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dor lombar e prevenção

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DOR LOMBAR CRÔNICA NÃO-ESPECÍFICA: exercícios 
07/04/2017 
 
 
AUTORES: Bruno Smirmaul e Bruno T. Saragiotto 
 
 
Dentre os problemas de saúde não fatais, a dor lombar é a condição que mais 
causa incapacidade no mundo, sendo também a principal causa de dor crônica 
músculo-esquelética (Vos et al, 2015). De acordo com sua duração, a dor lombar 
pode ser caracterizada como aguda (< 4 semanas), sub-aguda (6 semanas a 3 
meses) ou crônica (> 3 meses) (Qaseem et al, 2017). 
 
Em particular, a dor lombar crônica é definida como "dor e desconforto 
localizados abaixo da margem costal e acima das fossas glúteas inferiores, com 
ou sem dor irradiando nas pernas, que está presente por 3 meses ou mais. 
Recebe a denominação dor lombar crônica não-específica quando a dor não é 
atribuída a uma patologia reconhecida e específica (como infecção, tumor, 
osteoporose, fratura, deformação estrutural, inflamação, síndrome radicular ou 
síndrome da cauda equina)." (Airaksinen et al, 2006). 
 
 
 
Diversas diretrizes de prática clínica ao redor do mundo recomendam exercícios 
físicos para o tratamento da dor lombar crônica não-específica, principalmente 
para diminuição da dor e incapacidade (Koes et al, 2010). Porém, quais seriam os 
tipos de exercícios mais indicados para essa condição? 
 
Diversas revisões sistemáticas e meta-análises têm sido publicadas nos últimos 
anos, analisando o impacto de diferentes tipos de exercícios sobre desfechos 
clínicos (principalmente dor e incapacidade) relacionados com a dor lombar 
crônica não-específica no curto (< 3 meses), médio (≈ 3 a 12 meses) e longo (> 
12 meses) prazo (Wieland et al, 2017; Saragiotto et al, 2016; Searle et al, 
2015; Yamato et al, 2015). Abaixo apresentamos um resumo das principais 
evidências para os diferentes tipos de exercícios estudados: 
 
 
Exercícios de Controle Motor*(Saragiotto et al, 2016) 
(ou exercícios de estabilização) 
*Caracterizado pelo treinamento do controle e coordenação dos músculos do tronco. Este 
treinamento envolve inicialmente a contração isolada dos músculos profundos do tronco 
(por exemplo, o transverso e o multífido), progredindo para a integração dos músculos 
profundos e superficiais em tarefas dinâmicas e funcionais. 
 
Uma revisão sistemática recente encontrou 16 estudos comparando exercícios de 
controle motor com outros tipos de exercícios (por exemplo, exercícios gerais de 
alongamento e fortalecimento para a região do tronco). 
 
Dor e Incapacidade: exercícios de controle motor demonstraram ser um pouco 
mais efetivos no curto prazo (porém esta diferença não é clinicamente 
importante), e similares no médio e longo prazo. 
 
Função, Impressão Global de Recuperação e Qualidade de Vida:sem diferenças 
entre os tipos de exercícios. 
 
 
 
Yoga (Wieland et al, 2017) 
 
Uma revisão sistemática recente encontrou 4 estudos que compararam Yoga com 
outros tipos de exercícios (por exemplo, exercícios gerais de alongamento e 
fortalecimento para a região do tronco e exercícios aeróbios gerais). 
 
Dor: 1 estudo (de baixa qualidade) demonstrou maior redução (de magnitude 
moderada) para os exercícios de yoga no curto e médio prazo (longo prazo não 
foi analisado). 
 
Função: 2 estudos (de baixa qualidade) demonstraram similaridades entre os 
tipos de exercícios no curto e médio prazo (longo prazo não foi analisado). 
 
Melhora Clínica: 1 estudo (de baixa qualidade) demonstrou similaridades entre 
os tipos de exercícios no curto e médio prazo (longo prazo não foi analisado). 
 
Qualidade de Vida: 1 estudo (de baixa qualidade) demonstrou melhor qualidade 
de vida (magnitude grande) para os exercícios de yoga no curto e médio prazo 
(longo prazo não foi analisado). 
 
 
 
Pilates (Yamato et al, 2015) 
 
Uma revisão sistemática recente encontrou 4 estudos que compararam Pilates 
com outros tipos de exercícios (por exemplo, exercícios gerais de fortalecimento 
para a região do tronco). 
 
Dor: 3 estudos (de baixa qualidade) demonstraram similaridades entre os tipos de 
exercícios no curto e médio prazo (longo prazo não foi analisado). 
 
Incapacidade: 4 estudos (da moderada qualidade) demonstraram similaridades 
entre os tipos de exercícios no curto e médio prazo (longo prazo não foi 
analisado). 
 
Função: 1 estudo (de baixa qualidade) demonstrou similaridade no curto prazo e 
maior efetividade (de pequena magnitude) para os outros tipos de exercícios no 
médio prazo. 
 
 
 
Tai Chi Chuan e Natação (Weifen et al, 2013) 
 
1 estudo de comparação entre os seguintes grupos: Tai Chi Chuan, natação, 
corrida e caminhada para trás. 
 
Dor: maiores reduções (de magnitude moderada) para os grupos de Tai Chi 
Chuan e natação no curto e médio prazo (longo prazo não foi analisado) em 
comparação aos grupos de corrida e caminhada para trás. 
 
 
Diferentes Tipos de Exercícios(Searle et al, 2015) 
 
Efeito de 4 tipos de exercícios, de acordo com os resultados de uma revisão 
sistemática recente: 
 
a) 12 estudos - coordenação/estabilização: componentes de equilíbrio, agilidade, 
coordenação, marcha e propriocepção. 
 
b) 11 estudos - força/resistido: principais grupos musculares do corpo. 
 
c) 6 estudos - cardiorrespiratório: exercícios contínuos envolvendo os principais 
grupos musculares. 
 
d) 14 estudos - combinado: componentes múltiplos, como fortalecimento, 
alongamentos e treinamento aeróbio (incluindo yoga, pilates, etc). 
 
Dor: com exceção do grupo cardiorrespiratório, todos os outros demonstraram 
reduções de pequena magnitude na dor, porém, sem diferenças entre eles. 
 
 
 
RESUMO E RECOMENDAÇÕES 
 
A análise dos estudos acima mencionados, juntamente com as recentes 
evidências (Chou et al, 2017) e recomendações doAmerican College of 
Physicians(Qaseem et al, 2017), indicam que exercícios envolvendo 
principalmente o fortalecimento e alongamento dos músculos do tronco, 
apresentam uma pequena vantagem para a redução da dor no curto prazo (< 3 
meses) (evidências de qualidade moderada). Porém, no médio (3 a 12 meses) e 
no longo prazo (> 12 meses), as evidências indicam que nenhum tipo 
específico de exercícios parece ser mais efetivo do que outro. Dito isso, é 
importante ressaltar que a prática de exercícios físicos tem demonstrado ser mais 
efetiva do que não realizar nenhum tratamento ou intervenções mínimas (por 
exemplo, apenas intervenção educacional). 
 
Assim, considerar fatores que aumentem a aderência e a individualização do 
programa de exercícios físicos, como as preferências individuais, nível de 
condicionamento físico, custos e acessibilidade da modalidade, parecem ser mais 
importantes do que a escolha da modalidade em si. 
 
Além disso, atualmente não há maior conhecimento científico 
para aprofundamentos a respeito da eficiência de diferentes prescrições de 
intensidade, duração, frequência e seleção de exercícios. Apesar de discussões 
sobre o tema (Saragiotto et al, 2017), atualmente não parece ser possível 
identificar se subgrupos de pacientes com diferentes características (idade, sexo, 
severidade da dor lombar, etc) respondem de forma diferenciada a diferentes 
intervenções de exercício. 
 
Uma limitação das evidências apresentadas é a falta de consenso em relação à 
dose de exercícios (por exemplo, intensidade, frequência, etc) e seu eventual 
impacto na efetividade das intervenções. 
 
Por fim, vale ressaltar que exercícios específicos para dor lombar crônica não-
específica requerem o acompanhamento de um profissional da saúde. Além 
disso, diversas outras intervenções podem ser realizadas (além do exercício 
físico), como ações educativas, utilizações de medicamentos, terapiacognitiva 
comportamental, terapia manual, dentre outras (Qaseem et al, 2017). 
 
 
1) A prática de exercícios físicos tem demonstrado ser 
mais efetiva para a dor lombar crônica não-específica do 
que não realizar nenhum tratamento ou intervenções 
mínimas. 
 
2) Enquanto exercícios envolvendo principalmente o 
fortalecimento e alongamento dos músculos do tronco 
apresentam uma pequena vantagem para a redução da dor 
no curto prazo (< 3 meses) (evidências de qualidade 
moderada), no médio (3 a 12 meses) e no longo prazo (> 12 
meses), as evidências indicam que nenhum tipo específico 
de exercícios parece ser mais efetivo do que outro. 
 
3) Fatores que aumentem a aderência e a individualização 
do programa de exercício físico, como as preferências 
individuais, nível de condicionamento físico, custos e 
acessibilidade da modalidade, parecem ser mais 
importantes do que a escolha do exercício em si. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Airaksinen O, Brox J, Cedraschi C, et al. Chapter 4. European guidelines for the management of 
chronic nonspecific low back pain. Eur Spine J. 2006 Mar;15 Suppl 2:S192-300. [link] 
 
Chou R, et al. Nonpharmacologic Therapies for Low Back Pain: A Systematic Review for an 
American College of Physicians Clinical Practice Guideline. Ann Intern Med. 2017 Feb 14. doi: 
10.7326/M16-2459. [link] 
 
Koes BW, van Tulder M, Lin CW, Macedo LG, McAuley J, Maher C. An updated overview of 
clinical guidelines for the management of non-specific low back pain in primary care. Eur Spine J. 
2010 Dec;19(12):2075-94. [link] 
 
Qaseem A, Wilt TJ, McLean RM, Forciea MA. Noninvasive Treatments for Acute, Subacute, and 
Chronic Low Back Pain: A Clinical Practice Guideline From the American College of Physicians. 
Ann Intern Med. 2017 Feb 14. doi: 10.7326/M16-2367. [link] 
 
Saragiotto BT, Maher CG, Hancock MJ, Koes BW. Subgrouping Patients With Nonspecific Low 
Back Pain: Hope or Hype? J Orthop Sports Phys Ther. 2017 Feb;47(2):44-48. [link] 
 
Saragiotto BT, Maher CG, Yamato TP, Costa LO, Menezes Costa LC, Ostelo RW, Macedo LG. 
Motor control exercise for chronic non-specific low-back pain. Cochrane Database Syst Rev. 2016 
Jan 8;(1):CD012004 [link] 
 
Searle A, Spink M, Ho A, Chuter V. Exercise interventions for the treatment of chronic low back 
pain: a systematic review and meta-analysis of randomised controlled trials. Clin Rehabil. 2015 
Dec;29(12):1155-67. [link] 
 
Vos T et al. Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 
301 acute and chronic diseases and injuries in 188 countries, 1990-2013: a systematic analysis for 
the Global Burden of Disease Study 2013. Lancet. 2015 Aug 22;386(9995):743-800. [link] 
 
Weifen W, Muheremu A, Chaohui C, Wenge L, Lei S. Effectiveness of Tai Chi Practice for Non-
Specific Chronic Low Back Pain on Retired Athletes: A Randomized Controlled Study. Journal of 
Musculoeskeletal Pain. 2013;21(1):37-45.[link] 
 
Wieland LS, Skoetz N, Pilkington K, Vempati R, D'Adamo CR, Berman BM. Yoga treatment for 
chronic non-specific low back pain. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Jan 12;1:CD010671. [link] 
 
Yamato TP, Maher CG, Saragiotto BT, Hancock MJ, Ostelo RW, Cabral CM, Menezes Costa LC, 
Costa LO. Pilates for low back pain. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Jul 2;(7):CD010265. [link]

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