia de Santa Rita passou a sediar a Biblioteca Popular Municipal da Gamboa. Em 1994, após grande reforma, tornou-se Centro de Referência da Cultura Afro-Brasileira, ganhou esculturas de inspiração africana e as unidades receberam nomes de ícones como Abdias do Nascimento, Ruth de Souza, Grande Othelo, Heitor dos Prazeres e Tia Ciata.
	Foram restaurados pisos, telhados, fachadas, forros, esquadrias, revestimentos e ornamentos. A obra instalou sistema de ar condicionado e adaptações de acessibilidade. Painéis de azulejos que retratam as transformações urbanísticas da região do Porto retirados no início das reformas voltaram ao muro de entrada do edifício. O Porto Maravilha Cultural, que destina 3% da venda dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) à recuperação do patrimônio artístico, histórico e cultural da Região Portuária, investiu R$ 3,8 milhões nessa restauração.
Centro Cultural José Bonifácio 
Fonte: http://portomaravilha.com.br/jose_bonifacio
	O CCJB terá uso múltiplo, combinando atividades acadêmicas, pedagógicas e artístico-culturais sobre a contribuição africana para a formação social brasileira.
GALPÕES DA GAMBOA
Fonte: http://portomaravilha.com.br/gamboa
	Após quatro décadas desativado, o espaço de 18 mil metros quadrados (os dois galpões e um pátio central) foi restaurado pelo programa Porto Maravilha Cultural e oferece ótima estrutura para manifestações e eventos culturais na Região Portuária.
igreja de são franscisco da prainha
Fonte: http://portomaravilha.com.br/igreja
	Uma das mais antigas do Rio de Janeiro, a Igreja de São Francisco da Prainha, no adro de São Francisco, na Saúde, foi entregue à população dia sete de julho de 2015, após restauração do programa Porto Maravilha Cultural. Estava fechada desde 2004 pela Defesa Civil por problemas de conservação. Construída em 1696 pelo Padre Francisco da Motta e doada em testamento para a Ordem Terceira de São Francisco da Penitência em 1704, a igreja é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como monumento artístico. O espaço está aberto à visitações de segunda a sexta-feira, das 9h às 11h30 e das 13h às 16h.
MUSEU DO AMANHÃ
Fonte: http://portomaravilha.com.br/museu_amanha
	Novo ícone da Região Portuária, o Museu do Amanhã explora possibilidades de construção do futuro. Erguido no Porto Maravilha e projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava sobre a Baía de Guanabara, foi inaugurado pela Prefeitura do Rio no dia 19 de dezembro de 2015. Âncora cultural do projeto de revitalização da Região Portuária, o museu é o símbolo mais eloquente do renascimento de uma área de cinco milhões de metros quadrados, parte da história do Rio e que enfrentava décadas de atraso e abandono.
	Ancorada no Píer Mauá e vizinha ao Museu de Arte do Rio (MAR), a estrutura do Museu do Amanhã já faz parte do novo cartão postal do Rio, a Praça Mauá onde o Elevado da Perimetral é uma lembrança do passado e os trilhos do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) são uma promessa para o futuro. A experiência promove o encontro entre ciência e arte, razão e emoção, linguagem e tecnologia, cultura e sociedade. Iniciativa da Prefeitura do Rio realizada com a Fundação Roberto Marinho, o museu já é ícone das transformações pelas quais a cidade vem passando.
	O Museu do Amanhã conjuga o rigor da ciência e a linguagem expressiva da arte, tendo a tecnologia como suporte, em ambientes imersivos, instalações audiovisuais e jogos, criados a partir de estudos científicos desenvolvidos por especialistas e dados divulgados por instituições do mundo inteiro. Traz à cidade, pela primeira vez, o conceito de museu experiencial, no qual o conteúdo é apresentado de forma sensorial, interativa e conduzido por uma narrativa. O espaço examina o passado, apresenta tendências do presente e explora cenários possíveis para os próximos 50 anos a partir das perspectivas da sustentabilidade e da convivência.
	O edifício de formas orgânicas, inspiradas nas bromélias do Jardim Botânico, ocupa 15 mil metros quadrados e é cercado por espelhos d’água, jardim, ciclovia e espaço para lazer, numa área total de 34,6 mil metros quadrados. O museu tem ainda auditório com 400 lugares, loja, cafeteria e restaurante. A área dedicada às exposições temporárias recebeu, como primeira mostra, a instalação audiovisual “Perimetral”, assinada por Vik Muniz, Andrucha Waddington e pelo escritório de design SuperUber, de Liana Brazil e Russ Rive. A exposição seguinte será “Santos Dumont – o grande visionário brasileiro”, que abre no primeiro semestre de 2016.
	Iniciativa da Prefeitura do Rio, concebido e realizado em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo, o Museu do Amanhã – construído pela concessionária Porto Novo - tem o Banco Santander como Patrocinador Master. Conta ainda com a BG Brasil como mantenedora e com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Ambiente, e do Governo Federal, por intermédio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A instituição faz parte da rede de museus da Secretaria Municipal de Cultura. O Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), organização social de cultura sem fins lucrativos vencedora da licitação promovida pela Prefeitura do Rio, é responsável pela gestão do museu.
PROGRAMA PORTO MARAVILHA CIDADÃO
NOVAS OPORTUNIDADES DE DESENVOLVIMENTO
	Transformar a área de 5 milhões de metros quadrados vem com a tarefa de preservar a identidade e as características dessa região. O Porto Maravilha quer garantir que a população se beneficie da requalificação para melhorar sua qualidade de vida sem sair da área.
	A Lei Complementar que criou o Porto Maravilha definiu que o Poder Público deve implementar ações que promovam o desenvolvimento social e econômico da população que hoje vive na região. Para cumprir esta tarefa, a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), empresa da Prefeitura do Rio, criou o Programa Porto Maravilha Cidadão.
REQUALIFICAR COM INCLUSÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL
	O Porto Maravilha Cidadão prepara pessoas para as novas oportunidades, fruto das transformações em curso. Em parceria com outros órgãos do poder público, organizações sociais e setor privado, o programa apoia e promove iniciativas para o desenvolvimento socioeconômico. As ações contribuem para a valorização da indústria criativa e para a promoção da equidade de gênero (igualdade de condições entre os sexos) e etnia.
	Cursos de formação profissional, apoio à produção de Habitação de Interesse Social, incentivo aos micro e pequenos empreendedores, atividades de educação ambiental, promoção do diálogo com a população são alguns exemplos das iniciativas em andamento.
	Juntos, os programas Porto Maravilha Cidadão e Porto Maravilha Cultural complementam a Operação Urbana Porto Maravilha, mostrando que é viável recuperar espaços urbanos degradados para construir uma cidade que respeita cultura, história e meio ambiente e é cada vez mais justa para todos os seus cidadãos.
PRINCIPAIS LINHAS DE AÇÃO
DIÁLOGO COM A POPULAÇÃO:
O diálogo permanente com associações de moradores e organizações civis da região é também um modo de prestação de contas e permite o aprimoramento dos projetos e ações do Porto Maravilha.
AÇÕES DE APOIO AO MICRO E PEQUENO EMPRESÁRIO:
Em parceria com o Sebrae-RJ, micro e pequenos empreendedores ganham suporte para acompanhar o desenvolvimento da nova economia da região e consultorias para melhorar gestão, qualificar produtos e serviços e ampliar a inserção no mercado são algumas das ações em andamento.APOIO A PROGRAMAS DE HABITAÇÃO:
Novos imóveis para Habitação de Interesse Social já estão em construção na área e seu entorno. A Secretaria Municipal de Habitação é a principal parceira nessa linha de ação Incentivos fiscais foram criados especialmente para a região. Proprietários de imóveis de importância histórica, cultural, ecológica ou paisagística que mantiverem seus imóveis em bom estado de conservação poderão obter isenção de dívidas de IPTU. Moradores e donos de imóveis podem parcelar dívidas de impostos municipais em condições especiais. Novas construções têm isenção de IPTU por 10 anos.
GERAÇÃO DE EMPREGOS:
Ação integrada à Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego, o Balcão de Empregos Porto Maravilha cadastra e forma trabalhadores Empresas são estimuladas a oferecer vagas de forma sistemática para o balcão e a empregar preferencialmente moradores da região.
EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA:
Campanhas educativas, como caminhadas contra a dengue e mutirões de limpeza, fazem parte da rotina de trabalho do Porto Maravilha, a Operação Urbana Porto Maravilha vai requalificar a Região Portuária do Rio e reintegrá-la à cidade, com a execução de obras de infraestrutura e a prestação de serviços públicos de qualidade. O processo de reurbanização prevê o aumento da população de 28 mil para 100 mil pessoas até 2020. Mas uma cidade não é somente sua estrutura física. É, sobretudo, o espaço em que o modo de vida de seu povo acontece, e as pessoas fazem a sua história.
EQUIPAMENTOS PÚBLICOS
CLÍNICA DA FAMÍLIA
	A Clínica da Família Nélio de Oliveira, aberta ao público desde 2 de julho de 2014, funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e garante atendimento a 10.350 moradores da Providência e bairros do entorno. Aberta como a 72ª Clínica da Família da cidade, o equipamento público gerido pela Secretaria Municipal de Saúde oferece consultas médicas, exames, vacinação e remédios gratuitos.
	Parte do programa Saúde da Família, os agentes comunitários recrutados entre os próprios moradores percorrem a área, cadastram a população e são responsáveis por grupos de famílias para acompanhamento técnico detalhado. A Clínica da Família recebeu o nome de Nélio de Oliveira para homenagear antigo morador do Morro da Providência, conhecido por atuar fortemente na área social, com trabalhos que envolviam as crianças da comunidade e atividades musicais.
CENTRO DE TRABALHO E EMPREGO
	O Centro Público de Emprego, Trabalho e Renda da Região Portuária é um espaço que oferece formação profissional para inserção no mercado de trabalho no Morro da Providência. Até hoje o espaço foi sala de aula para cursos de gastronomia, turismo, informática, idiomas e construção civil. Oferece também serviços de retirada de carteira de trabalho, 2ª via e acesso a vagas de emprego. 
PARQUE MACHADO DE ASSIS
Fonte: http://portomaravilha.com.br/parque_machadoassis
	O Parque Machado de Assis, no Morro do Pinto, foi promovido à Vila Olímpica Parque Machado de Assis. Reurbanizado pelas obras do Porto Maravilha para a construção do terceiro maior reservatório de água da cidade e reinaugurado em 2013, o espaço passou à administração da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer em 2014.
	O espaço oferece programação especial de verão com colônia de férias para crianças de 5 a 17 anos com oficinas de futebol, vôlei, handebol, basquete e badminton. Para adultos, a nova estrutura oferece aulas de ginástica localizada, treinamento funcional e alongamento.
RELAÇÃO COM A COMUNIDADE
CONSELHO COMUNITÁRIO DE SEGURANÇA
Fonte: http://portomaravilha.com.br/conselho_comunitario
	O Conselho Comunitário de Segurança da Região Portuária é um órgão consultivo onde são apresentadas mensalmente ideias e ações de políticas públicas. O objetivo é envolver agentes sociais locais para discutir, analisar, planejar e acompanhar soluções de problemas de segurança, obras e serviços na Região Portuária do Rio de Janeiro. As reuniões são abertas a todos.
	A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), empresa da prefeitura do Rio responsável pela operação urbana Porto Maravilha, participa de todos os encontros respondendo questionamentos de moradores e, quando necessário, apresentando projetos e futuras intervenções nos bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo.
NEGOCIAÇÕES OBRAS E TRÂNSITO
Fonte: http://portomaravilha.com.br/negociacoes_obras
	Quando mudanças no trânsito e linhas de ônibus estão previstas por avanços em obras do Porto Maravilha, assessores de desenvolvimento econômico e social da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp) vão ao local semanas antes para orientar a população, moradores e empresas afetadas. Além disso, as Concessionárias à frente das obras organizam esquema de panfletagem para informar motoristas e passageiros das linhas de ônibus em seus respectivos pontos de chegada e partida.
A OUTRA HISTÓRIA DO PORTO MARAVILHA
	Maior parceria público-privada do país, a criação do Porto Maravilha, em 2009, marcou não só o início da transformação da zona portuária no Rio de Janeiro, mas também o fim de uma proposta de transformação da região com foco na participação social e moradia popular. Dona de mais de 60% dos terrenos na região com potencial de construção, a União era uma peça-chave para a reestruturação urbana da área, e, durante seis anos, o Ministério das Cidades liderou o grupo de trabalho dedicado ao tema. No entanto, mesmo com pareceres técnicos e jurídicos favoráveis, tramitação avançada nos governos municipal, estadual e federal, a proposta de criação de um consórcio público para a reabilitação da área foi descartada para surpresa de quase todos envolvidos no processo. Em vez dela, foi adotada a proposta executada, cujas principais diretrizes foram elaboradas e executadas pela OAS, Odebrecht e Carioca Christiani Nielsen. São 5 milhões de metros quadrados que englobam três bairros inteiros – Santo Cristo, Gamboa e Saúde – e incluem outros quatro. As empreiteiras se revezam em consórcios naquela área. Além das duas fases do Porto Maravilha, que juntas receberam investimentos de mais de R$ 10 bilhões, as mesmas empresas ganharam outros editais para atuar na região, como as obras do programa Morar Carioca (R$ 32 milhões) e a PPP para operar o veículo leve sobre trilhos, o VLT (R$ 1,1 bilhão).
O MINISTÉRIO DAS CIDADES POSTO DE LADO
	A região do Porto Maravilha tinha a menor densidade habitacional do município em 2010. A área do Porto equivale a quase um terço do centro da cidade. De acordo com o Censo de 2010, em sua imensa maioria os habitantes da zona portuária são de baixa renda: dos 10.098 domicílios da região, apenas 611 possuem renda maior que três salários mínimos. Entre as favelas, a mais antiga do Brasil, o morro da Providência, reúne a maior parte dos moradores, concentrando 1.237 domicílios. Com tanto terreno disponível em uma área central e tão poucos habitantes, aumentar o número de moradias sempre foi uma das prioridades das políticas públicas de urbanização para o local revertendo o padrão de ocupação atual: intenso de dia, mas quase deserto à noite e nos fins de semana. Pelo menos desde os anos 1980, há propostas de revitalização e foi criado o projeto para garantir o uso residencial, bem como preservar o patrimônio arquitetônico de bairros do local. Apenas 25% da área da região eram terrenos privados e 6% pertenciam ao estado e município. Todo restante pertencia à União. 
	O Ministério das Cidades liderou a busca de soluções para o porto do Rio, em especial por meio de Programas Urbanos. Surgiu ali a proposta de criação de um consórcio público, composto pelos três níveis de governo, responsável por conduzir a reabilitação da região com foco em moradias populares. A prioridade eram a participação e a permanência da população local, além da produção de habitações de interesse social nos imóveis públicos edificados.
	"Em agosto de 2009, estávamos no final do processo”, lembra Renato Balbim, geógrafo e ex-coordenadordo Programa de Reabilitação de Áreas Centrais do Ministério das Cidades. Na época, a zona portuária do Rio de Janeiro era a principal aposta da pasta para moradias em áreas centrais. “Todas as etapas de redação e validação das minutas já tinham sido superadas nos três níveis de governo. Estava tudo muito bem estruturado, inclusive politicamente, para fazer a assinatura do documento que oficializaria a minuta do consórcio [público], a ser aprovada posteriormente nas câmaras legislativas dos três entes”, diz Balbim. 
	A tal reunião ocorreu semanas depois na Casa Civil, em Brasília, e contou com a presença do prefeito do Rio para formalizar a proposta. Balbim resume a surpresa dos técnicos do ministério: “Entramos em uma reunião para dar o passo final, tomar decisões de encaminhamentos, e já era um clima de fim de feira. Ela se encerrou sem definições e depois disto a coisa morreu”. “Apesar de até então tudo indicar que o consórcio público tinha total aprovação dos três níveis, simplesmente de um dia pro outro percebemos que não iria mais se levar adiante essa modelagem. Foi uma decisão cuja explicação escapa à área técnica”, lamenta Balbim.
	Por meio da Lei de Acesso à Informação, a Pública obteve um parecer técnico da própria Casa Civil da Presidência sobre o assunto. Datado de 21 de agosto de 2009, o documento recomenda a adoção da modelagem do consórcio público, que havia sido desenvolvida conjuntamente, em longas reuniões, pelo Ministério das Cidades, Ministério do Planejamento, governo do estado do Rio de Janeiro, prefeitura do Rio de Janeiro, BNDES e Caixa Econômica Federal, mas não foi o que aconteceu.
	O Porto Maravilha proposto pelas empreiteiras, segue algumas recomendações do Ministério das Cidades, como a adoção do modelo baseado na comercialização de CEPACS. Mas a diferença é gritante, sobretudo no papel do governo federal na administração: de acordo com a proposta das empresas, toda negociação para as intervenções na área se daria com os poderes locais. A União apenas abriria mão dos terrenos para a incorporação imobiliária. Já no abandonado consórcio público, o governo federal teria ingerência direta no projeto, ao lado dos governos do estado e do município E garantiria a destinação de parte dos terrenos públicos para fins sociais e habitação popular. 
A INVENÇÃO DE UM NOVO MERCADO PARA AS EMPREITEIRAS 
	Cesar Maia, então prefeito, surpreendeu os funcionários do governo federal ao publicar um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para que empresas privadas efetuassem estudos de modelagem necessários para a viabilização de uma concessão ou parceria público-privada para a região. Curiosamente o único a manifestar interesse em elaborar propostas para a área foi o consórcio Rio Mar e Vila, liderado pela OAS e composto por Odebrecht, Carioca Christiani-Nielsen e pela Andrade Gutierrez, que depois saiu do grupo.
	Ao longo de 2007, as empreiteiras começaram a desenhar seus planos para o porto. As propostas, alinhadas com os objetivos das empreiteiras, foram reunidas em uma página do Diário Oficial em 2 de janeiro de 2008. Mas o projeto só foi implementado pela administração, de Eduardo Paes.
	Depois de ter deixado o Ministério das Cidades, Raquel Rolnik prestou consultoria ao BNDES em reabilitação de áreas centrais, entre 2007 e 2008. “Em 2008, o diretor do BNDES me liga e pede para eu ir na OAS para o [então presidente da empresa] Léo Pinheiro mostrar o que eles estão fazendo sobre o porto”, lembra a urbanista. “Ao chegar lá, eu vejo o projeto urbanístico do Porto Maravilha quase todo pronto: já tinha um plano, os projetos de leis todos montados etc. Ele estava extremamente interessado, pois sabia que isto podia se transformar em um modelo e, a partir dali, abrir um mercado totalmente novo para as empreiteiras, que é o das PPPs de desenvolvimento urbano. Em novembro do ano seguinte, o Eduardo Paes pega aquele pacote, manda para Câmara dos Vereadores no final do ano e aprova tudo”.
	Presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sérgio Magalhães critica o modelo adotado no Porto Maravilha por não apresentar nenhuma novidade do ponto de vista urbanístico. Segundo ele, que acompanha as propostas para a região desde os anos 1980, a operação urbana atual não privilegia o espaço público e mantém o regime fundiário já existente, mudando apenas os proprietários das terras.
	De acordo com Álvaro Pereira, doutor em direito pela USP e pesquisador do Porto Maravilha, “havia uma prioridade bastante distinta do objetivo a ser implementado”. “O consórcio público é algo claramente distinto da proposta adotada, onde não existe um foco em habitação. O objetivo é criar um modelo rentável para o mercado imobiliário privado”, aponta.
	Amparados pelo PMI, representantes das empreiteiras participaram da construção do edital que posteriormente venceram. A única concorrente da licitação foi a Queiroz Galvão, desclassificada por não apresentar toda a documentação necessária.
	Por meio do FGTS, a Caixa Econômica Federal (CEF) assumiu todos os gastos da PPP, em troca dos CEPACS e terrenos públicos da região. O banco injetou R$ 3,5 bilhões para dar o pontapé inicial, mas não foi suficiente. A expectativa era que a valorização dos terrenos públicos e os CEPACS bancassem o restante do compromisso de R$ 8 bilhões assumidos pela CEF. Mas a conta não fechou. Em valores corrigidos, o compromisso total chega, hoje, a R$ 9,9 bilhões. O interesse do mercado ficou abaixo do esperado, daí, foi preciso mais um aporte do FGTS para bancar a PPP, no valor de R$ 1,5 bilhão. Para esse novo aporte, o Ministério das Cidades foi acionado. Por meio de uma Instrução Normativa publicada em dezembro de 2014, o ministério voltou à cena e conseguiu vincular o novo aporte à produção de um Plano de Habitação de Interesse Social (PHIS) elaborado “de forma participativa”. 
	A volta do Ministério das Cidades incomodou um poderoso articulador do PMDB carioca: o deputado Eduardo Cunha. Em mensagens interceptadas pela Lava Jato, durante a negociação da Instrução Normativa, Cunha queixava-se do Ministério das Cidades para o já mencionado Léo Pinheiro, da OAS, enquanto o assegurava de seu controle na CEF: “Lá eu mudo isso tudo fácil, mas Cidades não”. Cunha é acusado de ter cobrado pelo menos R$ 52 milhões (1,5% do R$ 3,5 bilhões) em propina para liberar o dinheiro do fundo de infraestrutura do FGTS para o Porto Maravilha, por meio da CEF.
CONCLUSÃO: PORTO MARAVILHA, MAS PARA POUCOS
	Tendo como meta ofertar 10 mil imóveis residenciais para famílias de baixa renda, o Plano de Habitação de Interesse Social do Porto ignora a presença de cerca de mil pessoas que vivem nos cortiços da região. No plano coordenado pela prefeitura, não há nenhum diagnóstico ou linha de ação que contemple a realidade dos moradores desses imóveis.
	O Fórum Comunitário do Porto, composto por uma série de entidades e associações, divulgou o “Relatório de Violações de Direitos e Reivindicações”. Com 46 páginas, o documento é um apanhado de arbitrariedades cometidas pelo poder público na região portuária do Rio de Janeiro, em decorrência das obras preparatórias para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. O objetivo seria a atração de turistas e investimentos. Entretanto, há muitos indícios de que se tornou uma região privada da cidade, e que os antigos ocupantes, em sua maioria pobres, foram pouco a pouco expulsos do local.
Fonte: https://forumcomunitariodoporto.wordpress.com/tag/morar-carioca/page/3/
	O relatório critica uma série de problemas: a falta de informação dos moradores da região, que desconheciam seu destino; as remoções forçadas para localidades muito distantes e sem infraestrutura; a truculência da ação do poder público; e as indenizações insuficientes. Os principais impactados são os moradores do morro da Providência, um dos mais tradicionais do Rio, e da rua do Livramento. E, entre os acusados de arbitrariedade, destacam-se a Secretaria Municipal de Habitação e a Subprefeitura. Além deprivatizar uma região imensa da cidade, o projeto do Porto Maravilha deixa claro que não admite moradores de perfil social “diferenciado”. O projeto previa para a região a construção de quase 7 mil acomodações, mas nenhuma para habitação de interesse social. As remoções para lugares distantes, sem infraestrutura de saúde, educação e transportes, foi a grande preocupação dos moradores da região. A maioria deles trabalha na região central da cidade, relativamente próxima à região portuária. Também protestam contra a perda do vínculo afetivo com a região.
	Os responsáveis demoliram casas e picharam as paredes. Passaram uma avalanche, sem que a população fosse ouvida. A prefeitura estabeleceu uma dinâmica utilitarista do espaço público. Foi uma limpeza étnica, afirma a urbanista Rossana Brandão. Os moradores acusam a prefeitura de não apresentar um planejamento claro.
	As informações eram divulgadas de forma confusa. Era frequente, as famílias receberem a notícia de que seriam cadastradas e, dias depois, depararem-se com caminhões e tratores para destruir suas casas. Só no morro da Providência, segundo as informações divulgadas, foram derrubadas de 300 a 400 lares. Os técnicos da prefeitura ou do consórcio Porto Novo, segundo o relatório, chegamram a fazer cadastros afirmando que era para outro fim, como o programa Bolsa Família. E se negaram a apresentar o crachá ou a responder perguntas.
Fonte: https://forumcomunitariodoporto.wordpress.com/tag/morar-carioca/page/3/
	O Ministério Público chegou a realizar uma tumultuada audiência pública para investigação das remoções forçadas no Rio de Janeiro. Divulgado publicamente, o relatório foi elaborado justamente para ser entregue ao MP. Além dele, foram entregues vídeos e outros documentos que comprovariam as irregularidades do poder público. Leonardo de Souza, subprocurador geral de Justiça, chegou a comparar a ação do poder público à dos nazistas. A prática de marcar as casas a serem removidas com as inscrições SMH, feitas por spray, seriam equivalentes ao que faziam os alemães contra os judeus. 
Fonte: https://forumcomunitariodoporto.wordpress.com/tag/morar-carioca/page/3/
	Segundo as informações divulgadas, a SMH costumava deixar duas alternativas durante uma remoção. A primeira era oferecer um aluguel social de R$ 400 até que família seja encaixada numa unidade distante, pelo programa Minha Casa, Minha Vida. A ação infringia a lei orgânica do município, que garantia reassentamento num raio de 500 metros da remoção. A outra alternativa era receber uma indenização pelo valor do imóvel, que costuma ser subavaliado, sem levar em conta o valor do terreno.
	Durante a audiência no MP, a procuradora Gisele Porto se comprometeu a analisar o relatório e pedir um Termo de Ajuste de Conduta, além do eventual ressarcimento aos moradores. Na época, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, vinculada ao MP, publicou uma série de recomendações para diminuir os impactos sociais por conta da realização dos jogos. O vereador Eliomar Coelho (PSOL) chegou a conseguir a aprovação de uma CPI na Câmara Municipal para investigar as remoções. Em cima da hora, porém, quatro vereadores retiraram a assinatura, inviabilizando a CPI.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://apublica.org/2016/08/a-outra-historia-do-porto-maravilha/
https://portomaravilhaparaquem.wordpress.com/2012/05/06/uma-olhar-critico-a-zona-portuaria-do-rio-de-janeiro/
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-porto-maravilha-e-negro
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/futuro-das-cidades/porto-maravilha-erros-e-acertos-da-parceria-entre-publico-e-privado-na-readequacao-de-espacos-publicos-c4wbzcxii8d96a152m5axv9g9
https://www.brasildefato.com.br/node/6908/
http://portomaravilha.com.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Porto_Maravilha
http://www.portonovosa.com/pt-br/porto-maravilha
http://portomaravilha.com.br/mapa_empreendimentos
http://apublica.org/2016/08/a-outra-historia-do-porto-maravilha/

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