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Resumo de Cirurgia I Manobras cirúrgicas Fundamentais Diérese Incisão Neümann – Incisão interpapilar ou sulcular com 1 relaxante divergente para a base- triangular Neümann modificada ou Peter Novak – Incisão interpapilar com 2 relaxantes divergentes para a base irrigação – Trapezoidal - Vantagem: excelente acesso/Desvantagem: retração gengival Wassmund – incisão linear sobre a gengiva inserida com duas relaxantes voltadas para irrigação – Base da incisão –indicada pra preservar papilas. Onde existem problemas periodontais. Também em pacientes com próteses fixas. Ochsenbein – Incisão sobre a mucosa sem invadir o sulco gengival acompanhando o formato das papilas com 2 relaxantes retilíneas divergentes voltada para a região de irrigação. Base da incisão Envelope – Incisão sulcular/interpapilar - muito utilizada para intervenções no palato e na região lingual , onde não se faz incisões relaxantes Winter – Incisão para terceiros molares retidos Partsch ou semi lunar Tipos de Divulsao: Sindesmotomia (para romper as fibras dentogengivais e expor o colo cirúrgico para adaptação do fórceps) Ostectomia (remover osso para expor o objetivo cirúrgico) Divulsão (interromper a integridade dos tecidos) Descolamento muco-periostal – Descolar, em um único plano, mucosa e periósteo, dando possibilidade de afastamento e de visualização do campo operatório. Divulsão por planos – Descolar, em um único plano, mucosa e periósteo, dando possibilidade de afastamento e de visualização do campo operatório. (pele,osso,tecido muscular,periosteo) Exérese Ostectomia Classificada como Exérese quando o objetivo cirúrgico é a remoção ÓSSEA. Osteotomia: corte do osso Avulsão Retirada total ou parcial de um órgão com o uso de força mecânica (Quando o dente sai de dentro do alvéolo) Curetagem Remover do campo operatório formações estranhas, patológicas ou não ou ainda aquelas decorrentes do ato cirúrgico. (Cuidado com a curetagem excessiva para não comprometer o coágulo no alvéolo) Hemostasia Métodos - Físicos Tamponamento Realizado com GAZE ESTÉRIL. Hemostasia temporária, realizado no trans e no pós-operatório. É obrigatório após todos os passos cirúrgicos ou quando a ferida ficará exposta, sem ser manuseada. (Dobrar uma gaze e pedir para o paciente morder) Manobra de Chompret Compressão digital pela vestibular e palatina do alvéolo. Eletrogoagulação Hemostasia de pequenos vasos sanguíneos. Utiliza-se de bisturi eletrônico. Pinçamento Manobra de hemostasia de pequenos vasos, podendo ser associada a eletrocoagulação. No caso de ser utilizada isoladamente, deve-se aguardar de 8 a 10 minutos para a formação do trombo plaquetário na luz do vaso rompido. São utilizadas as pinças hemostáticas. Ligadura Hemostasia DEFINITIVA. Obliteração da luz de um vaso sangüíneo através de sutura com fios não reabsorvíveis. Utilizada em vasos de maior calibre como a artéria facial. O vaso é pinçado com duas pinças kellys – feito um nó no vaso em cada pinça e depois cortado no centro. Métodos Quimicos: Hemostáticos locais Substâncias químicas que atuarão localmente para hemostasia do campo operatório Fibrina: Extraído principalmente de bovinos, é um dos fatores da coagulação e aceleram a formação de um coágulo na área afetada. Esponjas: Tem como característica se expandir em contato com fluidos, realizando um tamponamento da região. Cera: Tem como função tamponar a área hemorrágica. É um fator que pode levar a infecção do sítio operatório. Hemostáticos de ação central Medicamentos administrados para o paciente com fatores vasoativos ou auxiliares de fatores de coagulação, com o objetivo de diminuir a hemorragia. - Estrógenos: Premarin ® ou Styptanon Síntese Reposicionar os tecidos e manter estabilizados para permitir a reparação tecidual. Sutura Tecnica operatorial que consiste no reposicionamente e estabilizacao das bordas da ferida cirurgica e feita geralmente com fio de seda ou nylon espessura 3-0 ou 4-0. Principios de exodontia Simples Remocao do dente de sey alveolo atraves de uma dilatacao ossea e rompimento das fibras periodontais que ligam o tecido osseo. Indicações gerais das exodontias Pacientes com cáries graves Pacientes com necrose pulpar Paciente com doença periodontal grave Por razões ortodônticas, dentes mal posicionados Pacientes com dentes fraturados Dentes impactados Presença de supranumerários Dentes associados a lesões Finalidade pré-protética Como terapia pré radioterapia em pacientes oncológicos Dentes envolvidos em traços de fratura nos maxilares Por finalidade estética Motivos sócio econômicos. Contra-indicações sistêmicas Diabetes não controlada Leucemia e linfoma não controlados Angina instável, infarto recente Hipertensão grave não controlada Coagulopatia severa, uso de anticoagulantes Uso de bifosfonatos Contra-indicações locais Pacientes que realizaram radioterapia em região de cabeça e pescoço Dentes envolvidos em tumores odontogênicos Pacientes com processos infecciosos agudos tais como pericoronarites e abscessos dento alveolares. Indicações para as exodontias simples: Dentes com coroas que suportem a ação do fórceps Coroa pouco cariada ou restaurada Dentes com raiz (es) curta (s) e cônica (s) Dentes com raízes sem dilaceração ou hipercementose Dentes sem inserção óssea e como auxiliar de outras técnicas que utilizem elevadores ou osteotomia Tecnicas Exodontia simples: Forceps e elevadores Exodontia Complicada: Manobras por via nao alveolar Etapas da Exodontia Simples Pré-operatório: podendo ser subdividido em Mediato e Imediato. Mediato Realizar o diagnóstico e planejamento cirúrgico através de um exame clínico e anamnese BEM detalhada Auxiliares de diagnóstico: Radiografia panorâmica ou periapical e exames laboratoriais. Observar o dente a ser extraído (se tem cárie e sua extensão, tamanho e numero de raízes, se tem anquilose ou hipercementose), além de estruturas anatômicas próximas ao objetivo cirúrgico (espessura das tábuas ósseas, seio maxilar, canal mandibular, etc) Exames laboratoriais: Hemograma Hb Ht, Glicemia em Jejum, Curva glicêmica, e exame de coagulação Imediato Preparo geral Com as manobras de assepsia que evitam que microorganismos adentrem o campo operatório. Paramentação e Montagem da mesa cirúrgica de acordo com o planejamento. Preparo Local Clorexidina 2% Extra Oral (passar de forma centrífuga) Clorexidina 0,2 Intra Oral Trans-operatório: O trans-operatório, compreende as manobras cirúrgicas que vão desde a anestesia até a sutura. Posição de trabalho: Na maxilla o plano oclusal deve estar a 60O em relação ao solo e próximo ao ombro do cirurgião. Na mandíbula o plano oclusal deve estar paralelo ao solo, próximo da altura do cotovelo do cirurgião. Pre Operatorio imediato (biosseguranca) Preparo geral - assepsia Preparo local- anti-sepsia Fórceps 150 – Anteriores superiores 151 – Anteriores inferiores 18L – Posteriores Superiores Esquerdos 18R – Posteriores Superiores Direitos 17 – Posteriores inferiores 16 – Chifre de boi Técnica cirúrgica Sindesmotomia Manobra de diérese que visa a desinserção das fibras dento gengivais evitando dilacerar o tecido gengival e visando a exposição do colo cirúrgico para o uso do fórceps. Preensão Preensão do dente com o fórceos no colo cirúrgico. O fórceps deve estar paralelo ao longo eixo do dente. Intrusão Manobra para romper as fibras apicais do ligamento periodontal, deslocar o centro de rotação para apical, melhorando a adaptação do fórceps e distribuição de forças (diminuir a chance de fratura). Lateralidade Realizamos o movimento pendular ou de LATERALIDADE sempre com maior amplitude para a tabua óssea mais fina. (lembrar VIPS) Lateralidade Indicada para dentes uniradiculares e com raíz cônica, sem dilacerações apicais. Incisivos centrais e caninos superiores Pré-molares inferiores Tração Retirada do dente de seu alvéolo. Manobra de Avulsão – ExéreseDevemos sempre tracionar a favor da anatomia radicular, protegendo o dente antagonista com a outra mão evitando traumatismos. Manobras pós cirúrgicas Limagem Deve ser realizada em casos de espículas ósseas, apenas na cortical óssea vestibular, com movimentos de dentro do alvéolo para fora ou após alveoloplastias. Curetagem Somente em casos de processos infecciosos periapicais e periodontais, após exodontias de dentes tratados endodonticamente, para remoção de capuz pericoronários de dentes inclusos e remoção de fragmentos ósseos como septos inter-radiculares e espículas ósseas. Irrigação Feita com soro fisiológico ou água destilada com agulha atraumática e bisel cortado sempre fora do alvéolo. Manobra de Chompret Pressão digital pela vestibular e palatina, para devolver as tábuas ósseas para a posição de origem devido a dilatação causada pelo forcéps. Sutura Manobra de Síntese para hemostasia e manutenção do coágulo. Fazer a compressão com a gaze dobrada em seguida de 5 a 10 minutos. Prescrição medicamentosa O fármaco prescrito depende do trauma cirúrgico. Recomendações pós operatórias Repouso: o maior tempo possível, nos primeiros 3 dias; ao deitar, manter a cabeça elevada; evitar atividades físicas e exposição ao sol por 5 dias e evitar falar muito. Higiene bucal: escovar o dorso da lingual; escovar os dentes normalmente, tomando cuidado com a área operada e empregar a solução anti-séptica de acordo com a prescrição da receita. Outros cuidados: como se o paciente for fumante, evitar fumar neste período; não tomar bebidas alcoólicas de nenhuma espécie; seguir corretamente a prescrição da medicação; não tomar nenhum medicamento por conta própria; No caso de dor, edema ou sangramento excessivo, comunicar-se com o cirurgião e comparecer ao retorno para a remoção dos pontos. Remoção da sutura Pode ser feita de 5 a 15 dias, comumente com 7. Fazer anti-sepsia, tracionar o fio e cortar junto ao nó.
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