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Icterícia neonatal Hiperbilirrubinemia HIPERBILIRRUBINEMIA O termo Hiperbilirrubinemia refere-se a uma quantidade excessiva de bilirrubina acumulada no sangue. Epidemiologia mostra que cerca de 60% dos RNT e 80% dos RNPT apresentam algum grau de icterícia nos primeiros dias de vida em um pico entre os 3º e 4º dias FISIOPATOLOGIA HEMOGLOBULINA (degradação) GLOBINA ( Reintegrar) HEME convertida bilirrubina não conjugada ou indireta Albumina Converter bilirrubina conjugada ou direta Glicuronil transferase Excretada Bile Urobilinogênio Bilirrubina direta Coloração CLASSIFICAÇÃO DA ICTERÍCIA NEONATAL FISIOLÓGICA PATOLÓGICA APÓS 24H PRIMEIRAS 24H MANIFESTAÇÃO CLINICA E COMPLICAÇÃO Pigmentação amarelo alaranjado na pele, esclera e mucosa. Complicação: Bilirrubina não conjugada é altamente toxica ao neurônio, levando encefalopatia bilirrubínica e denominada Kernicterus EXAMES LABORATORIAL NÍVEIS DE BILIRRUBINAS SÉRICAS TOTAIS Até12 A 13 mg/dl BILIRRUBINA CONJUGADA (DIRETA) 0 Até 0,8 mg/dl BILIRRUBINA NÃO CONJUGADA (INDIRETA) 0 Até 10 mg/dl CLASSIFICAÇÃO POR KRAMER. A tabela elaborada por Kramer relaciona os níveis de bilirrubina indireta (BI) com a zona dérmica de icterícia: Zona 1 (cabeça) : BI = 6 mg% Zona 2 (zona 1 + tórax) : BI = 9 mg% Zona 3 (zona 2 + abdômen e coxas) : BI = 12 mg% Zona 4 (zona 3 + braços e pernas) : BI = 15 mg% Zona 5 (zona 4 + mãos e pés) : BI = 16 mg% TRATAMENTO Farmacológico: Fenobarbital aumenta atividade da Glicuronil transferase. (Wong) Fototerapia: Consiste na exposição da pele do RN( florescente). A utilização de energia luminosa na transformação da bilirrubina em produtos mais hidrossolúveis assim facilitando sua excreção FOTOTERAPIA • A eficácia da fototerapia dependerá da sua irradiância no comprimento de onda citado • Irradiância: é a quantidade de energia luminosa liberada. A irradiância ideal ainda é discutível, mas a mínima considerada eficaz é de 4 w/cm2/nm (microwatts, por unidade de área cm 2 ). FOTOTERAPIA • Bilitron BILI-BERÇO BILITRON Irradiância de 30 a 40mw/cm2/nm BILISPOT CONVENCIONAL Irradiância :25 a 30 mw/cm2/nm; Irradiância :25mw/cm2/nm; FOTOTERAPIA COBERTOR DE FIBRAS ÓPTICAS ( Biliblanc) Irradiância de 35 a 60 mw/cm2/ ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM FOTOTERAPIA Proteção ocular para evitar a lesão dos fotorreceptores da retina Retirar o protetor ocular durante amamentação e cada troca de plantão ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM FOTOTERAPIA Manter RN sem roupa, protegendo apenas genitália com fralda ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM FOTOTERAPIA Monitoramento da temperatura constante Não colocar lubrificante ou loções óleo na pele para evitar o efeito de bronzeamento Observar sinais de desidratação Controlar eliminações vesico intestinal Trocar com frequência a fralda Incentivar o aleitamento materno ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM FOTOTERAPIA •Avaliar a irradiância: que é a quantidade de energia luminosa emitida em microwatts, por unidade de área (cm 2 ), avaliada pelo radiômetro. FOTOTERAPIA - COMPLICAÇÕES •Sobreaquecimento/ Hiperpirexia •Desidratação/ falta de reposição hídrica •Queimadura/excessiva exposição •Reconhecimento tardio de cianose •Lesão ocular / degeneração da retina •Síndrome do bebê bronzeado (SCHMITZ, 2005) EXSANGUINEOTRANSFUSÃO A exsanguineotransfusão (EXT) é a transfusão de sangue em que se realizam troca sanguínea total ou parcial da volemia com finalidade terapêutica Doença da Membrana Hialina ou Síndrome desconforto respiratório(SDR) Profª Doutoranda Mìriam Geisa CONCEITO A Doença da Membrana Hialina (DMH) ou Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) Patologia causada por imaturidade pulmonar e está relacionada à deficiência de surfactante. Acomete frequentemente RN pré-termos (RNPT) de peso inferior a 1500g, normalmente do sexo masculino e se manifesta nas primeiras semanas de vida. INCIDÊNCIA A DMH atinge cerca de 50% dos RNs entre 26 e 28 semanas de IG e até 30% dos RNs entre 30 e 31 semanas (MARCONDES, 2002) ETIOLOGIA •FATORES PRÉ-NATAIS: Prematuridade, gemelaridade, eritroblastose fetal, cesariana eletiva. • FATORES PÓS-NATAIS: Hipovolemia, choque, hipotermia, alterações metabólicas e hipóxia prolongada. FISIOPATOLOGIA Imaturidade Pulmonar Surfactante Tensão pulmonar colapso alveolar Complacência pulmonar Insuficiência respiratória MANIFESTAÇÃO CLINICA Taquipneia ( acima de 80 a 120 rpm)-inicialmente Dispneia Retrações intercostais Gemido expiratório audível Batimento de asa de nariz ou aletas nasais Cianose ou palidez Múrmúrios vesiculares diminuídos BAN retração intercostal Retração diafragmatica Gemido ASPECTOS RADIOLÓGICOS O achado típico é o aspecto retículogranular difuso, bilateral de intensidade variável, sendo classificado em : Grau I : broncogramas aéreos mínimos com imagem cardíaca normal Grau II : broncogramas alcançando a periferia pulmonar com imagem cardíaca normal ASPECTOS RADIOLÓGICOS Grau III : broncogramas atingindo quase todo o pulmão, com imagem cardíaca pouco visível e atelectasias. Grau IV : opacificação total dos campos pulmonares PREVENÇÃO •Nível primário: acompanhamento do pré-natal; •Nível secundário: inclui o uso de corticosteróides nas gestantes com alto risco de ter um parto prematuro; •Nível terciário: uso preventivo de surfactante em recém- nascidos prematuros nos primeiros minutos de vida. DMH/SDR:INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL DMH/SDR:INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL • MATERIAIS PRA INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL: (USO PARA VENTILAÇÃO MECÂNICA) • Lâmina de laringoscópio reta ou curva número zero • Laringoscópio pediátrico • Luva estéril • Sonda de aspiração traqueal • Tubo orotraqueal: 2, 2.5, 3.0 ou 3.5 sem cuff. • Reanimador manual • Máscara e gorro para equipe. CONDUTA TERAPÊUTICA ADMINISTRAÇÃO DE SURFACTANTE Diminuir a tensão superficial do alvéolo pulmonar Evitar o colabamento dos mesmos no momento da expiração; Impede atelectasias e edemas Aumenta a complacência pulmonar 100mg a 200mg/kg 100mg /kg CONDUTA TERAPÊUTICA • OXIGENOTERAPIA Conduta terapêutica CONDUTA TERAPÊUTICA FISIOTERAPIA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Após administração do surfactante, não aspirar a cânula traqueal na primeira hora. Manter o aquecimento em incubadora Manter posicionamento: supina ou prona Monitoras saturação de O2: manter acima de 90% ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Aspiração traqueal: evita obstrução do TOT e consequente atelectasias. Evitar manipulação intensa para evitar o aumento do consumo de O2 e fadiga. Verificar gasometria arterialperiodicamente para acompanhar ventilação pulmonar e oxigenação sanguínea.
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