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Modelo de Fichamento(1) Pos graduacao

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Instituição
Pro
f
essora
Altair 
Stemler
 da Veiga
Disciplina
Introdução ao direito
ANO
2017
Centro Universitário de Brasília
Aluno
RA
Obra fichada: H. L. A. HART. O Conceito de Direito, Páginas 6 - 57.
Palavras-chave (conceitos principais):
CONCEITO DE DIREITO – DEFINIÇÃO
Introdução
	Ao longo dos séculos, várias pessoas tentam conceituar o direito, o que ele é, o que ele representa, porém nunca foi chegado a algo concreto. Um vasto leque de obras sobre essa questão já foram publicadas por homens que dedicaram suas vidas ao serviço do direito, mas a maioria delas se contradizem, não é chegado à um consenso sobre o que de fato é o Direito. Essa palavra (direito) carrega consigo uma amplitude imensa de interpretações, para uma pessoa ela pode representar justiça ou aplicações das leis, para outras pode ser uma ordem de um juiz. Fazer a delimitação do sentindo dessa palavra e extremamente complicado e até mesmo desnecessário.
Precisamos enxergar o Direito como algo mutável, algo que está em constante mudança, como faz Hart em sua obra, enxergando os diferentes pontos de vista sobre como o Direito já foi definido e como ainda podemos defini-lo, sem considerar que uma parte está certa ou errada, mas sim analisando todas elas e fazendo uma junção das mesmas.
Comentários sobre a leitura
Por mais que seja complexo definirmos algo tão amplo como o que é o direito em si, Hart afirma em sua obra que pessoas comuns com um nível básico de educação conseguem descrever exemplos do que seja o direto, como mostra um trecho de seu texto:
‘’Eles compreendem: (I) regras que proíbem ou impõem certos tipos de comportamento, sob cominação de pena; 	(II) Regras que exigem que as pessoas compensem aqueles que por si são ofendidos de certas maneiras; (III) Regras que especificam o que deve ser feito para outorgar testamentos, celebrar contratos ou outros instrumentos que confiram direitos e criem obrigações; (IV) tribunais que determinem quais são as normas e quando foram violadas e que estabeleçam o castigo ou compensação a ser pagos; (V) Um poder legislativo para fazer novas regras e abolir as antigas.’’
 										- P.7.
A indagação que permanece é: como podemos ter dificuldade de definirmos o que é direto e qual o motivo de tantas respostas variadas para essa questão, se tudo isso é de conhecimento comum? Provavelmente por causa da qualidade jurídica em que vivenciamos nos dias atuais, onde os representantes do direito tomam decisões questionáveis, não nos representando e fazendo-nos questionar sobre o que são esses direitos.
Ao fazer sua análise sobre as possíveis resposta para seu questionamento (o que é direito?), Hart nos mostra que não devemos simplesmente esquecer dos primórdios da natureza humana, de como o “direito” era aplicado por aquele grupo de pessoas, ou seja, o direito primitivo e como ele veio se desenvolvendo e se adaptando aos moldes atuais em que nossa sociedade reside.
 Nos primórdios da natureza humana, a sociedade era basicamente composta por grupos de pessoas. Esses grupos eram diferentes uns dos outros, cada um com os seus costumes e variados tipos de convivência, porem em sua maioria comandado por um homem, o qual impunha regras ao seu gosto, julgando por si só o que era certo e errado dentro de tal comunidade. A comunicação com outros era difícil, transformando assim as pessoas isoladas dentro daquela sua bolha social, tornando assim no subconsciente dos participantes de tais grupos, as decisões, costumes e leis desse seu local de vivencia algo de uma natureza legitima inquestionável.
Não seria errado afirmar que cada grupo tinha uma reação para cada coisa, como por exemplo: o ato de roubo para um poderia ser condenado como punição cortar a mão direito de quem cometeu a ação, para outros a reclusão do indivíduo do restante do grupo seria o suficiente, mas não só decisões ao melhor estilo de “lei” eram feitas, como também costumes e tradições para cada comunidade, onde não havia uma obrigatoriedade do indivíduo seguir, mas por uma questão moral e ética, tais ações eram acatadas.
A sociedade veio se desenvolvendo até chegarmos nos moldes em que vivemos hoje em dia, trazendo princípios dos tais grupos citados anteriormente e os reformulando para se encaixar melhor na nossa vivencia atual. Os costumes são exemplos disso, cada pais possuem costumes e hábitos diferentes, o indivíduo que convive nessa localidade não é obrigado a seguir tais, não haverá uma punição caso a decisão dele for essa, por exemplo: não existem leis falando que se deve tirar o chapéu dentro de uma igreja, mas por uma questão moral nós nos submetemos a tais atos.
Contrapondo o fato de que costumes não são obrigatórios à serem seguidos, Hart fala sobre o conceito de obrigação, onde ele pondera o fato das diferenças entre o indivíduo ter uma obrigação e ser obrigado. O direito seria tratado de uma forma coativa, deixando a pessoa acoada por meio da violência. Kelsen defende essa teoria pois ele fala que a ordem é mantida por meio da conduta daquele que está subordinado.
Hart questiona como podemos então diferenciar uma ordem jurídica de uma ordem qualquer baseada em ameaças. Ambas possuem uma sanção, que pode ser um prêmio ou uma pena, como por exemplo: Um ladrão demanda que um indivíduo lhe entregue o celular, ameaçando-o dar um tiro caso não faça. O indivíduo não tinha a obrigação de lhe dar o celular porem foi obrigado a tal ato e o prêmio por ter acatado a tal demanda foi a vida. No caso de uma ordem jurídica podemos citar o exemplo da lei seca, onde condutores de veículos são proibidos de dirigir após terem ingerido bebidas alcóolicas, caso desacate a lei, ele esta correndo o risco de punição de perder a carteira de habilitação, multa, ter o carro apreendido e ir para prisão. A diferença então entre a pessoa ser obrigada e ter a obrigação depende apenas da situação.
Hart destaca em sua obra um sentido de regras, esse que pode ser classificado como ‘’interno’’ quanto ‘’externo’’. Para ‘’sentido externo’’ de regra Hart utiliza de um exemplo de uma população, de maneira geral, ir uma vez na semana ao cinema. Essa presença ao cinema toda semana não quer dizer que necessariamente eles estão seguindo uma regra em que estejam ciente de que são obrigados a ir uma vez por semana no cinema, mas do ponto de vista ‘’externo’’, ou seja, do observador, a presença semanal do indivíduo no cinema pode ser visto como uma regra, mas não é reconhecida como tal pelo participante (o frequentador). O ‘’sentindo externo’’ da regra consiste então como algo baseado em estatísticas ou um padrão repetitivo de pessoas que as seguem, mas não a enxergam como uma obrigatoriedade, diferentemente da visão do observador que enxerga aquilo como uma ordem de regra.
O ‘’sentido interno’’ das regras consiste em uma obrigatoriedade, um sentido normativo, uma coisa que deve ser obedecida, pois é válida. Um exemplo disso é o pagamento de impostos. As pessoas obedecem essa norma, pois existe uma regra que estabelece essa conduta como obrigatória, então a obrigação de pegar os impostos é uma regra imposta a qual todos devem obedecer, onde quem não obedece esta suscetível a críticas, ou até mesmo punições baseado na própria desobediência da regra, diferentemente das regras de ‘’sentido externo’’ onde se não seguidas até pode ser acarretado críticas ao indivíduo, mas seria observado críticas mais voltados para um sentido de moralidade, como no exemplo do cinema. A crítica seria feita pelo fato do indivíduo não estar aproveitando, se divertindo, então seria errôneo de sua atitude deixar de ir ao cinema, então ele estaria agindo mal por estar descuidando do seu lazer, e não agindo mal por estar se desviando daquela regra de ir ao cinema.
A crítica de quem para quem desobedece uma regra de sentido padrão ou estatístico (sentido externo) é meramente voltada para qual o mérito do conteúdo dessa regra, por exemplo: moradores de uma quadra fazem caminhada uma vez por semana. A crítica para quemnão a segue seria dizer que é importante fazer caminhadas uma vez por semana, enquanto a crítica para quem desobedece uma regra com sentido normativo (sentido interno) recorre a razão daquela regra. Uma imposição da lei boa ou não para o indivíduo, você deve seguir mesmo sem enxergar os méritos daquela regra.
Conclusão
	
	As definições de Direito são infinitas, sempre em constante mudança independente de qual perspectiva olharmos. Hart nos mostra que não devemos apoiar completamente uma posição a respeito do que seria o direito, devemos enxergar as outras propostas por mais absurdas ou difícil de compreender que sejam, pois elas se complementam. A indagação que fica sempre permanente a respeito do que é direito pode ser até mesmo encarado como uma maneira de conceituar o que ele seja, pois, o homem, é inquieto diante de coisas inacabadas. Como nossos antepassados, como nós no presente, como nossos sucessores, a pergunta sobre o que é o direito continuará espairecendo sobre as nossas mentes, e apesar de não podermos afirmar que direito seja ‘’isso’’ ou ‘’aquilo’’ a constante busca por essa resposta nos revelara cada vez mais e mais e essência do que seja o direito em si.
Referencias bibliográficas
Hart, Habert L.A. O conceito de Direito. 3° edição. com um pós-escrito editado por Penelope A. Bulloch e Joseph Raz. Tradução por A. Ribeiro Mendes.
	Kelsen, Hans. Teoria Pura do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

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