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BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NA LOMBALGIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

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BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NA LOMBALGIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA 
 
NORTE DOS SANTOS, Maristela 
NORTE, Kleber Sales 
 
RESUMO 
Introdução: Este estudo tem por objetivo apresentar os benefícios da fisioterapia na lombalgia por 
meio de uma revisão sistemática. Percebe-se que a lombalgia é uma patologia que vem 
preocupando a sociedade atual, haja vista a sua grande incidência, e as consequências que a mesma 
acarreta ao ser humano. Objetivo: descrever por meio de uma revisão sistemática os benefícios da 
fisioterapia para tratamento da lombalgia. Método: a busca por publicações sobre o referido tema 
realizou-se nas bases de dados PubMed, Scielo, Lilacs, Google Acadêmico e Revistas, mediante 
os seguintes descritores: fisioterapia, lombalgia, terapia e funcionalidade, sendo pesquisados 45 
artigos inerentes ao tema entre 2007 a 2017 com disponibilidade de texto completo. Resultados: 
20 estudos foram selecionados e obedeceram aos critérios relacionados ao assunto, os dados foram 
analisados sistematicamente para a composição da conclusão final. Conclusão: A literatura 
disponível apresentou resultados positivos no tratamento da lombalgia através das variadas 
modalidades do exercício terapêutico. Mas, é importante que sejam realizados mais estudos que 
apresentem maior evidência cientifica comparando os benefícios da fisioterapia no tratamento da 
lombalgia com outras técnicas de tratamento. 
 
Palavras-chave: Fisioterapia, Lombalgia, Terapia 
 
ABSTRACT 
 
Introduction: This study aims to present the benefits of physical therapy in low back pain through 
a systematic review. It is perceived that low back pain is a pathology that is worrying the current 
society, given its great incidence, and the consequences that it entails to the human being. 
Objective: to describe, through a systematic review, the benefits of physical therapy for the 
treatment of low back pain. METHODS: PubMed, Scielo, Lilacs, Google Academic and 
Magazines databases were searched for publications on the subject by means of the following 
descriptors: physiotherapy, low back pain, therapy and functionality, 45 of which were articles 
related to the theme between 2007 to 2017 with full text availability. Results: 20 studies were 
selected and obeyed the criteria related to the subject, the data were analyzed systematically for 
the composition of the final conclusion. Conclusion: The available literature presented positive 
results in the treatment of low back pain through the varied modalities of the therapeutic exercise. 
However, it is important to carry out more studies that present more scientific evidence comparing 
the benefits of physical therapy in the treatment of low back pain with other treatment techniques. 
 
Keywords: Physical therapy, Back pain, Therapy 
 
INTRODUÇÃO 
 A lombalgia é considerada uma das alterações musculoesqueléticas que mais afeta a 
sociedade, sendo também umas das principais causas de absenteísmo ao trabalho, causando 
incapacidade permanente em uma população ativa1. É um termo não especifico utilizado para 
descrever a dor nas costas2. A lombalgia como todas condições de dor, com ou sem rigidez no 
tronco, localizadas na região inferior do dorso, localizada entre o último arco entre a prega glútea3. 
 Segundo Zavarize e Wechsler1 a dor lombar pode ser classificada de várias maneiras, sendo 
uma delas classificada de acordo com a duração. As agudas apresentam início súbito e com 
duração inferior a seis semanas, já as lombalgias subagudas tem duração de seis a doze semanas, 
e as crônica são definidas com duração superior a doze semanas. 
Pode-se afirmar que as dores lombares classificadas como crônicas são caracterizadas por 
uma síndrome incapacitante e por dor, que perdura após o terceiro mês, a contar a partir do 
primeiro episódio de dor aguda, além de gradativa incapacidade, muitas vezes tendo início 
impreciso e com quadros instáveis de melhora e piora4. 
A lombalgia atingiu valores epidemiológicos elevados, onde 38% da população mundial teve 
pelo menos um episódio de dor lombar4,13. No Brasil, cerca de 10 milhões de brasileiros ficam 
incapacitados por causa desta morbidade e pelo menos 70% da população sofrerá um episódio de 
dor na vida4. No entanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 80% dos sujeitos 
sofrem ou sofrerão de lombalgia, em algum momento da vida e, em 40% dos casos, a dor inicial 
tende a se tornar crônica. 
 Ainda referenciando a Organização Mundial da Saúde a mesma reconhece a lombalgia 
como um comprometimento multifatorial que revela a perda ou anormalidade da estrutura da 
coluna lombar, de etiologia psicológica, fisiológica ou anatômica, levando a uma desvantagem que 
limita ou impede o desempenho das atividades físicas. Dentro dessa perspectiva podem-se 
evidenciar síndromes de uso excessivo, compressivas ou posturais, relacionadas à fraqueza 
muscular, desequilíbrios musculares, aumento da fadiga e instabilidade do tronco5. 
A prevalência da lombalgia crónica varia de acordo com as faixas etárias, sendo 3 a 4 vezes 
superior em indivíduos com mais de 50 anos, relativamente aos indivíduos da faixa etária dos 18 
aos 30 anos. Mulheres, pessoas com estatutos socioeconómicos baixos, índices de escolaridade 
reduzidos e fumadores possuem um maior risco de sofrerem algum episódio de lombalgia14. Dada 
a elevada incidência e prevalência, aliadas às suas complicações, a lombalgia é atualmente 
considerada a maior causa de incapacidade em todo o mundo 3, 15. 
 Nesse contexto, percebe-se uma grande incidência da lombalgia, porém existe uma grande 
quantidade de opções de tratamentos, especialmente na área da fisioterapia. Entre as opções de 
3 
 
tratamento, a terapia manual vem como uma alternativa e tem agradado a um grande número de 
profissionais e pacientes, mas, ainda há muita discussão acerca da sua eficácia e possíveis riscos 
devido a poucas publicações nesse âmbito. 
A fisioterapia pode ser uma possibilidade real de intervenção com adoção de medidas 
educativas e preventivas dessa enfermidade. Antes de traçar uma linha de conduta, o fisioterapeuta 
deve realizar uma minuciosa avaliação visando um tratamento efetivo. 
É interessante ter cada vez mais pesquisas que visem o estudo das técnicas de terapia manual, 
suas filosofias, avaliações e métodos de tratamento são de fundamental contribuição para o 
profissional fisioterapeuta, possibilitando uma importante ferramenta, para a avaliação e 
tratamento das disfunções encontradas. 
O tratamento pode ser observado como preventivo ou curativo. A abordagem 
fisioterapêutica dispõe de recursos eletroterapêuticos, terapia manual, alongamento, controle 
motor e condicionamento físico para alívio dos sintomas6, 16. 
Dentro da fisioterapia, têm diversas linhas terapêuticas para o tratamento da lombalgia. A 
escolha da conduta fisioterápica vai depender do diagnóstico e da gravidade da lesão. Além disso, 
é fundamental respeitar a individualidade de cada paciente. No entanto, esse estudo se propôs a 
abordar somente as técnicas de terapias manuais. 
 
MÉTODO 
Este estudo foi realizado a partir de uma revisão literária de artigos sobre os benefícios da 
fisioterapia na lombalgia. Segundo Souza e Ribeiro7 a revisão sistemática da literatura é uma 
revisão planejada da leitura cientifica que usa métodos sistemáticos para identificar, selecionar e 
avaliar criticamente estudos relevantes sobre uma questão previamente formulada. 
Estudos realizados com revisão sistemática são avaliados e identificados como os mais 
relevantes para avaliação dos efeitos de uma determinada intervenção terapêutica, reduzindo 
possíveis revés que ocorreriam em uma revisão não sistemática. 
O levantamento bibliográfico para a realização da revisão sistemática buscou artigos 
publicados nos últimos dez anos (2007-2017) nas bases de dados PubMed, Scielo, Lilacs, Google 
Acadêmico e Revistas, no idioma inglês e portuguêsmediante os seguintes descritores: 
fisioterapia, lombalgia, terapia e funcionalidade, sendo pesquisados 45 artigos inerentes ao tema 
com disponibilidade de texto completo. 
Após a leitura dos artigos encontrados, foram selecionados aqueles que cumpriam os 
critérios de inclusão e que ao mesmo tempo se mostravam relevantes para o desenvolvimento do 
trabalho. Posteriormente à análise de todo material coletado para a pesquisa, foi realizado um 
4 
 
resumo em forma de tabela, contendo as informações mais relevantes sobre os seguintes itens: 
introdução, materiais e métodos, resultados e conclusão. 
 
DADOS DE ANÁLISE DA PESQUISA 
Variáveis da lombalgia 
Foram encontrados 45 artigos nas bases de dados consultadas. Pela avaliação das sínteses, 
foram identificados os artigos que se encaixaram nos critérios de inclusão, que se resumiram em 
20 artigos, sendo excluídos 25 artigos que não corresponderam ao interesse do estudo. 
Os estudos foram classificados em: estudo transversal retrospectivo; estudo transversal; 
estudo descritivo de abordagem qualitativa; estudo epidemiológico retrospectivo; estudo 
observacional exploratório descritivo e inferencial; estudo de caso-controle; estudo de coorte 
histórica; estudo longitudinal de coorte; estudo descritivo retrospectivo. A descrição dos artigos 
está apresentada no Quadro 1. 
Quadro 1 – Relação dos estudos utilizados na revisão. 
Autor/Ano Desenho Metodológico Resultados 
Neves; Serranheira 
2014 
Revisão Sistemática 
Bases de dados PubMed, Scielo 
Afirma que a abordagem terapêutica tem 
sua eficácia no tratamento da lombalgia 
Lizier, et al. 
2012 
Revisão de Literatura 
Bases de dados eletrônicas 
Os exercícios terapêuticos são os mais 
utilizados 
Volpato, et al. 
2012 
Estudo transversal retrospectivo, 
descritivo 
Os indivíduos submetidos a exercícios 
terapêuticos obtiveram resultados 
positivos para a dor lombar 
Tahara, et al. 2008 Revisão Bibliográfica e Relato de 
Caso com quadro de L 
Exercícios terapêuticos aumentaram a 
capacidade funcional 
Corrêa, et al. 
2015 
Revisão de Literatura e Estudo de 
Caso 
Com quadro de L 
Afirma que houve melhora da capacidade 
funcional 
Moraes et al. 
2015 
Revisão Sistemática nas bases de 
dados eletrônicas Scielo e Lilacs, 
Houve melhora significativa da dor 
Barros 
2013 
Revisão de Literatura 
Busca em base de dados Eletrônicas 
Período: 2003 a 2013 
O uso terapêutico tem demonstrado 
eficácia no equilíbrio da atividade 
autônoma 
 
López-Dias 
et. al, 
2015 
Revisão de Literatura 
Período: 2011 a 2015 
A realização de exercícios 
fisioterapêuticos específicos contribuiu 
para a melhora da lombalgia 
Araújo 
2008 
Revisão Sistemática 
Revistas indexadas 
Os estudos apontaram que a fisioterapia 
apresentou benefícios na reabilitação 
Cordeiro; Lima 
2017 
Revisão Sistemática A abordagem fisioterapêutica em está 
associada com diminuição da 
necessidade de internação hospitalar, 
5 
 
Bases de dados eletrônicos: 
MEDLINE (Pubmed), LILACS e 
SciELO 
aumento da satisfação do paciente e 
diminuição do quadro álgico. 
Araújo; Leite 
2015 
Revisão Sistemática realizada no 
Scielo, Lilacs e Periódicos CAPES 
Os pesquisadores encontraram diferentes 
respostas para o tratamento da lombalgia 
Martins et al, 
2010 
Estudo comparativo, amostra 
composta por 25 indivíduos 
diagnosticado com lombalgia 
A fisioterapia expressa melhoria 
significativa na capacidade funcional de 
pacientes com L 
Souza, Patrícia 
2012 
Revisão Bibliográfica Com o uso da fisioterapia, foi possível 
identificar as alterações posturais 
incorretas, podendo desse modo a 
prevenir pequenos vícios posturais. 
Pereira, Alessandro 
2017 
Revisão de literatura Para além de modalidades relacionadas 
com a terapia manual, a termofototerapia 
e modalidades cinesiológicas, que estão 
diretamente relacionadas com a 
intervenção do fisioterapeuta na LC, são 
ainda abordadas outras terapêuticas, 
como o yoga, a acupuntura, o uso de 
ortóteses e a intervenção multidisciplinar; 
modalidades farmacológicas orais e 
invasivas e procedimentos cirúrgicos. 
Silva; Giulliano 
Gardenghis 
2016 
Revisão sistemática de literatura Técnica de estabilização segmentar 
vertebral 
é eficaz na redução da dor e melhora da 
funcionalidade em pacientes com 
lombalgia 
Araujo 
2012 
Estudo comparativo 
Qualitativa 
A fisioterapia configura-se um 
importante meio de recuperação para 
propiciar uma melhor qualidade de vida 
aos mesmos. 
Albuquerque 
2012 
Estudo transversal retrospectivo 
Descritivo 
A fisioterapia proporciona maior 
flexibilidade, diminuição da tensão 
muscular e musculatura relaxada, dentre 
outros 
Leal et al. 
2013 
Abordagem longitudinal, quanti-
qualitativa, 
A fisioterapia aquática contribuiu para a 
amostra em estudo, na redução dos 
sintomas dolorosos, proporcionando, 
além dos efeitos físicos, melhora da saúde 
psicológica com alívio do estresse e 
melhora da qualidade do sono 
Barros 
2010 
Estudo comparativo 
Descritivo 
O uso da técnica de terapia manual traz 
satisfação em sua aplicação. 
Kutzker, et al 
2011 
Revisão sistemática de literatura Os exercícios são eficazes, produzindo 
redução da intensidade da dor. 
Legenda: L = Lombalgia 
A fisioterapia contribui para todos os esses fatores, segundo Martins17 os exercícios de 
relaxamento, exercícios abdominais, alongamento passivo e massagem, são benéficos por 
6 
 
exercerem um efeito relaxante, contribuem com a melhora na ampliação do equilíbrio muscular, 
no alívio ao desconforto e na melhora na resistência e flexibilidade muscular. 
As gestantes submetidas ao acompanhamento fisioterapêutico, a maioria relatou que a dor 
diminuiu ou até mesmo cessou após os exercícios, muitas concordaram ser relaxantes, além de 
melhorar sua consciência corporal, o que permitiu que recorressem menos à ingestão de 
analgésicos, proporcionando mais confiança para a realização das atividades. 
No Brasil existem estimativas de que mais de 10 milhões de pessoas sofram com a 
incapacidade relacionada à dor lombar 18. A expectativa é de que cerca 70% a 80% da população 
sofrerá um episódio de dor na vida, tornando-se uma das patologias mais encontradas na prática 
fisioterapêutica 18. Em termos funcionais, é responsável por um custo financeiro significativo, já 
que o grande número de faltas ao trabalho nas empresas e instituições públicas privadas, além das 
incapacidades para vida diária por ela provocada atinge elevado percentual da população 17, 20. 
Uma condição de saúde como a lombalgia pode acarretar diversas limitações em diversos aspectos 
da vida de um indivíduo. 
O modelo de Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), 
proposto pela OMS, fornece uma estrutura para o entendimento e classificação da funcionalidade 
e da incapacidade associados aos estados de saúde, possibilitando, dessa forma, uma descrição 
mais completa e significativa da saúde das pessoas 8., 20 
Os resultados presentes nestas publicações mostraram que a Fisioterapia é essencial para a 
reabilitação do paciente e tem se mostrado bastante eficaz no tratamento da lombalgia com 
exercícios de alongamento dos membros inferiores e tronco, fortalecimento e condicionamento 
muscular do tronco e dos músculos abdominais, obtendo uma redução da incapacidade e da dor8. 
 Embora o exercício seja um dos poucos tratamentos baseados em evidências para a 
lombalgia crônica, a melhor forma de aplicar este tratamento é desconhecida9. Vários tipos de 
tratamento são encontrados na literatura, dentre eles, métodos que trabalham com a reorganização 
neuromuscular e com o controle postural. 
Rydeard10 afirma que a disfunção muscular na lombalgia não ocorre simplesmente por um 
problema de força e resistência, mas devido a uma alteração dos mecanismos de controle 
neuromuscular que afetam a estabilidade musculardo tronco e a eficiência de seus movimentos. 
Outros estudos apontam que a atuação do fisioterapeuta em UE é bastante ampla e no estudo 
de Lau e colaboradores12 foi avaliado o impacto da intervenção da fisioterapia em 121 pacientes 
com dor lombar. Nesse trabalho foi comparado o atendimento convencional com a abordagem 
fisioterápica especifica através de educação postural e treino para caminhada sendo assim nesse 
cenário houve uma diminuição significativa da dor lombar e aumento da satisfação dos pacientes. 
7 
 
Lombalgia é a dor que acomete a coluna lombar. Esta pode ser classificada como específica, 
quando apresenta uma causa definida e como inespecífica quando não existe um fator causal, 
podendo nesse caso ser chamada de idiopática. Quando a dor lombar persiste por um período 
maior que 3 meses é dita lombalgia crônica. Pode acometer ambos os sexos e sua intensidade é 
variável. 
Em seus estudos Santos20 afirma que foi universalmente divulgado os benefícios que o 
alongamento proporciona a pessoa com lombalgia, todos eles porém, visam uma melhor qualidade 
de vida, dentre eles podemos citar: Diminui a tensão dos músculos: executando exercícios de 
alongamento, a musculatura fica relaxada o que consequentemente vai diminuir ou extinguir a 
tensão muscular; Melhora da amplitude de movimento: ao se manter um ritmo constante de 
alongamento ganha-se amplitude o que faz com que nossos membros possam se movimentar mais 
antes que chegue a um nível lesional. 
Em estudo com seis pacientes portadores de hérnia de disco lombar, Azevedo et al.,13 
demonstraram que um programa de exercícios estabilizadores, 3 vezes na semana, totalizando 15 
sessões, estimula a contração dos músculos estabilizadores profundos e o aumento do trofismo do 
ML. Neste estudo o alívio do quadro álgico não foi completo, porém verificou-se melhora no nível 
de dor. Da Silval8 em uma revisão de literatura, constatou a eficácia da ESV nas lombalgias e 
principalmente na prevenção de sua recidiva. Esse dado demonstra a importância da utilização 
destes exercícios como uma maneira de prevenção para dor lombar. 
Uma revisão sistemática com meta-análise verificou que a ESV melhora a dor, porém não é 
mais eficaz do que qualquer outro exercício ativo em longo prazo. Da Silva20 realizou um estudo 
comparando os exercícios de ESV e exercícios gerais, versus somente exercícios gerais para 
pacientes com recorrência de dor lombar e encontraram que o programa de exercícios gerais pode 
ser mais adequado para pacientes com episódios recorrentes de lombalgia inespecífica subaguda 
ou crônica quando não há sinal de instabilidade evidente. Outro estudo encontrou que ESV e 
terapia manipulativa produzem ligeira melhora da função e percepção em curto prazo que o 
exercício geral, mas não melhores efeitos de médio e longo prazo em pacientes com lombalgia 
crônica inespecífica. 
Em suas pesquisas Azevedo, e colaboradores17, realizaram um estudo onde foram incluídos 
358 indivíduos com história de dor osteomuscular, onde todos eram cirurgiões-dentistas, sendo 
que a população do estudo era composta por 119 mulheres e 236 homens, com idade média de 41 
anos, com um percentual de 67% dos indivíduos considerados dentro dos padrões normais em 
relação ao índice médio corporal. A média de tempo de trabalho na profissão foi de 16 anos, 
variando de 2 a 44 anos, e mais da metade (54%) tinham acima de 15 anos de exercício de 
8 
 
profissão. Dentre estes dentistas, 58% deles, apresentaram queixa de dor musculoesquelética em 
um ou mais regiões do segmento superior do corpo, dos quais 41% tem queixa em apenas uma 
região, 14% em duas e 3% em três locais. 
A maior prevalência em relação ao segmento corporal ficou o membro superior com uma 
estimativa de 22%, em seguida, considerada como segunda a coluna torácica e/ou lombar com 
21% respectivamente, mas prevalecendo a lombar. Em terceiro lugar, apareceu o pescoço com 
20%, seguido do ombro com 17% de casos. Já no tocante a dor, a maioria considerou a dor como 
leve ou moderada (42% e 45% respectivamente), e 12% qualificou como forte. Em relação a 
frequência da dor na região lombar, ressaltaram sentir diariamente (35%) ou ao mês (39%). 3,17 
Continua a haver incertezas sobre a abordagem mais eficaz de exercício para a lombalgia. 
Foi feita uma revisão sistemática para identificar as características de cada exercício para diminuir 
a intensidade da dor e melhorar a função em pacientes com lombalgia inespecífica16, 18. Exercícios 
de alongamento e fortalecimento foram mais eficazes em relação aos outros tipos de terapias. 
No entanto, em outra revisão sistemática4,20, ao procurar qual o melhor método de 
intervenção física e de reabilitação para lombalgia, os autores investigaram exercícios, escola de 
coluna, estimulação elétrica transcutânea, laser de baixa intensidade, educação, massagem, terapia 
comportamental, tração, tratamentos multidisciplinares, termoterapia 26. O resultado encontrado 
demonstra um número expressivo de indivíduo com dor lombar, levando em consideração ao 
tempo de trabalho e a posição muito tempo sentado com a coluna encurvada, com pouco tempo de 
intervalo.de descanso, assim como também, movimentos repetitivos. 
Não foram encontrados estudos que justificassem o porquê da ineficácia da estabilização na 
dor lombar aguda, porém sabe-se que ela é efetiva apenas em casos crônicos. Hayden e cols (2) 
citaram que os exercícios de estabilização na dor aguda geram os mesmos resultados do que 
nenhuma intervenção, ou do que os tratamentos conservadores. 
Willardson et al, 19 observaram que tanto em solo estável quanto em solo instável ocorre uma 
ativação semelhante da musculatura profunda da coluna, sugerindo que não há vantagem em se 
treinar os músculos estabilizadores em superfícies instáveis, uma vez que ao serem associados ao 
levantamento de cargas, esses exercícios podem se tornar perigosos. 
Correa, et al² (2008) investigaram em seus estudos, onde foi composta por 775 pessoas, dos 
quais 119 eram do sexo feminino e 236 do sexo masculino, apresentavam queixa de dor lombar, 
sendo que a prevalência da lombalgia configurava em torno de 52,8% do total dos participantes. 
A estimativa do estudo diz que as mulheres, após a análise dos dados, representavam a maior 
prevalência de lombalgia com um percentual de 54,2% em relação aos homens que foi de 45,8%. 
A justificativa plausível ao que esses dados representam no estudo dos autores, foi devido sobre a 
9 
 
postura inadequadas, movimentos repetitivos, tensão muscular e estresse, que são sabiamente 
alguns fatores da gênese da lombalgia. 
Contudo, apesar da elevada prevalência de dor lombar na população estudada, e de ter 
causado transtorno aos mesmos, o percentual de afastamento foi muito baixo com um percentual 
de 0,4%, sendo que os indivíduos também tiveram uma baixa na procura de auxílio no tratamento 
da dor lombar com um percentual de 6.9%, assim, portanto, a lombalgia não foi incapacitante a 
ponto de causar uma repercussão no que tange ao absenteísmo ou ao tratamento desta patologia. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A realização deste trabalho nos possibilitou o conhecimento e identificação das 
particularidades da importância da fisioterapia no tratamento da lombalgia. 
Nas literaturas revisadas alguns autores tiveram algumas concordâncias sobre o uso de 
exercícios e técnica de fisioterapêutica são capazes de beneficiar pacientes com lombalgia. 
Observações engajadas como, exercícios de relaxamento, exercícios abdominais, massagem 
reduziram a incidência das alterações musculoesqueléticas. 
De modo que, na literatura estudada observou-se que o acompanhamento fisioterapêutico 
durante a gestação reduz a incidência de algias, controla a ansiedade, melhora a autoestima, 
melhora da imagem corporal, melhora a qualidade do sono e traz diversos benefícios 
musculoesqueléticos, desde que praticados dentro de limites ideais para acondição das gestantes, 
revelando-se, assim, a fundamental importância da fisioterapia. 
Os objetivos propostos neste trabalho de revisão sistemática foram alcançados, pois 
procurou-se realizar uma revisão da literatura em relação aos benefícios da fisioterapia como forma 
de tratamento da lombalgia. Como citado no decorrer do artigo é fundamental o conhecimento 
desses principais fatores para subsidiar uma atuação mais efetiva da equipe multidisciplinar no 
tratamento da lombalgia com o uso da fisioterapia. 
 Diante dos dados encontrados, percebemos diversos fatores para o uso da fisioterapia no 
o tratamento e acompanhamento da lombalgia, sendo estes relacionados a aspectos que muitas 
vezes são passíveis de intervenção dos profissionais da saúde. 
Deste modo, este trabalho traz subsídios para o profissional fisioterapeuta que deve estar 
atento a todas as formas de assistência, e tratamento, bem como um desafio para os profissionais 
da saúde. É necessário priorizar e planejar ações que sejam efetuadas. 
Quanto ao resultado do estudo sobre os benefícios da fisioterapia, foi possível identificar 
alterações posturas incorretas podendo-se assim prevenir futuros vícios posturais. Através dessa 
avaliação o resultado da pesquisa foi positivo, e possível através de um atendimento e uma 
10 
 
identificação precoce que se previnam o desconforto. Por consequência esses resultados 
contribuíram para o aprendizado da área de fisioterapia, e para formação profissional e educacional 
do pesquisador à medida que proporcionou a construção de conhecimento acerca do assunto 
abordado, através de pesquisa cientifica. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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idosos com dor lombar crônica. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, v.15, n.3, p. 405, 
jul/set 2016. 
2. Correa, Cyntia OS; Guedes, Isabela O; Vieira, Marcela T; Muniz, Marielle NM. Métodos pilates 
versus escola de postura, análise comparativa tratamento lombalgia. HU Revista, Juiz de Fora, v. 
41, n. 1 e 2, p. 85-91, jan./jun. 2015. 
 
3. Neves, A formação de profissionais de saúde para a prevenção de lesões musculoesqueléticas 
ligadas ao trabalho a nível da coluna lombar: uma revisão sistemática. Elsevier Doyma. Rev. port 
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4. Barros, Glauber Diniz. Terapias Manuais na Lombalgia: Revisão da literatura. São Paulo: 
Faculdade Ávila, 2013. 
 
5. Junior, M. H.; Goldenfum, M. A.; Siena, C. Lombalgia Ocupacional. Rev. Ass. Med. Bras., São 
Paulo, v.56, n.5, p. 583-584, 2010. 
7. Lizier, Daniele Tatiane; Perez, Marcelo Vaz; Sakata. Rioko Kimiko. Exercícios para Tratamento 
de Lombalgia Inespecífica. Rev Bras Anestesiol, 2012; 62: 6: 838-846 
 
8. Volpato CP, Fernandes SW, Carvalho NAA, Freitas DG. Exercícios de estabilização segmentar 
lombar na lombalgia: revisão sistemática da literatura. Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa 
São Paulo. 2012;57(1):35-40 
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