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Design Magazine 07

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Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
2 • Edição 07
Carta do diretor
Formado em design gráfico e atuando no merca-
do desde 2010. Atualmente focado em direção de 
projetos. Dentre eles a revista digital Design Maga-
zine Brasil e o “coletivo criativo” Grupo I3C3.
Lucas 
Fernandes
Primeira Design Magazine Brasil do ano! 
Não tenho dúvidas de que 2015 será um excelen-
te ano para o design brasileiro, e espero que para 
a DMB também.
Esse ano marca o retorno da Bienal Brasilei-
ra de Design, que ocorrerá em Florianópolis, a pri-
meira edição do Zupi Awards, prêmio internacional 
organizado pela Zupi e que ocorrerá no Pixel Show, 
em São Paulo, e a Brazilian Design Showcase (Bra-
des), que terá espaço no Florence Design Week, em 
Florença, Itália.
Mas não é só isso. Sabem o que mais 2015 
traz? O lançamento do Portal I3C3 (http://i3c3.com.
br), a mais nova fonte de notícias, informações, di-
cas e muito mais para criativos. Envolvendo não só 
design, mas também arte, comunicação, tecnolo-
gia, arquitetura, moda e etc. O portal é um projeto 
do Grupo I3C3, que a partir de 2015 é responsável 
pela Design Magazine Brasil. A princípio não deve 
haver grandes mudanças, mas podem ter certe-
za de que por trás dos panos estamos preparando 
muitas coisas.
O que isso traz de bom de imediato? Simples, 
agora você, que não gosta de esperar dois meses 
entre uma edição e outra da DMB, pode ter conteú-
do novo de todas as áreas citadas acima com mais 
frequência. Acessem o portal e disfrutem de tudo 
isso que eu falei aqui, e muito mais!
Enfim, já deu para perceber que 2015 vai 
ser bem agitado né? Espero que vocês estejam 
com tanta energia quanto eu. Para começar 
o ano, absorva tudo que puder dessa nossa 
nova edição.
Até mais.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
VENHA E DESCUBRA
FLORIANÓPOLIS
DE 15 DE MAIO A
12 DE JULHO DE 2015
Visite as exposições, workshops, 
seminários nacionais e internacionais, 
e outros eventos de design que 
tomarão conta da cidade.
Cia Aérea OficialApoio InstitucionalCo-realizaçãoRealizaçãoIncentivo
Iniciativa
®
Revista Oficial Patrocínio
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
anuncio_revista_DM_A4_pt.pdf 1 08/12/14 10:02
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
4 • Edição 07
Sumário
A experiência do Pixel Show
Pág. 08
“Merchandising” nas telonas
Pág. 18
O design hoje
Pág. 28 
Capela Notre-Dame-du-Haut
Pág. 12
Cidades do design
Pág. 22
Design com Pedro Panetto
Pág. 36
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Fevereiro 2015 • 5
Design Magazine Brasil
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
6 • Edição 07
Créditos
Diretor
Capa
Fotografias
Revisão
Logotipo
Site
Email
Redes Sociais
Projeto gráfico
Diagramação
Ilustrações
Idealizadores
Redatores
Lucas Fernandes
Renato Saes
Thiago Seixas
Juliana Teixera
Lourrane Alves
Elementoa À Solta
designmagazine.com.br
lucas@designmagazinebrasil.com.br
facebook.com/revistadesignmagazine.br
twitter.com/DMBr_Oficial
Douglas Silva
Hebert Tomazine
Leandro Siqueira
Lucas Fernandes
Thiago Seixas
Vitor Cardoso
Douglas Silva
Hebert Tomazine
Leandro Siqueira
Lucas Fernandes
Beatriz Vieira
Douglas Silva
Gilberto Ferreira
Wendel FragosoDiego Gomes
Douglas Silva
Gilberto Ferreira
Leandro Siqueira
Lucas Fernandes
Eliezer Santos
João Valle
Lourrane Alves
Mayara Wal
Thiago Seixas
Vitor Cardoso
Edição #07
Fevereiro/2015
A Design Magazine Brasil é uma projeto de LucasFAdS e Grupo I3C3.
O conteúdo textual e imagético da revista pertence aos seus respectívos autores e não 
pode ser reproduzido sem autorização prévia.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Fevereiro 2015 • 7
Design Magazine Brasil
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
8 • Edição 07
A experiência do Pixel Show
Fotografias: Thiago Seixas.
 “O Pixel Show ocorreu pela 
primeira vez em 2005, e de lá pra 
cá cresceu, ganhou notoriedade...”
Designer gráfico e de produto, apaixonado por 
artes e futebol. Buscando conhecimento e expe-
riências, para um dia poder ser uma referência e 
inspiração para os novos designers.
Thiago 
Seixas
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Fevereiro 2015 • 9
Design Magazine Brasil
Uma coisa essencial para a criatividade é ter 
um background de conhecimento diversificado. 
Quando assistimos a um filme, quando vamos a 
um museu, quando escutamos uma nova música, 
e até mesmo, quando viajamos para um novo lugar, 
estamos digerindo informações que futuramente 
irão nos influenciar em nosso processo de desen-
volvimento de ideias, o que nos leva a concluir que 
quanto mais background cultural e informacional 
nós tivermos, maior será nossa capacidade criativa.
Dentro desta ideia, diversos eventos, como 
encontros de estudantes, workshops, bienais, feiras 
ivres, entre outros, são criados para atrair profissio-
nais e estudantes das áreas criativas que possuem 
o interesse em agregar novos conhecimentos e 
também compartilhar os seus. Como exemplo dos 
eventos realizados no Brasil, o Pixel Show destaca-
se pela sua grandeza e por contar com grandes pa-
lestrantes, atraindo gente de todo o Brasil, e inclusi-
ve, da América Latina.
Realizado pela Zupi, um crossmedia de arte e 
design que fomenta, registra, produz e divulga o que 
há de melhor na criação brasileira e mundial, o Pixel 
Show ocorreu pela primeira vez em 2005, e de lá pra 
cá cresceu, ganhou notoriedade, mudou para um 
espaço bem maior e hoje, após dez anos, é a maior 
conferência de criatividade da América Latina. 
Minha primeira experiência com o Pixel Show 
foi em 2010, quando tinha ouvido falar pouco, po-
rém muito bem sobre o evento e resolvi arriscar. 
Nunca havia ido a São Paulo e iria sozinho para o 
evento, o que confesso, me deixou ainda mais an-
sioso. Mas, para minha total felicidade, foi incrivel-
mente fácil encontrar o local do evento, que ficava 
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
10 • Edição 07
Im
agem
: m
ichell zappa
em um ponto superinteressante e acessível da cida-
de. Foi um final de semana realmente incrível onde 
pude conhecer diversos artistas fantásticos, pude 
assistir palestras memoráveis, conheci um pouco 
da cidade e ainda pude fazer novas amizades. Deci-
di então que voltaria ao evento todo ano que fosse 
possível. Tive a oportunidade de ir para o evento 
novamente em 2012 e 2013, e pude perceber que 
o evento crescia cada vez mais, tornando-se indis-
pensável para quem está sempre em busca de ex-
pandir seus conhecimentos.
Uma das peculiaridades do evento é a grande 
diversidade de assuntos e pessoas criativas. É mui-
to bom poder imergir em diversos tópicos como 
fotografia, graffiti, publicidade, design, arquitetura, 
ilustração, intervenção urbana entre outros, em pa-
lestras, apresentações e workshops que tem como 
principal objetivo abrir nossas mentes para novas 
ideias. Além disso, o evento possui uma feira de 
criatividade gratuita, que conta com live paitings de 
grandes artistas, estandes de objetos super criati-
vos, exposição de quadros e esculturas, apresenta-
ção de livros e de novas tecnologias. Enfim, o Pixel 
Show é um evento criado para celebrar a criativida-
de e a inspiração mútua, além de ser um local per-
feito para fazer networking.
Por fim, uma das coisas que me faz querer re-
tornar ao Pixel Show todo ano é o fato de ser bas-
tante acessível financeiramente. E isso impressio-
na, pois eventos em nossa área são em geral bem 
caros, principalmentequando contam com tantos 
atrativos e com um time de palestrantes de peso. 
A experiência do Pixel Show
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Fevereiro 2015 • 11
Design Magazine Brasil
Por isso, em minha opinião, o custo benefício do 
Pixel Show é ótimo, contando ainda com promo-
ções e descontos para quem organiza grupos, o 
que é ideal para quem não é de São Paulo e já pre-
cisa gastar uma grana com o deslocamento. Ou-
tro aspecto que ajuda muito é a facilidade para se 
encontrar albergues baratos e de boa qualidade 
na cidade de São Paulo. Em todas as edições que 
pude ir, sempre me hospedei em albergues, um 
diferente para cada edição, e isso só agregou na 
experiência das minhas viagens.
Esse ano o Pixel show acontece nos dias 17 
e 18 de outubro, no Clube Hebraica, em São Pau-
lo e para saber mais sobre o evento acesse o site: 
www.pixelshow.com.br.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
12 • Edição 07
Capela Notre-Dame-du-Haut
Arte da vitrine: Beatriz Vieira.
“[...] Projeto do arquiteto e 
urbanista Franco-Suíço Charles-
Edouard Jeanneret-Gris, mais 
conhecido como Le Corbusier, e a 
mais significativa manifestação da 
Vanguarda Racional [...]”
Estudante de arquitetura e urbanismo na Unigran-
rio, formado em técnico de design de interiores no 
Senac, apreciador de vinho e artista plástico de 
fim de semana.
João
Valle
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Fevereiro 2015 • 13
Design Magazine Brasil
Histórico
A capela foi projeto do arquiteto e urbanis-
ta Franco-Suíço Charles-Edouard Jeanneret-Gris, 
mais conhecido como Le Corbusier, e a mais signi-
ficativa manifestação da Vanguarda Racional, que 
é um movimento pós-Primeira Guerra Mundial que 
rompeu com a tradição e foi fortemente influencia-
do pela estética do cubismo. O templo foi erguido 
sobre um platô no topo da colina de Bourlémont, 
nas ruínas de um templo da idade média que foi 
destruído por bombardeiros durante a Segunda 
Guerra Mundial. Seria necessário um novo templo 
para os fiéis que visitavam o local, desde meados 
do século XIII.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, os 
habitantes da região de Ronchamp e a Comissão 
de Arte Sacra de Besançon decidiram pela recons-
trução do templo e confiaram a tarefa a Le Corbu-
sier, conhecido por ser o inventor da Unité d’Habi-
tation, que são grandes complexos modulares que 
procuravam recuperar a dinâmica de vida urbana 
e resolver os problemas de habitação do período 
pós-guerra. No entanto, os primeiros contatos en-
tre os religiosos e o arquiteto foram difíceis, a prin-
cípio Le Corbusier não queria projetar o templo de 
Ronchamp, pois o arquiteto já tivera problemas 
anteriores com as autoridades eclesiásticas duran-
te a construção do templo de Tremblay-lès-Gones-
ses e o complexo para Saint-Baume, pois a igreja 
se opunha à linguagem moderna de Le Corbusier, 
entretanto, deram carta branca para que ele crias-
se o que quisesse.
O programa consistia em uma nave principal 
que pudesse receber cerca de 200 fiéis. O edifício 
deveria disponibilizar demais elementos litúrgicos 
básicos como altar, coro, púlpito, confessionário, 
três pequenas capelas para cultos mais reserva-
dos, um altar externo para as cerimônias campais 
nos dias de peregrinação, uma sacristia e um pe-
queno escritório num piso superior.
Im
agem
: static.panoram
io.com
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
14 • Edição 07
Composição
A parte principal da estrutura é constituída 
por duas membranas de betão, separados por um 
espaço de 2,26 metros, formando uma concha de 
concreto armado aparente que constitui o telhado 
do edifício. Este pesado telhado de tom escuro en-
tra em contraste com as espessas paredes cobertas 
por “concreto projetado” de cor branca e possui um 
meio de recolhimento das águas pluviais, elas são 
direcionadas até a parte mais baixa, localizada na 
fachada oeste da capela, onde escorre a água até 
uma abertura no solo conectada a um reservatório. 
 As paredes foram projetadas em formas cur-
vilíneas calculadas para proporcionar estabilidade 
à composição do templo, mas não sustentam a 
cobertura, a mesma é sustentada por colunas in-
ternas. Assim a cobertura não tocaria nas paredes e 
entre ambos teria um nicho de 10 centímetros, que 
dá uma entrada significativa da luz do dia e trans-
mite uma sensação de leveza na parte interna do 
templo tornando a cobertura “flutuante”. 
O templo está alocado no ponto mais alto da 
colina, permitindo assim a sua visualização por to-
dos os pontos do terreno, desde a base da colina. As-
sim como elege a paisagem circundante como fator 
fundamental para o enriquecimento da sacralidade 
do templo e de sua comunicação com o mundo ex-
terior. O altar externo, repousado sob o avanço da 
cobertura de concreto, resolve de forma esplêndida 
um dos problemas do projeto, que era expandir a 
parte interna para abranger uma grande quantidade 
de pessoas, pois comumente eram feitas peregrina-
Im
agem
: lh4.googleusercontent.com
 
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Fevereiro 2015 • 15
Design Magazine Brasil
ções até o templo. Nessas ocasiões especiais o altar 
se torna o pivô de uma celebração ao ar livre onde a 
imensidão do céu e a linha do horizonte passa-nos 
a distância existente entre a humanidade e Deus 
(mesma função que as grandes catedrais possuem). 
Assimétricas e completamente diferentes das cons-
truções sacras tradicionais, as paredes extrema-
mente grossas, possuem organizadas, de forma ale-
atória, janelas que se afunilam de dentro para fora, 
dando dois tipos de impressão a estas paredes: uma 
impressão externa e outra interna. Na externa, a dis-
posição e tamanho das janelas dão a impressão de 
volume, já na interna as janelas têm um nicho maior, 
o que dá mais vazão à luz vinda de fora, amplian-
do os nichos da janela e auxiliando na sensação de 
leveza da parede e do interior no centro da porção 
leste da nave, centro de celebração em torno do que 
tudo está ordenado, em círculos concêntricos, dan-
do valor e hierarquia tanto aos elementos ascéticos 
quanto arquitetônicos. 
Im
agem
: m
edia.gotraffic.net 
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
16 • Edição 07
 Os elementos sacros como a mesa do altar, 
o púlpito, bancos, cruzes e candelabros participam 
como partes interagentes no todo, misturando-se 
à rusticidade do templo e servindo de forma fun-
cional, nos trazendo uma atmosfera misteriosa e 
serena. Eles foram calculados com o modulador do 
Le Corbusier (sistema criado que não converte ao 
sistema métrico decimal as unidades como pés e 
polegadas, mas baseia as medidas modulares a um 
indivíduo imaginário com uma altura inicialmente 
de 1,75m e mais tarde de 1,83m). 
 As torres são construídas com alvenaria de 
pedra e são cobertas por abóbadas de cimento.
Im
agem
: ourhouseisourw
orld.files.w
ordpress.com
 
Visão interna da capela
Capela Notre-Dame-du-Haut
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Fevereiro 2015 • 17
Design Magazine Brasil
Iluminação
A iluminação natural é feita por um sistema 
de janelas folheadas com vidro transparente, e, em 
alguns lugares, com vidro colorido. Le Corbusier 
considera que esta forma de iluminação está muito 
intimamente ligada a velhas noções de arquitetura, 
particularmente à arte românica e gótica. Por isso, 
aqui não há vitrais, mas vidros através dos quais se 
podem ver as nuvens, os movimentos da folhagem 
e até mesmo transeuntes.
Design Magazine Brasil
Imagem
: architectsandartisans.com
 
Visão interna da capela
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18 • Edição 07
“Merchandising” nas telonas
Estudante de Publicidade e Propaganda da Uni-
granrio. Sua paixão está nos livros, no mundo das 
palavras, pontos e vírgulas. Atua na área de reda-
ção e revisão de textos e como freelancer.
Lourrane 
Alves
Arte da vitrine: Wendel Fragoso.
 “Aqui no Brasil [...] usa-se 
Merchandising para designar a 
aparição de um produto ou marca 
em filmes, novelas, seriados e etc. 
Mesmo o termo correto sendo 
Product Placement[...]”
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Fevereiro 2015 • 19
Design Magazine Brasil
Quem não adora a oportunidade de sentar no 
sofá e assistir a um bom filme? Ou ir ao cinema e 
ver aquele longa tão esperado dos últimos meses? 
Grandes empresas sabem disso e investem muito 
para que suas marcas sejam vistas, reconhecidas, e 
claro, adquiridas.
Eu me refiro aqui, a nada mais, nada menos do 
que o famoso Merchandising ou Product Placement, 
como é conhecido nos Estados Unidos. Merchandi-
sing é, na verdade, a ação de inserir um produto ou 
marca em um ponto de venda a fim de acelerar suas 
vendas. Aqui no Brasil, entretanto, usa-se Merchandi-
sing para designar a aparição de um produto ou mar-
ca em filmes, novelas, seriados e etc. Mesmo o termo 
correto sendo Product Placement.
Im
agem
: Colum
bia Pictures
Produtos Apple no filme “Sex Tape”.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
20 • Edição 07
“Merchandising” nas telonas
nhecer parte 1 (2011), Homem de Ferro 3 (2013), 
entre tantos outros títulos.
Ainda segundo a Brandchannel, em primeiro 
lugar, presente em 144 filmes, está a Ford e em ter-
ceiro, a Coca-Cola, em 96 filmes. A Apple ocupa o 
segundo lugar na lista.
Jamais nos esqueceremos do filme Náufrago 
(2000), onde Tom Hanks, como protagonista, fica 
preso sozinho em uma ilha deserta durante vários 
anos, apenas com seu “amigo” Wilson, uma bola de 
vôlei. A marca Wilson teve de atender a uma grande 
demanda por bolas de vôlei após o filme. A marca 
FedEx (empresa de entrega de correspondência) 
também estava presente no longa.
 Bem, deixemos as explicações de lado. Não 
é de hoje que as empresas perceberam que essa é 
uma ferramenta poderosíssima, e a sua utilização 
está cada vez mais forte. 
Segundo o site Brandchannel, que realiza 
consultoria de marcas globais pela Interbrand, a 
Apple é a marca que mais faz merchandising em 
filmes. Ela começou na década de 80 e com certe-
za tem tido muito sucesso. Entre 2001 e 2010, um 
terço dos filmes que ficaram em primeiro lugar na 
bilheteria americana tinham merchandising da 
Apple. Podemos ver a famosa Maçã em sucessos 
como, De volta para o futuro 2 (1989), Entrando 
numa fria maior ainda (2004), Crepúsculo: Ama-
Im
agem
: Dream
W
orks Pictures
Wilson no filme “Náufrago”.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Fevereiro 2015 • 21
Design Magazine Brasil
quando a ferramenta do Merchandising (ou Pro-
duct Placement) é usada de forma “abusiva”, ou 
seja, estampada, de forma mal feita e não disfarça-
da, como pode ser visto em algumas novelas e até 
mesmo filmes, o telespectador se sente pouco à 
vontade e até mesmo critica o produto, nesse caso 
surte então o efeito contrário. Mas existem por aí 
muitos grandes diretores que sabem colocar a mar-
ca no lugar certinho, despertando em quem está do 
outro lado da tela uma incontrolável vontade de se 
deliciar com barra de Chocolate Hershey’s, beber 
uma garrafa de Coca-Cola e na próxima ida ao Sho-
pping, comprar um Ômega, um relógio igualzinho 
ao do James Bond.
No já citado, De volta para o futuro, a Nike 
também saiu lucrando. O famoso tênis de cadarços 
que se amarravam sozinhos tinha a marca estam-
pada em si e claro, os jovens que assistiram ao fil-
me desejavam ter um tênis como aquele. Ainda que 
na época ele não existisse, a marca se beneficiou. 
Em 2011 leiloou 1500 pares de protótipos do tênis e 
agora, para loucura dos fãs, a Nike confirmou que o 
chamado Nike Air MAG será lançado esse ano. 
Podemos falar de mais inúmeros casos de 
empresas que lucraram em investir nas telonas. Os 
telespectadores, de um modo geral já até se acos-
tumaram com toda essa enxurrada de marcas e 
produtos em seus momentos de lazer. É claro que 
Im
agem
: U
niversal Pictures
Nike no filme “De volta para o futuro II”
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
22 • Edição 07
Cidades do design
Arte da vitrine: Douglas Silva.
 “O design pode trazer a 
Curitiba muito mais do que
um título internacional.”
Designer de produto de formação e metida a docei-
ra nas horas vagas. Formada desde 2011, buscando 
sempre estar antenada e se atualizar na área, atual-
mente estuda Design de Serviços e Interação.
Mayara
Wal
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Fevereiro 2015 • 23
Design Magazine Brasil
Há 10 anos a UNESCO classifica cidades para 
o ranking “Creative Cities Network”, cidades que são 
reconhecidas pelas contribuições à 7 áreas temá-
ticas: literatura, arte e artesanato, música, cinema, 
design e gastronomia. Essa iniciativa tem como 
objetivo promover a cooperação internacional e in-
centivar a partilha de experiências e recursos, a fim 
“No Brasil temos 
Florianópolis nomeada 
por causa da 
gastronomia local e 
Curitiba que entrou ano 
passado como Cidade 
de Design devido a sua 
estrutura urbana. ”
de gerar o desenvolvimento local por meio da cul-
tura e criatividade. Ao serem nomeadas, as cidades 
se comprometem a colaborar e desenvolver parce-
rias visando à promoção da das indústrias culturais, 
reforçando a participação na vida cultural, e inte-
grando a cultura nos planos de desenvolvimento 
econômico e social. Em 2014 foram nomeadas mais 
28 cidades, totalizando 69 até agora. 
No Brasil temos Florianópolis nomeada por cau-
sa da gastronomia local e Curitiba que entrou ano pas-
sado como Cidade de Design devido a sua estrutura ur-
bana. Para receber o título, as cidades precisam atender 
a critérios como por exemplo: possuir uma próspera in-
dústria de design, com e centros de pesquisa e grupos 
de trabalho compostos por designers e criadores. 
Foto: M
orio
Museu Oscar Niemeyer, 
Curitiba
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
24 • Edição 07
“O título representa 
o reconhecimento do 
potencial da cidade 
no desenvolvimento 
do design em âmbito 
nacional e internacional.”
Hoje são 12 as cidades consideradas Ci-
dades do Design, entre elas Helsinque e To-
rino (devido aos inúmeros patrimônios mun-
diais), Bilbao (casa do Museu Guggenheim, 
projetado por Frank Gehry) e finalmente Curi-
tiba (reconhecida pela sua estrutura urbana).
O título representa o reconhecimento 
do potencial da cidade no desenvolvimento 
do design em âmbito nacional e internacio-
nal. Desde o fim de 2012 há uma movimen-
tação para trazer o título para Curitiba, um 
grupo de jovens designers da cidade passou 
a buscar apoio de instituições para alcançar 
o objetivo. Além do destaque proporcionado 
pelo título, o fato de Curitiba integrar a rede 
global de Cidades Criativas possibilitará 
uma troca de conhecimentos, experiências e 
melhores práticas com grupos culturais de 
todo o mundo.
Fo
to
: H
al
le
y
Cidades do design
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Fevereiro 2015 • 25
Design Magazine Brasil
O próximo passo para a cidade é tentar a 
candidatura para o título de capital mundial do 
design,que atualmenteé a Cidade do Cabo, e 
cuja próxima votação ocorre em 2018. Para tan-
to foi organizado 1º Fórum Internacional Cida-
des Amigas do Design, iniciativa conjunta entre 
o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urba-
no de Curitiba (Ippuc) e a Agência Brasileira de 
Promoção de Exportações, organizado durante 
a Semana D em Curitiba. Durante o fórum pa-
lestrantes especialistas da Rússia, China, África 
do Sul, Índia e Polônia debateram sobre o de-
sign como recurso estratégico para o planeja-
mento urbano.
Foto: Adelano Lázaro
Portal de entrada do 
Bosque Alemão, Curitiba
O futuro – Capital Mundial do Design
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
26 • Edição 07
A atual Capital Mundial do Design, Cida-
de do Cabo, na África do Sul, tem como slo-
gan: “Design com tudo”. O especialista Mugendi 
M’Rithaa, comentou a respeito da experiência 
da cidade durante o Forum das Cidades Amigas 
do Design: “A Cidade do Cabo era uma referên-
cia internacional apenas por suas montanhas 
e sua beleza, mas nós queríamos mais. O título 
de Capital Mundial do Design está nos revelan-
Fo
to
 : 
 M
or
io
A cidade do “Design com tudo”
Cidades do design
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
Fevereiro 2015 • 27
Design Magazine Brasil
do ao mundo como uma cidade que investe no 
design para diminuir as desigualdades sociais, 
evitar a violência urbana e desenvolver a eco-
nomia com ideias e produtos criativos e ino-
vadores”. Durante todo o ano de 2014 a cidade 
teve iniciativas relacionadas a design e econo-
mia criativa que mudaram a cidade no âmbito 
econômico e principalmente social.
Nos últimos anos, o design ajudou a indu-
zir o desenvolvimento em lugares tão distintos 
como Turim (Itália), em 2008, que adotou o slo-
gan “Design através de tudo”; Seul (Coréia do 
Sul), em 2010, com o mote “Design para todos”; 
e Helsinque (Finlândia), em 2012, com o título 
“Design em tudo”.
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Escultura “Amor 
Materno”, de Zaco 
Paraná, Jardim Botânico 
de Curitiba
“Acreditamos no design para produzir um 
mundo melhor. E Curitiba tem todas as quali-
dades necessárias e a cultura para viver essa 
transformação”, afirmou Mugendi no Forum 
das Cidades Amigas do Design.
O design pode trazer a Curitiba muito 
mais do que um título internacional, mas uma 
grande oportunidade de desenvolvimento da 
economia criativa e sustentável através da 
união e do esforço entre o poder público, em-
presas, universidades e profissionais especia-
lizados. Hoje já é sede de grandes instituições 
e eventos ligados à área e tem potencial para 
tornar-se um pólo de atração e desenvolvi-
mento de design.
Agora é cruzar os dedos e elaborar em um 
slogan para a cidade! 
Apoio dos especialistas
Curitiba e o Design
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
28 • Edição 07
O design hoje
Arte da vitrine: Gilberto Ferreira.
 “O jovem brasileiro hoje é 
sonhador, acredita no País.”
Atua como freelancer desde 2012 com criação 
de logotipos, peças publicitárias, etc. Atual-
mente tem se dedicado a edição de vídeo e 
motion design.
Eliezer 
Santos
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Fevereiro 2015 • 29
Design Magazine Brasil
“Vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não 
é sério. O jovem no Brasil nunca é levado a sério…”
Assim começava uma música da banda Char-
lie Brown Jr. que fez enorme sucesso e embalou 
a juventude do final dos anos 90 e primeira déca-
da do milênio. Bem, a TV pode até continuar não 
levando nossos jovens a sério, oferecendo a eles 
uma programação que é um insulto a qualquer in-
teligência, mas tem uma galera que resolveu levar 
nossos jovens bem a sério, e desde 2012 vem fazen-
do uma pesquisa interessantíssima para descobrir 
qual é o perfil dos “Millennials” brasileiros, ou seja: 
justamente essa galera fã de CBJR, on-line quase o 
tempo todo, que figura nas redes sociais quase que 
obrigatoriamente, nascida dos anos 90 pra cá.
Im
agem
: ElAlispruz
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30 • Edição 07
O design hoje
A pesquisa se chama “O sonho brasileiro” 
(www.osonhobrasileiro.com.br), e traz um per-
fil minucioso de jovens entre 18 e 24 anos. Feita 
pela empresa de pesquisa global BOX, ela traz um 
conteúdo gratuito on-line com os resultados dessa 
pesquisa até agora. 
Alguns dados interessantes que esta pesquisa 
desvendou é que:
• 25.906.194 é o número aproximado de jovens nes-
ta faixa etária no Brasil;
• 77% destes jovens sonham cursar uma Faculdade;
• 55% desejam uma formação profissional e emprego; 
• 28% querem oportunidade para todos e 35% dos en-
trevistados se consideram uma geração sonhadora.
Estes dados mostram que a mentalidade 
do jovem brasileiro mudou radicalmente nas 
últimas décadas, e que hoje, mesmo influencia-
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Fevereiro 2015 • 31
Design Magazine Brasil
do por outras culturas, o jovem brasileiro con-
quistou sua identidade e faz questão de mos-
trá-la com orgulho. Não, eu não estou falando 
do documento de Registro Geral que cada um 
carrega em sua carteira, mas da sua forma de 
ser, pensar e agir.
O jovem brasileiro hoje é sonhador, acredi-
ta no País (acredite se quiser: segundo a pesquisa, 
89% dos entrevistados têm orgulho de ser brasileiro 
e 76% acham que o país está mudando para me-
lhor), luta pelos seus direitos, indo às ruas se preci-
so for, sabe muito bem o que quer e persegue seus 
sonhos com garra e determinação. E onde é que o 
Design entra nisso?
Bem, se você é Designer e não se importa com 
o que seu público alvo pensa ou sente, me descul-
pe, mas é melhor procurar uma outra profissão. 
Para olhos atentos, conhecer este público é uma ta-
refa ao mesmo tempo excitante e desafiadora. 
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32 • Edição 07
Conversando com alguns jovens desta 
faixa etária, e até alguns adolescentes, eu me 
surpreendi em como estão, hoje, inseridos no 
mercado e na sociedade. Eles sabem distinguir 
entre suas marcas preferidas, escolhem bem 
entre produtos nacionais e importados, são exi-
gentes, um tanto conservadores, mas não se ne-
gam a experimentar coisas novas. 
Esta tendência não se resume a apenas 
produtos manufaturados, mas a própria propa-
ganda também tem sofrido uma metamorfose 
positiva. Com cada dia mais plataformas surgin-
do, os comerciais têm se tornado cada vez mais 
bem produzidos, às vezes até com status de su-
perprodução Hollywoodiana.
Uma das adolescentes com quem conversei 
me disse que, por exemplo, prefere ver os comer-
ciais feitos para o YouTube. Por dois motivos: você 
pode pular e, segundo ela, estes comerciais são 
mais bem elaborados e criativos, e por isso, cha-
mam mais atenção. Isto aponta para um detalhe 
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O design hoje
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Design Magazine Brasil
interessante: Eles querem ter o poder de escolha, 
e darão prioridade para quem souber oferecer op-
ções que lhes agradam. Sem querer também, ela 
acabou dizendo as duas vertentes para quem qui-
ser oferecer produtos e soluções para este público: 
Criatividade e Originalidade. 
Cada vez mais será exigido de nós novas ten-
dências. Olhando para essa nova geração, a busca 
pelo novo e inusitado deve ser uma verdadeira ob-
sessão na vida de qualquer Designer que se preze. 
Chegará um tempo em que perderemos mais tem-
po no brainstorming do que naexecução do traba-
lho em si. E por quê? Ninguém mais se contenta 
com qualquer coisa.
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34 • Edição 07
A pesquisa ainda foi além, e procurou des-
cobrir também o que este jovem espera da vida. 
A questão fundamental que ela descobriu é que, 
para estes jovens, o trabalho deve andar junto 
com a felicidade. O que isto significa? Para essa 
galera, não adianta ganhar o maior salário do 
mundo se não tiver tempo de gastá-lo, e bem. 
Eles não querem trabalhar só para ganhar dinhei-
ro. Querem trabalhar fazendo o que gostam, rece-
bendo bem por isso, e ainda ter tempo pra curtir 
a vida, viajar, namorar, e por aí vai.
Fazendo uma análise rápida, estes jovens, em 
sua maioria, não estão muito interessados em con-
sumir para ostentar, e sim, em consumir aquilo que 
lhes faz bem, sem muito interesse em status social. 
Traduzindo para o “Designês”: Eles querem produ-
tos de qualidade, com preço acessível e inovadores. 
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ag
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O design hoje
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Design Magazine Brasil
É, amigos, o desafio será grande, a busca, 
árdua, mas mais do que nunca, eles contam co-
nosco, os “mestres da criatividade”, para satis-
fazer os seus desejos. E a figura que me vem à 
cabeça é a de um gênio da lâmpada atendendo 
seus “amos” cada vez mais exigentes. Mas para 
aqueles que gostam de grandes desafios, o hori-
zonte é vasto. Este estudo nos traz uma luz e uma 
perspectiva gigantesca sobre quais caminhos de-
vemos seguir para sermos bem sucedidos com 
este público, que é maioria hoje em nosso país. 
Então, que o brainstorming comece! 
Isso exigirá de nós muito mais horas de pesquisa e 
estudo na elaboração de produtos e soluções que 
atendam estas expectativas. Teremos de ser muito 
mais criteriosos na hora de escolher materiais, co-
res, formas...Teremos de, num português bem claro 
e irônico, “tirar leite de pedra”, com briefings cada 
vez exigentes e orçamentos cada vez mais curtos. E 
não adianta chorar. Acostume-se.
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a gem
: lorraine santana
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36 • Edição 07
Design com Pedro Panetto
“Design não é custo,
é investimento.”
Carioca amante do conhecimento, cultura artís-
tica, idiomas e computação gráfica. Youtuber e 
autodidáta, atua como designer na Rede Solaris 
Network e como freelancer. 
Vitor 
Cardoso
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Fevereiro 2015 • 37
Design Magazine Brasil
A relação entre o profissional com o cliente 
nos leva desde parcerias sólidas e pacíficas a situa-
ções inusitadas até cômicas, refinar esse contato e 
esclarecer de modo acessível outros pontos ligados 
a este meio, ajuda a formar uma compreensão so-
bre a identidade e função da profissão.
Design não é custo, é investimento
Mommy Bird (Id Visual)Femusa - Festival de Música Sacra (Id Visual)
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O Canal do Youtube de Pedro Panetto retra-
ta e aborda temas da área de Design com esse 
escopo de modo suave mesmo em meio a temas 
polêmicos (mesmo que essa não seja a intenção). 
Um exemplo disso é o vídeo: “Design não é arte” 
que cita Wolner e explica a direção e funcionali-
dade do design com um âmbito muito mais pro-
jetual que expressivo.
Segundo ele o que faz as pessoas voltarem 
sua atenção mais ao aspecto estético que projetu-
al é o estreitamento que a área possui com a arte, 
ao ponto de ter técnicas que chegam ser similares. Joca Miranda Fotografia (Id Visual)
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Fevereiro 2015 • 39
Design Magazine Brasil
“Eles levam muito a frente a estética e isso 
faz confundir a coisa com arte. Nem todo projeto é 
cem por cento design. As vezes a arte se mescla e a 
criação fica mais intuitiva. Mas é bom saber quando 
você está fazendo design, ou quando você está as-
sumindo a questão de um modo mais artístico do 
que projetual.”
Nem todo projeto é 100% design
Pedro é formado em Design desde 2012 e tra-
balha de modo autônomo, boa parte do que é retra-
tado em seu canal tem correlação com sua vivência 
pessoal na área. Seu interesse pela área veio a partir 
do seu crescimento evolutivo na faculdade:
 “Assim que fui conhecendo e me aprofundan-
do, eu percebi que o design seria uma forma de dar 
vida as minhas ideias... e eu sempre tive muita cria-
tividade em relação a tudo. O design me satisfaz por 
ser essa ferramenta, esse método de “fazer aconte-
cer” o que se passa no meu cérebro.”
Segundo ele o mercado precisa sim de novos 
profissionais devido a demanda de novas empre-
sas, até mesmo as antigas, elas precisam de desig-
ners e criativos constantemente.
Além disso, muitas pessoas tiveram uma experiên-
cia ruim ou não compreenderam a ideia do diferencial que 
um projeto bem feito proporciona, estes provavelmente se 
encontraram com micreiros ou ainda “sobrinhos”.
Com a regulamentação da profissão, a classe 
recebe mais credibilidade porém há necessidade 
da valorização pessoal de cada Designer.
Óculos Tape (Design de Produto)
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