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Curso de Nivelamento

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Curso de Nivelamento 
Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima
Profª Alessandra Inajosa
TÉCNICAS ASSÉPTICAS
ASSEPSIA: processo pelo qual se consegue afastar os germes patogênicos de determinado local ou objeto;
ESTERILIZAÇÃO;
DESINFECÇÃO;
ANTISSEPSIA: é utilizado quando nos referimos a seres vivos;
MÃOS; PELE; FERIDA OPERATÓRIA.
PRECAUÇÕES - PADRÃO
LAVAGEM OU HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS;
USO DE LUVA DE PROCEDIMENTOS;
AVENTAIS DE MANGA LONGA;
GORRO
MÁSCARA DESCARTÁVEIS;
ÓCULOS DE PROTEÇÃO;
MATERIAIS PERFUROCORTANTES;
VACINAÇÃO (HEPATITE B; DIFTERIA E TÉTANO);
PRECAUÇÕES - PADRÃO
QUANDO USAR?
MANUSEIO DE MATERIAL ESTÉRIL
Não falar em cima do material;
Não passar o braço por cima do material estéril;
Não dar as costa ao material exposto;
Pegar sempre os pacotes pela parte externa;
Segurar o pacote sem contaminar;
Abrir os pacotes sempre em sentindo contrário ao corpo, deixando por último o nosso lado;
Não esbarrar no material estéril exposto;
MANUSEIO DE MATERIAL ESTÉRIL
MANUSEIO DE MATERIAL ESTÉRIL
Não usar material duvidoso (sem data ou com data de validade vencida, úmido) sem integridade da embalagem e com manchas;
Armazenar em local limpo;
Não pegar material estéril diretamente com a mão;
Não usar o material para clientes diferentes;
Manter o material em superfície plana;
Não abrir o material sobre o leito do paciente.
CUIDADOS NUTRICIONAIS
CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS BÁSICAS:
Dieta normal ou geral: não requer modificação dietética;
Dieta pastosa: indivíduos com dificuldade de engolir e mastigar;
Dieta branda: restrição de alimentos crus;
Dieta leve: menos resíduos;
Dieta líquida: água e caldos.
DIETAS BÁSICAS MODIFICADAS
DIETA HIPOCALÓRICAS: dieta com valor calórico total abaixo dos padrões normais;
DIETA HIPERPROTEICA: dieta com taxa elevada de proteínas: Ex: carnes, ovos, leites, e derivados;
DIETA HIPOSSÓDICA: dieta com taxa reduzida em cloreto de sódio;
DIETA ASSÓDICA: dieta normal, sem sal.
Quem prescreve?
Quem avalia?
FUNÇÃO DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM?
NOTIFICAR;
ADMINISTRAR;
COMUNICAR;
ANOTAR
NUTRIÇÃO ENTERAL
PORTARIAL Nº 337 DA ANVISA: “Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição química definida ou estimada, especialmente elaborada para o uso de sondas...”
TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO DA DIETA ENTERAL
SISTEMA FECHADO: bolsas com volume de 500 a 1000ml; instalados a temperatura ambiente; validade de 24 horas; administrada e bomba de infusão.
SISTEMA ABERTO: embalagens com volume de 200 a 300ml; liquida ou em pó; tempo de infusão pode variar.
INFUSÃO CONTÍNUA: sistema fechado; bomba de infusão; equipo próprio; zerar volume a cada 6h.
INFUSÃO INTERMITENTE: volume máximo de 300ml; geralmente administrada em período de 30 a 60 minutos, a cada 3 a 4 horas. 
TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO DA DIETA ENTERAL
INFUSÃO EM BOLUS: infusão de uma formulação em um volume pré-determinado pela ação da gravidade ou com a ajuda de uma seringa.
TESTE DE REFLUXO: realização de aspiração gástrica a cada 4 horas.
DIETA PARENTERAL
São soluções de aminoácidos, vitaminas...
Nutrição parenteral central: administrada por meio de uma veia de grande calibre, geralmente por um cateter central em subclávia ou jugular.
Nutrição parenteral periférica: administrada através de uma veia menor, geralmente na mão e antebraço.
DIETA PARENTERAL
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
Armazenar sob refrigeração, em temperatura entre 2 a 8ºc;
Administrar em temperatura ambiente (solicitar 2 a 3 horas antes);
Utilizar técnica asséptica na instalação;
Acesso venoso exclusivo;
Utilizar bomba de infusão;
Controle de glicemia capilar;
DROGAS
CLINDAMICINA (tratamento de infecções graves – bactérias anaeróbicas)
Antibacteriano
Antiprotozoário 
Diluído com SG ou SF; (50 A 100ML);
Armazenamento em temperatura ambiente;
24h em diluente;
Incompatível com AMINOFILINA; AMPICILINA; FENITOÍNA.
Hipotensão grave e parada cardíaca pode ocorrer com uma infusão demasiadamente rápida;
Reações: dor abdominal; diarreia; icterícia; gosto metálico na boca...
CEFALOTINA SÓDICA
A cefalotina é um antibacteriano;
infecção nas juntas; infecção da pele e dos tecidos moles; infecção nos ossos; prevenção de infecção durante cirurgia;
KEFLIN ® (cefalotina) - 1 g Via Intravenosa Direta;
Diluente: Água Estéril para Injeção; volume: 10 mL. 
As principais reações adversas são: reações alérgicas, incluindo erupções na pele, urticária e febre; dor de cabeça; diarréia. 
VOLTAREN (DICLOFENACO SÓDICO)
Anti – Reumático; Antiinflamatório; Analgésico;
Nunca diluir;
12/12 h
Reações: dor estomacal; náuseas; prisão de ventre; 
HIDROCORTISONA
Anti-inflamatório;
Intramuscular ou endovenoso;
Reações: retenção de sódio; retenção de líquido;
Administração lenta;
Diluido: SG, SF, SGF (100 a 1000ml);
Após reconstituição 24h, em refrigerador 3 dias.
A pele é o maior órgão do corpo, representando 15% de seu peso;
Trata-se do manto de revestimento do organismo, que isola os componentes orgânicos do ambiente externo;
É composta de três camadas principais:
Epiderme (camada externa);
Derme: (camada intermediária);
Hipoderme: (camada interna).
Quanto a causa
Traumáticas: feridas provocadas acidentalmente por agente:
Mecânico: contenção, perfuração ou corte;
Químico: iodo, cosméticos, ácidos sulfúrico;
Físico: frio, calor ou radiação.
ÚLCERA GRAU IV COM TECIDO NECROSADO
ÚLCERA GRAU III COM ÁREA DE DEBRIDAMENTO
FERIDA EXSUDATIVA
Quanto ao conteúdo microbiano
Quanto ao tipo de cicatrização
Primeira intenção:
Feridas fechadas cirurgicamente, com sutura de bordas, nelas não há perda de tecido;
Quanto ao tipo de cicatrização
Segunda Intenção:
Feridas que há perda de tecidos e as bordas da pele ficam distantes, nelas a cicatrização é mais lenta.
Quanto ao tipo de cicatrização
Terceira Intenção:
Feridas corrigidas cirurgicamente após a formação de tecido de granulação, ou para o controle de infecção.
Fatores que interferem na cicatrização
São sinais de inflamação: rubor, calor, edema e dor. 
Quanto maior a área da ferida, maior será a duração desta fase. Problemas como infecção, corpos estranhos, permanência das fontes causais, podem exacerbar esta resposta e prolongá-la. 
Fase de exsudação ou fase de limpeza inicia-se imediatamente após o aparecimento da ferida. Em termos clínicos estamos diante de um local com inflamação que conduz a um pronunciado exsudato. Nesta fase o organismo inicia a coagulação, limpa a ferida e protege-a da infecção; os tecidos danificados e os germes são removidos (fagocitose).
Fase de Revascularização (Granulação ou Proliferação): são geradas novas células e forma-se o tecido de granulação (uma espécie de tecido temporário para o preenchimento da ferida). 
Fase de Reparação - Epitelização - fase de cobertura da ferida pelas células epiteliais. A diferença entre os tecidos torna-se cada vez mais evidente. As bordas da ferida deslocam-se para o centro e a ferida fica gradualmente coberta de tecido epitelial. À medida que a ferida se contrai o tecido vai se formando, o processo de cicatrização fica concluído. 
Maturação - leva um ano nas feridas fechadas e mais nas feridas abertas. Nessa fase diminui a vascularização, o colágeno se reorganiza, o tecido de cicatrização se remodela e fica igual ao normal. A cicatriz assume a forma de uma linha fina e branca. Aumenta a força de distensão local. 
CONCEITOS RELACIONADOS AO TRATAMENTO DE FERIDAS
Antissepsia : é o processo que visa a destruição ou inativação de microrganismos das camadas superficiais ou profundas de tecidos de um organismo vivo; 
Assepsia : é o conjunto de técnicas utilizadas para evitar a chegada de germes a um local que não os contenha;
Assepsia médica : técnicas que visam impedir o crescimento de microrganismos em locais que possuem flora normalmente; 
Assepsia cirúrgica : diz-se das técnicas utilizadas para impedir proliferação e crescimento de microrganismos
onde não existem infecções; 
Degermação : remoção de detritos e impurezas sobre a pele, aliado a redução da flora microbiana local, mediante uso de degermante; 
CUIDADOS NA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS
OBJETIVOS:
Proporcionar conforto e higiene ao paciente;
Promover a cicatrização;
Proteger a ferida para prevenir infecções;
Tornar a ferida impermeável á bactérias;
Manter a área limpa;
Permitir a troca gasosa;
Manter a umidade entre o curativo e a ferida para acelerar a epitelização;
CUIDADOS NA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS
OBJETIVOS:
Diminuir a dor do paciente;
Remover o excesso de exsudato, evitando maceração dos
 tecidos próximos;
Fornecer isolamento térmico da ferida;
Realizar a remoção do curativo sem traumas;
Fazer bom uso dos meios e recursos disponíveis.
PRODUTO
TIPO DE FERIDA
INDICAÇÃO
Soro fisiológico 0,9%
Todos os tipos de ferida
Limpeza da ferida, mantém a umidade.
Álcool a 70%
Sistema de drenos fechados, cateter venoso central e coto umbilical.
Promover antissepsia da ferida, remover a flora bacteriana local, diminuindo assim colonização por bactérias.
Dersani
Ferida em fase de granulação sem infecção.
Protege, hidrata o leito da
ferida, restaura a pele na formação de tecido de granulação.
PomadaDesbridante.
Colagenase- mono
Feridas com crostas, tecido necrosado, fibrina, pouco exsudato
Promove a retirada do tecido necrótico superficial por ação enzimática sem afetar o colágeno de tecido sadio ou de granulação.
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PRODUTO
TIPO DE FERIDA
INDICAÇÃO
Alginatode Cálcio
Feridas moderadamente
exsudativas.
Absorve o excesso de exsudato, estimula a agregaçãoplaquetária, promovedesbridamento, mantém a umidade e, tem
31 ação bacteriostática podendo ser trocado a cada dois dias.
Carvão Ativado
Feridas com grande quantidade de exsudato e odor fétido.
Tem ação de absorção bactericida e desodorizante pode permanecer até 07 dias.
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HIDROGEL
AÇÃO
-Mantém o meio úmido
-Promovedesbidramentoautolítico;
-Estimulaa cicatrização.
INDICAÇÃO
-Remoção de crostas desvitalizados de feridas abertas.
CONTRAINDICAÇÃO
-Pele íntegra;
-Feridaoperatória fechada;
-Feridas muitoexsudativas.
FREQUÊNCIA DA TROCA
-Uma vez por dia;
-A cobertura secundáriaconforme a saturação
ALGINATO DE CÁLCIO
AÇÃO
Auxilia odesbidramento;
Temalta capacidade de absorção;
Forma um gel que mantém o meio úmido;
Induz à hemostasia.
INDICAÇÃO
Feridasabertas,sangrantes, altamenteexsudativas
CONTRAINDICAÇÃO
-Feridas superficiais
-Feridas poucoexsudativas
FREQUÊNCIA DA TROCA
-Acada 48/72hs;
-A cobertura secundáriaconforme a saturação
FILME TRANSPARENTE (EM ROLO NÃO ESTÉRIL)
AÇÃO
Favorece o meio úmido;
Proporciona a cicatrização.
INDICAÇÃO
Proteção de proeminências ósseas;
Como cobertura secundária em curativos oclusivos.
CONTRAINDICAÇÃO
- Aplicação direta emferidas abertas
- Feridas muitoexsudativas.
FREQUÊNCIA DA TROCA
- Acada 72hs;
-Em proteção de proeminências ósseas, de 5 a 7 dias.
HIDROCOLÓIDE EXTRA FINO
AÇÃO
Absorve exsudatos, mantém o pH ácido e o meio úmido;
Estimula odesbidramentoautolíticoe aangiogênese.
Protege terminações nervosas.
INDICAÇÃO
Tratamento de feridas abertas não infectadas e poucoexsudativas.
CONTRAINDICAÇÃO
Feridas infectadas
Feridascavitárias;
Feridas muitoexsudativas.
FREQUÊNCIA DA TROCA
- Acada 3 ou 7 dias, conforme características da ferida.
PAPAÍNA
AÇÃO
Provoca dissociação das moléculas de proteína, resultando emdesbidramentoquímico;
É bactericida e bacteriostático;
Estimula a forçatênsildas cicatrizes;
Acelera o processo de cicatrização.
INDICAÇÃO
Tratamento de feridas abertas;
Desbidramentode tecidos desvitalizados.
CONTRAINDICAÇÃO
Pele íntegra;
Feridas operatórias fechadas;
Na presença de tecido de granulação;
Contato com metais, devido o poder de oxigenação.
FREQUÊNCIA DA TROCA
Uma vez ao dia;
Cobertura secundária conforme saturação.
PRODUTOS CONTRA INDICADOS PARA CURATIVOS
PRODUTO
EFEITO NA FERIDA
CONTRA INDICAÇÃO
Açúcar
Éesfoliantelesando o produto de granulação.
É considerada fonte de infecção, atrai pragas (formigas e insetos), exige
várias trocas.
Povidine(PVPI)
Citotóxico para feridas, destrói os fibroblastos
Pode causar dermatites.
- Existem relatos de absorção pela mucosa e lesões, podendo levar tardiamente a uma tireoidite a até mesmo
insuficiência renal se usado por tempo prolongado.
Lidocaína gel
Não promove efeito anestésico comprovado.
Inibe a ação de outros produtos que serão usados nas feridasex: pomadadesbridante
PRODUTO
EFEITO NA FERIDA
CONTRA INDICAÇÃO
Antibiótico tópico
Seleção de flora bacteriana no local da lesão, prejudicando a cicatrização.
Predispõe a hipersensibilidade
ao antibiótico e dermatites.
Corticóides
Desfavorece o processo inflamatório por açãoantiinflamatóriaretardando o
crescimento tecidual
Retarda o processo de
cicatrização.
TIPOS DE CURATIVOS
Curativo semi oclusivo: Este tipo de curativo é absorvente ,e comumente utilizado em feridas cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o exsudato e isolando-o da pele adjacente saudável. 
Curativo oclusivo: não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira mecânica, impede a perda de fluídos, promove isolamento térmico, veda a ferida, a fim de impedir efízema,e formação de crosta. 
Curativo compressivo: Utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, promover a estase e ajudar na aproximação das extremidades da lesão. 
Curativos abertos: São realizados em ferimentos que não há necessidade de serem ocluídos. Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes pequenos, suturas, escoriações, etc.
Classificação do Curativo de acordo com o Tamanho da Ferida: 
Curativo pequeno: curativo realizado em ferida pequena: aproximadamente 16 cm2. (ex: cateteres venosos e arteriais, cicatrização de coto umbilical, fístulas anais, flebotomias e/ou subclávia/jugular, hemorroidectomia, pequenas incisões, traqueotomia. Cateter de diálise e intermitente). 
Curativo Médio: curativo realizado em ferida média, variando de 16,5 a 36 cm2. (ex: Cesáreas infectadas, incisões de dreno, lesões cutâneas, abscessos drenados, escaras infectadas, outros especificar)
Curativo grande: curativo realizado em ferida grande, variando de 36,5 a 80 cm2. (ex: Incisões contaminadas, grandes cirurgias – incisões extensas (cirurgia torácica, cardíaca), queimaduras (área e grau), toracotomia com drenagem, úlceras infectadas). 
Curativo Extra Grande: curativo realizado em ferida grande, com mais de 80 cm2.
 Principais Erros Cometidos ao se Fazer um Curativo: 
Usar curativo em feridas totalmente cicatrizadas; 
Cobrir o curativo com excesso de esparadrapo; 
Trocar o curativo em excesso em feridas secas; 
Demorar a trocar o curativo de feridas secretantes; 
Esquecer de fazer as anotações ou não faze-las corretamente;
Não lavar as mãos entre um curativo e outro; 
Conversar durante o procedimento; 
Misturar material de um curativo e outro, em um mesmo paciente; 
Não fazer desinfecção do carrinho de um curativo para outro. 
REGISTRO DA EVOLUÇÃO DAS FERIDAS
Tipo de ferida;
Tempo de duração da ferida e sua origem;
Localização da ferida;
Dimensão da ferida;
Tipo de tecido;
Característica do exsudato;
Descrição do procedimento;
Previsão de troca do curativo;
Dor ou queixas do paciente em relação ao procedimento.
ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM
Avanço
Científico e Tecnológico
Conscientização da
População (direitos)
Globalização
da informação
PRONTUÁRIO DO PACIENTE
É todo acervo documental padronizado, organizado e conciso, referente ao registro dos cuidados prestados ao paciente, por todos os profissionais envolvidos na assistência.
“ É um documento legal de defesa dos profissionais, devendo estar imbuídas de autenticidade e de significado legal”.
REGISTROS HOSPITALARES
Florence Nigthingale (1820 -1910)
“Na tentativa de chegar à verdade, eu tenho buscado, em todos os locais, as informações;
mas, em raras ocasiões eu consigo obter os registros hospitalares possíveis de serem usados para comparações. Estes registros poderiam nos mostrar como o dinheiro tem sido usado, o que de bom foi realmente feito com ele...”
Decreto 94.406-08/06/1987 – Regulamenta a Lei 7.498 de 25/06/1986 – Exercício Profissional
	Artigo 14, inciso 2: Relata a incumbência a todo profissional de enfermagem da necessidade de anotar no prontuário do paciente todas as atividades de assistência de enfermagem.
Artigo 25 – Resolução Cofen 311(2007) - CEP – Enfermagem
	Registrar no Prontuário do paciente as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar.
Resolução COFEN – 272/2002
Artigo 3º - A sistematização da assistência de enfermagem deverá ser registrada formalmente no prontuário do paciente/cliente/usuário.
 Devendo ser composta por:
	I- Histórico de enfermagem – Anamnese e Exame Físico
	II- Diagnóstico de enfermagem
	III- Prescrição de enfermagem
	IV- Evolução da Assistência de Enfermagem
	V- Relatório – Anotação de Enfermagem
CRITÉRIOS PARA ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM:
Todos os dados devem ser registrados imediatamente após o fato ocorrido, evitando assim, o déficit do cuidado por falha na comunicação.
 
EXATIDÃO: as observações devem ser precisas e exatas
BREVIDADE: conciso, objetivo e completo
LEGIBILIDADE: forma nítida
IDENTIFICAÇÃO: Resolução COFEN 191/1996
O QUE DEVO ANOTAR ? ??
Sinais , sintomas e reações apresentadas pelo cliente, bem como das condições do mesmo;
Todos os cuidados prescritos e executados, em função de um determinado tratamento ou diagnóstico e /ou justificativa quando não realizado.
O QUE DEVO ANOTAR ? ??
Admissão
 Data, horário, Condições de chegada
 Acompanhante ou responsável
 Condições de higiene
 Sinais Vitais
 Procedimentos realizados durante a admissão
O QUE DEVO ANOTAR ? ??
Pré - Operatório
 Jejum desde que horas. Condições emocionais
 Banho e demais cuidados pré - operatório
 Orientações pré – operatório realizadas. Encaminhamento de prontuário e exames do paciente
 Sinais Vitais. Medicamentos pré anestésicos oferecidos
 Esvaziamento da bexiga, etc
O QUE DEVO ANOTAR ? ??
Alta
 Horário da prescrição da alta e da saída do pte
 Condições do pte ao deixar o setor
 Acompanhante ou responsável
 Sinais Vitais. Presença de drenos, sondas, curativos
 Orientações realizadas.
O QUE DEVO ANOTAR ? ??
Óbito
 Assistência prestada durante as manobras de reanimação
 Horário do óbito
 Quem constatou o óbito
 Preparativos com o corpo.
EVITE !!!
Segue em observação
 Sem queixas
 Sem Intercorrências
 Mantendo o mesmo quadro
 Estes tipos de registros não fornecem qualquer informação relevante e não são indicativos da assistência prestada.
EXEMPLOS DE ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM
Admissão
10 h- Admitido na unidade, deambulando, acompanhado pela mãe. Verificado sinais vitais e orientados quanto as rotinas do setor. Ana Luiza Vieira-coren SP-0001-TE.
10:30h - Instalado soroterapia em dorso da mão esquerda e administrado itens 1 e 2 da prescrição médica. Ana Luiza Vieira-coren SP- 0001-TE.
11:30 h – paciente refere que não conseguiu alimentar-se, tomou somente o suco. Comunicado enfermeira Vera Lúcia. Ana Luiza Vieira-coren SP-0001-TE.
12:30h- Apresentou T=38,3°C, comunicado enfermeira e medicado conforme item 3 da prescrição médica. Ana Luiza Vieira-coren SP- 0001-TE. 13 h- T=36,5°C. Ana Luiza Vieira-coren SP-0001-TE.
PRÉ – OPERATÓRIO
7 h- Mantendo jejum desde as 22 h para provável cirurgia. Ansioso sobre procedimento cirúrgico, comunicado enfermeira Vera Lúcia. Ana Luiza Vieira-coren SP-0001-TE.
7:30h – Orientado sobre o procedimento cirúrgico e sua recuperação na UTI. Vera Lúcia Silva- coren sp-0001. 
8 h-Encaminhado ao banho de aspersão com solução antiséptica, orientado quanto a retirada de jóias e roupas íntimas e oferecido camisola do CC. Ana Luiza Vieiracoren SP-0001-TE. 
9 h- realizados itens 1 e 2 da prescrição de enfermagem e encaminhado em maca ao CC. Ana Luiza Vieira-coren SP-0001-TE.
PÓS – OPERATÓRIO
12 h-Paciente retorna do CC, sonolento, respondendo aos estímulos verbais. Mantendo acesso venoso periférico em dorso de mão E, cateter de O2 2l/min, curativo seco em região abdominal. Colocado na cama em decúbito dorsal horizontal e elevado as grades da cama. Ana Luiza Vieira-coren SP- 0001-TE. 
13h – Queixando –se de dor em região cirúrgica, comunicado enfermeira Vera Lúcia e medicado conforme item 3 da prescrição médica. Ana Luiza Vieira-coren SP-0001-TE. 
13:30 h – Refere melhora da dor. Maria Aparecida Santos-corensp-ooo2-AE. 15 h – Apresentou diurese espontânea de aspecto claro. Realizado higiene íntima. Maria Aparecida Santos-corenspooo2- AE. 
17 h – verificado infiltração de soro no dorso da mão E, comunicado enfermeira Vera Lúcia e puncionado antebraço D. Maria Aparecida Santos-corensp-ooo2-AE
DIETA
• Indicar dieta oferecida (geral, leve, branda, pastosa, hipossódica, para diabéticos, dieta por sonda); 
• Aceitação da dieta (total ou parcial); 
• Dieta por sonda (quantidade da dieta e da hidratação, presença de refluxo gástrico); 
• Dieta zero (cirurgia ou exames);
• Necessidade de auxílio ou não; 
• Recusa – indicar o motivo (disfagia, mastigação dolorosa, falta de apetite, náusea, etc.); 
• Sinais e sintomas apresentados. 
Obs.: No caso de dietas administradas via sonda, importante citar os cuidados prestados antes e após a administração, conforme prescrição (decúbito elevado, lavagem após administração da dieta, etc.). 
DIURESE
• Ausência/presença de diurese (se sonda ou balanço hídrico, medir em ml); • Características (coloração, odor); 
• Presença de anormalidades (hematúria, piúria, disúria, etc.); 
• Forma da eliminação (espontânea, via uripen, sonda vesical de demora/ostomias urinárias).
EVACUAÇÃO
• Episódios (nos respectivos horários); 
• Quantidade (pequena, média, grande); 
• Consistência (pastosa, líquida, semipastosa); 
• Via de eliminação (reto, ostomias); 
• Características (coloração, odor, consistência, quantidade); 
• Queixas.
LEMBRE-SE
“Pouca documentação sugere má prática na enfermagem”
“Informação não registrada é informação perdida”

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