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Caderno de Paisagismo Básico

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Caderno de Paisagismo
Curso de Arquitetura e Urbanismo
Paisagismo
Nadyne L. P. Mesquita
UC13101008
Índice
História do Paisagismo Mundial 4
Cronologia 5
Antiguidade 6
Os jardins da Mesopotâmia 7
Os jardins Egípcios 9
Os jardins da Pérsia 10
Os jardins Gregos 11
Os jardins Romanos 12
Os jardins Islâmicos 13
Os jardins da China e Japão 14
Idade Média 15
Monacais 16
Mouriscos 17
Renascimento 18
Itália 19
França 20
Inglaterra 21
Holanda 22
Jardim Barroco 23
Resenha Morfologia Vegetal 24
Classificação das plantas 25
Reino Plantae 26
Raízes 28
Folha 30
Caule 31
Fruto 33
Índice
Paisagista Clássico – Le Nôtre 34
Paisagista Contemporâneo – Beatrix Farrand 44
Relatório da visita ao Horto 98
Relatório da Visita a Brasília 93
Repertório Verde 70
Forragens 71
Árvores 75
Palmeiras 78
Arbustos 81
Trepadeiras 84
Coníferas 87
Aquáticas 90
Bibliografia 100
História do Paisagismo Mundial
A história da
humanidade é assim dividida:
 Pré – história: até aproximadamente 4000
a.C.;
 Antiguidade: 4000 a.C. – 476 d.C. (Queda do
Império Romano);
 Idade Média: 476 d.C. – 1453 d.C. (Tomada
de Constantinopla);
 Modernismo: 1453 d.C. – 1789 d.C. (Revolução
Francesa);
 Contemporâneo: 1789 d.C. até os dias
atuais.
INTRODUÇÃO Cronologia
Caderno de Paisagismo 5
PAISAGISMO
EVOLUÇÃO DOS JARDINS Os jardins da 
antiguidade
Caderno de Paisagismo 6
PAISAGISMO
"No começo Deus criou um jardim. Éden era o 
seu nome. Segundo a tradição ele se situava na Mesopotâmia, 
provavelmente ao norte, e possuía um pomar e outras plantas 
que desenvolviam sem irrigação. Antes da sua queda, o Éden 
era um lugar de paz e de prazer, de fecundidade e de 
fragrâncias, com os encantamentos da música, do riso e da 
alegria. Depois dos primeiros reinados assírios, tornou-se um 
lugar recreativo, um paraíso mítico". (Gabrielle Van Zuylen). 
Os primeiros jardins surgiram nos
planaltos da Pérsia, atual Irã. Mas os primeiros
indícios e documentos encontrados não provêm
desta região, e sim, da Mesopotâmia (atual Iraque).
Os jardins mais antigos foram plantados no meio
dos desertos, como se os homens pudessem dar
qualquer preço a esta arte, pois essa começou justo
em países onde as condições naturais não
favoreciam em nada a seu êxito. O estudo da arte
da Mesopotâmia mostra que o gosto pelas formas
vegetais aparece bem cedo, e este cresceu com o
passar dos séculos. Mas, durante muito tempo, falar
sobre “arte de jardins” ainda era uma audácia,
pois as culturas ainda eram muito rudimentares.
Jardim do Éden
Caderno de Paisagismo 7
PAISAGISMO
Jardins suspensos da Babilônia
Desde o começo do Terceiro Milênio antes
de Cristo, Gilgamesh, rei de Uruk, se orgulhava de seus
pomares e dos jardins de seu palácio. Há 2000 anos antes de
Cristo, todos os reis da Mesopotâmia possuíam seus jardins
reais, onde sempre aconteciam banquetes e cerimônias. Os
pátios interiores dos palácios eram sombreados por
árvores e ornamentados com flores.
Os jardins da Mesopotâmia, sem considerar
as hortas e os pomares, estritamente utilitários,
conservaram por muito tempo um caráter religioso. Os
deuses da fecundidade possuíam perto de seus santuários
um pouco de terra e uma plantação sagrada que
manifestava seu poder. Nos jardins dos templos se
plantavam frutas e legumes para se oferecer aos deuses,
além de servirem como alimento para os serviçais. Os
jardins eram plantados sobre os terraços dos prédios de
vários pavimentos onde se celebravam os rituais e suas
folhagens eram tão familiares, que os artistas sugeriam sua
presença na decoração de palcos ou de altares.
Os habitantes da Mesopotâmia
conseguiram, após grandes esforços, aclimatar a palmeira.
Começaram também a trabalhar suas terras, até então
estéreis. Neste clima hostil e em locais que hoje se
comparam aos oásis saharianos ou egipcianos, as
palmeiras protegiam as plantas que cresciam à sua
sombra, e contribuíam para a diminuição da perda de água
do solo, fator que favorecia a condensação noturna
permitindo assim a criação de jardins.
Com o trabalho de manutenção e irrigação
manualmente realizados, estes asilos de fecundidade e
frescor tornavam-se ainda mais maravilhosos. Assim, os
príncipes babilônicos puderam conhecer o prazer de
aclimatar espécies.
Cada planta era disposta dentro de uma
espécie de vaso preparado com antecedência para recebê-
la, isoladamente, e onde se mantinha o grau de umidade
necessário através de uma irrigação constante.
OS JARDINS DA ANTIGUIDADE Os jardins da 
Mesopotâmia
Caderno de Paisagismo 8
PAISAGISMO
Isola Bella (Enge e Schröder, 1992)
Os jardins mais famosos da Antiguidade
foram os Jardins Suspensos da Babilônia, sendo
considerados uma das Sete Maravilhas do mundo antigo.
Segundo os historiadores, estes jardins foram construídos
pelo Rei Nabucodonosor II (605-562 A.C.) e dedicados a sua
esposa, rainha Semiramis. A Rainha, que era de origem
persa, tinha saudades das montanhas e colinas cobertas
dos bosques de seu país (região noroeste do atual Irã) e
esta construção tinha a intenção de amenizar este
sentimento. Nabucodonosor construiu estes jardins ao
longo das muralhas da cidade, próximo à porta de Istar.
De acordo com os resultados de pesquisas e
descrições de historiadores, os Jardins Suspensos eram
compostos de uma sucessão de terraços, sendo que os
inferiores debordavam bastante sua área em relação aos
superiores. Assim eles formavam verdadeiros patamares
onde eram plantadas diversas espécies de árvores, e
outras plantas de menor porte, as quais eram protegidas
pela sombra das árvores. As floreiras presentes nestes
patamares tinham o fundo impermeabilizado. Inspirados
nestes jardins suspensos, os romanos passaram a cultivar
plantas nas partes altas das casas.
As folhagens, que se ressaltavam acima das
muralhas da cidade, podiam ser avistadas de longe pelos
viajantes que por ali passavam. Assim, para estes e suas
caravanas, este recinto meio real e meio sagrado, aparecia
como um símbolo do poder babilônico, e pouco a pouco,
suas descrições forjaram uma imagem tão interessante, a
ponto de que os “Jardins de Semiramis” tornaram-se uma
das maravilhas do mundo daquela época. Apesar disto,
estes jardins não exerceram grande influência sobre os
jardins do mundo mediterrâneo.
Com a decadência do império, a Babilônia
provocou o afastamento da Mesopotâmia da cultura
ocidental, o que fez com que os jardins suspensos da
Babilônia se tornassem uma lenda.
OS JARDINS DA ANTIGUIDADE Os jardins da 
Mesopotâmia
Caderno de Paisagismo 9
PAISAGISMO
Os jardins egípcios são datados de
2000 a.C. O Egito deixou sobre os jardins as mais
antigas testemunhas picturais, criando uma tradição
que foi transferida ao mundo ocidental. Estes
jardins não eram construídos unicamente para o
lazer, assim como os jardins da Mesopotâmia, mas
produziam também vinho, frutas, legumes e
papiros, produtos estes, destinados ao consumo da
população. O critério de plantio seguiu a tradição
das atividades agrícolas desenvolvidas na planície
do rio Nilo. O traçado dos jardins era caracterizado
por linhas retas e formas geométricas
perfeitamente simétricas. Tudo orientado segundo
os quatro pontos cardeais, expressando a
importância da astrologia.
O Egito, país agrícola por influência
da presença do rio Nilo, já conhecia durante muito
tempo a deleitação dos jardins e da água. Desde o
antigo império já existiam pomares plantados com
videiras, figueiras, sombreados por sicômoros2 ;
divididos em tabuleiros por canais de irrigação.
Havia também as palmeiras e plantas aquáticas
como o Lotus e o papiros. Todas plantas úteis e
sagradas. Nesta época, surgiram as casas de
campo, consequência direta da transformação do
jardim como um lugar de repouso agradável e auto
suficiente.Estes jardins se caracterizavam por
serem planos, fechados por muros e subordinados a
uma propriedade com seus pavilhões dispersos em
vários locais para aproximar o visitante da
natureza. Muitas destas formas reapareceram no
sul da Itália onde exerceram por muitos séculos sua
influência. Pode-se citar como exemplo de jardins
egípcios o de Rekhmirê e Mery-Aton.
OS JARDINS DA ANTIGUIDADE Os jardins 
Egípcios
Esquema representativo de um jardim egípcio
Caderno de Paisagismo 10
PAISAGISMO
Os jardins persas, datados desde 3500 a.C., eram
caracterizados pela harmonia de plantações, espaçamento de
árvores, o prazer de aromas refinados; tudo isto para suprir as
aspirações dos reis presas. Estes jardins influenciaram os
jardins egípcios e os jardins da Babilônia.
O estilo dos jardins persas era estritamente
formal. O jardim era cortado por dois canais principais,
dividindo o jardim em quatro regiões, que representavam as
quatro moradas do universo: terra, fogo, água e ar. Ao centro,
havia tanques com fontes, revestidos de azulejos (ladrilhos
azuis) para acentuar o frescor da água. Não havia estátuas
pois o islamismo não permitia a reprodução de imagens
(humanas).
Nestes jardins se cultivavam frutíferas, plantas
ornamentais e aromáticas (aspecto bastante valorizado pelos
persas), plátanos, ciprestes, pinus, álamos, palmeiras,
amendoeiras, laranjeiras, roseiras, tulipas, lírios, prímulas,
narcisos, jacintos, jasmins, açucenas.
Durante a época Sassanida, o jardim persa era
dividido em quatro cantos, por dois eixos retangulares. Estes
eram demarcados, ora por alamedas, ora por linhas d’água.
Em algumas destas intersecções, eram construídos pavilhões, ou
um palácio, ou ainda uma fonte, com motivos bem complexos.
Uma das hipóteses é de que esta representação significava o
universo, muito freqüente na Ásia, ou então a divisão do
cosmos em quatro partes por quatro rios divergentes. Estes rios
representavam os quatro rios do Paraíso: Leite, Mel, Água e
Vinho.
O número quatro tem uma simbologia especial
nos jardins persas. A divisão dos jardins em quatro partes
simboliza também os quatro elementos sagrados: fogo, ar,
água e terra. Para os persas da antiguidade, uma cruz dividia o
mundo em quatro partes e no seu centro encontra-se uma fonte,
que simboliza a origem e o poder.
OS JARDINS DA ANTIGUIDADE Os jardins da
Pérsia
Chehel Sotun em Isfahan
Caderno de Paisagismo 11
PAISAGISMO
Devido ao solo rochoso e montanhoso, e ao clima quente
e seco, a Grécia nunca foi uma região ideal para uma jardinagem
organizada. Suas formas se aproximavam das naturais, fugindo das
linhas simétricas.
Têm-se registros da presença de jardins na Grécia desde o
séc IV a.C. Na realidade os jardins gregos eram, sobretudo até a época
clássica, um jardim sagrado, cultivado próximo a algum santuário e
consagrado a uma das divindades da fecundidade. Os gregos criaram o
conceito de Bosque Sagrado, um lugar natural, abençoado e dedicado
aos deuses, com vegetação virgem e sem intervenção humana. Era um
jardim lírico religioso, no qual expressava-se a antítese de uma
concepção agrícola da exploração da natureza. Os gregos não
procuravam a beleza nos jardins.
Os gregos se mostraram contra a moda dos jardins
importados do oriente e o que eles fizeram foi seguir uma tradição bem
estabelecida da cidade democrática.
Era este o aspecto do espírito grego, racional, ponderado
e, determinantemente intelectual. Eles repugnavam os jardins e tudo
aquilo que estava ligado ao prazer em torno dos objetos da natureza
que, segundo eles, era a guarda do irracional e do indefinido. A tradição
grega apresentava o pequeno jardim de Epicure em Atenas, que
segundo suas descrições, tinha um pomar onde se cultivam legumes. Era
um jardim sem magnificência e destinado a uma única satisfação: a dos
prazeres naturais e necessários. A aridez, e a sobriedade ática (região da
Grécia, cuja capital é Atenas) repugnava a este luxo oriental do
“paraíso”.
Nos jardins gregos, então, se cultivavam legumes para
consumo, trigo para confeccionar pão, mas as flores eram destinadas aos
deuses. Os gregos cultivavam também peras, romãs, maçãs, figos, uvas,
além das azeitonas.
Com as conquistas de Alexandre, a aristocracia grega
começou a copiar os jardins da Pérsia e do oriente. Os parques públicos
ornamentados com fonte e grutas se tornaram então um elemento das
Vilas das colônias gregas. As plantas mais utilizadas nos jardins
privados, ornamentados de esculturas instaladas em nichos e fontes,
eram as
rosas, íris, lírios, cravos, bulbosas floridas e as ervas. Encontravam-se
também pequenas frutas. O luxo apareceu pela primeira vez no jardim
de Epicure, mas pouco se conhece de sua descrição.
OS JARDINS DA ANTIGUIDADE
Os jardins
Gregos
Jardim Grego (Zuylen, 1994)
Caderno de Paisagismo 12
PAISAGISMO
O império romano se estendia da Espanha (oeste)
até a Mesopotâmia (leste) e do Egito (sul) até a Inglaterra (norte).
Compreendia variedade de paisagens, climas e raças. Os
romanos não podiam ser incluídos no grupo dos povos que
tiveram a arte como forma de expressão. Eles se encaminharam
para a história, o Estado e o Direito.
A casa romana repetiu basicamente o modelo
grego, sendo construída no nível da rua, com as habitações
voltadas para dentro, comunicando-se por uma coluna, e abertas
a uma praça anterior. Os jardins foram objetos de atenção, mas
apesar disso, são falhos quanto à originalidade. Como
características de tais jardins pode-se ressaltar a grandiosidade
e a magnificência da composição, as perspectivas vastas, que
empregaram como prioridade, a decoração pomposa, a
valorização para fins exclusivamente recreativos.
Os jardins eram principalmente santuários sociais,
onde se desfrutava de proteção frente às moléstias do sol, vento,
poeira e ruído das ruas. A sombra projetada pelas galerias com
arcos reduzia necessidade de arvoredo. As plantas, quando
existiam, eram colocadas em maciços elevados e os pátios se
ornamentavam com tanques de pedra para água, mesas de
mármore e estátuas.
A maioria dos jardins romanos também possuíam
uma pequena horta. Talvez por isso, a irrigação era planejada. A
interpenetração casa-jardim podia ser visualizadas nas vilas
romanas localizadas nas proximidades de Roma. Dentre elas,
destacou-se a "Vila Laurentina", situada a 30 Km de Roma,
construída por Plínio, o Jovem, onde plantou-se
predominantemente figueiras e amoreiras, havia também uma
horta e terraço com flores perfumadas, próximo das Técnico em
Paisagismo - História do Paisagismo 9 Escola Estadual de
Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação
Profissional águas para assim se conseguir temperaturas mais
agradáveis.
Outra de semelhante importância foi a "Vila
Adriana", construída em Tívoli para o Imperador Adriano, que
perdurou até antes da guerra de 1939. Estas vilas darão um
impulso definitivo para o grande estilo italiano.
OS JARDINS DA ANTIGUIDADE
Os jardins
Romanos
Vila Romana Chedworth
(Inglaterra) combinando 
elementos: jardim, pátio e 
corredores (ao centro), gruta 
com
estatuárias (no topo), horta e 
pomar (no topo esquerdo)
Caderno de Paisagismo 13
PAISAGISMO
No Jardim Islâmico, profundamente influenciado pelo
Jardim Persa, as plantas assumem importância por despertarem os
sentidos - visão e olfato - e por possuírem uma carga simbólica associada
à ideia da recriação do Paraíso na Terra.
O Islamismo marcou presença nas culturas dos Sécs. VII-
XIV da Ásia à Índia, do Norte de África e da Península Ibérica. De uma
simplicidade de desenho, à semelhança do Jardim Persa, o seu jardim
possuía plantas de potencialidades ornamentais e olfativas, tais como:
rosas, buganvílias, romãzeiras, jasmins, loureiros, murtas, lavandas,
mentas, basílicos, citrinos, madressilva, cravos, etc. Vasos com flores
enfeitavam as casas e ladeavam as peças de água –aliando a visão e o
som para o desfrute dos sentidos.
As árvores eram principalmente as de clima mediterrâneo
e os arbustos, como os loendros, floriam propositadamente na altura do
ano em que a corte Moura chegava ao palácio Generalife, em Granada.
O jardim era pequeno na dimensão, sem ostentação,
usando o elemento água, cor e perfume, com o objetivo de sedução e
encantamento e era destino à vida familiar. Este povo introduz na
Península Ibérica a laranjeira azeda, o limoeiro, a alfarrobeira e a
amendoeira.
OS JARDINS DA ANTIGUIDADE
Os jardins
Islâmicos
O Jardim Islâmico era dividido por canais de água e 
possuía plantas de potencialidades ornamentais e 
olfativas
Buscavam preservar a conformação natural do 
espaço, e contava, sempre que possível, com um lago 
centralizado, onde eram inseridas plantas aquáticas.
Pode datar de 2.000 a.C. o início das
atividades de jardinagem na China. A jardinagem
chinesa tem sua origem numa paisagem de rara beleza
e flora riquíssima. Os parques das casas dos antigos
imperadores não eram mais do que uma porção da
paisagem cercada, onde a tarefa do jardineiro limitava-
se a ordenar o já existente. Acreditava-se que no norte
da China havia um lugar para os imortais. Como o
Imperador Wu não conseguiu encontrá-lo na realidade,
decidiu então criá-lo na fantasia. Dessa maneira surgiu
o jardim "lago-ilha".
No final do século VI, com o surgimento
de um novo imperador, um novo jardim "lago-ilha" foi
criado: o Parque Ocidental, com perímetro de 113 km e
contendo 4 imensos lagos cobertos de lótus e rodeados
de chorões. Trabalharam na sua construção 1 milhão de
pessoas. Monumentais palácios de cor vermelha se
ergueram no meio das rochas.
Este cenário foi encontrado pelos
japoneses em 607 d.C. e, em poucos anos, o Japão tinha o
seu primeiro jardim "lago-ilha". Em 1894, para
comemorar os 1100 anos da capital Kioto, construiu-se
um desses jardins, ficando conhecido como Santuário
Heian. Trata-se de uns dos jardins mais alegres e de
melhor traçado do mundo, com hortos de cerejeira,
maciços imensos de azaleias e lírios, rochas cobertas
por flores e pinus, traduzindo o amor dos japoneses
pela natureza.
A arte na jardinagem japonesa consiste
em concentrar a atenção sobre o essencial, seja das
formas precisas ou a sutileza das matizes; todas as
plantas são extremamente valorizadas. São usadas
comumente plantas perenes, criando um quadro estável
seja qual for a estação do ano.
OS JARDINS DA ANTIGUIDADE
China e Japão
Caderno de Paisagismo 14
PAISAGISMO
O Jardim Medieval era um jardim de lazer, 
enclausurado com altas paredes protetoras e 
rodeado de plantas aromáticas e
árvores de fruto.
Considera-se como Idade Média o
período entre os séculos XV e o XVI, período
entre a Antiguidade Clássica e o Renascimento.
Um retorno à economia rural e a simplicidade de
hábitos concretizou-se neste período. O luxo e o
requinte foram abandonados e criou-se uma
nova hierarquia de valores.
As construções feitas neste
período eram rudes e pesadas. As igrejas
pareciam fortalezas. O verde foi praticamente
banido na vida urbana. As igrejas e mosteiros
constituíram-se em centros de toda a atividade
social, qualquer espaço útil recebia seu uso
funcional, como a obtenção de alimentos ou
ervas. Em zonas amplas dos mosteiros
plantavam-se árvores frutíferas, hortaliças e se
cultivavam flores para a ornamentação dos
altares.
O estilo de jardim desenvolvido
nesta época constitui da mistura desordenada e
fragmentária dos estilos anteriores. O que era
bem característico era a estrutura crucial
dacomposição. A interseção ortogonal das
alamedas e caminhos, nos jardins construídos nos
pátios internos das grandes construções
medievais, lembravam a cada momento o
símbolo da
religião dominante. O estilo gótico retratava bem
os jardins medievais. Os dois estilos básicos de
jardim foram os monacais e mouriscos.
IDADE MÉDIA
Caderno de Paisagismo 15
PAISAGISMO
Representava uma reação ao
luxo da tradição romana. Era dividido em 4
partes: o pomar, a horta, o jardim de plantas
medicinais e o jardim de flores. Existiam áreas
gramadas cercadas e arbustos, viveiros de
peixes e pássaros, além de local para banho.
IDADE MÉDIA
Caderno de Paisagismo 16
PAISAGISMO
Monacais
No século V os árabes invadiram
a Pérsia, onde tentaram implantar o islamismo.
No século VI, na Espanha, os árabes criaram os
chamados "jardins da sensibilidade" que se
caracterizavam pela água, cor e perfume, com os
objetivos de sedução e encantamento.
O emprego de canais, fontes e
pequenos regatos formavam um aspecto
hidráulico para a irrigação e para amenizar o
calor, além do aspecto de ornamentação destes
jardins. A cerâmica e o azulejo eram bastante
utilizados.
As espécies vegetais mais
cultivadas foram os jasmins, os cravos, os
jacintos, as alfazemas, as rosas, as primaveras e
as anêmonas. Os jardins espanhóis representam
bem a influência árabe. As principais
características destes jardins: eram de pequenas
dimensões, sem ostentação e com destino à vida
familiar.
IDADE MÉDIA
Caderno de Paisagismo 17
PAISAGISMO
Mouriscos
O início do Renascimento data de meados
do século XV e tal época ficou assim conhecida devido
ao ressurgimento da cultura de um modo em geral.
Houve uma renovação do pensamento no que diz
respeito às artes, às ciências, à literatura e a filosofia.
Consequentemente, houve o renascimento também dos
jardins e os países que mais expressaram esta
renovação foram Itália, França, Inglaterra e Holanda.
Com o Renascimento, dá-se a
redescoberta da Natureza (no Humanismo acrescenta-se
a ideia de que o Jardim é a celebrização do Homem
sobre a natureza), levando à criação dos primeiros
jardins botânicos de plantas exóticas e a uma nova
moda de jardins que se difunde por toda a Europa.
O Jardim Renascentista era construído
para projetar o poder do Homem face à natureza, e
caracterizava-se pela sua artificialidade e organização
que não se encontrava nos jardins das épocas
anteriores, apontando assim para a extrema
racionalidade que se fazia sentir nesta época. As plantas
embelezavam os jardins e eram usadas para
demonstrar a superioridade do Homem e seus
conhecimentos, exemplos disso eram o recurso à topiária
e aos parterres.
Primava por uma simetria rígida de
arruamentos, talhe excessivamente geométrico das
árvores alinhadas, complicados jogos de água, canteiros
geométricos de flores e dispunha-se em terraços ligados
por ampla escadaria formando anfiteatros [28]. Usavam-
se materiais e elementos imutáveis (plantas de folha
persistente, esculturas de santos ou divindades
mitológicas, escadarias e pérgolas em pedra) e semi-
imutáveis (água parada ou em movimento provenientes
de fontes, cascatas ou repuxos).
RENASCIMENTO
Caderno de Paisagismo 18
PAISAGISMO
Jardim Villa d’Este
Os jardins italianos desta época se
inspiraram nos jardins da Roma Antiga que possuíam
muitas estátuas e fontes monumentais. Na Itália, os sítios
se encontravam nas colinas e nas encostas, em razão das
vistas panorâmicas e também do clima. Sendo assim, foi
proposto que para o aproveitamento das
irregularidades do terreno, se fizesse uso de escadarias
e terraços acompanhados de corredeiras de água. Tais
jardins deveriam unir-se à casa por meio de galerias
externas e outras prolongações arquitetônicas.
Os jardins eram tidos como centros de
retiro intelectual onde sábios e artistas podiam trabalhar
e discutir no campo, longe do calor e das moléstias do
verão da cidade. A vegetação era considerada
secundária e se caracterizava por receber cortes
adquirindo formas determinadas, conhecidas
anteriormente nos jardins romanos por topiárias. Em
seguida esta mesma vegetação era distribuída pelos
terraços e, no plano mais elevado do jardim, dominando
a composição, se encontrava o palácio.
Os vegetais mais utilizadosforam: o
louro, o cipreste, o azinheiro e o pinheiro entre outros
vegetais característicos dos jardins-italianos do
Renascimento. O buxo era muito utilizado para as
formas recortadas.
Nestes jardins a paisagem era
desenhada com régua e compasso, caracterizando a
simetria de linhas geométricas. Havia também muito
contraste entre as formas naturais e as criadas pelo
homem.
RENASCIMENTO
Caderno de Paisagismo 19
PAISAGISMO
Itália
Os países da Europa seguiram a França
no século XVII, período no qual teve sua maior riqueza e
poder, no que dizia respeito a estética. A princípio, o
estilo francês se baseou nos jardins medievais, que
utilizavam canteiros com flores e ervas medicinais, sendo
que havia também a horta que lhes concedia o
abastecimento. Mas, com o passar do tempo, novas
ideias foram sendo introduzidas por arquitetos italianos
que trabalhavam na corte francesa. Com isso, pode-se
dizer que os jardins franceses tiveram características
semelhantes aos jardins italianos.
Como características deste estilo,
podemos citar a rígida distribuição axial, a simetria, a
perspectiva, o uso de topiárias e a sensação de
grandiosidade. As formas geométricas podiam ser
percebidas tanto nos caminhos e passeios quanto na
vegetação, admitindo-se poucos desníveis.
Os principais jardins foram construídos
pelo famoso arquiteto/paisagista de Luiz XIV, André Le
Notrê. Sua obra mais marcante foi o jardim do Palácio
de Versalhes, que possui já todo o expoente do Jardim
Barroco.
RENASCIMENTO
França
Caderno de Paisagismo 20
PAISAGISMO
Jardins de Villandry
No reinado de Luiz XV, o estilo francês
entrou em decadência devido à busca exagerada da
forma e simetria. De um estilo formal, os jardins
passaram a ter uma maior aproximação com a natureza.
Inspiravam-se basicamente nas ideias orientais do velho
império chinês que possuía os jardins dos acidentes
naturais. Tais jardins ficaram conhecidos como "jardins
paisagísticos" e tinham como características básicas a
irregularidade e a falta de simetria nos caminhos, que
foram planejados com maior liberdade. Além disso, não
eram encontradas esculturas vegetais, arcos e
monumentos.
Esses jardins procuravam imitar a
natureza em seu traçado livre e sinuoso e a água
presente se encontrava disposta em lagos ou riachos.
Tais inovações iam de encontro às ideias do romantismo
da época. A Inglaterra também teve seus mestres
paisagistas como William Kent e William Chambers, este
último foi quem introduziu a ideia chinesa nos jardins de
seu país.
Este estilo foi utilizado na Inglaterra e em 
alguns locais da Europa, por quase dois séculos e depois 
entrou em decadência, dando lugar ao estilo misto. Os 
ingleses acabaram dando origem aos parques e jardins 
públicos que tiveram por finalidade refrescar as áreas 
urbanas.
RENASCIMENTO
Inglaterra
Caderno de Paisagismo 21
PAISAGISMO
Jardins de Villandry
Os holandeses, no início, também não
fugiram das influências francesas e italianas. Porém,
devido à sua topografia plana, o hábito de cultivo das
plantas bulbosas (especialmente a tulipa) e o seu gosto
pelas cores, criaram jardins mais compactos e graciosos.
São divididos em múltiplos recintos e apresentam túneis
sombreados por trepadeiras. As partes centrais são
formadas por intrincados grupos florais; fontes douradas
baixas que jorram suas águas em pequenos tanques
rodeados de cercas vivas de bordadura baixa. Os
ciprestes recebiam podas, formando círculos
sobrepostos. Portões de ferro fundido fechavam os
jardins.
RENASCIMENTO
Holanda
Caderno de Paisagismo 22
PAISAGISMO
JARDINS KEUKENHOF, HOLANDA
À semelhança do Jardim Renascentista,
mas de uma forma mais exacerbada, o Jardim Barroco
era construído para evidenciar o poder do Homem e era
dotado de uma artificialidade extrema, funcionando o
jardim como um palco. Através da ciência da óptica,
dispunham-se as plantas de modo a dirigirem o olhar do
espectador e criarem ilusões para as distâncias
parecerem maiores ou menores. Destaca-se neste
período André Le Nôtre (1613-1700) que organizava a
paisagem para um forte cenário que expressasse a
dignidade e elegância do Homem e deleitasse os seus
sentidos.
A topiaria atinge, principalmente em
França e com Versalhes, o auge com os elaborados e
complexos desenhos de sebes e de árvores e arbustos,
com a função de criar eixos e formas geométricas. As
perspectivas alongam-se, rodeadas de fortes massas de
arvoredo sob declive ou terreno plano, sem prejudicar os
diferentes pontos de vista. Por toda a extensão do
jardim arrelvados, espalham-se quincôncios e bosquetes
que enchem os vazios deixados entre alamedas.
JARDIM BARROCO
Caderno de Paisagismo 23
PAISAGISMO
JARDINS DE VERSALHES
Resenha Morfologia Vegetal
CLASSIFICAÇÃO DAS PLANTAS
Caderno de Paisagismo 25
PAISAGISMO
Avasculares e vasculares:
- Avasculares: sem vasos condutores de seiva (Briófitas);
- Vasculares: possuem vasos condutores de seiva (Traqueófitas).
Gimnospermas e angiospermas:
Gimnospermas: plantas de sementes nuas, desprovida de frutos.
Fanerógamas ou espermatófitas
(Plantas com sementes)
Angiospermas: plantas em que as sementes estão contidas dentro dos frutos.
Criptógamas e Fanerógamas:
- Cripógmas (do grego kryptós, escondido, e gamos, 
casamento) significa “órgãos reprodutivos escondidos” ou 
pouco evidentes;
- Fanerógamas (do grego phanerós, visível, evidente, e 
gamos, casamento) significa órgãos reprodutivos 
evidentes.
REINO PLANTAE
Caderno de Paisagismo 26
PAISAGISMO
Criptógamas avasculares
(Plantas sem sementes e sem sistema 
condutor)
Divisão Bryophyta (Briófitas, hepáticas 
e antóceros; cerca de 23.500 espécies 
descritas)
Criptógamas vasculares
(Plantas sem sementes e com sistema
condutor)
Divisão Pterophyta (pteridófitas ou 
filicíneas; cerca de 12 mil espécies 
descritas)
Divisão Lycophyta (licopódios e 
selaginelas; cerca de 1 mil espécies 
descritas)
Divisão Artrophyta (cavalinhas; cerca 
de 40 espécies descritas)
Divisão Psilophyta (psilófitas; oito 
espécies descritas)
Cerca de 325 mil espécies descritas
REINO PLANTAE
Caderno de Paisagismo 27
PAISAGISMOCerca de 325 mil espécies descritas
Divisão 
Anthophyta
(angiospermas)
Fanerógamas ou 
espermatófitas (plantas 
com sistema condutor e com 
sementes
Gimnospermas
(Plantas sem frutos)
Angiospermas
(plantas com frutos)
Divisão Cicadophyta
(cicas; cerca de 100 
espécies descritas)
Divisão Gnetophyta
(gnetófitas; cerca de 
70 espécies descritas)
Divisão Ginkgophyta
(gincófitas; 1 espécie 
descrita)
Divisão Conyferophyta
(coníferas; cerca de 550 
espécies descritas)
Classe Dicotyledoneae
(dicotiledôneas; cerca de 
236.500 espécies descritas)
Classe Monocotyledoneae
(monocotiledôneas; cerca 
de 48.500 espécies 
descritas)
MORFOLOGIA VEGETAL
Caderno de Paisagismo 28
PAISAGISMO
Raízes
As raízes e suas ramificações apresentam quatro zonas
consecutivas ela é dividida anatômica e funcionalmente a partir
do ápice da raiz:
• Zona Meristemática: gema radicular (meristema
apical da raiz), é uma região de imensas mitoses que ocorrem em
tecidos não diferenciado, protegida por uma estrutura formada
por células mortas chamadas de coifa;
• Zona Lisa: região onde ocorre o alongamento das
células produzidas, crescimento em comprimento; na ponta existe
uma capa protetora denominada coifa, esta é seguida por curta
zona de alongamento que é a zona lisa.
• Zona Pilífera: é onde ocorre a absorção de água e
sais minerais;
• Zona Suberosa ou de Crescimento
secundário: onde se formam as raízes secundarias, também
ocorrem intensas mitoses dos meristemas secundários (gemas
laterais).
Apenas as dicotiledôneas apresentam crescimento secundário ou 
em espessura: as monotiledôneas crescem apenas emcomprimento (crescimento primário), não realizam crescimento 
secundário.
MORFOLOGIA VEGETAL
Caderno de Paisagismo 29
PAISAGISMO
Raízes
• Raiz aprumada, raiz axial - apresentam
raiz principal, coifa menor do que as
demais, seu comprimento é maior que o
das outras, e também ramificações ou
raízes secundárias. A axial tem a função
também de fazer a fotossíntese.
Encontradas na maioria das
dicotiledôneas e gimnospermas, tais como
pessegueiros, laranjeiras, pinheiros etc.
Raízes subterrâneas
• Raiz fasciculada ou raiz em cabeleira -
são características da maioria das
monocotiledôneas, como o trigo, o
arroz, todos os capins, etc. Esta raiz é
formada por vários eixos, ramificados
ou simples, mais ou menos iguais na
espessura e no comprimento. Não é
possível distinguir o eixo principal dos
secundários.
Raízes aéreas
São todas aquelas
que, secundariamente,
independentes da raiz primária do
embrião, nascem nos caules ou nas
folhas de qualquer vegetal.
Classificam-se em
duas categorias: caulógenas
(também denominadas normais) e
adventícias, ambas de origem
indígena. Ou seja que seu
desenvolvimento seja acima do
solo.
Raízes aquáticas
Como o próprio nome
sugere, são raízes que se
desenvolvem em plantas que
normalmente flutuam na
água. Sua função, diferente
das subterrâneas, não é de
fixação, mas de absorção de
água e sais minerais.
Raízes tuberosas
Muitas plantas acumulam material nutritivo de reserva em suas
raízes. Em várias espécies, as raízes ficam dilatadas e recebem o nome de
raízes tuberosas. Bastante destas raízes são usadas na alimentação humana,
como a cenoura, a beterraba, a batata-doce, a mandioca e o nabo.
MORFOLOGIA VEGETAL
Caderno de Paisagismo 30
PAISAGISMO
Folha
É composta por:
Limbo: superfície verde,
percorrida pelas nervuras. O
limbo se divide em:
• folhas simples: quando o
limbo é único;
• folhas compostas: quando
o limbo está dividido em
partes.
Pecíolo: estrutura de
sustentação da folha e liga-a
ao caule.
Bainha: forma-se no pecíolo, protege as gemas 
vegetativas.
Estípulas: formações geralmente duplas e 
pontiagudas que ficam junto a base da folha
Obs.: Em algumas plantas as estípulas podem ser 
transformadas em espinhos.
Nervuras: encerram os vasos condutores e 
podem ser:
• Paralelinérveas: possuem nervuras paralelas, 
características das monocotiledôneas.
• Peninérveas: uma nervura mediana da qual 
saem ramificações, características das 
dicotiledôneas.
Nem todas as folhas são completas (limbo, pecíolo e bainha), onde o pecíolo é 
ausente as folhas são chamadas de invaginantes, em outros casos, como no 
fumo, faltam o pecíolo e a bainha, o limbo prende-se diretamente ao tronco, 
neste caso as folha é chamada de séssil.
A folha tem como principais funções: realização das trocas gasosas, 
da fotossíntese, da transpiração (perda de H2O na forma de vapor), 
gutação (perda de H2O na forma liquida) e reprodução assexuada 
em alguns casos.
MORFOLOGIA VEGETAL
Caderno de Paisagismo 31
PAISAGISMO
Caule
O Caule é um órgão aéreo, é portador de folhas (órgãos fotossintetizantes), gemas
(ramos cobertos de escamas protetoras), e também podem portar flores (estruturas reprodutivas).
Ele apresenta uma zona meristemática apical, denominada gema apical, e zonas meristemáticas
secundarias denominadas gemas laterais. Os caules têm atuam como uma estrutura de conexão
entre as raízes e as folhas.
O caule tem como funções: dar sustentação a planta e transportar a seiva bruta e a seiva
elaborada. Sendo seus vasos condutores:
O xilema transporta água e minerais provenientes das raízes às partes aéreas; O
Floema transporta nutrientes fabricados nas folhas a outras partes da planta.
TIPOS:
Troncos são caules
robustos, desenvolvidos na
parte inferior e
ramificados no ápice. São
encontrados na maioria
das árvores e arbustos do
grupo das dicotiledôneas.
Estipes são caules
geralmente não
ramificados, que
apresentam em seu
ápice um tufo de folhas.
São típicos das
palmeiras.
Colmos são caules não-
ramificados que se distinguem
dos estipes por apresentarem,
em toda a sua extensão, divisão
nítida em gomos. Os gomos dos
colmos podem ser ocos como no
bambu, ou cheios como no milho
ou na cana-de-açúcar.
Caules trepadores estão presentes
em plantas trepadeiras e crescem
enrolados sobre diversos tipos de
suporte. Esse tipo de caule
representa uma adaptação à
obtenção de locais mais
iluminados, em que há mais luz
para a fotossíntese.
MORFOLOGIA VEGETAL
Caule
TIPOS:
Estolão ou estolho é um
tipo de caule que cresce
paralelamente ao chão,
produzindo gemas de
espaço em espaço. Essas
gema podem formar
raízes e folhas e originar
novas plantas.
Rizomas são caules subterrâneos que
acumulam substâncias nutritivas. Em
alguns rizomas ocorre acúmulo de
material nutritivo em certas regiões,
formando tubérculos. Rizomas podem
ser distinguidos de raízes pelo fato de
apresentarem gemas laterais. O
gengibre, usado como tempero na
cozinha oriental, é um caule tipo
rizoma.
Caderno de Paisagismo 32
PAISAGISMO
Bulbos são estruturas complexas formadas pelo
caule e por folhas modificadas. Os bulbos costumam
ser classificados em três tipos: tunicado, escamoso e
cheio.
O exemplo clássico de bulbo tunicado é a cebola. O
bulbo escamoso difere do tunicado pelo fato dos
catafilos se disporem como escamas parcialmente
sobrepostas. No caso do bulbo cheio, as escamas são
menos numerosas e revestem o bulbo como se fosse
uma casca.
Gavinhas são ramos modificados
que servem para a fixação de
plantas trepadeiras. Ao encontrar
um substrato adequado as
gavinhas crescem enrolando-se
sobre ele.
Cladódios são caules
modificados, adaptados à
realização de fotossíntese. As
plantas que os possuem
perderam as folhas no curso
da evolução, geralmente
como adaptação a regiões de
clima seco. A ausência de
folhas permite à planta
economizar parte da água
que será perdida por
evaporação.
MORFOLOGIA VEGETAL
Fruto
Caderno de Paisagismo 33
PAISAGISMO
O fruto é constituído por duas
partes fundamentais: o fruto propriamente dito,
ou pericarpo (originado da parede do ovário) e a
semente. De um modo geral, três camadas podem
ser distinguidas num fruto: o epicarpo que o
reveste externamente, o mesocarpo que é a
parte mais desenvolvida dos frutos carnosos
(geralmente é a porção comestível), e o
endocarpo, a camada que reveste a cavidade do
fruto, sendo geralmente pouco desenvolvida e,
muitas vezes, de difícil separação
De acordo com a origem, os 
frutos são classificados em três 
categorias: simples, agregado 
ou múltiplo.
Frutos simples: são frutos
derivados de um único ovário
(súpero ou ínfero) de uma única
flor. Podem ser secos ou carnosos,
uni a multicarpelares, mas neste
caso sincárpicos, deiscentes ou
indeiscentes na maturidade.
(Exemplos: cereja (Prunus avium -
Rosaceae) e tomate (Lycopersicum
sp. - Solanaceae).
Frutos agregados: são aqueles
frutos que derivam de um gineceu
dialicarpelar (apocárpico) de uma só
flor. Todos os pistilos estão reunidos
por partes acessórias de natureza
receptacular ou apendicular. Cada
pistilo forma um fruto separado,
geralmente do tipo folículo. Em
geral, são também denominados
frutos apocárpicos. Exemplo:
magnólia (Magnolia sp. -
Magnoliaceae).
Frutos múltiplos: consistem em ovários
amadurecidos de muitas flores de uma
inflorescência, que concrescem mais ou
menos juntas num mesmo receptáculo,
formando uma infrutescência. Exemplos:
amora (Morus nigra - Moraceae),
abacaxi (Ananas comosus -
Bromeliaceae) e figo (Ficus carica -
Moraceae).
Paisagista Clássico
• Paris, França
• Paisagista real
• Pertencente ao "Estilo Francês"
• Imagens mais populares fora de seu pais
• Filho de jardineiros, Jardim des Tuilerie
(Catarina de Médici)
• Contato com Claude Mollet, primeirojardineiro do rei
Jardim des Tuilerie
Jardim des Tuilerie
Le Nôtre
ANDRÉ LE NÔTRE
Histórico
Caderno de Paisagismo 35
PAISAGISMO
• Frenquentou o atelê do pintor Simon Vouet (Estudo Italiano)
• Amizade com Charles Le Brun (Mitos)
• Leitura de extensos livros sobre ótica e perspectiva
• Aos 22 anos tornou-se primeiro jardineiro de Gaston d'Orleans, 
irmao do rei Luis XIII
• A partir dos seus 40 anos cria suas obras mais marcantes em Vaux-
le-Vicompte e Versalles
• Se aposenta aos 80 anos, mesmo que ainda continue a serviço do 
Rei Luis XIV
Versalles Vaux-le-Vicompte
Chales le Brum (Trabalho)
ANDRÉ LE NÔTRE
Histórico
Caderno de Paisagismo 36
PAISAGISMO
PRINCÍPIOS DE COMPOSIÇÃO
O Jardim não pode ser uma mera extensão da casa, 
mas se torna uma grande composição do terreno;
Vaux-le-Vicompte
ANDRÉ LE NÔTRE
Princípios da 
composição
Caderno de Paisagismo 37
PAISAGISMO
Sólidos em oposição a uma geometria bidimensional com 
base na axialidade, relacionados com um terreno 
ondulante;
Versalhes
ANDRÉ LE NÔTRE
Princípios da 
composição
Caderno de Paisagismo 38
PAISAGISMO
Bosques em forma como se estivessem 
esculpidos definidos por sebes talhadas;
Vaux-le-Vicompte
ANDRÉ LE NÔTRE
Princípios da 
composição
Caderno de Paisagismo 39
PAISAGISMO
O céu alcançado pela reflexão da água e avenidas 
conduzindo ao "infinito";
Vaux-le-Vicompte
ANDRÉ LE NÔTRE
Princípios da 
composição
Caderno de Paisagismo 40
PAISAGISMO
A escala se expande quanto mais se afasta da 
edificação;
Jardim des Tuileries
ANDRÉ LE NÔTRE
Princípios da 
composição
Caderno de Paisagismo 41
PAISAGISMO
Esculturas e fontes, possuem nelas as obras de 
arte, e provocam ritmo e pontuação no espaço;
ANDRÉ LE NÔTRE
Princípios da 
composição
Caderno de Paisagismo 42
PAISAGISMO
A aparente revelação de todo o projeto em um vislumbre, e posteriormente elementos de surpresa e contrate 
principalmente com a intimidade da floresta;
ANDRÉ LE NÔTRE
Princípios da 
composição
Caderno de Paisagismo 43
PAISAGISMO
Paisagista Contemporâneo
Nascimento 19 de junho de 1872
New York City, New York , EUA
Morte 28 de fevereiro de 1959 (aos 86 anos)
Mount Desert Island, Maine , EUA
Nacionalidade Americana
Formação Arnold Arboretum , Columbia School of 
Mines
Ocupação Arquiteta Paisagista
Cônjuge Max Farrand (1913-1945)
Pais Mary Cadwalader Rawle
Frederic Rhinelander Jones
Principais Projetos Dumbarton Oaks , Abby Aldrich Rockefeller 
Garden
Beatrix Farrand Cadwalader
Histórico
Caderno de Paisagismo 45
PAISAGISMO
A arte de criar paisagens e combinar formas,
reverencia Beatrix Farrand (1872 - 1959), uma dos
10 Grandes Nomes da História do Paisagismo.
Farrand era uma admiradora da natureza.
Durante toda a sua vida, ela referia a si própria
como uma jardineira da paisagem, em vez de
arquiteta paisagista.
Beatrix Farrand (née Beatrix Jones) nasceu
em Nova York em 19 de junho de 1872. Seus pais,
Frederick Rhinelander Jones (1846-1918) e Maria
Cadwalader Rawle (1850-1923), ambos vieram de
ricas famílias de classe alta que foram bem-
conectados em círculos sociais de Nova
York. Embora seus pais se divorciaram quando ela
tinha doze anos, Beatrix manteve-se próximo a sua
tia, a romancista Edith Wharton.
Beatrix cresceu hospedada em um fluxo
constante de visitantes notáveis, como o
romancista e amigo íntimo da família Henry James.
Beatrix Farrand Cadwalader
Histórico
Caderno de Paisagismo 46
PAISAGISMO
Desde a infância, Beatrix gostava de
jardinagem, e praticava com sua mãe na casa de
verão da família. No entanto, porque não havia
escolas formais da arquitetura de paisagismo na
década de 1890, Beatrix aprendeu sozinha.
Ela frequentou uma classe de desenho na
Escola de Minas na Universidade de Columbia,
embora ela nunca desenhou bem, empreendeu
uma aprendizagem informal com Charles Sprague
Sargent começando em 1893.
Sargent, que serviu como diretor do Arnold
Arboretum da Universidade de Harvard, incentivou
Beatrix para respeitar a paisagem natural com seus
desenhos e usar plantas nativas.
Em 1895, Beatrix fez uma grande turnê na
Europa, onde ela continuou a sua
autoeducação. Durante suas viagens, ela visitou a
Itália, Alemanha, Holanda, Escócia, Inglaterra e
França. Ela também planejou se encontrar com três
criadores, cujo trabalho ela admirava: William
Robinson, Theresa Earle, e Gertrude Jekyll.
Beatrix Farrand Cadwalader
Histórico
Caderno de Paisagismo 47
PAISAGISMO
Ao voltar para os Estados Unidos, Beatrix abriu sua
própria empresa, que operava a partir de um quarto na casa
de sua mãe. Em 1899 ela estava bem estabelecida como
autointitulada "jardineira paisagista“.
Ela projetava jardins privados para as residências
elegantes. Nesse mesmo ano, Beatrix serviu como o único
membro fundador do sexo feminino da Sociedade Americana
de Arquitetos Paisagistas.
Anos mais tarde, Beatrix disse em uma conferência
profissional no Bryn Mawr College que a jardinagem
paisagem era uma profissão difícil para as mulheres porque
era fisicamente, mentalmente e emocionalmente
desgastante.
Embora Beatrix não recebeu projetos públicos em
grande escala, ela prosperou em seu campo escolhido. No
auge de sua carreira, ela trabalhou em escritórios em Nova
York, Califórnia e Maine. Ela projetou mais de 200 jardins para
clientes públicos e privados. Seu trabalho conhecido começou
com uma comissão de Princeton em 1913, e levou a eventuais
projetos de Yale, Harvard, Oberlin College, e da Universidade
de Chicago. Seus desenhos estavam em jardins privados em
todo o país, até a Casa Branca, onde Beatrix trabalhava para a
Sra. Theodore Roosevelt e Sra. Woodrow Wilson.
Beatrix Farrand Cadwalader
Histórico
Caderno de Paisagismo 48
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
Muitos dos jardins privados de Beatrix não
existem mais. Uma exceção notável é Dumbarton
Oaks, considerado seu jardim mais complexo e
completo.
Mesmo quando ela reduziu seu trabalho em
Dumbarton Oaks, ela continuou a aconselhar e
supervisionar seus sucessores, Robert
Patterson e Ruth Havey. Para ajudar a preservar a
sua visão para os jardins, Beatrix escreveu seus
planos de plantio e razão de ser O “Livro da planta”
por Dumbarton Oaks , que foi concluída em meados
de 1940. O “Livro Planta” continua a ser um recurso
sem precedentes para a manutenção dos jardins no
espírito de Mildred Bliss e Beatrix Farrand.
Em 1920, ela começou a elaborar planos para
estabelecer sua casa no Reef Point como um centro
educacional e uma biblioteca de referência, com
uma fotografia e coleta de impressão e jardins de
aprendizagem. Foi, de muitas maneiras,
conceitualmente semelhantes a Dumbarton Oaks.
Abby Aldrich Rockefeller Garden
Beatrix Farrand Cadwalader
Histórico
Caderno de Paisagismo 49
PAISAGISMO
Em 1939, junto com seu marido, o historiador
e autor Max Farrand, Beatrix criou o Reef Point
Corporation. O Reef Point Gardens Boletim começou a ser
publicada em 1946 e continuou por dez
anos. Infelizmente, depois de muitos anos de dificuldades
com o financiamento e os impostos, Beatrix decidiu que o
futuro da Reef Point era muito incerto.
Na idade de 82, ela demoliu a casa, vendeu a
propriedade, arrancou seus jardins, e doou a biblioteca
para a Universidade da Califórnia, em Berkeley. Beatrix
enviou todos os seus papéis de Dumbarton Oaks para
Robert e Mildred Bliss, juntamente com uma pintura da
propriedade de Edith Wharton.
Com sua casa desmontado e sua saúde
debilitada, Beatrix mudou-se para uma pequena casa em
Garland Farm em Bar Harbor e vivia tranquilamente e
pacificamente lá até sua morte em 1959.
Beatrix Farrand Cadwalader
Histórico
Caderno de Paisagismo 50
PAISAGISMO
Primeiro jardim de Farrand no Sul da
Califórnia foipara o Dr. George Ellery Hale, que
havia um observatório solar para os seus anos de
aposentadoria. Hale tinha chegado a Pasadena
em 1904 para estabelecer um observatório sobre
o monte Wilson, um terreno favorecido pelo ar
puro e ideal para observações astronômicas.
Prevendo uma instituição científica na Costa
Oeste para rivalizar com sua alma mater, Instituto
de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Hale
trouxe principais pesquisadores em química,
física e biologia para o Instituto Throop de
Pasadena, transformando-a no Instituto de
Tecnologia da California.
Localizado no rancho Huntington ao norte dos presentes
fundamentos Huntington, a propriedade de Hale ocupou um
monte em forma de L ao lado de um grande reservatório que
servia a propriedade. Beatrix Farrand começou a trabalhar sobre
o plano para o jardim no início de 1928. Em uma carta ao Hale,
ela explicou sua disposição de negócios para a implementação do
projeto. Não haveria nenhum custo para o seu tempo, mas ela iria
cobrar por suas despesas, tais como digitação, blueprints,
traçados, fotografias, telefone, viagens, etc. Ela sugeriu que
poderia adquirir as plantas, já que ela poderia obter um desconto
profissional de viveiros. Sua fatura para o período de seis meses
janeiro-junho de 1928 mostra quatro visitas, consultas com
empreiteiros e com "Senhorita Bashford”. Custo total foi de US $
105
Projetos
Caderno de Paisagismo 51
PAISAGISMO
Jardim para George Ellery Hale e 
o Hale Solar Laboratory
(Construção, 1924; Jardim, 1928)
O esboço de Farrand centraliza a cúpula do observatório. A elevação 
superior (sul) mostra laranjeiras que marcam a quadra e a entrada 
para a rua. A elevação à direita (elevação oeste) mostra os ciprestes 
triagem do jardim sul a partir das propriedades de rua e vizinhos.
Os esbouços de Farrand para a propriedade Hale
mostra um plano axial formal, centrando-se na cúpula do
edifício observatório. Tanto a unidade de entrada e o eixo
do jardim sul, que termina em uma piscina circular,
apontam para a cúpula. O esboço e informações na
correspondência nos Arquivos Caltech indicam um Sebe
de Cipreste Italiano deimitando o jardim sul (agora
destruído). Seu projeto do jardim originalmente chamado
para uma piscina long, mais tarde mudado para um
caminho sinalizado com etapas em azulejo e provisão
para um corredor para baixo do centro.
Sebes baixas de alecrim e murta eram caminhos de
fronteira no jardim sul, mas o alecrim não conseguiu
prosperar, no entanto, e foi substituído por murta. A
garagem foi planejada em uma extremidade da corte
automático, e Farrand sugeriu o projeto: "Um edifício
grande o suficiente para três carros, com três arcos no
lado sul, um telhado plano e cantos chanfrados, as
paredes na cor e textura para combinar o prédio do
laboratório".
Projetos
Caderno de Paisagismo 52
PAISAGISMO
Jardim para George Ellery Hale e 
o Hale Solar Laboratory
(Construção, 1924; Jardim, 1928)
Vinte e sete laranjeiras foram plantadas para delinear a
unidade de entrada, o pátio auto, eo interior do jardim sul.
Uma plataforma de lajes marca a entrada para o
observatório, onde um baixo-relevo que retrata o faraó
egípcio Akhenaton pelo escultor Lee Lawrie é acima da
porta. Os raios do sol terminam no ankh, o símbolo da vida;
o design é emprestado do túmulo real em Amarna, a cidade
Akhenaten fundada para glorificar o seu culto do sol. Esta
referência a Akhenaton celebra a devoção e paixão ao longo
da vida de Hale para pesquisar sobre o sol.
Projetos
Caderno de Paisagismo 53
PAISAGISMO
Jardim para George Ellery Hale e 
o Hale Solar Laboratory
(Construção, 1924; Jardim, 1928)
Embora tenha havido muitas mudanças
para a paisagem, mais notavelmente a perda do
jardim sul para subdivisão, tanto do projeto de
Farrand ainda podem ser discernidos. A cebe de
murta floresceu. Carvalhos nativos têm crescido
em proporções gigantescas. Sobraram do projeto
original algumas das laranjeiras em volta do
pátio, Arbutus unedo ao lado da parede do
edifício, a oeste, um par de nêsperas que ladeiam
a entrada para o observatório, e um par de
plátanos em ambos os lados do terraço em
frente da entrada. Várias árvores de romã que
revestem a calçada perto da rua também pode
ser a inspiração de Farrand, uma vez que algumas
das laranjeiras não conseguiram prosperar.
Projetos
Caderno de Paisagismo 54
PAISAGISMO
Jardim para George Ellery Hale e 
o Hale Solar Laboratory
(Construção, 1924; Jardim, 1928)
Dumbarton Oaks é uma mansão em Washington, D.C. com famosos jardins, do século XIX,
construída em estilo federal em Georgetown, um dos bairros da capital dos Estados Unidos.
Actualmente alberga a Dumbarton Oaks Research Library and Collection, um centro académico de
estudos bizantinos, pré-colombianos e de história do paisagismo. O centro publica a revista
académica Dumbarton Oaks Papers.
Projetos
Caderno de Paisagismo 55
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
Em Dumbarton Oaks existem cerca de quatro
hectares de parque e jardins, desenhados de 1922-
1947 pela célebre arquitecta paisagista Beatrix
Farrand em colaboração com Mildred Bliss. Os jardins
são compostos por um conjunto de terraços
construídos sobre uma colina na parte de trás da
mansão. Incluem o Star Garden ("Jardim das
Estrelas"), Green Garden ("Jardim Verde"), Beech
Terrace ("Terraço das Faias"), Urn Terrace ("Terraço
dos Jarrões"), o formal Rose Garden ("Roseiral"),
Arbor Terrace ("Terraço do Caramanchão"), Fountain
Terrace ("Terraço da Fonte"), Lover's Lane Pool ("O
Lago da Alameda dos Amantes"), e Pebble Terrace
("Terraço dos Seixos"), bem como um Camellia Circle
("Círculo das Camélias"), Prunus Walk ("Alameda das
Ameixeiras”), Cherry Hill ("Colina das Cerejeiras"),
Crabapple Hill ("Colina das Macieiras"), Forsythia Hill
("Colina das Forsythia"), e Fairview Hill ("Colina da
Belavista").
Projetos
Caderno de Paisagismo 56
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
Dumbarton Oaks
Projetos
Caderno de Paisagismo 57
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
Projetos
Caderno de Paisagismo 58
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
O carvalho negro domina este jardim e é a
maior árvore de Dumbarton Oaks. Um memorial
dedicado à amizade de Beatrix Farrand forma uma
parte da balaustrada norte.
Jardim Verde 
Caderno de Paisagismo 59
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
Dumbarton Oaks
É raro encontrar a Azálea Branca, utilizada numa 
variedade de maneiras dentro de um jardim. A 
estrela está completamente cercada por isso, 
cresceu sob a forma de uma cobertura baixa.
Jardim da Estrela Caderno de Paisagismo 60
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
A instrução aqui prevista poda
e replantio, revela atitude
imensamente simpático de Beatrix
Farrand em direção a proporção de
arquitectura, e sua ânsia de enfatizar
e complementar a fundação do
edifício com um uso altamente
controlado e sutil de forma vegetal.
Terraço Norte Caderno de Paisagismo 61
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
As duas árvores de grande porte, agora o principal
acento, não são Cedrus libani mas Cedrus deodara. O
efeito é semelhante, mas não o mesmo. Beatrix Farrand
considerado o primeiro para ser uma árvore mais
imponente e mais sutil na cor.
Terraço dos 
Cedros
Caderno de Paisagismo 62
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
O plantio acima da fonte é agora composta por
duas, simetricamente plantadas, weeping cherries. O
esperado para ornamentação dos arcos, à maneira
italiana de pedras coloridas em estuque, nunca se
materializou. A inclinação entre o Terraço das Faias e da
piscina é uma parte importante do plantio original, e de
forma tão eficaz combina as mudanças de nível entre as
duas unidades do jardim que o seu carácter distintivo
raramente é notado.
Piscina
Caderno de Paisagismo 63
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
Para o leste da piscina é uma área retangular
cercada por muros cobertos com glicínias, originalmente
concebido por Farrandser um campo de ténis.
Começando em 1959, Ruth Havey e Mildred Bliss
redesenhou o espaço em um jardim com seixos
importados do México e ajustou-se em "padrões e cores
distintas, à maneira italiana."
Terraço dos 
Seixos
Caderno de Paisagismo 64
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
Desenhado por Farrand em 1920 existia a mais
escura das faias Inglês, o terraço está rodeado por um
tijolo e laje parede. O tamanho e a elevação do terraço
foram escolhidos para acomodar o sistema radicular da
faia e de perturbar o sistema de drenagem e de raiz tão
pouco quanto possível. Mas apesar das medidas
preventivas, a árvore diminuiu e foi removido em 1948 e
substituído por um americano grandifolia verde.
Terraço das faias Caderno de Paisagismo 65
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
Este espaçoso terraço é um exemplo bem sucedido
de como um jardim de rosas pode ser habilmente
misturados dentro do esquema geral de jardim, de modo
que sua forma de inverno é tão interessante quanto a sua
cor de verão. A caixa de afiação das camas tem sido
substituído por Bluestone. O efeito das rosas de arbusto e
rosas de escalada na cama em frente do muro de
contenção, indica a forte influência da obra de Gertrude
Jekyll no de Beatrix Farrand.
Rosas Caderno de Paisagismo 66
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
Referindo-se à manutenção das piscinas,
Beatrix Farrand revela sua filosofia sobre muitas
partes do jardim: que eles devem ter o efeito de
parecendo ser bem mais velho do que realmente
são. Farrand descreveu o terraço das fontes
como o jardim real das flores dos terraços que
conduzem a leste da casa.
Fonte Caderno de Paisagismo 67
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
A partir de leste do laranjal o lago dos
amantes, a encosta cai cinquenta e cinco pés de
elevação ao local de uma antiga lagoa natural.
Farrand concebeu um anfiteatro de cerca de
cinquenta lugares. Farrand projetou os colunas que
cercam de pedra barrocas, conectados com treliça,
a ser coberto por folha caduca e perene videiras.
Lago dos 
amantes
Caderno de Paisagismo 68
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
Um estudo topográfico de 1935 da Dumbarton Oaks
revela que uma imponente forma elíptica cercada domina
este nível dos jardins. Quando a cobertura foi removido
em 1958, a elipse foi completamente redesenhado por
Alden Hopkins, arquiteto de paisagem, que ficou em
conformidade com as recomendações estabelecidas.
A Ellipse, desenhado por Farrand para ser "uma das
partes mais calmas e mais pacíficos do jardim," era uma
elipse central da grama cercado por um muro alto de
Buxus sempervirens. No centro do oval grama, uma única
fonte jato foi fixado no eixo com a Box Walk.
Elipse Caderno de Paisagismo 69
PAISAGISMO
Dumbarton Oaks
Repertório Verde
Forragem Caderno de Paisagismo 71
PAISAGISMO
REPERTÓRIO VERDE
Nome Cientíco: Eragrostis curvula
Nomes Populares: Capim-chorão, Barba-de-bode
Família: Poaceae
Categoria: Forrações ao Sol Pleno, Plantas Daninhas
Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Tropical
Origem: África, África do Sul
Altura: 0.4 a 0.6 metros, 0.6 a 0.9 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
O capim-chorão é uma gramínea perene, rizomatosa, de 
folhagem bastante decorativa. Sua folhas são longas, lineares, curvas e 
muito nas, com cerca de 50 cm de comprimento e 4 cm de largura, e dão à 
touceira um
aspecto bastante denso, como uma cabeleira verde. 
As inorescências surgem no verão e no outono acima da 
folhagem e são eretas, com ores pequenas e claras, sem importância 
ornamental. Devido à sua rusticidade e beleza, o capim-chorão torna-se 
uma excelente escolha para a formação de bordaduras, grupos 
irregulares ou maciços. De baixíssima manutenção, também presta-se 
como forração, principalmente em taludes, onde pode demonstrar sua 
grande capacidade de controlar a erosão. É muito cultivada também como 
pastagem, apresentando boa adaptabilidade mesmo quando suas folhas 
já estão maduras. Ainda dá um bom feno.
Devem ser cultivados sob sol pleno, não sendo exigente 
quanto ao solo, no entanto prefere solos férteis, arenosos e bem 
drenáveis. As regas devem ser regulares até o perfeito estabelecimento 
da planta, após este período torna-se tolerante à seca. Também é 
tolerante ao frio e rebrota bem,
mesmo após queimadas, roçadas ou partejos. Multiplica-se por sementes
e por divisão das touceiras.
Forragem Caderno de Paisagismo 72
PAISAGISMO
REPERTÓRIO VERDE
Nome Cientíco: Pennisetum setaceum
Nomes Populares: Capim-do-texas, Capim-chorão
Família: Poaceae
Categoria: Folhagens, Forrações ao Sol Pleno
Clima: Continental, Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical,
Tropical
Origem: África, Ásia
Altura: 0.6 a 0.9 metros, 0.9 a 1.2 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
O capim-do-texas é uma gramínea de folhagem densa e
inorescências muito ornamentais. As folhas são aladas e longas, podendo ser
verdes, avermelhadas ou roxas de acordo com a cultivar. As ores são reunidas em
inorescências cilíndricas, com aspecto de pluma, com cores que acompanham os
tons da folhagem, sendo esbranquiçadas nas de folhas verdes e rosadas nas de
folhas vermelhas e roxas. As variedades mais comuns em cultivo são a “Rubrum”,
“Cupreum”, “Atrosanguineum”, “Purpureum” e “Eaton Canyon”, uma miniatura.
Seu efeito paisagístico é muito especial, podendo ser cultivada em maciços,
bordaduras ou em canteiros, assim como em vasos e jardineiras.
É bastante indicada para jardins de pedras, e de baixa
manutenção devido à sua rusticidade. Recomendado para o controle da erosão.
É considerada uma planta de alto risco de invasão ambiental, tendo em seu
histórico problemas ecológicos nos Estados Unidos, Havaí, Ilhas Fiji e Austrália,
onde foi introduzida na maioria das vezes como planta ornamental. Atualmente
há variedades estéreis em cultivo, com baixo poder invasivo, que só podem ser
propagadas de forma vegetativa.
Devem ser cultivadas a pleno sol, tolerando a meia-sombra.
Adaptam-se a solos pobres, ácidos ou alcalinos, assim como secos ou úmidos.
Rebrotam com vigora pós podas drásticas, geadas fortes e até queimadas.
Multiplicam-se por divisão da touceira e por sementes nas variedades férteis.
Forragem Caderno de Paisagismo 73
PAISAGISMO
REPERTÓRIO VERDE
CAPIM PENA MEXICANO
Forragem Caderno de Paisagismo 74
PAISAGISMO
REPERTÓRIO VERDE
CAPIM RABO DE COELHO
Árvore Caderno de Paisagismo 75
PAISAGISMO
REPERTÓRIO VERDE
Nome Cientíco: Caesalpinia leiostachya
Nomes Populares: Pau-ferro, Ibirá-Obi, Icainha, Imirá-Itá, Jacá, Jucá,
Jucaína, Muiarobi, Muiré-itá, Pau-ferro-do-ceará
Família: Fabaceae
Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais, Medicinal
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: América do Sul, Brasil
Altura: acima de 12 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
O pau-ferro é um árvore perenifólia a semi-decídua, nativa da mata atlântica, ocorrendo do
sudeste ao nordeste do Brasil, nas florestas pluviais de encosta atlântica (floresta ombrófila
densa). A copa é arredondada e ampla, com cerca de 6 a 12 metros de diâmetro. O porte é
imponente, atingindo de 20 a 30 metros de altura. O tronco apresenta 50 a 80 cm de diâmetro. Ele
é claro, marmorizado, liso e descamante, o que lhe confere em efeito decorativo interessante.
As folhas são compostas bipinadas, com folíolos elípticos de cor verde-escura. A oração ocorre
no verão e outono. As ores são amarelas, pequenas, e de importância ornamental secundária.
Os frutos são vagens duras que amadurecem no
inverno. Parte dos frutos cai, enquanto que uma boa parte ainda permanece na planta,
formando um banco de sementes aéreo. O pau-ferro é muito visado para o paisagismo por
suas características ornamentais e de
sombreamento. Apesar do porte, não possui raízes agressivas, o que é um fator importantede
eleição para arborização urbana. Deve-se evitar, no entanto, oplantio em calçadas, sob ação
elétrica, e em locais de transito intenso de pessoas e carros, pois os ramos tendem a quebrar e
cair em tempestades, oferecendo perigo. Como o próprio nome já diz, o pau-ferro possui
madeira dura, densa, durável e resistente, de excelente qualidade para a fabricação de violões
e violinos, e para construção civil, na construção de vigas, esteios, caibros, etc. Seu crescimento é
rápido, principalmente nos primeiros anos. Em recuperação de áreas degradadas, o pau-ferro
também é uma excelente escolha, por crescer bem em áreas abertas. Deve ser cultivado sob sol
pleno, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânicae irrigado regularmente no
primeiro ano após o transplante das mudas. Multiplica-se por sementes, que devem ser
escaricadas antes do plantio, para quebra de dormência.As sementeiras ou tubetes devem car
sob meia-sombra e irrigados pela manhã e pela tarde. Emergem em 20 a 30 dias após o plantio.
As mudas devem ser transplantadas para
saquinhos maiores ou para o local denitivo quanto atingirem seis centímetros de altura.
Árvore Caderno de Paisagismo 76
PAISAGISMO
REPERTÓRIO VERDE
Nome Cientíco: Prunus serrulata
Nomes Populares: Cerejeira-ornamental, Cerejeira, Cerejeira-branca,
Cerejeira-do-japão, Cerejeira-japonesa, Cerejeira-ornamental-
do-japão, Sakura
Família: Rosaceae
Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais, Bonsai
Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado
Origem: Ásia, Japão
Altura: 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
A cerejeira-ornamental é uma árvore decídua, de médio porte e oração decorativa,
largamente utilizada no paisagismo. Seu tronco é cilíndrico, delgado, simples e curto,
com casca rugosa, de cor marrom-acinzentada e lenticelas horizontais proeminentes. A
árvore apresenta altura de 4 a 10 metros, com copa mais ou menos densa, em forma de
vaso e 3 a 4 metros de diâmetro. As folhas são alternas, ovaladas, acuminadas, com margens
serrilhadas e nervuras bem marcadas. Elas surgem com uma tonalidade bronzeada,
se tornam verdes e mudam para o amarelo ou vermelho no outono, antes de cair.
As ores desabrocham no m do inverno e primavera, unidas em grupos de duas a
cinco em inorescências do tipo rácemo. Elas não têm perfume e podem ser simples ou
dobradas, de cor branca ou em diversas tonalidades de rosa, de acordo com a cultivar.
As cerejas surgem no verão atraindo muitos passarinhos. Elas são frutos do tipo drupa,
com forma globosa a ovóide, casca brilhante, de cor vermelha escura a preta, polpa
carnosa e adocicada, envolvendo uma única semente. As cultivares desta espécie raramente
fruticam.
A cerejeira-ornamental é uma árvore de beleza incomparável, que se modica a cada
estação. O melhor efeito se obtém com a planta isolada, em destaque, mas também
pode ser utilizada em renques, ao longo de alamedas ou em grupos, formando
pequenos bosques. De baixa manutenção, praticamente não requer podas, necessitando
apenas a remoção de ramos doentes, mal-formados e secos. É a árvore símbolo do
Japão, onde anualmente atrai milhares de pessoas às praças e parques durante sua
oração. Os frutos são comestíveis quando maduros e de suas ores se faz chá.
Árvore Caderno de Paisagismo 77
PAISAGISMO
REPERTÓRIO VERDE
Nome Cientíco: Eucalyptus deglupta
Sinonímia: Eucalyptus naudiniana, Eucalyptus schlechteri, Eucalyptus
multiora
Nomes Populares: Eucalipto Arco-íris, Eucalipto-da-nova-guiné, Eucalipto-
das-lipinas
Família: Myrtaceae
Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais
Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical
Origem: Filipinas, Indonésia, Nova Guiné, Oceania
Altura: acima de 12 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
O eucalipto arco-íris é uma árvore de grande porte, que se destaca pelo colorido espetacular
do seu tronco. É o único representante do gênero dos eucaliptos que ocorre naturalmente
no hemisfério norte, nas Ilhas da Nova Bretanha, Nova Guiné, Ceram, Celebes e
Mindanau. No seu habitat pode atingir 75 metros de altura, com 240 centímetros de
diâmetro de tronco; mas em cultivo geralmente permanece entre 20 a 30 metros de
altura. O segredo por trás do colorido especial desta árvore está na forma como ela vai se
descascando e revelando as partes coloridas. Inicialmente a casca na, lisa e marrom se
despreende, e uma cor verde clara e vibrante aparece. Esta mancha de cor torna-se então
sucessivamente verde escura, azulada, púrpura, laranja e por m vermelha. Acontece que
o processo ocorre a todo momento, formando manchas coloridas em diferentes estágios.
A impressão que se tem é de que a árvore foi misteriosamente pintada, tornando-se uma
verdadeira obra de arte da natureza.
No paisagismo, o eucalipto arco-íris é uma excelente escolha para formar alamedas em
largos caminhos. Como seu belo tronco é apreciado de perto, não é muito interessante
plantá-la em locais distantes dos locais de passagem. Ainda assim, há que se ter em mente
a preocupação com o espaço requerido pela planta e sua proporção com relação a construções
próximas. O ideal é utilizá-la em amplos jardins, assim como em praças e parques,
distante de tubulações enterradas, muros, casas e ações. Seu crescimento é rápido e não
exige muitos cuidados depois de bem estabelecida. Nas Filipinas é uma das principais
árvores destinadas à produção de celulose para papel. Ao contrário de outras espécies de
Eucalyptus, o eucalipto arco-íris não produz óleos aromáticos. Por ser uma espécie rústica
e pioneira ela é utilizada com sucesso em áreas de reorestamento com solos pobres,
arenosos ou de recente atividade vulcânica.
Palmeira Caderno de Paisagismo 78
PAISAGISMO
REPERTÓRIO VERDE
Nome Cientíco: Cyrtostachys renda
Nomes Populares: Palmeira-laca, Palma-de-cera, Palmeira-de-cera,
Palmeira-laca-vermelha, Palmeira-lacre, Palmeira-vermelha
Família: Arecaceae
Categoria: Palmeiras
Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical
Origem: Ásia, Bornéu, Ilhas da Sonda, Indonésia, Malásia, Oceania,
Tailândia
Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
A palmeira-laca é uma planta tropical de grande efeito paisagístico, que chama a
atenção pelo colorido vermelho vivo dos pecíolos e bainhas foliares. Ela apresenta
múltiplos estipes (caules) verdes, anelados, lisos, entouceirados, com diâmetro de 5 a
7 centímetros e altura de até 6 metros cada, podendo chegar a 9 metros nas ilhas de
onde é nativa. As folhas são pinadas, arqueadas, verdes, com cerca de 50 folíolos
lineares, e pecíolos e bainhas de cor vermelha ou laranja, de acordo com a variedade.
A inorescência é ramicada, e sua cor, inicialmente verde, vai gradativamente se
tornando vermelha. Os frutos são do tipo drupa, oblongos e negros quando maduros.
A palmeira-laca é perfeita para composições de paisagismo tropical. No jardim, ela
pode ser utilizada isolada, como destaque, ou em grupos, como em maciços ou
renques ao longo de caminhos e muros. O vermelho vibrante em contraste com o
verde das folhas quebra a monotonia de verde que às vezes toma conta de jardins
tropicais. Quando jovem, pode ser plantada em vasos, adornando varandas, pátios e
mesmo em interiores bem iluminados. Também é indicada para jardins litorâneos, por
tolerar a salinidade do solo.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, bem drenável,
enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Planta tipicamente tropical,
aprecia o calor e a umidade e é muito sensível ao frio. Em regiões com estações
bem marcadas, a palmeira-laca pode ser conduzida em interiores e estufas durante o
inverno e voltar para o jardim na primavera e verão. É capaz de tolerar encharcamentos,
mas não resiste a estiagem. Multiplica-se por sementes, preferencialmente recém
colhidas, e divisão das touceiras. As sementes germinam em um período que varia
dois meses até um ano.
Palmeira Caderno de Paisagismo79
PAISAGISMO
REPERTÓRIO VERDE
Nome Cientíco: Archontophoenix cunninghamiana
Nomes Populares: Palmeira-real, Palmeira-australiana, Palmeira-real-australiana,
Palmeira-real-da-austrália, Palmeira-seafórtia, Seafórtia
Família: Arecaceae
Categoria: Palmeiras
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: Austrália, Oceania
Altura: acima de 12 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
A palmeira-real é uma espécie australiana bastante difundida no Brasil, principalmente por
suas qualidades ornamentais. De porte elegante, seu estipe geralmente é único, anelado e
alcança de 15 a 20 metros de altura e cerca de 20 cm de diâmetro. As folhas são pinadas,
longas, com ráquis curvada e folíolos lanceolados, rígidos, acuminados e verdes. O palmito é
longo e visível, recoberto pelas bainhas foliares, de cor verde clara. A inorescência surge logo
abaixo do palmito e tem cerca de 1 m de comprimento. Ela é do tipo espádice, pendente,
divida em numerosas espigas com ramicações fortes e uma espata esverdeada que se
desprende da planta com o amadurecimento das ores. As ores são brancas a violáceas e
atraem abelhas, principalmente arapuás. Os frutos são drupas esféricas e vermelhas, atrativas
para os passarinhos.
Esta palmeira é amplamente utilizada no paisagismo urbano nas grandes cidades brasileiras.
Da mesma forma que outras palmeiras, a seafórtia confere uma beleza tropical a qualquer
jardim ou parque, com a diferença de que cresce muito mais rápido se comparada a outras
espécies. Pode ser utilizada isolada, em renques ou em grupos. Quando plantadas bem juntas
em duplas ou trios, obtém-se um efeito interessante e escultural, pois as palmeiras cam ligeiramente
curvas. Atualmente, esta palmeira vem sendo cultivada também para a produção de
palmito, com excelente produtividade e qualidade. Devido à facilidade de propagação, pode
tornar-se invasiva nos locais onde é introduzida.
Deve ser cultivada preferencialmente sob meia-sombra quando jovem e sol pleno quando
adulta. O solo deve ser fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente
para um rápido desenvolvimento. Tolera qualquer tipo de solo. Essa palmeira gosta de
calor e umidade das regiões litorâneas e tropicais, sendo uma boa opção para ornamentação
na praia. É bastante rústica e resistente ao frio e geadas podendo ser conduzida em regiões
serranas também. Entre as palmeiras, é uma espécie de baixa tolerância ao transplante
quando adulta. O ideal é plantar mudas jovens. Multiplica-se por sementes.
Palmeira Caderno de Paisagismo 80
PAISAGISMO
REPERTÓRIO VERDE
Nome Cientíco: Wodyetia bifurcata
Nomes Populares: Palmeira-rabo-de-raposa, Rabo-de-raposa
Família: Arecaceae
Categoria: Árvores, Palmeiras
Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Tropical
Origem: Austrália, Oceania
Altura: 6.0 a 9.0 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
A palmeira-real é uma espécie australiana bastante difundida no Brasil, principalmente por A palmeira-
rabo-de-raposa é uma bela espécie australiana, monóica, de origem restrita à pedregosa faixa de
Melville, na região nordeste de Queensland. Foi descoberta em 1978, quando aborígenes apresentaram
suas sementes aos botânicos que exploravam o local. Apresenta estipe único, cinzento, elegante, com
diâmetro de cerca de 25 cm, anelado e em formato colunar ou de garrafa. Suas folhas são um espetáculo
à parte e a peculiaridade que mais se destaca nesta palmeira. São grandes, verde-claras, arqueadas,
pinadas e com numerosos folíolos que irradiam em todos os ângulos a partir da raque central. Assim,
elas tem o aspecto plumoso de escova de garrafa, ou cauda de raposa, como o nome diz. Sua copa é
composta por 8 a 10 folhas. Da base da copa, surgem as inorescências, com milhares de ores branco-
creme. Os frutos que se seguem são elípticos, vermelhos quando maduros e com uma única e
grande semente. É capaz de autofecundar-se, gerando sementes férteis.A palmeira-rabo-de-raposa é 
vedete dos jardins tropicais atuais. Muito procurada por sua beleza e rusticidade,
ela pode ser conduzida isolada, como destaque, ou em renques e grupamentos. É interessante
plantá-las em conjuntos unidos de duas ou três, assim o crescimento curvado torna-se bastante atrativo.
Mesmo as mudas pequenas ainda podem ser plantadas sob sol pleno, ao contrário da maiorias das
outras espécies de palmeiras. Também pode ser conduzida em vasos, quando jovem, embelezando
pátios, varandas e até mesmo interiores bem iluminados, com pé direito alto.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em solos drenáveis, enriquecidos com matéria 
orgânica
e irrigados regularmente no período de crescimento. Após adulta, esta palmeira apresenta excelente
resistência à estiagem. Por tolerar a maresia e ventos, é uma opção interessante para jardins no litoral.
Resiste a geadas leves, mas não tolera frio intenso por período muito prolongado. Estimule o crescimento
desta palmeira, fertilizando semestralmente e irrigando com frequência. Assim, ela é capaz de crescer
de 60 a 90 centímetros ao ano. Ela é especialmente sensível à carência de potássio. Um cuidado especial
deve ser tomado com os espécimes cultivados em vasos, pois o encharcamento por tempo prolongado
provoca o rápido apodrecimento das raízes. Multiplica-se por sementes recém colhidas, despolpadas,
escaricadas e postas a germinar em substrato arenoso, mantido úmido. Germina entre 2 meses e 1 ano
após o plantio.
Arbusto Caderno de Paisagismo 81
PAISAGISMO
REPERTÓRIO VERDE
Nomes Populares: Buxinho, Árvore-da-caixa, Buxo
Família: Buxaceae
Categoria: Arbustos, Bonsai, Cercas Vivas
Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: Ásia, Europa, Mediterrâneo
Altura: 1.8 a 2.4 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
O buxinho é uma planta arbusto e lenhosa, muito utilizada para a topiaria,
por suas inúmeras qualidades. Sua folhagem verde escura é resistente
e regenera-se bem das podas semestrais. Se você quer um autêntico
jardim francês não pode dispensar o buxinho em cercas vivas, bordaduras
e topiarias, porém deve ter paciência, pois seu crescimento é
relativamente lento se comparado às outros arbustos. Com o tempo e
boas podas de formação, torna-se bastante compacto e denso.
Tem grande durabilidade e rusticidade com os cuidados básicos, exigindo
pouca manutenção. Perfeito para compor desenhos, cercas e esculturas
vivas, também é muito utilizado para Bonsai. Adapta-se muito bem
ao cultivo em vasos.
Devem ser sempre cultivados a pleno sol ou meia sombra, com solo
fértil e regas regulares. Tolerante ao frio. Não tolera sombreamento por
longo período, apresentando ramos mortos com áreas amareladas. Multiplica-
se por estaquia.
Arbusto Caderno de Paisagismo 82
PAISAGISMO
REPERTÓRIO VERDE
Nome Cientíco: Kochia scoparia
Nomes Populares: Pinillo, Cypress verão, Pinito japonês, Falso Cypress
Família: Chenopodiaceae
Categoria: Arbusto
Origem: Europa e Ásia
Altura: 0.5 a 2 metros
Luminosidade: Sol Pleno ou sombra parcial
- É uma planta ornamental curiosa que se parece com um pequeno cipreste.
- É cultivada como anual.
- Folhas lanceoladas, inteiras, sésseis, trinervadas, 3-4 cm de comprimento.
- Folhas verdes Vivido, no nal do verão se transforma em laranja, tons de vermelho
ou roxo.
- Flores bege dispostas em panículas piramidais. Floração não decorativo.
- Flores no verão, frutos no outono.
- Plantada em grupos ou em leiras, é notável por sua compacidade, folhagem verde
claro e avermelhado
- Luz: pleno sol ou sombra parcial.
- Resistente a altas Temperaturas no verão, mas requer cuidados para evitar a geada
muito fortes.
- Serve para todos os tipos de solo, incluindo areia e salina.
- Solo bem drenado.
- Irrigação: regular para atingir bom tamanho.
- Trellising se necessário.
- Multiplicação: Sementes.
- Época de plantio: Tarde de inverno-primavera.
- Germina a 18-20 ° C
-

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