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Gerência de Desenvolvimento de Processos de Tratamento de Minério Centro de Pesquisas Tecnológicas Tratamento de Minérios Uma Revisão Dezembro de 2009 1. Introdução 2. Cominuição 3. Classificação 4. Concentração por Flotação 5. Concentração Magnética 6. Concentração Gravítica 7. Separação Sólido Líquido 8. Balanço de Massa 9. Alguns Circuitos 2 O presente trabalho tem por objetivo rever os principais conceitos inerentes aos processos de tratamento de minérios de forma sucinta, fortalecendo as bases necessárias às análises voltadas à definição de rota de processo para minério de ferro. Ao responsável pelas estimativas e análises envolvidas na definição de rota será exigido um profundo conhecimento das operações unitárias envolvidas... Somente deste modo a mineralogia poderá ser aplicada com sucesso. Objetivos do Curso 3 • Adequação química; • Adequação mineralógica; • Adequação granulométrica. Objetivos Gerais do Tratamento de Minério • Liberação das fases minerais; • Propriedades diferenciadoras; • Separabilidade dinâmica. Requisitos Básicos para Concentração 4 B R I T A G E M E U S I N A - C O M P L E X O T I M B O P E B A B R I T A G E M E U S I N A - T I M B O P E B AB R I T A G E M E U S I N A - C A P A N E M A 5 quartzo hematitas quartzo quartzo hematitas Liberação dos Constituintes Minerais 6 Mineral liberado Mistos Ganga liberada Liberação dos Constituintes Minerais 7 Liberação Separação Liberação Separação Recuperação + = Recuperação = Liberação dos Constituintes Minerais 8 Rejeito Concentrado Ganga Ganga Ganga Mineral Mineral Mineral 20 30 40 50 60 70 80 90 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 Teor R ec up er aç ão Liberação dos Constituintes Minerais 9 Como separar (concentrar)? 10 Propriedades Diferenciadoras 11 Condições necessárias para que as propriedades diferenciadoras atuem. Podem ser intrínsecas ou extrínsecas ao minério. No campo de atuação das forças de separação, minerais diferentes devem percorrer trajetórias diferentes. Separabilidade Dinâmica 12 Minerais Liberados Campo de Separação Força de Separação Rejeito Concentrado Processo de Concentração 13 ÁREA ETAPA [I] Geologia [II] Mineração [III] Tratamento de minérios [operações unitárias] Prospecção [Procura do bem mineral] Exploração [Avaliação tecnico-econômica] Desenvolvimento [Abertura de estradas e acessos] Lavra ou Explotação [Desmonte, Carregamento e Transporte] Cominuição Concentração Desaguamento Classificação [IV] Tratamento de minérios [operações auxiliares] Transporte de minérios e produtos em transportadores de correia, Empilhamento e retomada de minérios e produtos, Amostragem, Homogeneização em pilhas de minério, Homogeneização em polpa [agitadores], Transporte de sólidos em suspensão [bombeamento], Controle de circulação de água industrial, disposição de rejeitos e Outras operações auxiliares. [V] Metalurgia extrativa Pirometalurgia / Hidrometalurgia Tecnologia Mineral 14 PRODUTOS OPERAÇOES UNITÁRIAS Granulados (+8mm) Britagem e peneiramento Sinter Feed (-8 +1mm) Peneiramento, concentração gravítica (jigagem), concentração magnética de média intensidade, desaguamento (peneiramento). Sinter Feed (-1 +0,15mm) Classificação (classificadores e hidrociclones), concentração gravítica (espirais), concentração magnética (baixa, média e alta intensidade; alto gradiente), desaguamento (filtragem, peneiramento, hidrociclones). Pellet Feed (-0,15mm) Moagem, deslamagem (hidrociclones), concentração magnética (média e alta intensidade), flotação (coluna, mecânica), espessamento, filtragem. Produtos do Minério de Ferro 15 classificação moagem britagem peneiramento minério concentração depósito de rejeito espessamento rejeito espessamento filtragem secagem concentrado produto final médios classificaçãoclassificação moagemmoagem britagembritagem peneiramentopeneiramento minério concentraçãoconcentração depósito de rejeito espessamento rejeito espessamentoespessamento filtragemfiltragem secagemsecagem concentrado produto final médios Fluxograma Típico 16 1. Introdução 2. Cominuição 3. Classificação 4. Concentração por Flotação 5. Concentração Magnética 6. Concentração Gravítica 7. Separação Sólido Líquido 8. Balanço de Massa 9. Alguns Circuitos 17 Britagem Constitui a chamada cominuição grossa, tendo por objetivo reduzir o tamanho das partículas grossas, adequando-as ao processo subsequente ou ao mercado (em caso de geração imediata de produto natural), além de prover liberação às espécies minerais. Escalonamento da Redução Etapa: Tamanho: • Primária 1500 - 100/200mm • Secundária/Terciária até 10mm • Quaternária/Moagem de Barras <10mm • Moagem de Bolas <1mm Cominuição 18 Equipamentos • Britador de mandíbulas de 1 eixo • Britador de mandíbulas de 2 eixos • Britador giratório • Britador de impacto • Britador de rolo dentado • Britador cônico • Britador de martelos • Britador de rolos • Britador Barmac • Prensa de rolos Cominuição 19 ESTÁGIO TIPO DE BRITADOR TAMANHO MÁXIMO DE ALIMENTAÇÃO [mm] TAMANHO MÁXIMO DE PRODUÇÃO [mm] Britagem Primária Mandíbulas, Giratório, Impacto ou Rolos dentados 1000 100 Britagem Secundária Cônico, Giratório, Mandíbulas ou Martelos 100 10 Britagem Terciária Cônico 10 1 Britagem Quaternária Cônico, Gyradisc ou Rolos 5 0,8 Cominuição Estágios de Britagem 20 Cominuição Britador de Mandíbulas de 1 Eixo 21 Cominuição Britador Cônico 22 Cominuição Britador de Martelos Britador de Rolos 23 Cominuição Moinho de Bolas 24 60 – 65% VC 70 – 75% VC Cominuição Moinho de Bolas 25 Cominuição 26 1. Introdução 2. Cominuição 3. Classificação 4. Concentração por Flotação 5. Concentração Magnética 6. Concentração Gravítica 7. Separação Sólido Líquido 8. Balanço de Massa 9. Alguns Circuitos 27 Classificação Os processos de classificação podem ser divididos, em linhas gerais, em peneiramento e classificação em meio fluido. O peneiramento consiste na separação de partículas de diferentes tamanhos, fazendo com que o conjunto passe por uma malha com a abertura desejada. São utilizadas grelhas vibratórias, peneiras de diversos tipos, trommels, etc. A classificação em meio fluido é baseada nos diferentes comportamentos que partículas de diferentes tamanhos apresentam quando encontram-se em um fluido, como água e ar. Equipamentos mais comuns no tratamento de minério de ferro: • Classificador espiral • Hidrociclones 28 Classificação Peneiramento 29 A B C D alimentação overflow underflow Classificação Classificador Espiral 30 Classificação Cabeçote Cilindro Cone Apex Vortex FinderInlet / Entrada Overflow Saia contra Salpico Hidrociclones 31 Classificação 32 0% 100% undersize oversize overflow underflow corte 33 100% undersize oversize overflow underflow 0% by pass Corte Eficiência 34 1. Introdução 2. Cominuição 3. Classificação 4. Concentração por Flotação 5. Concentração Magnética 6. Concentração Gravítica 7. Separação Sólido Líquido 8. Balanço de Massa 9. Alguns Circuitos 35 Processo de separação de sólidos finamente divididos que explora diferenças de características de superfíciesentre as espécies minerais presentes. Seletividade: Partículas: hidrofílicas, hidrofóbicas Recurso: utilizar reagentes químicos Para tornar possível o processo de flotação pode ser necessário modificar o caráter de uma das espécies minerais presentes para hidrofóbico. Concentração: Flotação 36 - A granulometria das partículas minerais a serem flutuadas deve ser compatível com o meio de transporte em bolhas de ar (para minério de ferro, aproximadamente 0,3 mm no máximo). - As espécies minerais a serem separadas devem estar liberadas entre si (as partículas minerais devem se encontrar isentas dos minerais de ganga); - O sistema deve apresentar espécies hidrofílicas e espécies hidrofóbicas, naturalmente ou com o auxilio de reagentes; Concentração: Flotação Pré-requisitos para ocorrer a flotação 37 Flotation O que ocorre na flotação? 38 Coletores - Atuam em uma espécie mineral, de forma a aumentar a sua afinidade pelo ar; Espumantes - Produzem espumas adequadas ao transporte das partículas minerais desejadas; Modificadores - São conceituados devido a cada função que exercem no processo de flotação; Moduladores de pH - São modificadores que regulam o pH da polpa; Dispersantes e agregantes - São modificadores de controle do estado de agregação da polpa; Ativador - São modificadores capazes de tornarem mais eficazes e/ou seletiva a ação dos coletores; Depressor - São modificadores capazes de inibir a ação do coletor e de forma a aumentar a sua afinidade pela água. Concentração: Flotação Reagentes 39 Na X Xantato (hidrofóbico) Sódio (“mineralofílico”) Ex.: Etil xantato de sódio - “Na” o radical Na possui afinidade com o mineral - “X” o radical X é hidrofóbico – possui afinidade com o ar Concentração: Flotação X Na X Na X Na X NaX Na Recobrimento da superfície da partícula por uma camada de coletor. Na maioria dos casos é necessário apenas um recobrimento parcial da partícula, cerca de 15% Fenômenos envolvidos: adsorção 40 X Na X Na X Na X NaX Na As partículas colidem com as bolhas que ficam aderidas aos seus sítios hidrofóbicos. Mineral Concentração: Flotação Fenômenos envolvidos: adesão 41 Partículas + Partículas Coletor Interação seletiva Coletor/partícula + adesão bolhas/partícula hidrofóbica bolhas Concentração: Flotação 42 + Partículas Lamas (partículas < 10µm) Recobrimanto superficial + adesão bolhas/partícula hidrofóbica bolhas Coletor + Interação seletiva Coletor/partícula Concentração: Flotação Slime Coating: recobrimento por lamas 43 Tem a função de modificar a superfície do mineral de hidrofílico para hidrofóbico. Molécula de `Coletor Bolha bolha Molécula de coletor Concentração: Flotação Coletor 44 - “Scavenger” (recuperação): estágio de esgotamento no qual se obtém um concentrado a partir do rejeito de um estágio anterior de concentração. O concentrado desta fase retorna a uma fase anterior para reprocessamento. - “Rougher” (desbaste): estágio de desbaste no qual se procura obter um primeiro concentrado, ainda com um certo grau de impureza. - “Cleaner” (limpeza): estágio de limpeza no qual se reprocessa o concentrado de uma fase anterior, com o objetivo de se purificar, de se aumentar o teor da espécie mineral útil naquele concentrado. Concentração: Flotação Estágios de Flotação 45 Circuito rougher-cleaner-scavenger Alimentação Rougher Rejeito Scavenger Cleaner Concentrado Cleaner Alto teor com recuperações intermediárias Concentração: Flotação 46 Alimentação Rougher Rejeito Scavenger Concentrado Cleaner Alto teor com recuperações intermediárias Concentração: Flotação Vídeo 47 Polpa (Rejeito) (Concentrado) Máquinas de flotação: células mecânicas Concentração: Flotação 48 Concentrate Wash Water Air/Slurry Mixture Feed Air Tails Slurry Cavitation Tubes Alimentação Concentrado Água de lavagem Ar Polpa rejeito Geração de bolhas Concentração: Flotação Máquinas de flotação: colunas 49 Porque é difícil simular a flotação pela mineralogia? • Processo complexo, envolvendo grande número de variáveis: dosagem de reagentes, pH, granulometria do minério alimentado, superfície específica, grau de liberação, condições hidrodinâmicas da célula, quantidade de ar injetada, tamanho das bolhas geradas, íons dissolvidos na polpa, COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA... Ou seja, nada fácil!! • Características probabilísticas: o processo de flotação de uma partícula pode ser associado a um conjunto de probabilidades: - Probabilidade de colisão partícula-bolha - Probabilidade de adesão partícula bolha - Probabilidade de descoleta • Considerando o estado da arte em nossas análises mineralógicas, podemos avaliar as condições do minério com relação a algumas das variáveis citadas, ESTIMANDO alguns valores e prevendo possíveis fatores desfavoráveis ao processo. Concentração: Flotação 50 1. Introdução 2. Cominuição 3. Classificação 4. Concentração por Flotação 5. Concentração Magnética 6. Concentração Gravítica 7. Separação Sólido Líquido 8. Balanço de Massa 9. Alguns Circuitos 51 Magnetismo: é o ramo da Física que estuda os materiais magnéticos, ou seja, que estuda materiais capazes de atrair ou repelir outros. Campo Magnético: é uma região do espaço onde se manifesta o magnetismo, através das chamadas ações magnéticas. Intensidade Magnética: em um campo magnético com intensidade em Gauss, é o fluxo total que atravessa uma superfície de um centímetro quadrado perpendicular ao campo. Intensidade de Campo Magnético (Gauss): Nº de Linhas Magnéticas cm2 1 cm2 Imãs: Ferrite até 1.500 Gauss AlNiCo até 1.500 Gauss Estrôncio até 2.000 Gauss RE (Terras Raras) até 21.000 Gauss Concentração Magnética Sul Conjunto de linhas de força do campo magnético Campo magnético Norte 52 Concentração Magnética Processo de concentração cuja propriedade diferenciadora é a susceptibilidade magnética. Segundo este aspecto, podemos dividir os minerais em: • Ferromagnéticos: minerais fortemente magnéticos mesmo na ausência de campo. Ex.: magnetita. • Paramagnéticos: minerais que tornam-se fracamente magnéticos na presença de um campo magnético. Ex.: hematita. • Diamagnéticos: tipo mais fraco de resposta magnética. Ex.: quartzo. Conforme a intensidade do campo magnético gerado, podemos dividir os equipamentos de concentração em alta, média e baixa intensidade. 53 •Fortemente Magnético ou Ferromagnético: até 1.500 Gauss (Aço Carbono, Magnetita, Limalhas); •Mediamente Magnético: de 1.500 a 3.000 Gauss (Martita, Pirrotita, etc.); •Fracamente Magnético: de 3.000 a 7.000 Gauss (Martitas Hidratadas, Ilmenita, Hematita Porosa); •Debilmente Magnético: Maior que 7.000 Gauss (Hematitas Compactas, Limonita, Goethita, Biotita, Micas de Fe); •Não-Magnéticos ou Diamagnéticos: Não são atraídos (Vidro, Madeira, Quartzo (sílica), Apatita, Minerais de Fósforo e Alumina); Concentração Magnética 54 Baixa Intensidade: WDL8 Média Intensidade: WDRE Alta Intensidade: WHIMS, Jones WHC, SLON Concentração Magnética 55 ROTOR SUPERIOR MANCAL INFERIOR PROTEÇÃO DO ROTOR BOBINAS (LATERAL ESQUERDA) BOBINAS (LATERAL DIREITA) MOTOR CAIXAS DE SPRAYS E ALIMENTAÇÃO DE POLPA ROTOR INFERIOR REDUTOR MANCAL SUPERIOR ACOPLAMENTO BUCHA CÔNICA EIXO DE ACIONAMENTO Concentração Magnética WHC 56 GAP Tendência das linhasde campo em função do formato da matriz (aumento do gradiente magnético) Concentração Magnética 57 RougherJonesJones Rejeito Final MR C JonesJones R M R Sinter Feed 2 Sinter Feed 3 C C Fração -1,0+0,15mm Cleaner Concentração Magnética Circuito Básico 58 1. Introdução 2. Cominuição 3. Classificação 4. Concentração por Flotação 5. Concentração Magnética 6. Concentração Gravítica 7. Separação Sólido Líquido 8. Balanço de Massa 9. Alguns Circuitos 59 Concentração Gravítica A concentração gravítica pode ser definida como um processo no qual partículas de diferentes densidades, tamanhos e formas são separadas uma das outras por ação da força de gravidade ou por forças centrífugas. Geralmente, a Concentração Gravítica é utilizada no tratamento de partículas grossas, porém em alguns casos podem ser partículas abaixo de 50 μm. A densidade das partículas é bastante variável podendo tratar de minerais como a galena (d=7,5) até o carvão (d=1,3). Para lembrar: Hematita – d=5,011 Quartzo – d=2,65 60 • Separação em Meio denso • Jigagem • Calhas Simples • Concentração em Calhas Estranguladas • Concentração em Espiral • Mesa Vibratória • Recuperação de Finos Concentração Gravítica Principais Métodos 61 Concentração Gravítica Separador Mosley (bateia) 62 Concentração Gravítica Jigagem: jigue Remmer Pulsações produzidas por diafragmas com diferentes frequências. Desenvolvido para minério de ferro. 63 Ciclo completo de jigagem (A): Pulsão (B): Aceleração Diferencial (C): Sedimentação Retardada (D): Consolidação Intersticial Concentração Gravítica Jigagem Vídeo 64 Concentração Gravítica Espiral Concentradora 65 Concentração Gravítica Espiral Concentradora 66 1. Introdução 2. Cominuição 3. Classificação 4. Concentração por Flotação 5. Concentração Magnética 6. Concentração Gravítica 7. Separação Sólido Líquido 8. Balanço de Massa 9. Alguns Circuitos 67 Separação Sólido Líquido Filtragem e Espessamento 68 1. Introdução 2. Cominuição 3. Classificação 4. Concentração por Flotação 5. Concentração Magnética 6. Concentração Gravítica 7. Separação Sólido Líquido 8. Balanço de Massa 9. Alguns Circuitos 69 ∑ Entrada = ∑ Saída No caso mais real essa equação é normalmente melhor representada por: ∑ Entrada = ∑ Saída + Perdas Balanço de Massa 70 A = massa da alimentação; C = massa do concentrado; E = massa do rejeito; a = teor percentual da espécie útil na alimentação; c = teor percentual da espécie útil no concentrado; e = teor percentual da espécie útil no rejeito; Rm = recuperação metalúrgica percentual da espécie útil; Y = recuperação mássica ou rendimento mássico percentual do produto útil; Rc = razão de concentração; Re = razão de enriquecimento . ECA += eEcCaA ×+×=× 100× × × = aA cCRm 100× − −×= ec ea a cRm C ARc =100× − − == ec ea A CY a cRe = Balanço de Massa 71 Balanço Teórico: Ensaios de Bancada Para uma amostra de furo de sonda será realizada a rota pellet feed, ou seja, moagem, deslamagem e flotação. Os ensaios serão realizados em bancada: • Britagem do ROM a 2,0 mm (apenas uma adequação para alimentar o moinho de bancada) • Moagem com P95% em 0,15 mm • Deslamagem em balde • Flotação RG/CL em célula mecânica Com relação às massa, obtivemos os seguintes resultados: Elaborar um balanço teórico para este processo. Deslamagem Flotação 72 Balanço Teórico: Ensaios de Bancada ROM=100% Underflow = 94,97% Concentrado = 37,88% Rejeito = 57,10%Deslamagem Flotação Overflow = 5,03% Moagem 73 Balanços complexos, incluindo, além das massas, a química e granulometria dos diversos fluxos são realizados em softwares especialistas, que aplicam a distribuição de erros ao balanço, utilizando ainda cálculos estatísticos (desvio padrão, variância, etc). Tais erros são provenientes de diversas fontes: amostragem, homogeneização, contaminação, circuito instável, etc. Diz-se que o software promove a reconciliação dos dados. Ex: BILMAT, BILCO, USIMPAC... Balanço de Massa Softwares 74 Esta regra também é válida para a mineralogia: • A mineralogia da alimentação de um circuito de britagem não pode ser diferente da mineralogia do produto final deste circuito (caso haja apenas um produto) ou da ponderada dos produtos finais. • A mineralogia da alimentação de um circuito de moagem não pode ser diferente da mineralogia do overflow do classificador que fecha o mesmo circuito. • Se o ROM é hematítico martítico, o underflow da deslamagem e o concentrado de flotação também devem ser. Exceção: minérios goethíticos (o teor de goethita pode ser drasticamente reduzido na deslamagem). • Isto deve ocorrer, logicamente, caso as amostragens tenham sido efetuadas com o circuito em equilíbrio, no caso de testes piloto, e caso os ensaios tenham sido efetuados da maneira correta, no caso de ensaios de bancada. “Balanço Mineralógico”: Coerência das Análises eEcCaA ×+×=× 75 Exemplos de estudos de variabilidade: onde está o erro??? “Balanço Mineralógico”: Coerência das Análises 76 1. Introdução 2. Cominuição 3. Classificação 4. Concentração por Flotação 5. Concentração Magnética 6. Concentração Gravítica 7. Separação Sólido Líquido 8. Balanço de Massa 9. Siderurgia e Alguns Circuitos 77 • Os granulados são destinados aos reatores de redução direta ou aos altos-fornos, se os teores de ganga são baixos ou altos, respectivamente. • O sinter feed é destinado aos processos de aglomeração a quente (sinterizações), para compor a carga de reatores tipo altos-fornos ou, quando não aglomerado, para alimentar alguns processos emergentes de obtenção de ferro primário. Para estes últimos, o sinter feed deve ter menores teores de ganga. • O pellet feed é destinado, basicamente, aos processos de aglomeração a quente (pelotizacao), para compor a carga de reatores de redução direta e de altos-fornos, dependendo dos teores de ganga, se menores ou maiores, respectivamente. São destinados ainda, para processos emergentes de obtenção de ferro primário, os quais utilizam pelotas verdes ou cruas, do tipo auto-redutoras. Siderurgia 78 Pelota RD Granulado AF Granulado RD SINTERIZAÇÃO Sinter Sinter Feed Ferro Esponja REATOR RD FORNO ELÉTRICO Ferro Gusa ALTO FORNO CONVERSOR Pelota AF Pellet Feed PELOTIZAÇÃO Aço Líquido Siderurgia 79 80 ALIMENTADOR VIBRATÓRIO ROM BRITAGEM PRIMÁRIA SINTER FEED 1 BRITAGEM TERCIÁRIA BARRAGEM DE REJEITO BRITAGEM SECUNDÁRIA PENEIRAS GRELHA NPO PENEIRAS BARRAGEM DE LAMAS ESPESSADOR DESLAMAGEM CLASSIFICADOR ESPIRAL DESLAMAGEM ESPESSADOR FLOTAÇÃO COLUNA CONCENTRADO + 31mm + 10 mm + 0,4 mm - 0,15 mm + 0,15 mm - 0,15 mm - 2 mm + 6 “ - 6 “ + 4 “ - 4 “ - 31mm + 2 mm 10 X 0,15 mm 31 X 10 mm 620 t/h 124 t/h 496 t/h 165 t/h 455 t/h 248 t/h 209 t/h 210 t/h 52 t/h 158 t/h 201 t/h 101 t/h 100 t/h 46 t/h 64 t/h18 t/h 55 t/h 56 t/h44 t/h 93 t/h 23 t/h 70 t/h620 t/h - 0,4 mm Alguns Circuitos HIDROCICLONES LUMP ORE PELLET FEED SINTER FEED BARRAGEM DE REJEITOS ESPESSADOR LAMAS CLASSIFICADORES BRITADOR SECUNDÁRIO PENEIRAS PRIMÁRIAS ÁGUA PILHA PULMÃO DE BRITAGEM “IN PIT ” SISTEMA ROM ÁGUA PENEIRAS SECUNDÁRIAS FILTROS ESPESSADOR PFF ÁGUA DE PROCESSO PENEIRAS DESAGUADORAS Alguns Circuitos81 Alguns Circuitos 82 OBRIGADO! 83 Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83
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