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As cápsulas gelatinosas duras são formadas por dois invólucros que são duas seções cilíndricas pré-fabricadas, sendo o corpo e tampa com as extremidades arredondadas, que se encaixam, geralmente de gelatina, mas podem ser de outros materiais (BENETTI, 2010; BRASIL, 2010a). O preenchimento das cápsulas duras é “com princípios ativos e excipientes na forma sólida” (BRASIL, 2010a). Thompson (2006 apud BENETTI, 2010) explica que durante a manipulação, o corpo e a tampa são separados, o “corpo é preenchido com o pó e, então, a tampa é recolocada”. Conhecidos como cápsulas, eles são formas farmacêuticas sólidas em que o medicamento é encapsulado, permitindo a administração oral mais conveniente. O fármaco de cápsula gelatinosa dura pode ser administrado por duas vias, oral ou retal. A via oral, mais utilizada por seu conforto e maior aceitação dos pacientes tem sua absorção no trato gastrointestinal. A via retal possui mucosa permeável com grande vascularização sanguínea e linfática, gerando efeitos locais e sistêmicos. Os principais eventos que ocorrem após a ingestão do fármaco são: absorção, distribuição, metabolismo e excreção. ETAPAS: Na absorção o fármaco passa pelas membranas biológicas. Tendo como local de administração a corrente sanguínea. A concentração do fármaco dependerá da via de administração. Essa etapa pode sofrer interferências da enzima transportadora de mucosa (P-glicoproteína) e das isoenzimas metabolizadoras presentes nos enterócitos da mucosa intestinal (CYP 3A4). Na distribuição o fármaco chega na corrente sanguínea. Nessa etapa ocorre o transporte entre os diferentes tecidos e compartimentos orgânicos. A concentração na corrente sanguínea e nos locais de ação dependem do fluxo sanguíneo e da velocidade de difusão tecidual. Órgão mais irrigados são mais susceptíveis à distribuição dos fármacos e os menos irrigados, menos suscetíveis. As albuminas são as moléculas responsáveis em grande parte pelo transporte de substâncias endógenas (hormônios e colesterol) e exógenas (fármacos). Fatores como a cirrose, insuficiência renal, alterações fisiológicas geradas pela desnutrição, idade avançada e gravidez, podem interferir na distribuição do fármaco. A etapa do metabolismo ou biotransformação, converte fármacos em metabólitos mais hidrossolúveis e polares. Os metabólitos podem ser ativos, inativos e até tóxicos, mas frequentemente são inativos. A metabolização por via enzimática é mais frequente, ocorrendo principalmente no fígado. No entanto, pode ocorrer também no pulmão, rins, intestinos e pele. Na excreção, última etapa farmacocinética, os fármacos e seus metabólitos deixam os tecidos e finalmente são removidos do organismo. Para que ocorra a excreção, normalmente os fármacos precisam ser biotransformados em metabólitos mais hidrossolúveis e polares. Assim, dependendo das suas propriedades físico-químicas, os fármacos e seus metabólitos podem ser excretados por diferentes vias, em geral, a excreção ocorre principalmente por via renal, pulmonar e digestiva, ainda podendo ocorrer pelas glândulas. Alguns exemplos de fármacos com cápsula gelatinosa dura disponível no mercado, produzidas por diferentes fabricantes farmacêuticos: 1. Gelatina Bovina: cápsulas feitas de gelatina bovina, geralmente transparentes ou opacas. 2. Gelatina Vegetal: cápsulas feitas de materiais à base de plantas, como hidroxipropilmetilcelulose (HPMC), sendo uma alternativa para quem prefere não consumir produtos de origem animal. 3. Cápsulas com Revestimento: algumas cápsulas podem ter revestimentos especiais para melhor proteção do medicamento contra a acidez do estômago. As marcas mais populares que produzem cápsulas gelatinosas duras incluem: - Capsugel (Lonza Group); - Qualicaps; - ACG Capsules. Cada marca pode oferecer diferentes tamanhos, formas, materiais de cápsulas para acomodar diferentes tipos de medicamentos. Vivian Moretti Sábio Fernandes R.A: 1802562 FMU – Nutrição - 4° semestre – Matutino - Presencial
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