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Fármacos Cardiovasculares

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Fármacos Cardiovasculares
ANTIHIPERTENSIVOS
Prof Carlos Eurico Pereira
Farmacologia
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Pré Teste
O que é Hipertensão?
Por que tratar hipertensão?
Papel do enfermeiro no tto da HAS?
Que medidas não-farmacológicas são importantes no tto da HAS?
Que drogas ou classes de drogas que você conhece, são utilizadas no tto da HAS? 
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EPIDEMIOLOGIA DA HAS
Doença quantitativa, atingindo 20 a 30% dos adultos
68,4% pessoas tem conhecimento da doença, sendo apenas 27,4% controladas satisfatoriamente
Aumento da incidência de complicações com aumento dos fatores de risco
Framinghan et al
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EPIDEMIOLOGIA DA HAS
Risco de doença cardiovascular está associado a lesões em órgãos-alvo
Incidência de HVE em 23 a 40% nos hipertensos com morbimortalidade 3X maior
Incidência de 91% na etiologia dos pacientes que desenvolveram ICC segundo Framingham
Falta de prevenção primária 
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DEFINIÇÃO, DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO
Medida da PA: 1- explicar o procedimento
			 2- deixar o paciente descansar 5 a 10 mim
			 3- localizar art. Braquial
			 4- manguito em região correta
			 5- braço na altura do coração
			 6- realizar aferição com intervalos de 2 mim
			 7- mínimo de 2 medidas em ambos os 	 			 membros
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Classificação diagnóstica da Hipertensão (>18 anos) e seguimento:
 PAD		PAS Classificação		 Seguimento
(mmHg) (mmHg)
< 85		<130	 Normal		 Reavaliar em 1 ano.
85-89	 130-139	 Normal limítrofe	 Reavaliar em 6 ms
90-99	 140-159	 HAS leve (estágio I) Confirmar em 2 ms
100-109 160-179	 HAS moderada (est. II) Confirmar em 1 mês
≥ 110	 ≥ 180	 HAS grave (est. III)	 Intervenç imediata 						ou reavaliar em 1 semana
< 90	 ≥ 140	Hipertensão sistólica isolada	 
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CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA POR ORGÃOS-ALVO
Estágio I:		Sem manifestações de lesões orgânicas
Estágio II: 	- Hipertrofia cardíaca
		 		- Estreitamento das artérias retinianas
		 		- Microalbuminúria, proteinúria, aumento da 			creatinina
 	- Evidência de placas ateroscleróticas
Estágio III: 	Sintomas e sinais decorrentes da lesão de 			órgãos-alvo
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CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA
POR HA SECUNDÁRIA
Causas endócrinas 
	Adrenal : Cushing, hiperaldosteronismo primário, feocromocitoma 
	Acromegalia, Síndrome carcinóide Hiperparatireoidismo
Causas renais
	Renovascular, Tumores produtores de renina
Coarctação da aorta e aortites
Hipertensão gravídica
Substâncias exógenas 
Cirurgia 
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CLASIFICAÇÃO DA HIPERTENSÃO
ARTERIAL SEGUNDO ETIOLOGIA
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ETIOPATOGENIA 
Mosaico da hipertensão associando fatores: neurais, renais, cardíacos, hormonais, estruturas vasculares e genéticos
Levam aumento resistência periférica total vascular induzindo vasoconstrição, ou aumento do DC
Mecanismos neurais: ação dos barorreceptores modulando respostas simpáticas e parassimpáticas e reações hormonais. Havendo no hipertenso perda da sensibilidade
Mecanismos cardíacos: presença de circulação hiperdinâmica no hipertenso
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ETIOPATOGENIA 
Mecanismos renais: aumento na produção de renina ativando o SRAA
Mecanismos hormonais: alteração do equilíbrio dos hormônios vasoativos
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Papel da enfermagem na abordagem multidisciplinar do Hipertenso 
Aferição da pressão arterial
Investigação sobre fatores de risco e hábitos de vida;
Orientação sobre uso de medicamentos e seus efeitos colaterais;
Avaliação de sintomas e reforço as orientações sobre hábitos de vida pessoal e familiar;
Administração do serviço: controle dos retornos, busca de faltosos e controle de consultas agendadas;
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Hipertensão Arterial – Tratamento Não-Medicamentoso
Modificações no Estilo de Vida 
REDUÇÃO DO PESO CORPORAL
REDUÇÃO DA INGESTA DE SAL/SÓDIO
AUMENTO DA INGESTA DE POTÁSSIO
REDUÇÃO DO CONSUMO DE BEBIDAS ALCÓOLICAS
EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR
ABANDONO DO TABAGISMO
CONTROLE DAS DISLIPIDEMIAS E DO DIABETE MELITO
MEDIDAS ANTIESTRESSE
EVITAR DROGAS QUE AUMENTAM A PRESSÃO ARTERIAL
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DROGAS QUE PODEM ELEVAR A PRESSÃO ARTERIAL: 
Anticoncepcionais orais	
Chumbo, cádmio, tálio
Antiinflamatórios não-esteróides		
Moderadores de apetite
Anti-histamínicos descongestionantes	
Eritropoietina
Antidepressivos tricíclicos e Inibidores da IMAO
Corticosteróides, esteróides anabolizantes
Ciclosporina
Vasoconstritores nasais
Cocaína
Alcalóides derivados do “ergot”		
Antiácidos ricos em sódio
Hormônios tireoidianos (altas doses)	
Cafeína (?)
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HIPERTENSÃO ARTERIAL – TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 
Objetivo: 
	Redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares do paciente hipertenso.
Respeitar um período mínimo de 4 semanas para proceder o aumento da dose e/ou associação de drogas, salvo em situações especiais
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Princípios Gerais Tratamento Medicamentoso
O medicamento deve ser eficaz por via oral
Deve ser bem tolerado
Administração do menor número possível de tomadas diárias (dose única diária).
Usar menores doses efetivas preconizadas para cada situação clínica, podendo ser aumentadas gradativamente e/ou associar-se a outro hipotensor de classe farmacológica diferente (deve-se levar em conta que quanto maior a dose, maior a possibilidade de efeitos indesejáveis)
Instruir o paciente sobre a doença, sobre os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados e sobre a planificação e os objetivos terapêuticos
Considerar as condições socioeconômicas
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CLASSES DE ANTIHIPERTENSIVOS:
DIURÉTICOS
INIBIDORES ADRENÉRGICOS
INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA
ANTAGONISTAS DOS CANAIS DE CÁLCIO
ANTAGONISTAS DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA II
VASODILATADORES DIRETOS
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DIURÉTICOS
Mecanismo de Ação: 
		Primeira fase – depleção de volume. 
		Posteriormente: Redução da resistência vascular periférica decorrente de mecanismos diversos.
Preferência:
		Como antihipertensivos, dá-se preferência aos TIAZÍDICOS.
		Diuréticos de alça (Furosemida) – reservados para casos de hipertensão associada com insuficiências renal e cardíaca.
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Medicamentos Diuréticos
Diuréticos Tiazídicos   
Clortalidona
Hidroclorotiazida
Indapamida
De alça   
Bumetamida
Furosemida
Piretanida
Poupadores de potássio
Amilorida (em assoc.)
Espironolactona 
Triantereno (em assoc.)
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Diuréticos:
Efeitos indesejáveis: (relacionados com a dosagem utilizada)
Hipopotassemia;
Hipomagnesemia;
Hiperuricemia;
Intolerância a glicose;
Aumento dos triglicerídeos;
Disfunção sexual
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Interações Alimentos com Diuréticos
Hidroclorotiazida (drenol): 
Redução da tolerância aos hidratos carbono
Aumento excreção urinária do Mg, K, Zn, riboflavina.
Evitar o alcaçuz (associação leva a hipocalemia, retenção de sódio e água e alcalose)
Ministrar com as refeições – aumento absorção e redução de distúrbios gastrointestinais.
Evitar álcool: potencializa o efeito hipotensor.
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Interações Alimentos com Diuréticos
Clortalidona (higroton):
Aumenta excreção urinária de Zn.
Evitar alcaçuz (hipocalemia grave)
Evitar álcool
Ministrar com o desjejum.
Furosemida (lasix): 
Reduz tolerância hidratos carbono
Aumento excreção urinária de Ca, Mg, K.
Alimentos retardam absorção e reduzem irritação gástrica.
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Interações Alimentos com Diuréticos
Espironolactona (aldazida):
Evitar ingesta excessiva de potássio
Administrar com alimentos, para prevenir náuseas e vômitos.
Triantereno (diurana, iguassina):
Funciona como antagônico do ácido fólico
Reduz níveis séricos de vit B12
Aumenta excreção urinária Ca
Evitar ingesta excessiva
de K
Ministrar com refeições.
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INIBIDORES ADRENÉRGICOS
Ação Central
Metildopa
Guanabenzeno
Clonidina
Alfa-1 bloqueadores
Doxazocina
Prazosina
Betabloqueadores acebutolol,  atenolol,  betaxolol,  bisoprolol,  carteolol,  labetalol,metoprolol,  nadolol,  oxprenolol,  pembutolol,  pindolol,  propanolol, sotalol,  timolol.
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Inibidores Adrenérgicos
Ação Central:
Mecanismo:
Estimulação dos receptores alfa-2 adrenérgicos pré-sinápticos (alfametildopa, clonidina e guanabenzo)
Estimulação dos receptores imidazolidínicos (moxonidina)
	....no SNC, diminuindo a descarga simpática.
Observação:
	Eficácia discreta como monoterapia.
	Pouca experiência com os que agem sobre receptores imidazolidínicos. 
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Inibidores Adrenérgicos de Ação Central
Efeitos indesejáveis:
Sonolência
Sedação
Boca seca
Fadiga 
Hipotensão postural
Impotência.
O emprego da METILDOPA é contraindicado em caso de insuficiência hepática.
A suspensão abrupta da CLONIDINA pode ocasionar hipertensão de rebote.
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Inibidores Adrenérgicos
Alfa-1 bloqueadores:
Baixa eficácia em monoterapia;
Induzem tolerância, obrigando o uso de doses crescentes;
Efeitos indesejáveis: hipotensão postural, palpitação e astenia.
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Interação Alimentos com inibidores adrenérgicos
Metildopa (aldomet):
Ingestão de líquidos para reduzir secura na boca.
Evitar o álcool – potencializa efeito hipotensor
Prazosina (Minipress):
Alimentos podem retardar a absorção, mas reduzem efeitos GI.
Evitar o álcool
Ingesta de líquidos para minimizar secura na boca
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Inibidores Adrenérgicos - Betabloqueadores
Mecanismo de Ação:
Diminuição do débito cardíaco (efeito inicial)
Redução da secreção de renina;
Readaptação dos barorreceptores;
Diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas.
Úteis: 
Hipertensos com cardiopatia isquêmica e arritmias
Enxaqueca
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Betabloqueadores
Efeitos adversos:
Broncoespasmo;
Bradicardia excessiva (< 50 bpm);
Distúrbios condução atrioventricular;
Depressão miocárdica;
Vasoconstrição periférica;
Insônia e pesadelos;
Depressão psíquica;
Astenia
Disfunção sexual.
	Podem ocasionar hipertensão de rebote e/ou manifestações de isquemia miocárdica, quando suspensos abruptamente.
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Interações Alimentos e Betabloqueadores
Propranolol:
Administrar com alimentos – aumento da absorção.
Evitar álcool: a droga pode mascarar os sintomas da hipoglicemia alcoólica.
Metoprolol:
Administrado com refeições – aumento da absorção
Evitar álcool
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ANTAGONISTAS DOS CANAIS DE CÁLCIO
Mecanismo de Ação:
	Redução da resistência vascular periférica por diminuição da concentração de cálcio nas células musculares lisas vasculares.
Efeitos indesejáveis:
Cefaléia e tontura 
Rubor facial 
Edema periférico
Hipertrofia gengival
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Medicamentos Antagonistas dos Canais de Cálcio
Antagonistas do canal L
Fenilalquilaminas- 
Verapamil 
Benzotiazepinas- 
Diltiazem 
Diidropiridinas- 
Amlodipina
Felodipina
Isradipina
Lacidipina
Nifedipina
Nisoldipina
Nitrendipina
Antagonistas do Canal T:
Derivados do tetralol: Mibefranil
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Interação Alimentos Ant. Canais Ca
Nifedipina:
A ingestão concomitante com suca de laranja inibe sua biotransformação oxidativa, aumento o efeito hipotensor.
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INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA (IECA)
Mecanismo de Ação:
Inibição da enzima conversora, bloqueando a transformação de angiotensina I em II no sangue e nos tecidos.
Úteis:
Pacientes hipertensos com nefropatia diabética, retardando o declínio da função renal.
Efeitos indesejáveis:
Tosse seca;
Alteração do paladar;
Reações de hipersensibilidade (erupção cutânea e edema angioneurótico)
Portadores de IRC: hiperpotassemia e piora da função renal;
Contraindicados em gestantes por malformações fetais
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ANTAGONISTAS DO RECEPTORES DA ANGIOTENSINA II
Mecanismo de Ação: 
antagonismo da ação da angiotensina II por bloqueio específico de seus receptores AT1.
BOA TOLERABILIDADE, APRESENTANDO RARAS VEZES TONTURAS E REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE.
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Interações de Outras drogas que atuam no Sistema Cardiovascular e Alimentos
Digoxina (glicosídeo cardíaco):
Refeições ricas em fibras reduzem a absorção.
Aumenta o potencial de toxicidade em pacte com depósitos de potássio reduzidos.
Depleção de K aumenta irritabilidade ventricular, que pode ser acentuada pela digoxina.
Aumenta necessidades de tiamina
Ministrar após refeições: retarda absorção mas não altera quantidade total absorvida.
Quando desejar ação rápida: em jejum
Não ministrar com leite ou alimento rico em Ca: reduz efeito terapêutico.

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