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1- (UEL – 2005) “- Mas a cidade pareceu-nos justa, quando existiam dentro dela três espécies de naturezas, que executavam cada uma a tarefa que lhe era própria; e, por sua vez, temperante, corajosa e sábia, devido a outras disposições e qualidades dessas mesmas espécies.
- É verdade.
- “Logo, meu amigo, entenderemos que o indivíduo, que tiver na sua alma estas mesmas espécies, merece bem, devido a essas mesmas qualidades, ser tratado pelos mesmos nomes que a cidade”. (PLATÃO. A república. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7 ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993. p. 190.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a justiça em Platão, é correto afirmar:
a) As pessoas justas agem movidas por interesses ou por benefícios pessoais, havendo a possibilidade de ficarem invisíveis aos olhos dos outros.
b) A justiça consiste em dar a cada indivíduo aquilo que lhe é de direito, conforme o princípio universal de igualdade entre todos os seres humanos, homens e mulheres.
c) A verdadeira justiça corresponde ao poder do mais forte, o qual, quando ocupa cargos políticos, faz as leis de acordo com os seus interesses e pune a quem lhe desobedece.
d) A justiça deve ser vista como uma virtude que tem sua origem na alma, isto é, deve habitar o interior do homem, sendo independente das circunstâncias externas.
e) Ser justo equivale a pagar dívidas contraídas e restituir aos demais aquilo que se tomou emprestado, atitudes que garantem uma velhice feliz.
2- Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedece, contudo a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes. (ROUSSEAU, J. J. Do contrato social. Tradução de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 32. Os Pensadores.). Com base na citação acima e nos conhecimentos sobre o pensamento político de Rousseau, considere as seguintes afirmativas. 
I. O contrato social só se torna possível havendo concordância entre obediência e liberdade. 
II. A liberdade conquistada através do contrato social é uma liberdade convencional. 
III. Por meio do contrato social, os indivíduos perdem mais do que ganham. 
IV. A liberdade conquistada através do contrato social é a liberdade natural. 
Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas, mencionadas anteriormente. 
a) I e III. 
b) II e IV. 
c) I, III e IV. 
d) I e II. 
3- Leia as assertivas abaixo e, após, marque alternativa que apresenta as assertivas corretas. Segundo Aristóteles:
I – A norma jurídica, mesmo quando o resultado traz um resultado injusto, deve ser aplicada sem atenuações.
II – A justiça é uma virtude que se encontra no meio termo entre extremos de injustiça.
III – A aplicação da justiça no caso concreto deve respeitar a ideia de proporcionalidade. 
IV - A justiça é estática, devendo-se sempre cumprir a regra nos estritos termos por ela dispostos
Estão corretas:
a) I e II
b) II e III
c) III e IV
d) I e IV
4- A ética normativa de Kant propõe, como fundamento ultimo, o imperativo categórico que afirma, numa das suas formulações: “procede apenas segundo aquela máxima, em virtude da qual podes querer ao mesmo tempo que ela se torne em lei universal”.
O imperativo pretende garantir:
I- a moralidade do agir
II- a autonomia do agir
III- a heteronomia do agir
Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s):
a) apenas I
b) apenas I e II.
c) apenas II
d) apenas III
e) apenas I e III
5- A partir da leitura de Aristóteles (Ética a Nicômaco), assinale a alternativa que corresponde à classificação de justiça constante do texto:
“… uma espécie é a que se manifesta nas distribuições de honras, de dinheiro ou das outras coisas que são divididas entre aqueles que têm parte na constituição (pois aí é possível receber um quinhão igual ou desigual ao de um outro)…”
A) Justiça Natural.
B) Justiça Comutativa.
C) Justiça Corretiva.
D) Justiça Distributiva.
6- Na Doutrina do Direito, Kant busca um conceito puramente racional e que possa explicar o direito independentemente da configuração específica de cada legislação. Mais precisamente, seria o direito entendido como expressão de uma razão pura-prática, capaz de orientar a faculdade de agir de qualquer ser racional.
Assinale a opção que contém, segundo Kant, essa lei universal do direito.
	a)
	Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim, e nunca como meio.
	b)
	Age exteriormente, de modo que o livre uso de teu arbítrio possa se conciliar com a liberdade de todos, segundo uma lei universal.
	c)
	Age como se a máxima de tua ação se devesse tornar, pela tua vontade, lei universal da natureza.
	d)
	Age de forma que conserves sempre a tua liberdade, ainda que tenhas de resistir à liberdade alheia.
7- “Manter os próprios compromissos não constitui dever de virtude, mas dever de direito, a cujo cumprimento pode-se ser forçado. Mas prossegue sendo uma ação virtuosa (uma demonstração de virtude) fazê-lo mesmo quando nenhuma coerção possa ser aplicada. A doutrina do direito e a doutrina da virtude não são, consequentemente, distinguidas tanto por seus diferentes deveres, como pela diferença em sua legislação, a qual relaciona um motivo ou outro com a lei”. Pelo trecho acima podemos inferir que Kant estabelece uma relação entre o direito e a moral. A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
	a)
	O direito e a moral são idênticos, tanto na forma como no conteúdo prescritivo. Assim, toda ação contrária à moralidade das normas jurídicas é também uma violação da ordem jurídica.
	b)
	A conduta moral refere-se à vontade interna do sujeito, enquanto o direito é imposto por uma ação exterior e se concretiza no seu cumprimento, ainda que as razões da obediência do sujeito não sejam morais.
	c)
	A coerção, tanto no direito quanto na moral, é um elemento determinante. É na possibilidade de impor-se pela força, independentemente da vontade, que o direito e a moral regulam a liberdade.
	d)
	Direito e moral são absolutamente distintos. Consequentemente, cumprir a lei, ainda que espontaneamente, não é demonstração de virtude moral.
8- Segundo o Art. 1.723 do Código Civil, “É reconhecida como entidade familiar aunião estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública,contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”.
Contudo, no ano de 2011, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgarem a Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 132, reconheceram a união estável para casais do mesmo sexo.
A situação acima descrita pode ser compreendida, à luz da Teoria Tridimendionaldo Direito de Miguel Reale, nos seguintes termos:
	a)
	uma norma jurídica, uma vez emanada, sofre alterações semânticas pela superveniência de mudanças no plano dos fatos e valores.
	b)
	toda norma jurídica é interpretada pelo poder discricionário de magistrados, no momento em que estes transformam a vontade abstrata da lei em norma para o caso concreto.
	c)
	o fato social é que determina a correta compreensão do que é a experiência jurídica e, por isso, os costumes devem ter precedência sobre a letra fria da lei.
	d)
	o ativismo judicial não pode ser confundido com o direito mesmo. Juízes não podem impor suas próprias ideologias ao julgarem os casos concretos.
	 
	 
9- "Mister é não olvidar que a compreensão do direito como 'fato histórico-cultural' implica o conhecimento de que estamos perante uma realidade essencialmente dialética, isto é, que não é concebível senão como 'processus', cujos elementos ou momentos constitutivos são fato, valor e norma (...)"
(Miguel Reale, in Teoria Tridimensional do Direito)
Assinale a opção que corretamente explica a natureza da dialética de complementaridade que, segundo Miguel Reale, caracteriza a Teoria Tridimensionaldo Direito.
	a)
	A relação entre os polos opostos que são o fato, a norma e o valor, produz uma síntese conclusiva entre tais polos.
	b)
	A implicação dos opostos na medida em que se desoculta e se revela a aparência da contradição, sem que, com esse desocultamento, os termos cessem de ser contrários.
	c)
	A síntese conclusiva que se estabelece entre diferentes termos, conforme o modelo hegeliano de tese, antítese e síntese.
	d)
	A estrutura estática que resulta da lógica de subsunção entre os três termos que constituem a experiência jurídica: fato, norma e valor.
10- Hans Kelsen, ao abordar o tema da interpretação jurídica no seu livro Teoria Pura do Direito, fala em ato de vontade e ato de conhecimento. Em relação à aplicação do Direito por um órgão jurídico, assinale a afirmativa correta da interpretação.
	a)
	Prevalece como ato de conhecimento, pois o Direito é atividade científica e, assim, capaz de prover precisão técnica no âmbito de sua aplicação por agentes competentes.
	b)
	Predomina como puro ato de conhecimento, em que o agente escolhe, conforme seu arbítrio, qualquer norma que entenda como válida e capaz de regular o caso concreto.
	c)
	A interpretação cognoscitiva combina-se a um ato de vontade em que o órgão aplicador efetua uma escolha entre as possibilidades reveladas por meio da mesma interpretação cognoscitiva.
	d)
	A interpretação gramatical prevalece como sendo a única capaz de revelar o conhecimento apropriado da mens legis.
11- Considere a seguinte afirmação de Aristóteles:
“Temos pois definido o justo e o injusto. Após distingui-los assim um do outro, é evidente que a ação justa é intermediária entre o agir injustamente e o ser vítima da injustiça; pois um deles é ter demais e o outro é ter demasiado pouco.” (Aristóteles. Ética a Nicômaco. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 329.)
De efeito, é correto concluir que para Aristóteles a justiça deve sempre ser entendida como
	a)
	produto da legalidade, pois o homem probo é o homem justo.
	b)
	espécie de meio termo.
	c)
	relação de igualdade aritmética.
	d)
	ação natural imutável.
12- As normas morais e as normas jurídicas são estabelecidas pelos membros da sociedade, e ambas se destinam a regulamentar as relações nesse grupo de pessoas. Há, então, vários aspectos comuns entre as normas morais e jurídicas.
                (COTRIM, G. Fundamentos da filosofia: história e grandes temas. São Paulo: Saraiva, 2013.)
Sobre os aspectos comuns entre as normas morais e as normas jurídicas, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
(V ) Ambas apresentam caráter histórico.
(V ) Ambas se apoiam em valores culturais.
(F ) Ambas contam com a coerção legal do Estado.
(V ) Ambas visam à convivência entre as pessoas.  
Assinale a sequência correta.  
Parte superior do formulário
V, V, F, V  
F, V, F, V  
F, F, V, F
V, F, V, F  
13- No mundo contemporâneo, a democracia foi conquistada não apenas pelo voto, mas também por diversas formas de desobediência e resistência civil. A “marcha pelo sal" de Mahatma Gandhi, a luta pelo reconhecimento dos direitos civis dos afroamericanos liderada por Martin Luther King e as reflexões de intelectuais como Hannah Arendt e John Rawls são exemplos deste percurso. A este respeito, leia os trechos a seguir. “Atos de desobediência civil são realizados quando um certo número de cidadãos se convence de que os mecanismos normais de mudança não funcionam mais ou de que suas reivindicações não seriam mais atendidas, ou ainda, quando creem que seja possível mudar a direção de um governo empenhado em alguma ação cuja legitimidade e constitucionalidade estejam fortemente em discussão." (ARENDT, Hannah. La disobbedienza civile ed altri saggi. Milano: Giufrrè Editore, 1985, p. 57. Adaptado.) “A teoria da desobediência civil se concebe apenas para o caso particular de uma sociedade quase justa, uma sociedade que é bem-ordenada em sua maior parte, na qual todavia acontecem sérias violações de justiça. A desobediência civil é um ato político público, não violento, consciente e não obstante contrário à lei, geralmente praticado com o objetivo de provocar uma mudança na lei e nas políticas do governo." (RAWLS, J. Uma teoria da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 1997, p. 402, 404. Adaptado.) Com relação ao exercício da desobediência civil em regimes democráticos, analise as afirmativas.
I.Para os dois autores, a desobediência civil é uma transgressão intencional às leis, motivada por razões éticas e com objetivos políticos.
II.Para ambos, a desobediência civil é um ato ilegal, mas legítimo, pois busca um aprimoramento do sistema democrático.
III.Ambos consideram a não colaboração, a luta armada e os protestos violentos mecanismos eficazes da desobediência civil.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
Parte superior do formulário
a)I, II e II
b)I, apenas.
c) II, apenas.
d)III, apenas.
e) I e II, apenas.
14- Acerca das proposições filosóficas de Immanuel Kant em sua obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes, considere as assertivas abaixo.
I. O valor moral de uma ação não depende da realidade objetiva que com ela se busca atingir, mas sim é conhecido a priori pela razão. 
II. A fórmula de um mandamento categórico admite a determinação de uma ação como um meio a alcançar um objetivo tomado por bom.
III. Apenas algo que possua valor absoluto e seja um fim em si mesmo pode ser o fundamento de um imperativo categórico (lei prática). 
IV. O exercitar prático da autonomia da vontade de impor a si um imperativo hipotético restringe negativamente a liberdade individual. 
V. Se dada regra necessita explicitar seu fundamento no objeto da vontade, trata-se de situação de heteronomia e de um imperativo condicionado. 
VI. No conceito kantiano de “reino dos fins”, as coisas têm ou preço ou dignidade, sendo que apenas as primeiras admitem trocar-se por equivalentes. 
Está correto o que se afirma APENAS em:
A. II, III e V.
B. II, IV e VI.
C. I, II, IV e VI. 
D. I, III, V e VI. 
E. I, III, IV e V. 
15- FGV/OAB – XXI Exame de Ordem – 2016
De acordo com o contratualismo proposto por Thomas Hobbes em sua obra Leviatã, o contrato social só é possível em função de uma lei da natureza que expresse, segundo o autor, a própria ideia de justiça.
Assinale a opção que, segundo o autor na obra em referência, apresenta esta lei da natureza.
A) Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais.
B) Dar a cada um o que é seu.
C) Que os homens cumpram os pactos que celebrem.
D) Fazer o bem e evitar o mal.
16- Uma sociedade é uma associação mais ou menos autossuficiente de pessoas que em suas relações mútuas reconhecem certas regras de conduto com obrigatórias e que, na maioria das vezes, agem de acordo com elas. Uma sociedade é bom ordenada não apenas quando está planejada para promover o bem de seus membros, mas quando é também efetivamente regulada por uma concepção pública de justiça. Isto é, trata-se de uma sociedade na qual todos aceitam, e sabem que os outros aceitam, o mesmo princípio de justiça.
RAWLS, J. Uma teoria da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 1997. Adaptado.
A visão expressa nesse texto do século XX remete a qual aspecto do pensamento moderno?
A relação entre liberdade e autonomia do Liberalismo.
A independência entre poder e moral do Racionalismo.
A convenção entre cidadãos e soberano do Absolutismo.
A dialética entre indivíduo e governo autocrata do Idealismo.
A contraposição entre bondade e condições selvagem do Naturalismo.
17- Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria:quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá.
De acordo com a moral kantiana, a “falsa promessa de pagamento” representada no texto
assegura que a ação seja aceita por todos a partir da livre discussão participativa.
garante que os efeitos das ações não destruam a possibilidade da vida futura na terra.
opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma universal.
materializa-se no entendimento de que os fins da ação humana podem justificar os meios.
permite que a ação individual produza a mais ampla felicidade para as pessoas envolvidas.
18- 97- A cara do mal - Lombroso formulou a famosa teoria do criminoso nato. Neste, diz, reaparecem características atávicas, hereditárias - os estigmas, que permitiriam identificar uma disposição para o crime, por meio de características morfológicas: maxilar grande e prognata, testa pequena, zigomas salientes, prognatismo, nariz adunco, lábios grossos, barba escassa, calvície, braços longos, mãos grandes, anomalias dos órgãos sexuais, orelhas grandes e separadas, polidactia. Essas ideias foram expostas em sua obra mais conhecida, “O Homem Delinquente” e tiveram enorme repercussão, tanto nos meios médicos e jurídicos, como entre a intelectualidade em geral. Surgiu daí um campo de estudos que se tornou conhecido como antropologia criminal. Lombroso teve seguidores no Brasil, entre eles o filósofo e jurista Tobias Barreto (1839-1889) e o médico baiano Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906). Considerado hoje um dos precursores do racismo nazista, achava que a mistura de raças acabaria levando à pura e simples extinção da população brasileira. As ideias de Lombroso, que inevitavelmente podiam ser colocadas a serviço do preconceito, hoje são consideradas ultrapassadas. Isso não diminui o valor de seu trabalho. Ele procurou dar bases científicas à psiquiatria e à criminologia, e esse é um caminho inteiramente válido. (SCLIAR, Moacyr. Folha de S. Paulo, Caderno +(m)memória, 25 out. 2009 (Adaptado).
As teorias científicas são o resultado de observações e experiências realizadas e precisam ser apoiadas em argumentos para terem o poder de legitimação do que afirmam ou propõem. Nesse sentido, o argumento que apoia a tese defendida por Cesare Lombroso sobre a teoria do criminoso nato é o fato de:
a) a presença de seguidores no Brasil contar com a adesão do filósofo e jurista Tobias Barreto.
b) as características morfológicas hereditárias identificarem uma disposição para o crime.
c) as misturas étnicas poderem levar à pura e simples extinção da população brasileira.
d) o surgimento de um campo de estudos vir a ser conhecido como antropologia criminal.
e) o médico baiano Raimundo Nina Rodrigues ser um dos precursores do racismo.21-22
23 - Segundo Michel V illey (“Filosof ia do Direito”), para Aristóteles, a expressão justiça não dizia respeito a uma utopia ou a um ideal vago. Ao con trário, esta va próxima da realida de, das virtudes e comportamentos habituais do cidadão. Baseado nessa leitura de Aristóteles, faça um paralelo entre justiça geral X justiça particular e o “lugar do direito” nesse contexto. 
RESPOSTA: Esta questão demandava um paralelo entre justiça geral e justiça particular e o lugar do direito, baseado na leitura de Aristóteles feita por Villey. Conforme Villey, o método largamente utilizado pela escola de Oxford, no que tange à análise da linguagem, foi utilizado já por Aristóteles que observava com atenção a linguagem comum do povo. Neste contexto, a expressão Dikaiosunê é o centro dos estudos de Aristóteles, que poderemos traduzir por “virtude de justiça”. Em seus estudos Aristóteles se esforçava para explicar esta e xpressão dentre outras correlatas, sempre focado no sentido delas para o homem comum grego. Assim, para ele justiça não remetia a uma utopia, mas a algo conquistável, posto que uma virtude. Justiça podia significar várias acepções, pois, no dizer de Aristóteles, não existem termos gerais que não possam ser entendidos de múltiplas maneiras. A questão em tela visava a a bordagem dos dois sentidos principais – justiça geral e justiça particular. Em geral justiça exprime a moralidade, a conformidade da conduta de um indivíduo com a lei moral. Aristóteles chama a esta justiça geral, legal – “se a lei moral comanda todas as virtudes, a justiça é a soma de todas elas, ou a virtude universal” (Michel Villey). Contudo, a justiça geral não se confunde exatamente com a plena moralidade. O que não se pode perder de vista é que para ele todas as virtudes – coragem, temperança, prudência, etc. – são vivenciadas nos relacionamentos, uns com os outros no seio da sociedade, logo, ao beneficiarem toda uma comunidade, são sempre de cunho “social”. Assim, toda a justiça é social. Desta forma, a justiça, assim entendida, ultrapassa os limites do direito, já que, praticamente, engloba toda a moral. As leis eram a ossatura da justiça geral, escritas ou não, naturais ou positivas. da justiça geral e não do direito. Elas se reportam ao direito. Leis morais re gerão condutas ao contrário do direito. A justiça particular faz parte do universo do homem justo que “pega exatamente o que lhe cabe, nada mais, nada menos”. Tal justiça é, pois uma parte da moralidade total e da justiça geral. a justiça particular se opõe a outras virtudes – força prudência e temperança. ela é uma virtude puramente social, quintessência da justiça. O direito aparecerá como exigência da justiça pa rticular. “a não tomar nem mais nem menos do que lhe cabe; a que ‘cada um tenha a sua parte’(...); a que se realize, numa comunidade social, a justa divisão dos bens e dos encargos, tendo sido esta divisão reconhecida e determinada previamente. é por isso, escreve Aristóteles, que ‘se recorre ao juiz’” (Villey). a tarefa acima descrita não pode s er realizada por particulares, mas sim deve ser ofício dos juristas.
24- (Provas: CESPE - 2015 - DPU - Defensor Público Federal de Segunda Categoria) Segundo Rawls, idealizador do liberalismo-igualitário — proposta que relaciona os conceitos de justiça e de equidade —, cada pessoa deve ter um direito igual ao sistema total mais extenso de liberdades básicas compatíveis com um sistema de liberdade similar para todos, o que ele considera o primeiro princípio da justiça.
Essa assertiva é verdadeira ou falsa? VERDADEIRA

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