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217_-_Tratamento_OsteopYtico_em_Pacientes_com_Lombalgias_Y_EvidYncias_CientYficas_2003-2013

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1 
 
 
 
 ¹Fisioterapeuta, Pós-graduanda em Fisioterapia Traumato-Ortopédica com Ênfase em Terapia Manual – Faculdade Ávila. 
²Fisioterapeuta, Osteopata D.O. pela Scientific European Federation of Osteopaths, Osteopata/Professora pela Escuela de Osteopatia 
de Madrid e Professora da Pós-Graduação em Fisioterapia Traumato-Ortopédica com Ênfase em Terapia Manual – Faculdade 
Ávila.
 
 
 
Tratamento Osteopático em Pacientes com Lombalgias – 
Evidências Científicas (2003-2013) 
Lislane Souza de Paiva¹ 
lislanepaiva@hotmail.com 
Ana Paula Cardoso de Mello e Mello Ribeiro² 
Pós-graduação em Fisioterapia Traumato- Ortopédica com Ênfase em Terapia Manual – Faculdade 
Ávila 
Resumo 
A lombalgia é uma das grandes aflições humanas. Quase todo individuo do mundo vai 
vivenciar dor lombar em algum momento de sua vida. Na literatura científica são 
diversas as propostas de tratamento. O objetivo deste estudo foi verificar os efeitos e a 
eficácia da manipulação articular através do método osteopático nas lombalgias. 
Método: Foi realizada pesquisa de artigos nas bases de dados Lilacs, Scielo, PubMed, 
JAOA e Cochrane Central Register of Controlled Trials no período de janeiro a junho 
de 2013. Resultados: Os artigos revisados entraram em controvérsias quanto à eficácia 
do tratamento osteopático na lombalgia, principalmente à longo prazo. Conclusão: Mais 
estudos adicionais são necessárias para elucidar mecanicamente como a osteopatia 
exerce seus efeitos, para determinar seus benefícios a longo prazo e para avaliar o custo-
efetividade da terapia manipulativa osteopática como um tratamento complementar para 
a dor lombar. 
Palavras-chave: Manipulação Osteopática; Medicina Osteopática; Lombalgia; 
Terapia Manual. 
 
1. Introdução 
 
A lombalgia, dor na coluna lombar ou LPB (Low Back Pain) é um dos sintomas mais 
comuns das disfunções da coluna vertebral, acometendo ambos os gêneros, podendo 
variar de semanas, meses e persistir por anos. 
Mais de 97% da dor lombar é descrita como "mecânica", que significa que a causa 
subjacente é uma anormalidade anatômica ou funcional, ao invés de uma doença 
inflamatória, neoplasia maligna, ou manifestação de doença visceral (LICCIARDONE, 
2004). 
A coluna vertebral é composta de quatro curvaturas fisiológicas constituídas por 
múltiplas peças que formam o esqueleto axial (HEBERT et al., 2003). A coluna lombar 
possui uma curvatura fisiológica do tipo lordose classificada como secundária, pois, se 
instala com o início da marcha (RASCH, 1991). E é a parte lombar da coluna vertebral 
que promove suporte para a porção superior do corpo e transmite o peso dessa área para 
a pelve e os membros inferiores. Devido à localização estratégica da coluna lombar, esta 
2 
 
 
estrutura deve ser incluída em qualquer exame da coluna como um todo (MAGEE, 
2005). 
A coluna vertebral tem como principais características duas funções opostas: a rigidez e 
a mobilidade (COUTO, 2007). A estabilidade da coluna só é possível, graças à sua 
potente estrutura, constituída pelas fáscias, músculos e ligamentos. Esta estrutura 
mecânica permite ao ser humano o equilíbrio. 
A coluna vertebral, bem como todas as articulações do corpo humano, está sujeita a 
repetidas cargas e estresses que podem ser indolores. Porém, eventualmente, estas 
mesmas cargas podem favorecer o processo de degeneração de uma articulação. No 
caso específico da coluna lombar, por ser uma região onde passam grandes forças 
descendentes, principalmente a do peso corporal, poderão ocorrer disfunções somáticas, 
resultando em um processo degenerativo que irá interferir na biomecânica articular, 
levando a episódios de dor (GÓIS, 2005). 
Ao estudar a biomecânica lombar NEUMANN (2006), observou vários 
movimentos vertebrais, no qual conculiu que durante a movimentação, flexão 
e na extensão da região lombar há um efeito no diâmetro do forame 
intervertebral e migração do anel pulposo. Na posição ereta neutra, o disco 
saudável é a estrutura primária de sustentação de peso na região lombar. A 
região lombar pode apresentar uma lordose muito exagerada que é 
considerável a partir de uma perspectiva clínica. A patologia mecânica da 
lordose severa freqüentemente envolve uma contratura da flexão do quadril, 
com a tensão passiva muito aumentada nos músculos flexores do quadril. 
As dores lombares incidem em cerca de 80% da população em algum momento de sua 
vida, representando um alto custo no seu tratamento para o sistema de saúde e para a 
previdência social, devido ao alto índice de afastamento e incapacidade para o trabalho 
(WASSERSTEIN, 2005). 
Caracteriza-se com uma problemática de saúde pública na sociedade moderna, o que 
evidencia a necessidade imperativa de investimentos em informação, prevenção, 
diagnósticos precoces, formas de tratamentos adequados e efetivos que visem a menores 
custos socioeconômicos (CALONEGO, 2002, ANTONIO, 2002). 
O tratamento da lombalgia é complexo, preciso e minucioso quando comparado à 
maioria dos tratamentos, sendo a fisioterapia um recurso essencial para a reabilitação do 
paciente. Observam-se recursos variados capazes de permitir intervenção direta sobre a 
dor, incapacidade e qualidade de vida. Citam-se entre eles as técnicas de terapia manual, 
cinesioterapia, eletrotermoterapia, hidrocinesioterapia, reeducação postural, 
manipulação osteopática, acupuntura, entre outros. 
Tratamento de pacientes com dor lombar é complicada por vários fatores, incluindo a 
incapacidade para identificar uma causa patológica para a maioria dos pacientes 
(FRITZ, 2005). 
O tratamento através da terapia manual envolve técnicas manuais (mobilização, 
manipulação e tração) e exercícios, e estas abordagens principais de tratamento são 
recomendadas em diretrizes internacionais recentes para a gestão da dor lombar (KENT, 
2010). 
Só recentemente é que a fáscia e o tecido conjuntivo não especializado do dorso foram 
levados em consideração na relação à fisiopatologia da LBP (TOZZI, 2012). 
As manipulações osteopáticas são um instrumento a serviço dos terapeutas 
manuais. Mas a Osteopatia é bem mais do que isso: é uma ciência e uma arte 
que se permite fazer o diagnóstico palpatório de bloqueios tissulares, em 
geral, e articulares, em particular, igualmente chamados de lesões ou 
disfunções, necessitando utilizar manipulações (GOÍS, 2005). 
A medicina osteopática está baseada na interpretação do indivíduo como um ser único e 
integrado, mais do que a união de processos fisiológicos que ocorrem individualmente 
em diferentes sistemas. Dessa forma, os osteopatas se concentram principalmente no 
3 
 
 
funcionamento corporal, particularmente quando este se encontra desviado da fisiologia 
prevista (POVOA, 2011). 
Ao longo da última década tem havido uma crescente evidência científica que suporta a 
eficácia clínica de terapias manuais no tratamento da lombalgia. Enquanto há evidências 
clínicas apoiando a eficácia e efetividade de terapias manuais, surgi menos evidência 
científica para explicar os efeitos e os mecanismos subjacentes a estes tratamentos. A 
falta de um suporte mecânico impede a aceitação por parte das comunidades científicas 
e de cuidados de saúde, e também limita o desenvolvimento de estratégias racionais 
para o uso de terapias manipulativas (BRIAN, 2011). 
 
2. Metodologia 
 
As bases de dados eletrônicos Lilacs, Scielo, PubMed, JAOA e Cochrane Central 
Register of Controlled Trials foram pesquisadas no período de janeiro a junho de 2013. 
Os descritores de assunto utilizados foram: Manipulação Osteopática; Medicina 
Osteopática; Lombalgia; Terapia Manual; osteopathic; manual therapy; low back pain. 
A busca se limitou aos trabalhos publicados entre 2003 e 2013, incluindo artigos em 
idiomas inglês e português. Foram incluídos os trabalhos que estudaram os seguintes 
tipos de patologias: Lombalgias Agudas e Crônicas (específicas ou não). Nos trabalhos 
revistos foram utilizadasas seguintes mensurações: Escala Visual Analógica (EVA) 
para avaliar o nível de dor individual dos pacientes; Roland Morris Disability 
Questionnaire; Oswestry Back Pain Disability, Neck Pain Disability Index para fazer 
avaliações funcionais mais específicas; Linton e Hallden (LH) questionário de triagem 
psicológica; Questionários de Qualidade de Vida e Follow-Up para acompanhamento da 
duração dos efeitos positivos. 
3. Resultados e Discussão 
Foram encontrados nas bases de dados pesquisados estudos randomizados, meta-
analises, revisões de literatura e bibliográfica sobre terapia manipulativa osteopática no 
tratamento da lombalgia. 
Os estudos incluídos tinham que apresentar dados suficientes, a fim de determinar o 
tamanho do efeito atribuível à terapia-alvo, incluindo as estimativas pontuais e medidas 
de variabilidade. Os dados sobre a metodologia, tratamento manipulativo osteopático, 
controle de tratamentos experimentais, resultados de diminuição da dor nas costas, 
mobilização, thrust, manipulação, tração e exercícios terapêuticos. 
Foram encontradas revisões sistemáticas da eficácia da manipulação que concluíram 
que a manipulação pode aumentar a taxa de recuperação da lombalgia aguda e/ou 
crônica. E que as evidências para apoiar o uso da manipulação para dor nas costas com 
radiculopatias não foram conclusivas. Subsequentemente em outras revisões 
sistemáticas, concluiu-se que a terapia manipulativa vertebral não tem vantagem 
estatística ou clinicamente significantes sobre os cuidados de clínica geral, analgésicos, 
terapia, exercício físico para a dor lombar aguda ou crônica. No entanto, os autores 
conseguiram encontrar algumas vantagens para a manipulação da coluna vertebral, 
quando comparado à manipulação farsa. 
Citam-se evidências de que os programas gerais de exercício podem melhorar a dor e os 
níveis funcionais em pacientes com dor lombar crônica. Mais recentemente, uma 
revisão, e outro estudo que concluíram que os dados não indicam que exercícios 
específicos são eficazes no tratamento da dor lombar aguda. No entanto, os exercícios 
(geral) podem ser úteis para pacientes com dor lombar crônica e com isso facilitando o 
retorno deste paciente às atividades diárias normais e ao trabalho. 
4 
 
 
Foi encontrado um estudo que investigou qualquer possível alteração da função renal e 
mobilização em indivíduos com lombalgia não específica, em vista que existem 
ligações fasciais entre os rins e estruturas circundantes dorso-lombo-pélvica; evidênciou 
apoiar a relação entre dor lombar e alteração da mobilidade renal e forma, em pacientes 
com dor lombar aguda e crônica (TOZZI, 2012). 
Um estudo cruzado randomizado, duplo-cego realizado com 8 mulheres e 11 homens 
com lombalgia de 1 a 12 meses de duração. Ambas as condições euhidratados e 
hipohidratado foram alcançados em cada participante, modificando o consumo de água 
por 36 horas antes das sessões osteopatia. Os participantes receberam duas sessões da 
OMT, cada um em uma condição diferente de hidratação e com um período de intervalo 
de uma semana entre eles. No pré e pós-tratamento foi realizado pontuações da escala 
visual analógica de dor, o número e a severidade da disfunção como marcou na escala 
de severidade da disfunção somática e número de marcos assimétricas encontrados na 
análise estrutural osteopática em pé. Como resultado tiveram melhorias no número total 
e grave de disfunção somática lombar (P = 0,001 e P = 0,013, respectivamente) e 
número de marcos assimétricos em pé exame estrutural (P = 0,002). Tratamento 
manipulativo osteopático melhorou a dor auto-relatado imediatamente após o 
tratamento, independentemente do estado de hidratação, porém com maior melhora nos 
participantes que foram tratados na condição euhidratado do que quando na condição 
hipohidratado. Com estes resultados, torna-se importante a recomendação para que os 
pacientes aumentem sua hidratação para otimizar o tratamento (PARKER, 2003). 
Foi realizado um levantamento bibliográfico no portal Capes dos trabalhos publicados 
até 2005 usando as palavras chave: lombalgia, manipulação, manipulação osteopática, 
quiropaxia e terapia manual, além do uso de referências bibliográficas de livros de uso 
corrente pelos cursos de osteopatia. Poucos estudos apresentaram um alto rigor 
metodológico, principalmente devido as dificuldades de se realizar um estudo duplo 
cego por causa da natureza da manobra de alta velocidade e baixa amplitude (AVBA). 
Mesmo assim os estudos demonstraram que as técnicas AVBA são um recurso válido 
para melhora de quadros de lombalgia crônica (GOÍS, 2005). 
Oito estudos envolvendo tratamento manual osteopático (OMT) comparado a 
tratamentos de controle, foram incluídos, pois se tratavam de ensaios clínicos 
randomizados da OMT, que envolveu avaliação cega de dor lombar em ambientes 
ambulatoriais. Os dados sobre a metodologia, OMT e controle de tratamentos 
experimentais, e os baixos resultados de dor nas costas foram extraídos por dois 
revisores independentes. No geral, OMT reduziu significativamente a dor lombar 
(tamanho do efeito, -0,30; intervalo de confiança de 95%, -0,47 - 0,13, P = 
0,001). Análises estratificadas demonstraram reduções significativas de dor em ensaios 
de OMT comparado ao tratamento ativo ou placebo controle e OMT comparado a 
nenhum controle do tratamento e durante a curto, médio, e longo prazo 
(LICCIARDONE, 2005). 
141 pacientes (49% mulheres, idade média = 35,5 (± 11,1) anos) participaram. A média 
de escores pré e pós-tratamento Oswestry foram de 41,9 (± 10,9) e 24,1 (± 14,2), 
respectivamente. 73 pacientes (45%) apresentaram os resultados do tratamento um 
sucesso. Todos os pacientes foram submetidos até duas sessões de tratamento de 
manipulação da coluna vertebral e uma série de exercícios de movimento. Os resultados 
deste estudo demonstram que dois fatores; duração dos sintomas de menos de 16 dias, e 
não apresentar sintomas estendendo distal ao joelho foi associado com um bom 
resultado com a manipulação da coluna vertebral (FRITZ, 2005). 
O objetivo desde artigo foi comparar a credibilidade do tratamento osteopático 
manipulativo, da simulação do tratamento manipulativo e controles não tratados. 
http://www.jaoa.org/search?author1=Justine+Parker&sortspec=date&submit=Submit
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Fritz%20JM%5Bauth%5D
5 
 
 
Participaram deste estudo 91 sujeitos (n = 91). A OMT é percebida como uma opção 
terapêutica mais credível do que a simulação do tratamento manipulativo tanto no início 
como julgamento e aos 6 meses de follow-up (P <0,05). Entre os indivíduos que 
completaram o protocolo do estudo (n = 66), não houve diferenças significativas em 
relação a credibilidade entre os grupos de estudo (P = 0,64) ou ao longo do tempo (P = 
0,79). Em ensaios clínicos, OMT pode ser percebida pelos sujeitos como uma 
alternativa de tratamento mais credível do que muitos procedimentos de controle. Nos 
ensaios farmacêuticos, placebos inertes são um controle de fácil administração que 
facilita a comparação duplo-cego. Em ensaios clínicos que estudam os efeitos das 
intervenções manuais, no entanto, como o tratamento de manipulação osteopática 
(OMT), os pesquisadores devem considerar cuidadosamente o uso de modelos de 
controle de tratamento (LICCIARDONE, 2006). 
Já no estudo de Hough (2007) sobre NSLBP, usou uma amostra de conveniência de 39 
pacientes com dor lombar não específica no qual foi recrutado ao longo de um período 
de nove meses. Pacientes completaram o questionário de triagem psicológica Linton e 
Hallden (LH), a baixa ou alta pontuação LH foi usada para alocar sequencialmente os 
pacientes a um dos dois grupos de tratamento - Terapia Manual compreendendo 
fisioterapia baseada em meios manuais ou Reabilitação Ativa compreendendo um 
exercício progressivo e programa de educação. O tratamento foi administrado por oito 
sessões ao longo de um períodode quatro semanas e foram tomadas medidas de 
resultados no início e em quatro semanas. As medidas utilizadas foram o Roland Morris 
Questionnaire (IMR), dois componentes do Form McGill curto (índice de classificação 
da dor total [PRI] e intensidade da dor através da escala visual analógica [EVA]), e o 
LH. O grupo de terapia manual demonstrou um maior efeito terapêutico em comparação 
com a reabilitação ativa para Roland Morris Questionnaire-RMQ (diferença média de 
3,6, IC 95% 1,1 - 6,2, p = 0,006) e PRI-dor índice nominal (7,1, IC 95% 2,0 - 12,2, p = 
0,007) e marginalmente significante resultados de EVA (15, IC -1,1 a 31,2, p = 0,067 
95%). Um modelo linear permitindo efeitos de confusão e da interação entre os escores 
de LH altas ou baixas apoiou estes resultados. O efeito de interação não foi significativa 
para qualquer desfecho, mas isso pode ser devido a um número insuficiente de assuntos 
para detectar este efeito. A avaliação comparativa da terapia manual e reabilitação ativa 
com referência à pontuação psicossociais LH (questionário de triagem psicológica 
Linton e Hallden) é susceptível de ser detectável pelos métodos utilizados aqui. No 
entanto, várias alterações ao desenho do estudo são recomendados para o estudo 
principal. Um estudo pragmático através de um processo de randomização com 
estratificação na pontuação LH e análise de poder priori para determinar o tamanho da 
amostra são sugeridas para o estudo principal. 
Beattie (2008) em seu estudo recrutou um total de 250 (84,4%) sujeitos que 
completaram o protocolo de tratamento. Por 30 dias de acompanhamento, 247 (83,4%) 
indivíduos estavam disponíveis; nos 180 dias de acompanhamento, os dados estavam 
disponíveis para 241 (81,4%) indivíduos. Foram notadas melhorias significativas para 
todos os escores de resultados pós-intervenção, quando comparados com os escores pré-
intervenção ( P <0,01). A escala de classificação numérica de dor e o Questionário de 
Incapacidade Roland-Morris (RMDQ) foram concluídas no pré-intervenção, no decorrer 
da pesquisa (dentro de 2 semanas da última visita), e em 30 dias e 180 dias após a alta. 
Neste estudo foi utilizada tração em decúbito ventral com a descompressão axial 
vertebral (VAX-D) por 8 semanas onde foi associada com melhoras na intensidade da 
dor e RMDQ na alta, e aos 30 e 180 dias após a alta em uma amostra de pacientes com 
atividade de limitação devido a lombalgia. As relações causais entre esses resultados e a 
http://www.jaoa.org/search?author1=John+C.+Licciardone&sortspec=date&submit=Submit
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Hough%20E%5Bauth%5D
6 
 
 
intervenção não deve ser feito até um estudo mais aprofundado e realizada utilizando os 
grupos de comparação randomizados (BEATTIE, 2008). 
Tratamento manipulativo osteopático reduziu significativamente a dor lombar (tamanho 
do efeito, -0,30; intervalo de confiança de 95%, -0,47 para -0,13, P = 0,001). As 
análises de subgrupos demonstraram reduções significativas de dor em ensaios de OMT 
comparado ao tratamento ativo ou placebo controle e OMT comparado sem controle de 
tratamento. Redução significativa da dor também foram observados durante curto inter-
mediação, e de longo prazo de seguimento. O nível de redução de dor clinicamente 
importante é, maior do que o esperado a partir de efeitos do placebo apenas, e pode 
persistir durante o primeiro ano de tratamento. Pesquisas adicionais são necessários para 
elucidar mecanicamente como OMT exerce seus efeitos, para determinar se os 
benefícios OMT podem se estender para além do primeiro ano de tratamento e avaliar a 
relação custo-eficácia da OMT como um tratamento complementar para a dor lombar ( 
Subcomissão Orientação Clínica em Dor Lombar, 2010). 
Já neste estudo sobre lombalgia aguda foram selecionados 30 pacientes, onde foi 
realizado anamnese inicial, seguiu-se a avaliação cinético-funcional e o emprego da 
escala analógica de dor, para avaliar o quadro álgico, ao início e término de cada sessão. 
O grau de flexibilidade em flexão/extensão da coluna foi mensurado através da fita 
milimétrica. Durante a aplicação da fisioterapia convencional, os pacientes foram 
submetidos a tratamento de forma padronizada, sendo utilizado na sequencia o uso da 
escovação, infravermelho e Tens. Já durante a aplicação da técnica Osteopática, os 
pacientes foram submetidos ao uso do stretching de quadrado lombar e lombo-sacra. 
Sendo o padrão de aplicação da técnica mantido da mesma forma em que fora iniciado. 
Os dados encontrados em relação à análise dos resultados obtidos através do tratamento 
da fisioterapia convencional (grupo controle) apresentaram resposta terapêutica inferior 
ao tratamento posterior a doze sessões aplicadas. Portanto pode-se observar que os 
grupos de maneira geral obtiveram redução de quadro álgico. Entretanto em relação à 
flexibilidade em flexão anterior de tronco, o ganho proporcionado pela Fisioterapia foi 
menos significativo que a Osteopatia, onde se observaram maiores ganhos. (JUNIOR, 
2010). 
No estudo de Kent (2010) os participantes apresentavam lombalgia não específica 
(NSLBP), e foram excluídas pacientes gestantes. Arbitrariamente, mais de 85% dos 
participantes precisavam ter 18 anos ou mais. Ensaios contendo pessoas tanto com dor 
lombar e dor na perna foram incluídos se pelo menos 85% dos participantes não 
apresentavam sintomas ou sinais neurocompressivos (dormência, formigamento ou 
fraqueza muscular de membros inferiores), ou "dor ciática". As implicações clínicas 
destes resultados é que eles fornecem evidências muito cautelosas para o tratamento 
direcionado nos pacientes com NSLBP. Os resultados dos estudos incluídos nesta 
revisão são desiguais, inconsistentes e as amostras estudadas são pequenas para 
recomendações de qualquer tipo de tratamento na prática clínica rotineira com base 
nestes resultados. A pesquisa mostra que os ensaios controlados adequadamente 
alimentado através de projetos capazes de fornecer informações consistentes sobre o 
tratamento são incomuns. Considerando-se como centro de tratamento é direcionada aos 
princípios de terapia manual, novos estudos utilizando este método de pesquisa deve ser 
uma prioridade para as comunidades clínicas e de pesquisa. 
Outro estudo representa uma análise secundária de 40 participantes. Todos os 
participantes foram submetidos a testes de sensibilidade à dor térmica para sua perna e 
lombar usando protocolos específicos para a fibra de dor mediada e somação 
temporal. Em seguida, os participantes receberam manipulação de alta velocidade, baixa 
amplitude (HVLA) na lombar e o examinador registrando ou não um pop audível 
7 
 
 
(AP). Finalmente, os participantes foram submetidos a testes de sensibilidade a dor 
acompanhamento imediato térmica utilizando os mesmos protocolos. Hipoalgesia de 
fibra de dor mediada Aδ foi observada na região lombar após HVLA (p <0,05), e esta 
era independente do fato de um AP foi percebida (p> 0,05). Hipoalgesia da soma 
temporal, foi observada na extremidade inferior HVLA sequência (p <0,05), e esta era 
independente do fato de um AP foi percebida (p = 0,08). O presente estudo sugere que 
hipoalgesia está relacionado com a manipulação. A inibição da extremidade inferior 
somação temporal pode ser maior em indivíduos nos quais um AP é percebida, mas um 
estudo mais aprofundado é necessário para confirmar esse achado (BIALOSKY, 2010). 
Um total de 177 pacientes entre 28 e 30 semanas de gestação assinaram termo de 
consentimento para participar deste estudo, no entanto, 31 pacientes não progrediram. 
Estas pacientes foram randomizadas para um dos três grupos de tratamento: (1) 
atendimento obstétrico normal e OMT (UOBC + OMT), (2) cuidados obstétricos de 
costume e tratamento de ultra-som simulado (UOBC + SUT); ou (3) apenas 
atendimento obstétrico normal (UOBC). Um total de 49, 48 e 49 indivíduos foram 
randomizados para o UOBC + OMT, UOBC + SUT,e apenas os grupos UOBC, 
respectivamente. O protocolo de estudo OMT incluiu qualquer uma das seguintes 
modalidades de tratamento: tecidos moles, liberação miofascial, energia muscular e 
mobilização de amplitude de movimento. Vinte e quatro anos foi estimada ser a idade 
média dos pacientes da clínica que procuram assistência obstétrica baseada em registros 
anteriores, e nos assuntos como primigesta ou multigravida. Os indivíduos foram 
semelhantes entre os grupos de tratamento em relação à maioria das características. Não 
houve diferenças estatisticamente significativas nos níveis de dor entre os grupos de 
tratamento, embora a média de níveis de dor diminuísse no grupo (1), manteve-se 
inalterada no grupo (2), e aumentou no grupo (3). Este mostra claramente os benefícios 
clínicos importantes sem danos apreciáveis na volta funcional específicos ao OMT é 
fornecido como terapia complementar durante o terceiro trimestre da gravidez 
(LICCIARDONE, et al., 2010). 
Os participantes preencheram um questionário de identificação e o questionário de 
incapacidade lombar Rolland-Morris. Participaram do estudo 20 trabalhadores de 
enfermagem, com idade de 18 a 40 anos, dividida aleatoriamente em dois grupos, G1: 
grupo placebo e G2: grupo experimental. A pesquisa foi dividida em três fases: 1) 
avaliação pré-manipulação através da EVA e do Índice de Schober (IS); 2) manipulação 
vertebral de alta velocidade, na quarta e quinta vértebra lombar, em posição neutra; 3) 
reavaliações pós-manipulação, (EVA e IS). No G1 a manipulação não foi realizada, o 
paciente foi posicionado em decúbito lateral, na mesma posição da técnica, porém sem 
realizar o thrust, apenas mantido por 30 segundos dos dois lados e no G2 foi realizada a 
manipulação bilateralmente.Os resultados encontrados na EVA do G1 (pré) teve média 
de 4,80 ± 0,389 e G1 (pós) com média de 3,20 ± 0,327. A EVA do G2 (pré) teve média 
de 4,50 ± 0,428 e G2 (pós) com média 0,40 ± 0,163. No IS do G1 (pré) a média foi de 
15,30 ± 0,265 e G1 (pós) a média foi de 15,50 ± 0,265. O IS do G2 (pré) teve média de 
pré 15,09 ± 0,151 e G2 (pós) com média 16,13 ± 0,14. Estes dados demonstram a 
viabilidade da utilização da técnica de Alta velocidade e baixa amplitude (AVBA) como 
complemento para o tratamento osteopático das dores lombares crônicas (FAITÃO, 
2011). 
Segundo Povoa (2011) em seu estudo no tratamento em idosos, 21 indivíduos (72,1 ± 
4,7 anos, 18 mulheres) completaram este estudo. Foi aplicado o questionário de 
qualidade de vida WHOQOL-bref no primeiro e sexto atendimentos no intervalo de 48 
dias. A avaliação e o tratamento das disfunções somáticas encontradas foram feitos em 
todas as sessões e as técnicas de domínio osteopático foram utilizadas, com exceção da 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Bialosky%20JE%5Bauth%5D
8 
 
 
AVBA. Para as disfunções musculares a técnica de energia muscular; para as disfunções 
de origem fascial, as técnicas escolhidas foram de abordagem fascial; também foram 
utilizadas as técnicas globais, como o tratamento geral e as técnicas viscerais e 
cranianas seguiram a conduta de utilização segundo a sua necessidade, ou seja, quando 
na avaliação o principal elemento encontrado era de origem visceral, o tratamento era 
visceral, assim como o cranial. Cada sessão teve a duração aproximada de uma hora e o 
idoso retornou para avaliação e tratamento osteopático por mais cinco sessões, com 
intervalo mediano de sete dias. E que concluiu que a medicina osteopática, com sua 
ampla abordagem, interferiu positivamente no domínio físico da qualidade de vida. 
Outros domínios (meio ambiente, psicológico e relações pessoais) não foram 
modificados pela intervenção osteopática, contribuindo para a manutenção da qualidade 
de vida geral. 
O estudo de Brian (2011) teve como objetivo determinar se manipulação espinhal (SM) 
altera a amplitude do potencial evocado motor (PEM) ou o trecho de curta latência do 
reflexo dos músculos paraespinais e se estas respostas fisiológicas depender se SM 
provoca um som audível ou não. Foi utilizada a estimulação magnética transcraniana 
em 10 pacientes com lombalgia crônica e 10 controles assintomáticos. Resultados 
neurofisiológicos foram medidos antes e depois da SM. Mudanças no PEM e reflexo de 
estiramento/amplitude foram examinadas com base nos pacientes, e se SM causou um 
som audível conjunta. Os resultados sugerem que um único tratamento SM não altera 
sistematicamente excitabilidade corticoespinhal ou esticar reflexa dos músculos eretores 
da coluna (quando avaliadas ~ 10 minutos seguintes SM), no entanto, eles indicam que 
o reflexo de estiramento é atenuada quando SM provoca uma resposta audível . Esta 
descoberta fornece esclarecimentos sobre os mecanismos de SM, e sugere que a SM que 
produz uma resposta audível pode agir mecanicamente para diminuir a sensibilidade dos 
fusos musculares e / ou os vários locais segmentares da via de reflexo IA. 
Um estudo com 19 mulheres obesas com dor lombar crônica, randomizadas em dois 
grupos: um grupo utilizando exercícios específicos (SE) + OMT e outro grupo 
utilizando somente SE, sendo ambos os grupos estudados durante a flexão anterior da 
coluna usando um sistema optoeletrônicos. Um modelo biomecânico foi desenvolvido a 
fim de analisar a cinemática e definir ângulos de interesse clínico. Foram estudadas a 
cinemática da coluna vertebral, da pelve e coluna lombar durante a flexão para a frente, 
a dor de acordo com uma escala visual analógica (EVA), Roland Morris Disability 
Questionnaire e Oswestry Low Back Pain Disability Questionnaire. Efeitos 
significativos sobre a cinemática foram relatados apenas para OMT + SE com uma 
melhoria na faixa torácica do movimento de quase 20%. Todos os escores das escalas 
clínicas utilizadas melhoraram significativamente. O tratamento de reabilitação 
combinado, incluindo tratamento manipulativo osteopático e exercícios (OMT + SE) 
mostrou-se eficaz em melhorar parâmetros biomecânicos da coluna torácica em 
pacientes obesos com dor lombar crônica. Esses resultados devem ser atribuídos a 
OMT, uma vez que não eram evidentes no grupo SE. Observou-se também uma redução 
da incapacidade e dor. Os resultados clínicos devem ser considerados preliminares, 
devido ao pequeno tamanho da amostra (VISMARA et al., 2012). 
Já no estudo de Peterson foram estudadas 57 participantes no qual foram randomizados 
para o exercício (n = 22), manipulação da coluna vertebral (n = 15) e Neuro Técnica 
Emocional (n = 20). O esquema de tratamento acompanhou a programação de pré-natal 
uma vez por mês até 28 semanas de gestação, duas vezes por mês; até 36 semanas de 
gestação, e, semanalmente. Pelo menos 50% dos participantes em cada grupo de 
tratamento apresentaram melhora clinicamente significativa nos sintomas para o Roland 
Morris Disability Questionnaire, e os participantes também tiveram melhoria clínica 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Vismara%20L%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22658268
9 
 
 
significativa para o Numeric Pain Rating Scale. Não houve diferenças clinicamente 
significativas ou estatisticamente significativas entre os grupos em qualquer análise 
(PETERSON, 2012). 
Neste estudo foi esplanada que a abordagem manual é eficaz para a melhoria da 
mobilidade renal e redução da dor percepção sobre o curto prazo, em indivíduos com 
lombalgia não específica. 101 pessoas assintomáticas foram avaliados e o mesmo 
procedimento foi aplicado a 140 participantes queixando-se de dor lombar crônica não 
específica: 109 dos quais foram aleatoriamente para o grupo experimental e 31 do grupo 
de controle. O grupo experimental recebeu Osteopathic Fascial Manipulation (OFM) 
para a região lombar com duração de não mais de 3 ½ min no total, pelo mesmo 
Osteopata que realizou a avaliação cega. OFM consistiu de aplicação de 2 minutos da 
técnica e de 90 segundos de desenrolamento fascial. O objetivo era em primeirolugar 
melhorar a mobilidade da coluna lombar, liberando o segmento restritos usando o 
técnica. Então, para ganhar uma bilateralidade nos músculos profundos da coluna 
lombar, juntamente com suas estruturas circundantes fasciais pela aplicação de 
desenrolamento fascial. As alterações do tecido foram destinadas para resultar em um 
efeito indireto sobre mobilidade renal através da continuidade miofascial, bem como na 
melhoria da lombar mobilidade da coluna. Um teste fatorial mostrou uma diferença 
significativa em indivíduos assintomáticos em comparação com os achados pacientes 
com lombalgia. Pessoas com dor lombar crônica presente não específica com uma gama 
reduzida de mobilidade renal em comparação com os achados em indivíduos 
assintomáticos (TOZZI, 2012). 
Foram identificados 20 ensaios clínicos randomizados, 12 (60%) dos que não foram 
incluídos na revisão anterior, mas agora referente a dor lombar aguda. Em geral, para os 
resultados primários, existe qualidade baixa de evidências sugerindo que não houve 
diferença no efeito para Spinal Manipulative Therapy (SMT) quando comparado com 
intervenções inertes, sham SMT, ou quando adicionada a uma outra intervenção. Porém 
as técnicas de SMT axiais lado altitude e supina demonstrar uma diferença significativa 
em curto prazo quando comparado com técnicas de SMT não-axiais para os resultados 
de dor, estado funcional, e recuperação. Nossa avaliação é limitada pelo pequeno 
número de estudos por comparação, o resultado, e intervalo de tempo. Portanto, a 
investigação futura é susceptível de ter um impacto importante sobre essas estimativas, 
e estes deverão examinar subgrupos específicos e incluem uma avaliação econômica 
(RUBINSTEIN, 2013). 
No recente estudo foram incluídos 26 ensaios clínicos randomizados sobre Lombalgia 
Crônica, das quais nove tiveram um baixo risco de viés. Em geral, há evidências de alta 
qualidade que Terapia Manipulativa Espinhal (SMT) tem um efeito pequeno, 
estatisticamente significativo, mas não clinicamente relevantes a curto prazo no alívio 
da dor (MD: -4,16, -6,97 para -1,36 IC 95%) e estado funcional (SMD - 0,22, IC -0.36 -
0.07 a 95%) em comparação com outras intervenções. Os dados foram particularmente 
escassas para a recuperação, retorno ao trabalho, qualidade de vida, e os custos de 
atendimento. Evidência de alta qualidade sugere que não há diferença clinicamente 
relevante entre as intervenções SMT e outros para reduzir a dor e melhorar a função em 
pacientes com dor lombar crônica. Determinar o custo-eficácia dos cuidados tem alta 
prioridade. Mais pesquisas são susceptíveis de ter um impacto importante sobre a nossa 
confiança na estimativa do efeito em relação a intervenções inertes e farsa SMT, e 
dados relacionados com a recuperação (RUBINSTEIN, 2013). 
Licciardone (2013) estudou recentemente 455 pacientes, que foram randomizados para 
OMT (n = 230) ou OMT simulada (n = 225), e Ultra Som terapêutico (UST) (n = 233) 
ou simulada UST (n = 222). Seis sessões de tratamento foram fornecidos ao longo de 8 
10 
 
 
semanas. Não houve interação significativa entre OMT e UST. Pacientes que receberam 
OMT foram mais propensos a melhora dos sintomas do que os pacientes que receberam 
simulada OMT para alcançar moderado (taxa de resposta [RR] = 1,38, 95% CI, 1,16-
1,64, P <0,001) e significativa (RR = 1,41, IC 95% 1,13-1,76, P = 0,002) melhorias na 
dor lombar. Ultra-som terapêutica não foi eficaz. O regime OMT alcançado teve efeito 
médio a aliviar a dor lombar crônica. Foi seguro, parcimoniosa, e bem aceito pelos 
pacientes (LICCIARDONE, 2013). 
 
4. Conclusão 
A lombalgia é uma disfunção que gera um grande número de afastamentos das 
atividades laborais. A atuação das manipulações osteopáticas nesta patologia demonstra 
que em alguns estudos melhorou significativamente a dor, mas já em outros não 
obtiveram os mesmos resultados. Os pacientes que foram submetidos à osteopatia 
juntamente com exercícios, fisioterapia, eletroterapia por algumas sessões foram os que 
obtiveram um resultado mais eficaz e prolongado. Nos estudos que tiveram comparação 
grupo controle (sem intervenções) e tratamento osteopático, aqueles que receberam a 
intervenção relataram maiores melhoras na dor nas costas, maior satisfação nas 
atividades de vida diária e melhor funcionamento físico/mental. 
Concluímos que existem muitos estudos que evidenciam a eficácia da manipulação 
articular através do método osteopático em pacientes com dor lombar. Porém, alguns 
estudos apresentados não possuem rigor científico, facilitando uma interpretação 
errônea dos seus resultados. 
Faz-se necessário estudos adicionais para elucidar mecanicamente como a manipulação 
osteopática exerce seus efeitos, para determinar seus benefícios a longo prazo e para 
avaliar o custo-efetividade do tratamento através da manipulação osteopática no 
tratamento da dor lombar. 
 
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