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A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE MENTAL

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A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE MENTAL
RIBEIRÃO DAS NEVES- MG
2016
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo geral identificar os principais autores que abordam a temática do estudo e objetivo específico de conhecer o papel do assistente social na saúde mental. Para realização do estudo optou-se por uma revisão integrativa. A partir dos trabalhos selecionados com a revisão de literatura, foram selecionados cinco (5) artigos e foi criada uma tabela contendo: autor, título e objetivos. Através destes autores é notório observar que todos os estudos analisados pontuam que os profissionais precisam estar à frente das demandas que lhes são impostas, sendo articuladora, dinâmica, inovadora, mediadora e propositiva, pois a profissional, ainda, encontra várias dificuldades em trabalhar com as políticas sociais devido à negligência e precarização da saúde. Espera-se que os resultados aqui apresentados possam ser explorados em outras pesquisas que revelem mais sobre os assistentes sociais na saúde mental, enfocando a sua prática cotidiana, demandas, entre outras questões.
Palavras chaves: assistente social, saúde mental.
1 INTRODUÇÃO
Podemos contextualizar que o serviço social estar em constante organização devido a reforma psiquiátrica da em relação a saúde mental que ocorreu no inicio do século XX. Em busca da autonomia, inserção social, qualidade de vida e cidadania ao individuo com transtorno mental e dependência.
Segundo Vasconcelos (2007) historicamente, a inclusão do assistente social em saúde mental no Brasil tem inicio em 1946, apartir do trabalho em instituições voltadas para a infância. Em seguida o assistente social e incorporado aos hospitais psiquiátricos, contribuindo na “porta de entrada e saída” dos serviços, como as ações dos assistentes sociais no espaço hospitalar volta-se prevalecente para levantamentos de dados sociais dos portadores de transtornos mentais (PTMs) e seus familiares; onde o assistente social desempenhava as funções de encaminhamentos para rede sócio assistencial e propagação de informação e também orientação social, principalmente para normalizar a documentação e ter acesso benefícios sociais, aposentadorias dentre outras informações ou direitos.
Sendo o novo modelo de atendimento à Política de Saúde Mental do Ministério da Saúde entrou em vigor após a homologação da Lei nº 10.216 de 06 de abril de 2001 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtorno mentais e reformula o modelo assistencial em saúde mental.
O serviço de atenção à saúde mental desenvolvido no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) dispõe a substituição da internação de longos períodos em hospitais psiquiátricos, conhecidos como "Sanatórios" ou "Manicômios", onde o indivíduo era excluído da sociedade em todos os segmentos fazendo com que estes perdessem sua identidade, sendo "abordados" como improdutivos e isolados do contexto social.
O serviço social surge da iniciativa particular de grupos e frações de classe que se manifestaram, principalmente, por intermédio da Igreja Católica. Seu surgimento aconteceu na Europa onde a profissão sofria influências da industrialização. Iamamoto (2011)
No momento histórico compreendido entre 1940 e 1960, a saúde mental demandou do serviço social uma atuação voltada para a higiene social, expressa através da moralização do indivíduo e da família (BARBOSA e SILVA, 2007).
Nos anos 1970, a proposta da desinstitucionalização consubstancia outro projeto assistencial na saúde mental.
Concomitantemente o serviço social vivencia um momento histórico de grande importância para a profissão, influenciado pela perspectiva teórica marxista. A repercussão disso foi que as metodologias clássicas do serviço social na saúde mental foram contestadas pela psiquiatria dos problemas sociais e por seu viés psicologizante. Bisneto (2007)
O novo modelo de atendimento à Política de Saúde Mental do Ministério da Saúde entrou em vigor após a homologação da Lei nº 10.216 de 06 de abril de 2001 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtorno mentais e reformula o modelo assistencial em saúde mental.
A atenção à saúde mental requer um trabalho complexo e interdisciplinar, onde o (a) assistente social é um dos profissionais que faz parte da equipe de nível superior que atua na assistência à saúde, e conseqüentemente um profissional integrante no tratamento e acompanhamento aos indivíduos com transtorno mental em todos os setores que da saúde, tanto como o CAPS e a saúde mental.
Cabe pontuar que o Código de Ética Profissional do Assistente Social fundamenta-se nos princípios de liberdade, emancipação humana, defesa dos direitos humanos, democracia, equidade, justiça e erradicação dos preconceitos, princípios estes que estão intrinsecamente ligados à reforma psiquiátrica.
O desempenho do (a) assistente social no CAPS's é influenciado pela restrição de recursos físicos, humanos e financeiros, que inclusive entram em confronto com o que é disposto na legislação da saúde mental em vigor, sendo necessário que haja uma analise dialética permitindo conhecer a realidade como um todo e não como algo fragmentado e focalizado.
Portanto o (a) profissional de serviço social trabalha em situações adversas, e muitas vezes acabam em descrédito na possibilidade de mudanças na política pública de saúde mental, causando perdas tanto ao usuário como para o assistente social que se vê bloqueado nas suas dimensões ético-político, teórico-metodológico e técnico operativo.
O indivíduo era excluído da sociedade e trancafiado nos hospitais psiquiátricos, "favorecendo" muitas vezes ao familiar a não obrigatoriedade do cuidado com o membro da sua família, tendo ainda resquícios no comportamento até os dias atuais.
A prática de atenção, atendimento e acompanhamento em saúde mental é inerente ao profissional de Serviço Social desde o surgimento da profissão no Estado Brasileiro, ficando evidente que sempre foi e ainda é uma das expressões da questão social concentrada em nossa sociedade.
O objeto geral deste trabalho visa analisar a intervenção do serviço social no campo da saúde mental, dando ênfase no trabalho realizado aos usuários e seus familiares. Assim como os objetivos específicos visa à importância da família no tratamento do dependente químico e aos usuários. O presente trabalho justifica-se, pois a discussão acerca do trabalho do assistente social na saúde mental é recente, bem como o devido destaque sobre a sua importância e atuação.
Onde iremos buscar o as possibilidades de intervenção junto onde a justificativa do serviço social na saúde e muito extensiva, ao analisar algumas situações despertou-me o interesse sobre o contexto.
O Serviço Social é uma profissão tem como objetivo intervir para que possa buscar e diminuir as desigualdades sociais, dando informações de forma que possa contribuir aos seus usuários em atendimento humanizado buscando sempre a conscientização sobre seus direitos em especial nas unidades Básicas de Saúde.
Podemos afirmar especificamente que na área da saúde podemos dizer que a atuação do assistente social é voltada para atender a população independente do convenio que o mesmo possuir. Sendo que na o assistente social atuando na área da saúde tem suas competências para intervir junto aos usuários e seus familiares, orientando, acompanhando e incluindo nos serviços disponibilizados na rede básica de saúde.
A pratica do assistente social vem se acrescentando cada dia mais, e tem se tornado imprescindível na acessão e atenção na saúde, com isso sua mediação vai se expandido e se solidificando diante da convicção do processo saúde-doença que é determinado socialmente no conceito de saúde.
Através destes autores é notório observar que todos os estudos analisados pontuam que os profissionais precisam estar à frente das demandas que lhes são impostas, sendo articuladora, dinâmica, inovadora, mediadora e propositiva, pois a profissional, ainda, encontra várias dificuldadesem trabalhar com as políticas sociais devido à negligência e precarização da saúde.
O Assistente Social tem atuado principalmente no bojo do movimento da Reforma Psiquiátrica, proporcionando aos usuários melhores condições de vida, pois ocorreram reduções no número de internações psiquiátricas, bem como o deslocamento para outras cidades. Bisneto (2007)
Sobre o trabalho do profissional de serviço social Iamamoto (2011) afirma:
Foi observado que as suas atitudes diante das demandas, com os usuários e das dificuldades encontradas para exercer seu trabalho.
Assim, apesar das dificuldades, todas as ações da profissional sempre foram pautadas no código de ética da profissão e voltadas ao bem-estar do usuário. Iamamoto (2011)
O serviço social atua de forma a ajudar no processo de inserção ou reinserção do portador de transtorno mental na sociedade.
Trabalhando controle social, realizando encaminhamentos, atividades educativas... Em linhas gerais, este se articula como os demais profissionais no sentido de proporcionar uma melhor qualidade de vida ao portador de transtorno mental, seja através da estabilização do seu quadro psíquico, ou por meio da orientação para o seu ingresso na vida em sociedade, seja no mercado de trabalho, na escola, entre outros (BISNETO,2007).
É importante destacar que os resultados das ações do Serviço Social, onde nem sempre estão perceptíveis, levando em consideração que o processo interventivo do Serviço Social on de o processo ocorre de forma gradativa e nem sempre e vista pelas pessoas as quais são beneficiarias.
Sobre o trabalho do profissional de serviço social, foi observado que as suas atitudes diante das demandas, com os usuários e das dificuldades encontradas para exercer seu trabalho. Assim, apesar das dificuldades, todas as ações da profissional sempre foram pautadas no código de ética da profissão e voltadas ao bem-estar do usuário. Iamamoto (2011)
O percurso desta reflexão nos remete a uma visão ampla acerca da importância do profissional de Serviço Social no âmbito da saúde mental.
Destarte, o estudo permitiu algumas contribuições importantes para á analise do Serviço Social no campo da saúde mental, como fundamento para o campo de pesquisa que certamente serão abordadas em reflexões futuras. Sendo que Capitulo I o assunto abordado será: O aparecimento do Serviço Social e a atuação junto ao trabalho menta e no capitulo II será abordado Saúde Mental onde o mesmo terá alguns tópicos para que possamos compreender toda a problemática que o assunto envolve.
CAPITULO I
O APARECIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL E ATUAÇÃO JUNTO AO TRABALHO MENTAL
1.1 SERVIÇO SOCIAL E SUA ORIGEM
O serviço social surge da iniciativa particular de grupos e frações de classe que se manifestaram, principalmente, por intermédio da Igreja Católica. Seu surgimento aconteceu na Europa onde a profissão sofria influências da industrialização. Iamamoto (2011)
A origem ocorreu por volta de 1930 quando a desenvolvimento das atividades industriais onde atrai trabalhadores das áreas rurais e o processo de industrialização no Brasil. Onde o mesmo surge da forma assistencialista pelas damas da caridade (mulheres de classe que manifestaram principalmente por mediação da igreja católica), que ofereciam assistência aos mais necessitados, em especial aos trabalhadores.
Surgem em 1920 à associação das senhoras católicas em São Paulo. E em 1923 a liga das senhoras católicas do Rio de Janeiro. Tinham como objetivo não apenas o socorro aos indigentes, mas atender e amenizar determinadas complicações tendo em vista que no desenvolvimento capitalista principalmente as questões sociais que envolvem crianças e mulheres as mais prejudicadas.
Em 1937 surge o Instituto de Educação Familiar e Social.
1938 - Começa a funcionar o curso regular da Escola Técnica de Serviço Social.
1940 - Surgem diversas escolas do Serviço Social nas capitais do Estado.
Em agosto de 1946 foi fundada a Pontifica Universidade Católica de São Paulo, foi incorporado a Escola do Serviço Social de São Paulo.
1947- Associação Brasileira de Assistente Social (ABAS) o 1° código de Ética do Assistente Social.
“Maria Kiehl e Alberlina Ramos as primeiras Brasileiras a receberem formação na área, na Escola de Serviço Social de Bruxelas” (CRESS-SP 2006 d).
Após 1930, com o andamento da industrialização, um grande êxodo de pessoas que saem da zona rural para a cidade em busca de emprego a procura, elevando uma aglomeração de pessoas nas cidades e levando muitas pessoas ao desemprego tendo em vista a grande demanda no mercado de trabalho. Com esta grande demanda de trabalho fez com que muitas pessoas tinham que trabalhar em ambientes insalubres onde a exploração de mulheres e crianças era feita de maneira acerbada, havia falta de moradia, levando a precariedade de saúde e saneamento básico.
Estas situações de precariedade fizeram com que as pessoas ficassem vulneráveis e em condições de riscos. Podendo se observa que todos os problemas que havia, existia as damas de caridade onde elas realizavam um trabalho filantrópico onde o mesmo o trabalho filantrópico ia desde a construção de casas de abrigo a distribuição de remédios, comidas dentre outros donativos.
Sendo assim houve um movimento de reconceituação, que se distingue pela renovação da profissão já que não mais atendia as problemáticas no âmbito social fazendo com que houvesse um rompimento com as diretrizes da Igreja.
O movimento de reconceituação tal como se expressou em sua tônica dominante na América Latina, representou um marco decisivo no desencadeamento do processo de revisão crítica do serviço social no continente (IAMAMOTO, 2012, p.205).
O publico participante do curso era predominante feminino constituído de mulheres jovens com formação religiosa, vindas de classes dominantes.
Em 1932 o CEAS (Centro de Estudo e Ação Social) fundou meio de trabalhos manuais, conferências, conselhos sobre higiene, procuravam atrair as operárias assim aproximar da classe trabalhadora estudando o seu ambiente e necessidades.
Entretanto observa-se que os primeiros assistentes sociais registram as suas atividades cuja natureza e doutrinaria e assistencial.
O tratamento é feito basicamente por encaminhamento, colocação em emprego, para os necessitados os abrigos regularização da família, todos os assistidos são fichados (Iamamoto; Carvalho 1988).
Publicações do serviço social eram limitadas, apenas uma publicação Regular- Revista Serviço Social- reproduzia o pensamento as preocupações e o desenvolvimento da profissão, indicando a fase inicial em que o serviço social se encontrava difundindo e propagando a doutrina e o pensamento social da igreja.
No passar do tempo, o serviço social mudou a sua forma de atuar, recorrendo, as descobertas cientificas, pelo desenvolvimento dos estudos sociológicos e pela intensidade dos problemas sociais da época. Colocava em movimento o sentimento a inteligência e a vontade para o serviço da pessoa humana.
A representação do profissional assistente social teve limitações nas fases da constituição, e na ausência da bagagem teórica, então ficando a clemências das influências externas.
A ideologia católica era o fundamento da reforma social tendo em vista à questão social a decadência dos costumes e o desenvolvimento do liberalismo e comunismos, tendo em vista reconstruir a sociedade e curar as imperfeições da ordem social.
O serviço social tem como objetivo remediar as deficiências dos indivíduos e da coletividade melhora as condições do ser humano, reduzindo as condições de conflitos nas populações.
Em meio a esses conflitos surge a divisão social do trabalho conseqüência inevitável do progresso.
Com o inicio da industrialização e do crescimento desordenado das populações e das áreas urbanas contratou-se que era preciso controlar os operários, essa foi à primeira missão do Serviço Social no Brasil.

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