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Penal 30

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DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL-MG 
 
 
Curso de Exercícios 
 
Direito Penal 
 
www.prolabore.com.br 1
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL 
 
1. (Delegado Polícia Civil/RJ/CEPERJ 2009) 
Ensina JORGE DE FIGUEIREDO DIAS que “o 
princípio do Estado de Direito conduz a que a 
proteção dos direitos, liberdade e garantias seja levada 
a cabo não apenas através do direito penal, mas 
também perante o direito penal” (DIAS, Jorge de 
Figueiredo. Direito penal: parte geral. tomo I. 
Coimbra: Coimbra Editora, 2004, p. 165). Assim, 
analise as proposições abaixo e, em seguida, assinale a 
opção correta. 
 
I- O conteúdo essencial do princípio da legalidade 
se traduz em que não pode haver crime, nem pena 
que não resultem de uma lei prévia, escrita, estrita 
e certa. 
II- O princípio da legalidade estrita não cobre, 
segundo a sua função e o seu sentido, toda a 
matéria penal, mas apenas a que se traduz em fixar, 
fundamentar ou agravar a responsabilidade do 
agente. 
III- Face ao fundamento, à função e ao sentido do 
princípio da legalidade, a proibição de analogia 
vale relativamente a todos os tipos penais, 
inclusive os permissivos. 
IV- A proibição de retroatividade da lei penal 
funciona apenas a favor do réu, não contra ele. 
V- O princípio da aplicação da lei mais favorável 
vale mesmo relativamente ao que na doutrina se 
chama de “leis intermediárias”; leis, isto é, que 
entraram em vigor posteriormente à prática do fato, 
mas já não vigoravam ao tempo da apreciação 
deste. 
 
a) Apenas uma proposição está errada. 
b) Estão corretas apenas as proposições I, IV e V. 
c) Estão corretas apenas as proposições I, II, III e IV. 
d) Todas as proposições estão corretas. 
e) Apenas três da proposições estão corretas. 
 
2. (Delegado Polícia Civil/RJ/CEPERJ 2009) 
Costuma-se afirmar que o direito penal das sociedades 
contemporâneas é regido por princípios sobre crimes, 
penas e medidas de segurança, nos níveis de 
criminalização primária e de criminalização 
secundária, fundamentais para garantir o indivíduo em 
face do poder penal do Estado. Analise as proposições 
abaixo: 
 
I- O princípio da insignificância revela uma 
hipótese de atipicidade material da conduta. 
II- O princípio da lesividade (ou ofensividade) 
proíbe a incriminação de uma atitude interna. 
III- Por força do princípio da lesividade não se 
pode conceber a existência de qualquer crime sem 
ofensa ao bem jurídico protegido pela norma penal. 
IV- No direito penal democrático só se punem 
fatos. Ninguém pode ser punido pelo que é, mas 
apenas pelo que faz. 
V- O princípio da coculpabilidade reconhece que o 
Estado também é responsável pelo cometimento de 
determinados delitos, praticados por cidadãos que 
possuem menor âmbito de autodeterminação diante 
das circunstâncias do caso concreto, 
principalmente no que se refere às condições 
sociais e econômicas do agente. 
 
Pode-se afirmar que: 
a) todas as assertivas estão corretas. 
b) somente duas das assertivas estão corretas. 
c) somente duas das assertivas estão erradas. 
d) estão erradas as de número II e III. 
e) somente a de número I está errada. 
 
3. (Delegado Polícia Civil/GO/UEG 2008) A 
Constituição Federal expressamente previu no art. 5º, 
XLV, que “nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado”, alçando a status constitucional o 
princípio do nullum crime sine culpa (não há crime 
sem culpa). Nessa perspectiva, afirma-se: 
 
I. Ao vedar toda forma de responsabilidade pessoal 
por fato de outrem, a Constituição expressou o 
princípio segundo o qual a aplicação da pena 
pressupõe a atribuibilidade psicológica de um fato 
delitivo à vontade contrária ao dever do indivíduo. 
II. A culpabilidade deve ser analisada sob três 
perspectivas, quais sejam, da responsabilidade 
pessoal, da responsabilidade subjetiva e da função 
de limitação e garantia do cidadão ao poder 
punitivo estatal. 
III. A teoria psicológica da culpabilidade pauta-se 
pela idéia de que a culpabilidade não passa de um 
mero vínculo de caráter psicológico, que une o 
autor ao fato por ele praticado, sendo que o dolo e 
a culpa são espécies dessa relação psicológica que 
tem, por pressuposto, a imputabilidade do agente. 
IV. Para a teoria finalista da culpabilidade, dolo e 
culpa são “corpos estranhos” na culpabilidade, que 
consistiria na reprovabilidade da conduta ilícita de 
quem tem capacidade genérica de entender e 
querer e podia, nas circunstâncias em que o fato 
ocorreu, conhecer a sua ilicitude, sendo-lhe 
inexigível comportamento que se ajuste ao direito. 
 
Assinale a alternativa CORRETA: 
a) Somente a alternativa II é verdadeira. 
b) Somente as alternativas II e IV são verdadeiras. 
c) Somente as alternativas I, II, III são verdadeiras. 
d) Somente as alternativas I e III são verdadeiras. 
 
4. (Delegado Polícia Civil/MG/2003) Marque a 
alternativa que não pode ser considerada uma 
consequência do Princípio da Lesividade: 
a) Proibir a incriminação atitudes internas. 
b) Proibir a incriminação de comportamentos 
socialmente toleráveis. 
c) Proibir a incriminação de estados existenciais. 
d) Proibir a incriminação de condutas desviadas. 
e) Proibir a incriminação de comportamento que não 
exceda o âmbito do próprio autor. 
 
 
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Direito Penal 
 
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5. (Delegado Polícia Civil/MG/2003) Assinale o 
princípio que não deriva do Princípio da Legalidade 
a) Irretroatividade da lei penal. 
b) Subsidiariedade. 
c) Taxatividade. 
d) Culpabilidade. 
e) Fragmentariedade. 
 
6. (Delegado de Polícia Civil/PI/ NUCEPE/ 
UESPI/2009) Com relação aos princípios penais, 
assinale a opção correta. 
a) O princípio da humanidade das penas proíbe, em 
qualquer hipótese, a pena de morte no 
ordenamento jurídico brasileiro. 
b) O princípio da especialidade consagra que a lei 
penal geral deve afastar a lei penal especial naquilo 
em que elas forem conflitantes. 
c) O princípio da legalidade permite a criação de 
tipos penais incriminadores através da edição de 
medidas provisórias. 
d) Segundo o princípio da intervenção mínima, o 
direito penal deve atuar como regra e não como 
exceção. 
e) Segundo o princípio da intranscendência, a pena 
não pode passar da pessoa do condenado. 
 
(Delegado Polícia Civil/ES/CESPE 2011) 
Considerando os princípios constitucionais penais e o 
disposto no direito penal brasileiro, julgue os itens 
subsecutivos. 
 
7. Quanto ao concurso de pessoas, o direito penal 
brasileiro acolhe a teoria monista, segundo a qual 
todos os indivíduos que colaboraram para a prática 
delitiva devem, como regra geral, responder pelo 
mesmo crime. Tal situação pode ser, todavia, afastada, 
por aplicação do princípio da intranscendência das 
penas, para a hipótese legal em que um dos 
colaboradores tenha desejado participar de delito 
menos grave, caso em que deverá ser aplicada a pena 
deste. 
 
8. Segundo a jurisprudência do STF, é possível a 
aplicação do princípio da insignificância para crimes 
de descaminho, devendo-se considerar, como 
parâmetro, o valor consolidado igual ou inferior a R$ 
7.500,00. 
 
(Delegado Polícia Civil/TO/CESPE 2008) Acerca 
dos princípios constitucionais que norteiam o direito 
penal, da aplicação da lei penal e do concurso de 
pessoas, julgue os itens abaixo. 
 
9. Prevê a Constituição Federal que nenhuma pena 
passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação 
de reparar o dano e a decretação de perdimento de 
bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e 
contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido. Referido dispositivo 
constitucional traduz o princípio da intranscendência. 
10. Considere que um indivíduo seja preso pela prática 
de determinado crime e, já na fase da execução 
penal,uma nova lei torne mais branda a pena para 
aquele delito. Nessa situação, o indivíduo cumprirá 
a pena imposta na legislação anterior, em face do 
princípio da irretroatividade da lei penal. 
 
11. Na hipótese de o agente iniciar a prática de um 
crime permanente sob a vigência de uma lei, vindo o 
delito a se prolongar no tempo até a entrada em vigor 
de nova legislação, aplica-se a última lei, mesmo que 
seja a mais severa. 
 
12. (Delegado de Polícia Civil/PA/2006/ CESPE 
Julgue os itens seguintes, com relação aos princípios 
constitucionais de direito penal. 
I A decisão acerca da regressão de regime deve ser 
calcada em procedimento no qual sejam obedecidos 
os princípios do contraditório e da ampla defesa, 
sendo, sempre que possível, indispensável a 
inquirição, em juízo, do sentenciado. 
II A vigente Constituição da República, obediente 
à tradição constitucional, reservou exclusivamente 
à lei anterior a definição dos crimes, das penas 
correspondentes e a conseqüente disciplina de sua 
individualização. 
III O princípio da presunção de inocência proíbe a 
aplicação de penas cruéis que agridam a dignidade 
da pessoa humana. 
IV Em virtude do princípio da irretroatividade in 
pejus, somente o condenado é que terá de se 
submeter à sanção que lhe foi aplicada pelo Estado. 
A quantidade de itens certos é igual a 
a) 1. 
b) 2. 
c) 3. 
d) 4. 
 
13. (Delegado Polícia Civil/RN/CESPE 2008) Cabe 
ao legislador, na sua propícia função, proteger os mais 
diferentes tipos de bens jurídicos, cominando as 
respectivas sanções, de acordo com a importância para a 
sociedade. Assim, haverá o ilícito administrativo, o civil, 
o penal etc. Este último é o que interessa ao direito 
penal, justamente por proteger os bens jurídicos mais 
importantes (vida, liberdade, patrimônio, liberdade 
sexual, administração pública etc.). O direito penal 
a) tem natureza fragmentária, ou seja, somente protege 
os bens jurídicos mais importantes, pois os demais 
são protegidos pelos outros ramos do direito. 
b) tem natureza minimalista, pois se ocupa, inclusive, 
dos bens jurídicos de valor irrisório. 
c) tem natureza burguesa, pois se volta, 
exclusivamente, para a proteção daqueles que 
gerenciam o poder produtivo e a economia estatal. 
d) é ramo do direito público e privado, pois protege 
bens que pertencem ao Estado, assim como aqueles 
de propriedade individualizada. 
e) admite a perquirição estatal por crimes não 
previstos estritamente em lei, assim como a 
retroação da lex gravior. 
 
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14. (Delegado de Polícia Civil/MA/2006/FCC) Tem 
efeito retroativo a lei que 
a) elimina circunstância atenuante prevista na lei 
anterior. 
b) comina pena mais grave, mantendo a definição do 
crime da lei anterior. 
c) torna típico fato anteriormente não incriminado. 
d) não mais incrimina fato anteriormente considerado 
ilícito penal. 
e) acrescenta circunstância qualificadora não prevista 
na lei anterior. 
 
15. (Delegado de Polícia/PB/IPAD/2006) No 
Direito Penal Brasileiro, segundo a doutrina 
majoritária, a aplicação da analogia: 
a) é o mesmo que interpretação analógica. 
b) é possível, quando baseada no princípio da 
eqüidade. 
c) não é possível devido ao princípio da legalidade. 
d) é possível e necessária para preencher as lacunas 
da lei. 
e) é impossível em toda e qualquer circunstância. 
 
16. (Delegado Polícia Civil/GO/UEG 2008) Sobre a 
teoria, interpretação e aplicação da norma penal, é 
CORRETO afirmar: 
a) a interpretação analógica é aquela que abarca os 
casos análogos, conforme uma fórmula casuística 
gravada no dispositivo legal, não sendo admitida 
em direito penal. 
b) as normas penais que definem o injusto culpável e 
estabelecem as suas conseqüências jurídicas são 
passíveis de aplicação analógica. 
c) normas penais em branco impróprias são aquelas 
em que o complemento se encontra contido em 
outra lei emanada de outra instância legislativa. 
d) o criminoso na realidade não viola a lei penal, e 
sim a proposição que lhe prescreve o modelo de 
sua conduta, que é um preceito não escrito. 
 
A LEI PENAL NO TEMPO 
 
1. (Delegado Polícia Civil/CE/2006) Sobre a 
aplicação da lei penal no tempo e no espaço marque a 
opção verdadeira. 
a) Ninguém pode ser responsabilizado por crimes 
previstos em leis excepcionais ou temporárias após 
o decurso do lapso temporal destas, pois ocorre o 
que chamamos de abolitio criminis indireto. 
b) Em relação ao tempo do crime o direito penal 
brasileiro adotou a teoria do resultado, onde se 
considera consumado o crime no momento em que 
este é consumado. 
c) A lei brasileira pode ser aplicada em todos os 
crimes praticados contra o Presidente da República 
em qualquer lugar do mundo. Tal possibilidade é 
baseada na aplicação do princípio da Soberania do 
Estado. 
d) Um fato criminoso que ocorra em uma aeronave 
comercial brasileira que esteja sobrevoando o 
espaço aéreo correspondente ao alto-mar é 
alcançado pela legislação penal brasileira, 
caracterizando um dos casos de territorialidade. 
 
2. (Delegado de Polícia Civil/MS/2006/FAPEC) O 
Delegado de Polícia Carlos lavra durante o plantão do 
1º. Distrito Policial da Capital de 15/01/2005 um 
boletim de ocorrência referente a uma agressão a faca 
praticada por Cláudio contra Josias. O fato ocorre na 
festa de aniversário de Cláudio, cerca de vinte minutos 
antes deste completar a maioridade penal, em virtude 
de uma briga havida entre ambos, sendo verdade que 
Cláudio desfere oito facadas no tórax e abdômen de 
Josias. Cláudio foge do local e Josias é socorrido à 
Santa Casa local, aonde vem a óbito 5 horas após a 
internação. O Delegado de Polícia João da Silva 
deverá: (A Delegacia de Homicídios investiga crimes 
contra a vida e a Delegacia Especializada de 
atendimento à Infância e Juventude a conduta de 
menores) 
a) Registrar o fato como crime de lesão corporal 
seguida de morte e enviar o boletim de ocorrência 
para a Delegacia Especializada de atendimento à 
Infância e Juventude. 
b) Registrar o fato como ato infracional de homicídio 
e enviar o boletim de ocorrência para a Delegacia 
Especializada de atendimento à Infância e 
Juventude. 
c) Registrar o fato como ato infracional de homicídio 
e enviar o boletim de ocorrência para a Delegacia 
de Homicídios. 
d) Registrar o fato como crime de homicídio e enviar 
o boletim de ocorrência para a Delegacia 
Especializada de atendimento à Infância e 
Juventude. 
e) Registrar o fato como crime de homicídio e enviar 
o boletim de ocorrência para a Delegacia 
Especializada de Homicídios. 
 
3. (Delegado de Polícia Civil/PI/NUCEPE/ 
UESPI/2009 Com relação à lei penal no tempo, 
assinale a alternativa correta. 
a) A lei penal mais benéfica é portadora da 
retroatividade, mas não da ultratividade. 
b) A lei penal mais benéfica é portadora da 
ultratividade, mas não da retroatividade. 
c) Uma lei penal em prejuízo do réu só poderá 
retroagir antes de iniciado o processo penal. 
d) A lei penal incriminadora é portadora da 
ultratividade. 
e) A lei penal descriminalizadora é portadora da 
extratividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. Delegado De Polícia Civil – MS – 2006 – FAPEC 
Em 15/12/2005, ocorre em toda região norte do país 
forte estiagem, ocasionando situação de calamidade 
pública pela falta de chuva. As reservas de água dos 
Estados afetados alcançam níveis baixos, faltando 
inclusive água potável para a população. Em virtude 
do período anormal, é editada lei que tipifica a 
conduta de uso desnecessário de água. Em 15/01/2006 
a estiagem acaba, coma chegada de chuvas, 
normalizando por completo o abastecimento da água 
na região afetada, ocasionando a autorevogação da lei 
que tipificou a conduta de uso desnecessário de água. 
Em 18/12/2005, João da Silva é flagrado lavando seu 
carro e responsabilizado por tal conduta. Em 
15/01/2006, o processo referente à conduta de João da 
Silva está em fase de instrução criminal. 
a) Por força dos efeitos da abolitio criminis o 
processo é arquivado imediatamente. 
b) O processo continua seu curso normal, mesmo com 
a revogação da lei. 
c) Por força dos efeitos da novatio legis in mellius e 
do abolito criminis simultaneamente o processo é 
arquivado imediatamente. 
d) Por força dos efeitos da novatio legis in mellius o 
processo é arquivado imediatamente. 
e) N. D. A. 
 
5. (Delegado Polícia Civil/AM/UNIFAP 2006) 
I – A lei temporária não possui ultratividade. 
II – Retroatividade é a aplicação de uma lei penal 
benéfica, já revogada, a um fato ocorrido durante o 
período da sua vigência. 
III – De acordo com o STF, se o agente inicia a 
execução do crime permanente sob a vigência de 
uma lei e a consumação só ocorre quando já em 
vigor nova lei, mais rigorosa, esta deverá ser 
aplicada, ainda que prejudicial ao agente. 
a) Estão corretas todas as alternativas. 
b) Estão erradas todas as alternativas. 
c) Estão corretas apenas as alternativas II e III. 
d) Está correta apenas a alternativa I. 
e) Está correta apenas a alternativa III. 
 
6. (Delegado Polícia Civil/SC/ACAFE/2008) 
Analise as alternativas a seguir. Todas estão corretas, 
exceto a: 
a) O ordenamento penal brasileiro é aplicável, em regra, 
ao crime cometido no território nacional. O Brasil 
adotou o princípio da territorialidade temperada: 
aplica-se a lei brasileira ao crime cometido no Brasil, 
mas não de modo absoluto, pois ficaram ressalvadas 
as exceções constantes de convenções, tratados e 
regras de direito internacional. 
b) Quanto ao tempo do crime, o Código Penal 
brasileiro adotou a teoria da atividade, isto é, 
considera-se praticado o crime no momento da 
ação ou omissão, ainda que seja outro o momento 
do resultado. 
c) A prescrição, antes de transitar em julgado a 
sentença final, começa a correr do dia em que o 
crime se consumou. 
d) A lei excepcional ou temporária, embora decorrido 
o período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao 
fato praticado após a sua vigência. 
 
7. (Delegado da Polícia Civil – RO – 2009 – 
FUNCAB) A respeito das regras que tratam da 
aplicação da lei penal, disciplinadas no Título I do 
Código Penal, é correto afirmar que: 
a) a pena cumprida no estrangeiro em nada interfere 
na aplicação da pena imposta no Brasil pelo 
mesmo crime. 
b) pela teoria da ubiquidade, considera-se praticado o 
crime no momento da ação ou omissão, bem como 
no momento em que se produziu o resultado. 
c) a lei excepcional ou temporária, uma vez findo o 
período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, não poderá 
retroagir para atingir os fatos ocorridos durante a 
sua vigência. 
d) a lei penal mais grave aplica-se ao crime 
continuado ou ao crime permanente, se a sua 
vigência é anterior à cessação da continuidade ou 
da permanência. 
e) a lei posterior favorável ao agente aplica-se aos 
fatos anteriores, exceto quando já decididos por 
sentença condenatória transitada em julgado. 
 
8. (Delegado Polícia Civil/RN/CESPE 2008) 
Assinale a opção correta com relação à lei penal no 
tempo e no espaço, à interpretação da lei penal e à 
imputabilidade penal. 
a) Caso uma empresa do ramo de madeireiras, após 
cometer toda ordem de crimes ambientais, tenha IP 
aberto contra si, a perquirição estatal deverá voltar-
se contra crimes ambientais em tese praticados por 
pessoa jurídica, não podendo alcançar qualquer 
sócio ou diretor, pois não há, na legislação pátria, 
suporte jurídico para a chamada teoria da dupla 
imputação. 
b) Considere a seguinte situação hipotética. Gilberto, 
atualmente processado por crime não violento 
contra a liberdade sexual praticado, em tese, antes 
da Lei n.º 11.106/2005, que revogou o inciso VII 
do art. 107 do CP (rol das causas extintivas da 
punibilidade), requereu que fosse reconhecida a 
causa extintiva, haja vista que casara com a dita 
vítima. Nessa situação, conforme o entendimento 
mais recente do STF, o juiz deverá indeferir o 
pedido de Gilberto, já que o aludido inciso só 
poderia ser aplicado se já não estivesse, 
atualmente, revogado pela Lei n.º 11.106/2005. 
c) Considere a seguinte situação hipotética. Bira, 
auxiliado por Giovane, sequestrou sua própria 
vizinha. Ocorreu que, em virtude de a família da 
vítima se negar a pagar o resgate, passaram-se mais 
de 15 dias desde o início do cativeiro. Nesse termo, 
 
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ou seja, durante o período em que a vítima esteve 
sob a custódia dos réus, foi publicada lei nova 
(com vigência e eficácia imediata), aumentando a 
pena do crime em questão. Nessa situação, de 
acordo com a posição sumulada do STF, não será 
aplicada a lei nova em virtude da obrigatória 
aplicação da lei mais benéfica. 
d) Caso um cidadão alemão, dentro de uma 
embarcação da Marinha Mercante Brasileira, 
ancorada em porto holandês (local onde, em tese, 
não se pune o aborto), contribua para que sua 
esposa, francesa, pratique o abortamento, o 
território brasileiro não será considerado local de 
ocorrência da conduta, pois o navio estava 
ancorado em águas estrangeiras. 
e) No sistema jurídico brasileiro, a lei é a expressão 
máxima do positivismo, não sendo possível outras 
formas de expressão do direito. 
 
(Delegado Polícia Civil/ES/CESPE 2006) Nos item a 
seguir é apresentada uma situação hipotética acerca 
das normas pertinentes à parte geral do Código Penal 
seguida de uma assertiva a ser julgada. 
 
9. Manoel, com 22 anos de idade, efetuou um disparo 
contra um adolescente que completaria 14 anos no dia 
seguinte. Em razão das lesões provocadas pelo 
disparo, o adolescente faleceu, já tendo completado os 
14 anos de idade. Sabe-se que, no crime de homicídio 
doloso, a pena é aumentada caso a vítima seja menor 
de 14 anos de idade, mas nessa situação, o aumento da 
pena não é aplicável, pois o homicídio só se consumou 
quando a vítima já havia completado 14 anos de idade. 
 
10. (Delegado de Polícia Civil/MG/2007) Sobre a 
lei penal, é CORRETO afirmar que: 
a) São espécies de extra-atividade da lei penal a 
retroatividade in malam partem e a ultra- atividade. 
b) A lei temporária é exceção ao princípio da 
irretroatividade da lei penal, sendo ela ultra-ativa. 
c) A abolitio criminis equivale à extinção da 
punibilidade dos fatos praticados anteriormente à 
edição da nova lei e faz cessar todos os efeitos 
penais e civis da sentença condenatória transitada 
em julgado. 
d) Em matéria de prescrição, assim como para 
determinação do tempo do crime, a teoria adotada 
pelo Código Penal é a da atividade. 
 
11. (Delegado da Polícia Civil/FUNIVERSA/DF/ 
2009) Considerando a legislação penal e a 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal 
(STF), assinale a alternativa incorreta acerca da 
aplicação da lei penal. 
a) Transitada em julgado a sentença condenatória, 
compete ao juízo das execuções a aplicação de lei 
mais benigna. 
b) A lei penal temporária é inaplicável a fatos 
ocorridos em sua vigência quando a lei posterior, 
também temporária, for mais benigna. 
c) O entendimento do STF a respeito da posse de 
drogas para consumo pessoal não implicou abolitio 
criminis; houve uma despenalização, entendida 
como exclusão, para o tipo, das penas privativas de 
liberdade. 
d) Segundo a teoria da atividade, se o autor de tiros 
formenor de 18 anos de idade à época dos tiros, 
ainda que a vítima morra depois de ele ter 
completado a maioridade penal, não poderá ele 
responder pelo delito. 
e) A lei penal mais benigna possui retroatividade e 
ultratividade. 
 
A LEI PENAL NO ESPAÇO 
 
1. (Delegado Polícia Civil/AM/ FGV 2010) 
Relativamente ao tema da territorialidade e 
extraterritorialidade, analise as afirmativas a seguir. 
 
I. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos 
no estrangeiro os crimes contra a administração 
pública, por quem está a seu serviço. 
II. Ficam sujeitos à lei brasileira, os crimes 
praticados em aeronaves ou embarcações 
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, 
quando em território estrangeiro ainda que 
julgados no estrangeiro. 
III. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora 
cometidos no estrangeiro os crimes contra o 
patrimônio da União, do Distrito Federal, de 
Estado, de Território ou de Município quando não 
sejam julgados no estrangeiro. 
 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
2. (Delegado Polícia Civil/AM/ FGV 2010) Assinale 
a alternativa que apresente local que não é 
considerado como extensão do território nacional 
para os efeitos penais. 
a) aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou 
de propriedade privada, quando em território 
estrangeiro, desde que o crime figure entre aqueles 
que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a 
reprimir. 
b) as aeronaves e as embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, que se 
achem, respectivamente, no espaço aéreo 
correspondente ou em alto-mar. 
c) as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza 
pública, onde quer que se encontrem. 
d) aeronaves ou embarcações estrangeiras de 
propriedade privada, achando-se aquelas em pouso 
no território nacional ou em vôo no espaço aéreo 
correspondente, e estas em porto ou mar territorial 
do Brasil. 
e) as embarcações e aeronaves brasileiras, a serviço 
do governo brasileiro, onde quer que se encontrem. 
 
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3. (Delegado Polícia Civil/AM/UNIFAP 2006) 
 
I – Para os efeitos penais, consideram-se como 
extensão do território nacional as embarcações e 
aeronaves brasileiras, de natureza privada, onde 
quer que se encontrem. 
II – A extraterritorialidade incondicionada aplica-
se aos crimes que, por tratado ou convenção, o 
Brasil se obrigou a reprimir. 
III – A sentença penal estrangeira pode ser 
homologada no Brasil para sujeitar o condenado ao 
cumprimento de pena. 
 
a) Estão corretas todas as alternativas. 
b) Estão erradas todas as alternativas. 
c) Estão corretas apenas as alternativas II e III. 
d) Está correta apenas a alternativa I. 
e) Está correta apenas a alternativa III. 
 
4. (Delegado de Polícia/PR/UFPR/2007) Diz o 
artigo 5º do Código Penal: "Aplica-se a lei brasileira, 
sem prejuízo de convenções, tratados e regras de 
direito internacional, ao crime cometido no território 
nacional". Sobre a lei penal no espaço, considere as 
seguintes afirmativas: 
 
1. Como regra, são submetidos à lei brasileira os 
crimes cometidos dentro da área terrestre, do 
espaço aéreo e das águas fluviais e marítimas. 
2. Consideram-se extensão do território nacional as 
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza 
pública ou a serviço do governo brasileiro, onde 
quer que se encontrem. 
3. É aplicável a lei brasileira aos crimes praticados 
à bordo de embarcações estrangeiras de 
propriedade privada que se encontrem em alto-mar. 
4. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos 
no estrangeiro, os crimes que, por tratado ou 
convenção, o Brasil se obrigou a reprimir. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. 
e) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. 
 
5. (Delegado Civil/FUNDEP/2008/MG) Com 
relação à lei penal no tempo e no espaço, assinale a 
afirmativa CORRETA. 
a) Apesar de pela a abolitio criminis se deixar de 
considerar determinado fato crime, inclusive 
alcançando o dispositivo fatos pretéritos 
objetivamente julgados, têm-se extintos apenas os 
efeitos penais das sentenças condenatórias, 
permanecendo, contudo, os efeitos civis. 
b) Não ficam sujeitos à lei brasileira os crimes 
cometidos no estrangeiro contra a administração 
pública, por quem está a seu serviço. 
c) Os crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil 
se obrigou a reprimir, cometidos por brasileiros no 
estrangeiro, ficam sujeitos à lei brasileira sempre 
que for o fato punível também no país em que foi 
praticado, não podendo a pena cumprida no 
estrangeiro atenuar a pena imposta no Brasil. 
d) Para os crimes permanentes, vigoram as regras da 
ultra-atividade mesmo ante a superveniência de lei 
mais severa no decorrer da execução do delito. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS 
CRIMES 
 
1. (Delegado Polícia Civil/CE/2006) Sobre o 
conceito de crime marque a opção verdadeira. 
a) A existência do resultado é essencial para a 
caracterização de todo e qualquer tipo de crime, 
especialmente considerando o disposto no Código 
Penal em que toda ação ou omissão é considerada 
causa do resultado tido como ilícito, devendo o 
resultado ser previsto, obrigatoriamente, no tipo 
penal em atendimento ao princípio da legalidade. 
b) A teoria finalista do crime possui os mesmos 
elementos de caracterização do fato típico da teoria 
causalista, já que em ambas o elemento subjetivo 
do tipo penal é remetido para o conceito da 
culpabilidade. 
c) A ocorrência de causa superveniente relativamente 
independente não isenta de responsabilidade 
criminal o agente, impondo a imputação dos fatos 
anteriores, desde que individualmente tidos como 
criminosos. 
d) A omissão só é relevante nos crimes omissivos 
impróprios, não possuindo qualquer importância 
nos crimes comissivos já que estes só admitem a 
sua prática pela ação, ou seja, por fato positivo. 
 
2. (Delegado Polícia Civil/BA/2006/ Consulplan) 
Carlos capaz e imputável, dirigindo seu veículo com 
velocidade incompatível para a localidade, termina por 
atropelar um transeunte que imprudentemente 
atravessa a rua. Marque a alternativa correta: 
a) Carlos responderá por crime doloso. 
b) Carlos responderá por crime culposo. 
c) Carlos responderá por crime preterdoloso. 
d) Carlos não responderá por crime, pois a vítima deu 
causa ao acidente. 
e) N.R.A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. (Delegado Polícia Civil/SC/ACAFE/2008) Em 
relação à classificação doutrinária dos crimes, marque 
V ou F, conforme as afirmações a seguir sejam 
verdadeiras ou falsas. 
 
( ) Nos chamados “delitos de resultado” o tipo penal 
prevê um resultado típico, natural ou material 
vinculado à conduta pelo nexo causal. 
( ) “Delitos vagos” são aqueles que têm por sujeito 
passivo entidades sem personalidade jurídica, como a 
família, o público ou a sociedade. 
( ) O “crime falho” é também denominado “quase-
crime”. 
( ) “Crime multitudinário” é o praticado por uma 
multidão em tumulto, espontaneamente organizada no 
sentido de um comportamento comum contra pessoas 
ou coisas. 
( ) “Crime transeunte” é o que deixa vestígios;“crime 
não transeunte” é o que não deixa vestígios. 
 
A seqüência correta, de cima parabaixo, é: 
a) V - F - V - V - V 
b) V - V - F - V - F 
c) F - V - V - F - V 
d) F - F - V - V - F 
 
4. (Delegado Polícia Civil/SC/ACAFE/2008) Um 
exemplo de crime complexo em sentido estrito é o de: 
a) corrupção ativa. 
b) homicídio simples. 
c) denunciação caluniosa. 
d) extorsão mediante seqüestro. 
 
5. (Delegado da Polícia Civil/FUNIVERSA/DF/ 
2009) Segundo a concepção material, crime é tudo 
aquilo que a sociedade entende que pode e deve ser 
proibido, mediante aplicação de sanção penal. Para a 
concepção formal, crime é a conduta proibida por lei, 
sob ameaça de aplicação de pena, ou seja, o fenômeno 
é tratado por uma visão legislativa. No seu conceito 
analítico, prevalece o entendimento de que crime é 
uma conduta típica, antijurídica e culpável. Acerca dos 
desdobramentos desta última teoria, assinale a 
alternativa correta. 
a) Pela teoria bipartida, o autor de um fato típico e 
antijurídico que tenha sido levado à sua prática por 
erro escusável de proibição, sem ter a menor ideia 
de que o que pratica é ilícito, não é considerado um 
criminoso. 
b) O finalismo, de Hans Welzel, nem sempre 
considerou o crime como fato típico, antijurídico e 
culpável. 
c) Para a teoria causalista, o dolo e a culpa estão 
situados na culpabilidade. Então, logicamente, para 
quem adota essa teoria, impossível se torna acolher 
o conceito bipartido de crime. 
d) Da concepção analítica de crime, é possível inferir 
que o Direito Penal não estabeleceu distinção entre 
crime e contravenção penal. Tanto no crime quanto 
na contravenção não é cabível a fixação da multa 
de maneira isolada. 
e) É correto afirmar que a estrutura analítica do crime 
se liga, necessariamente, à adoção da concepção 
finalista, causalista ou social da ação delituosa. 
 
FATO TÍPICO 
 
1. (Delegado Polícia Civil/MG/2003) marque a 
alternativa errada 
a) A tipicidade conglobante verifica se a conduta 
inicialmente típica está violando a norma. 
b) A tipicidade conglobante verifica se a conduta 
inicialmente típica está afetando o bem jurídico. 
c) Há atipicidade conglobante nos casos em que uma 
norma ordena o que outra parece proibir. 
d) Há atipicidade conglobante nos casos em que uma 
norma parece proibir o que outra fomenta. 
e) A tipicidade conglobante inclui as causas de 
justificação no próprio tipo. 
 
2. (Delegado Polícia Civil/CE/2006) Ainda sobre o 
crime, marque a opção verdadeira. 
a) O crime doloso somente é aquele no qual o agente 
pratica uma conduta positiva ou negativa, 
desejando produzir determinado resultado, 
possuindo, portanto a intenção de realizar 
determinado dano. 
b) A diferença essencial do dolo eventual e da culpa 
consciente é que nesta existe a previsibilidade do 
resultado, enquanto naquele, não. 
c) O dolo indireto ou eventual pode gerar a 
responsabilização criminal do agente, sendo 
caracterizado quando o agente pratica a conduta 
sem um elemento volitivo específico, mas 
assumindo o risco de produzir o resultado danoso 
previsível. 
d) A culpa no conceito penal é caracterizada pela 
existência apenas de imprudência e negligência, 
sendo a primeira caracterizada quando o agente 
fica aquém dos cuidados que deveria ter, e a 
segunda quando o agente vai além de onde deveria 
estar. 
 
3. (Delegado Civil/FUNDEP/2008/MG) Com 
relação aos elementos subjetivos do tipo penal, 
assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A culpa imprópria se refere à hipótese de 
ocorrência da discriminante putativa do erro 
evitável pelas circunstâncias. 
b) A distinção entre dolo eventual e culpa consciente 
reside na aceitação do resultado que, embora 
previsto subjetivamente em ambos os casos, 
somente ocorre na hipótese dolosa. 
c) É conhecido como dolo direto de primeiro grau 
aquele relacionado aos fins propostos e aos meios 
escolhidos pelo agente para a prática de delito. 
d) No crime culposo, a conduta ativa ou omissiva 
manifestada pelo sujeito ativo é penalmente 
irrelevante sempre se dirigindo a fins lícitos e 
somente faz surgir responsabilidade criminal 
quando dá causa a resultado lesivo desejado por 
inobservância de dever objetivo de cuidado. 
 
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4. Delegado de Polícia/PB/IPAD/2006 Com relação 
a culpa inconsciente, assinale a alternativa correta. 
a) O agente prevê o resultado, mas espera 
sinceramente que o mesmo não venha a ocorrer. 
b) O agente não prevê o resultado, apesar de ser o 
mesmo previsível. 
c) O agente não prevê o resultado, pois o mesmo era 
imprevisível. 
d) O agente prevê o resultado e assume o risco de o 
mesmo ocorrer. 
e) O agente prevê e deseja o resultado. 
 
5. (Delegado Polícia/PB/IPAD/2006) Conceitua-se: 
a) culpa inconsciente pela previsão do resultado. 
b) culpa consciente pela previsibilidade aliada a 
previsão do resultado. 
c) dolo eventual pela previsibilidade aliada do 
resultado aliada a uma ação dirigida a um fim. 
d) dolo direto pela previsibilidade do resultado aliada 
a assunção do risco da sua ocorrência. 
e) dolo alternativo pela previsão do resultado aliada a 
sua vontade livre e dirigida a um fim. 
 
6. (Delegado Polícia Civil/GO/UEG 2008) Sobre o 
dolo, é CORRETO afirmar: 
a) o dolo direto de segundo grau compreende os 
meios de ação escolhidos para realizar o fim, 
incluindo os efeitos secundários representados 
como certos ou necessários, independentemente de 
serem esses efeitos ou resultados desejados ou 
indesejados pelo autor. 
b) age com culpa consciente aquele químico que 
manipula fórmulas para produção de alimentos 
sem as devidas cautelas relativas à contaminação; 
no entanto, sabedor do perigo, continua a atuar e 
acaba, desse modo, causando lesão à saúde dos 
consumidores. 
c) no dolo de primeiro grau, o agente busca 
indiretamente a realização do tipo legal. 
d) o Código Penal pátrio, no artigo 18, inciso I, 
adotou somente a teoria da vontade. 
 
7. (Delegado Polícia Civil/SC/ACAFE/2008) 
“Alpha”, com intenção de matar, põe veneno na 
comida de “Beta”, seu desafeto. Este, quando já está 
tomando a refeição envenenada, vem a falecer 
exclusivamente em conseqüência de um desabamento 
do teto. No exemplo dado, é correto afirmar que 
“Alpha” responderá tão-somente por tentativa de 
homicídio, porquanto: 
a) o desabamento é causa concomitante relativamente 
independente da conduta de “Alpha”, que exclui o 
nexo causal entre esta e o resultado “morte”. 
b) o desabamento é causa superveniente relativamente 
independente da conduta de “Alpha”, que exclui o 
nexo causal entre esta e o resultado “morte”. 
c) o desabamento do teto é causa superveniente 
absolutamente independente da conduta de 
“Alpha”, que exclui o nexo causal entre esta e o 
resultado “morte”. 
d) o desabamento é causa concomitante 
absolutamente independente da conduta de 
“Alpha”, que exclui o nexo causal entre esta e o 
resultado “morte”. 
 
8. (Delegado da Polícia Civil/BA/IFBA/2008) 
Rapaz, capaz e imputável, dirigindo seu veículo com 
velocidade compatível para a localidade, termina por 
atropelar um transeunte que, imprudentemente, 
atravessa a rua. 
Com base nesse relato, o rapaz 
a) responderá por crime doloso. 
b) responderá por crime culposo. 
c) responderá por crime preterdoloso. 
d) não será responsabilizado pelo crime, pois a vítima 
deu causa ao acidente. 
e) responderá pelo crime por dolo eventual. 
 
9. Delegado De Polícia Civil – MA – 2006 – FCC 
Quem, embora prevendo o resultado, não o aceita 
como possível, esperando sinceramente que não 
ocorrerá, age com 
a) dolo eventual. 
b) culpa consciente. 
c) dolo indireto. 
d) culpa inconsciente. 
e) dolo específico. 
 
10. (Delegado Polícia Civil/AM/UNIFAP 2006) 
 
I – Em relação ao nexo causal, o CódigoPenal 
brasileiro adotou a teoria da causalidade adequada, 
que não distingue entre causa, condição e ocasião. 
II – A causa antecedente relativamente 
independente exclui a imputação penal. 
III – Responde por homicídio o delegado de polícia 
que, em serviço, podendo agir para evitar o 
resultado, não impede que o delinqüente mate 
terceiro na sua presença. 
 
a) Estão corretas todas as alternativas. 
b) Estão erradas todas as alternativas. 
c) Estão corretas apenas as alternativas II e III 
d) Está correta apenas a alternativa I. 
e) Está correta apenas a alternativa III. 
 
11. (Delegado Polícia Civil/AM/UNIFAP 2006) 
 
I – Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode 
ser punido por fato previsto como crime, senão 
quando o pratica dolosamente. 
II – Pelo resultado que agrava especialmente a 
pena, só responde o agente que o houver causado 
dolosamente. 
III – A diferença entre a culpa consciente e o dolo 
eventual é que, neste último, ao contrário da 
primeira, o agente tem a previsão do resultado. 
 
a) Estão corretas todas as alternativas. 
b) Estão erradas todas as alternativas. 
c) Estão corretas apenas as alternativas II e III. 
d) Está correta apenas a alternativa I. 
e) Está correta apenas a alternativa III. 
 
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CRIME IMPOSSÍVEL. DESISTÊNCIA 
VOLUNTÁRIA. ARREPENDIMENTO EFICAZ. 
ARREPENDIMENTO POSTERIOR. 
TENTATIVA 
 
1. (Delegado Polícia Civil/CE/2006) Considere as 
seguintes afirmativas: 
I. A tentativa de crime é admitida em qualquer 
espécie de crime, bastando que os fatos que 
descrevem a conduta criminosa não sejam reunidos 
no caso concreto. 
II. Praticado o crime de roubo, havendo a 
devolução integral da coisa subtraída, ainda em 
sede de inquérito policial e feita diretamente ao 
Delegado de Polícia, ocorre o arrependimento 
posterior, passando-se a considerar extinta a 
punibilidade do citado ilícito. 
III. O arrependimento eficaz e a desistência 
voluntária podem ocorrer nos crimes nos quais 
exista violência ou grave ameaça, desde que o 
resultado inicialmente pretendido não venha a 
ocorrer, respondendo o agente pelos fatos 
efetivamente ocorridos, admitindo-se, portanto a 
validade da mudança do animus do agente. 
IV. O crime impossível só pode ser caracterizado 
quando a impossibilidade de ocorrência do ilícito é 
de ordem absoluta, não se admitindo a relativa, 
ocorrendo neste caso a tentativa de crime. 
São corretas, apenas: 
a) II e III 
b) I e II 
c) I e IV 
d) III e IV 
 
2. (Delegado De Polícia Civil/MS/2006/ FAPEC) 
Carlos pretende matar seu desafeto João. Para tanto, 
passa a percorrer as fases do crime, inicialmente 
cogitando essa idéia. Avançando nas fases, passa a se 
preparar, adquirindo uma arma de fogo sem 
documentação para esse fim. Passa também a seguir 
João dissimuladamente por vários dias, para conhecer 
seu caminho, para verificar o melhor local para 
executar seu nefasto plano. Escolhe o melhor local, 
uma estrada vicinal escura por onde Carlos caminha 
todas as noites de retorno para casa. Na data em que 
resolve matar o inimigo, pega a arma, vai até o local 
ermo e fica escondido atrás de uma árvore. Vê quando 
Carlos surge na esquina, caminhando tranqüilamente. 
Ocorre que antes de sacar a arma, Carlos é abordado 
por um policial que por ali passava e estranha sua 
atitude, e a arma é encontrada. A conduta de Carlos: 
a) Amolda-se ao tipo penal descrito no art. 121 CP – 
homicídio doloso -, qualificado pelo modo de 
execução – emboscada c/c art. 14 inciso II – crime 
tentado. 
b) Amolda-se ao tipo penal descrito no art. 121 CP – 
homicídio doloso -, qualificado pelo modo de 
execução – emboscada. 
c) É conduta atípica. 
d) Amolda-se ao tipo penal descrito no art. 14 da Lei 
10.826/03 – Estatuto do desarmamento. 
e) Amolda-se ao tipo penal descrito no art. 12 da Lei 
10.826/03 – Estatuto do desarmamento. 
 
3. (Delegado de Polícia – PB – IPAD – 2006) A 
desistência voluntária só ocorre: 
a) na tentativa imperfeita. 
b) nos crimes falhos. 
c) na tentativa perfeita. 
d) nos crimes formais. 
e) nos crimes materiais. 
 
4. (Delegado de Polícia – PB – IPAD – 2006) 
Quanto à tentativa, assinale a alternativa correta: 
a) sua caracterização só se perfaz após a conclusão do 
iter criminis. 
b) só pode ocorrer durante os atos preparatórios. 
c) não há tentativa nos crimes de consumação 
antecipada. 
d) a interrupção dos atos executórios antes da 
consumação do resultado caracteriza a desistência 
voluntária. 
e) só há tentativa em crimes materiais. 
 
5. (Delegado de Polícia – PB – IPAD – 2006) Joca, 
desgostoso com José, dirige-se até a residência deste. 
Lá chegando, Joca descarrega todos os projéteis de sua 
arma de fogo nas costas de José, que estava deitado de 
bruços. Ocorre que José já estava morto há horas, por 
força de morte natural – infarto fulminante. Joca 
incorreu em crime de: 
a) vilipêndio de cadáver. 
b) crime impossível, pois Joca já estava morto. 
c) homicídio, pois o que conta é o dolo. 
d) tentativa de homicídio. 
e) lesão corporal gravíssima. 
 
6. (Delegado de Polícia/PB/IPAD/2006) Com 
relação ao instituto da tentativa, que crimes 
admitem sua forma tentada? 
a) Os crimes culposos. 
b) Os crimes cometidos com o obrigatório concurso 
de pessoas. 
c) Os crimes materiais. 
d) Os crimes qualificados pelo resultado. 
e) Os crimes unissubsistentes. 
 
7. (Delegado Polícia Civil/BA/2006/ – Consulplan) 
Oscar pretendendo matar Carlos, apodera-se de um 
revólver e aciona o gatilho reiteradas vezes. No 
entanto, não obteve êxito na sua pretensão, visto que a 
arma (revólver) estava descarregada. Marque a 
alternativa correta: 
a) Oscar responderá por tentativa de homicídio, pois 
sua intenção era matar Carlos. 
b) Por ineficácia absoluta do meio empregado, Oscar 
não responderá por tentativa de homicídio. 
c) Por absoluta impropriedade do objeto, Oscar não 
responderá por tentativa de homicídio. 
d) Oscar responderá por disparo de arma de fogo 
(art.28- Lei de Contravenções Penais). 
e) N.R.A 
 
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8. (Delegado Polícia Civil/GO/UEG 2008) Sobre a 
reparação do dano no direito penal, é CORRETO 
afirmar: 
a) o arrependimento posterior, previsto no art. 16 do 
Código Penal, somente tem aplicação aos delitos 
patrimoniais dolosos. 
b) nos delitos tributários, o parcelamento do débito, 
após o oferecimento da denúncia, não acarreta 
conseqüências na seara punitiva. 
c) tratando-se de peculato culposo, a reparação do 
dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a 
punibilidade, se lhe é posterior, não produz 
qualquer efeito. 
d) a reparação do dano realizada após o recebimento 
da denúncia ou queixa e antes do julgamento traz 
reflexos no campo punitivo, vez tratar-se de uma 
circunstância atenuante genérica. 
 
(Delegado Polícia Civil/TO/CESPE 2008) Considere 
a seguinte situação hipotética. 
 
9. Márcio, funcionário público, concorreu 
culposamente para o crime de peculato praticado 
por outrem. Processado criminalmente, foi 
condenado a cumprir pena de seis meses de 
detenção. Todavia, após a sentença condenatória 
de primeiro grau, no curso da apelação, reparou o 
dano causado. Nessa situação, não se opera a 
extinção da punibilidade, pois a reparação do dano 
por Márcio ocorreu após a sentença condenatória. 
 
10. Delegado Polícia Civil/AM/UNIFAP 2006) 
 
I – Nos crimes cometidos sem violência ou grave 
ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a 
coisa, até a prolação da sentença, por ato 
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a 
dois terços. 
II – O flagrante provocado ou preparado e o 
flagranteesperado não são puníveis de acordo com 
Súmula do STF. 
III – Para o reconhecimento do crime impossível, 
imprescindível que o meio seja absolutamente 
ineficaz ou que o objeto seja absolutamente 
impróprio. 
 
a) Estão corretas todas as alternativas. 
b) Estão erradas todas as alternativas. 
c) Estão corretas apenas as alternativas II e III. 
d) Está correta apenas a alternativa I. 
e) Está correta apenas a alternativa III. 
 
11. (Delegado da Polícia Civil/BA/IFBA/2008) Por 
iter criminis compreende-se o conjunto de 
a) atos de execução do delito. 
b) atos preparatórios antecedentes ao delito. 
c) atos de consumação do delito. 
d) fases pelas quais passa o delito. 
e) atos de cogitação. 
 
 
 
12. (Delegado da Polícia Civil/BA/IFBA/2008) Um 
homem atira visando matar outro, que já estava morto, 
em razão de ataque cardíaco. Essa situação 
a) configura crime impossível ou de tentativa inidônea. 
b) diz respeito a crime de homicídio tentado. 
c) configura o que se denomina de "crime de ensaio". 
d) é a chamada "tentativa branca". 
e) configura homicídio consumado. 
 
13. (Delegado Polícia Civil/BA/IFBA/2008) Um 
funcionário público concorre culposamente para a 
apropriação de dinheiro proveniente dos cofres 
públicos, mas o restitui antes da sentença penal 
irrecorrível. 
Diante de tal fato, esse funcionário terá 
a) extinta a punibilidade. 
b) praticado crime de corrupção, sem diminuição de 
pena. 
c) reduzida a pena de um a dois terços. 
d) reduzida a pena de metade. 
e) mantida a pena prevista para atos dessa natureza. 
 
14. (Delegado Polícia Civil/ES/CESPE 2006) 
Sebastião, com 55 anos de idade, pretendendo matar 
sua esposa Maria, comprou um revólver e postou-se 
frente a frente com a esposa, apontando-lhe a arma 
municiada. Todavia, após fazer pontaria para atirar na 
cabeça de Maria, desistiu do intento de matá-la. 
Guardou a arma e retirou-se do local. Nessa situação, 
Sebastião responderá por tentativa de homicídio, vez 
que deu início à execução do delito. 
 
15. (Delegado Polícia Civil/ES/CESPE 2006) 
Considere-se que Mariana, supondo estar grávida, 
realizou, em si própria, manobras abortivas, sem 
que na realidade trouxesse dentro de si uma nova 
vida em formação; Jorge ao ver Cláudio, seu 
desafeto, caído em via pública, aproveitou a 
situação para atropelá-lo dolosamente. Verificou-
se, posteriormente, que Cláudio já estava morto por 
parada cardiorrespiratória ocorrida minutos antes 
de ter sido atropelado. Em ambas as hipóteses 
apresentadas acima, o crime é impossível em razão 
da absoluta impropriedade dos objetos sobre os 
quais incidiram as condutas de Mariana e de Jorge. 
 
16. Delegado de Polícia Civil/MA/2006/FCC) Salvo 
disposição em contrário, pune-se a tentativa com a 
pena correspondente ao crime consumado, 
diminuída de um a dois terços. A redução de pena 
decorrente da tentativa deve resultar 
a) do iter criminis percorrido pelo agente em direção 
à consumação do delito. 
b) da prevalência das circunstâncias atenuantes sobre 
as circunstâncias agravantes. 
c) da maior ou menor periculosidade do agente, tendo 
em conta os dados constantes do processo. 
d) da valoração dos antecedentes do agente, 
especialmente da primariedade e da reincidência. 
e) da intensidade do dolo, do grau da culpa, e dos 
motivos determinantes da conduta delituosa. 
 
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17. Delegado de Polícia Civil/MA/2006/FCC) José, 
com a intenção de subtrair jóias, ingressa por uma 
porta aberta no interior da residência da vítima. Já no 
interior da moradia, apodera-se de um objeto, mas 
resolve ir embora do local sem nada levar. Nesse caso, 
José 
a) responderá por tentativa de furto. 
b) responderá por invasão de domicílio. 
c) responderá por furto consumado. 
d) não responderá por nenhum crime, pois houve 
desistência voluntária. 
e) não responderá por nenhum crime, pois houve 
arrependimento eficaz. 
 
18. (Delegado Polícia Civil/AM/UNIFAP 2006) 
I – O agente aponta a arma para a vítima, desfere 
dois tiros e, imaginando-a morta, afasta-se do local 
do crime. A vítima sobrevive: hipótese de tentativa 
perfeita. 
II – O agente desfere duas facadas na vítima. 
Quando vai desferir a facada mortal, atende pedido 
de terceiro e vai embora. A vítima sobrevive: 
hipótese de desistência voluntária. 
III – O agente dispara três tiros contra a vítima. A 
vítima começa a gritar e o agente, assustado com a 
aproximação de pessoas, sai correndo. A vítima 
sobrevive: hipótese de tentativa imperfeita. 
a) Estão corretas todas as alternativas. 
b) Estão erradas todas as alternativas. 
c) Estão corretas apenas as alternativas II e III. 
d) Está correta apenas a alternativa I. 
e) Está correta apenas a alternativa III. 
 
ILICITUDE E SUAS EXCLUDENTES 
 
1. (Delegado Polícia Civil/CE/2006) Considerando 
as excludentes de antijuridicidade marque a opção 
FALSA. 
a) Não se pode admitir argüição de legítima defesa 
real contra legítima defesa real, já que esta 
pressupõe necessariamente uma agressão injusta. 
b) É possível reconhecer estado de necessidade contra 
legítima defesa dita putativa, uma vez que aquele 
pressupõe situação de perigo não causada pelo 
agente. 
c) Durante operação policial, determinado agente 
mata potencial criminoso. Este deverá ser 
absolvido pela ocorrência do estrito cumprimento 
de dever legal e não pela legítima defesa, já que 
estava cumprindo com seu dever funcional. 
d) A legítima defesa pode ser caracterizada mesmo 
quando o agente que a invoca não estava sob risco 
pessoal direto, atuando na proteção e defesa de 
terceiro. 
 
2. (Delegado Civil / Fundep / 2008 / MG) 
Considerando o conceito e a evolução dogmática 
da teoria do crime, é CORRETO afirmar 
a) que, exercendo a tipicidade, conforme a teoria da 
ratio essendi, função incidiária da ilicitude, pode-se 
falar em causas justificantes legais, mas não em 
causas supralegais, por ferirem estas o princípio da 
legalidade. 
b) que, para a teoria diferenciadora, adotada por nosso 
Código Penal, o estado de necessidade é 
justificante, afastando a ilicitude do fato típico 
praticado pelo agente. 
c) que, para a teoria social da ação, a ação é 
concebida como o exercício de uma atividade final 
dirigida concretamente a fato juridicamente 
relevante. 
d) que são elementos da culpabilidade normativa pura 
a imputabilidade, a consciência potencial da 
ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa. 
 
3. (Delegado de Polícia Civil/PI/NUCEPE/ UESPI 
– 2009) Analise as afirmações seguintes relativas à 
parte geral do Direito Penal. 
 
1) A tipicidade formal é a adequação da conduta ao 
fato descrito na lei como infração penal. 
2) O direito brasileiro admite dois tipos de infração: o 
crime, que é a infração penal que a lei comina pena de 
reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer 
alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; 
e a contravenção, que é a infração penal a que a lei 
comina, isoladamente, pena de detenção ou de multa, 
ou ambas alternativa ou cumulativamente. 
3) Com relação à imputabilidade penal, o Código 
Penal brasileiro adotou o sistema biopsicológico ou 
misto para justificar a inimputabilidade penal nos 
casos de doença mental e de embriaguez involuntária e 
o sistema psicológico no caso dos menores de 18 anos. 
4) Quando uma pessoa reage a um ataque espontâneo 
de uma cão pit bull, para não ser gravemente 
lesionada, está reagindo em estado de necessidade. 
5) O estado de necessidade putativo é uma excludente 
da ilicitude. 
 
Estão corretas apenas: 
a) 1 e 3 
b) 1 e 4 
c) 1, 2 e 4 
d) 3, 4 e 5 
e) 1, 2 e 5. 
 
4. (Delegado Polícia Civil/MG/2003) O autor que, 
dominado pelo medo, excede os limites da 
Legítima Defesa:a) Responde por crime culposo, desde que prevista 
em lei a modalidade culposa. 
b) Não responde por crime nenhum, porque é 
inexigível comportamento diverso. 
c) Não responde por crime nenhum, porque incorreu 
em erro de proibição indireto. 
d) Não responde por crime nenhum, porque trata-se 
de caso fortuito. 
e) Responde por crime doloso. 
 
 
 
 
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5. (Delegado de Polícia – PR – UFPR – 2007)- As 
causas de exclusão de ilicitude, previstas no artigo 
23 do Código Penal, devem ser entendidas como 
cláusulas de garantia social e individual. Sobre as 
excludentes, considere as seguintes afirmativas: 
 
1. Atua em legítima defesa quem repele ataque de 
pessoa inimputável ou de animal descontrolado. 
2. Não pode alegar estado de necessidade quem tinha 
o dever legal de enfrentar o perigo. 
3. Considera-se em estado de necessidade quem 
pratica o fato mediante a existência de perigo atual, 
involuntário e inevitável. 
4. O estrito cumprimento do dever legal pressupõe que 
o agente atue em conformidade com as disposições 
jurídico-normativas e não simplesmente morais, 
religiosas ou sociais. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. 
e) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 
 
6. (Delegado Polícia Civil/AM/UNIFAP 2006) 
 
I – A denúncia à autoridade da ocorrência de um 
crime, feita por um médico, no exercício 
profissional, é exemplo de exercício regular de 
direito. 
II – A intervenção cirúrgica, sem o consentimento 
do paciente, quando este estiver correndo risco de 
vida, é exemplo de estrito cumprimento do dever 
legal. 
III – A reação contra ataque de animal que se 
encontra na rua, sem que seja incitado por 
ninguém, constitui legítima defesa. 
 
a) Estão corretas todas as alternativas. 
b) Estão erradas todas as alternativas. 
c) Estão corretas apenas as alternativas II e III. 
d) Está correta apenas a alternativa I. 
e) Está correta apenas a alternativa III. 
 
7. (Delegado Polícia Civil/RN/CESPE 2008) 
Assinale a opção correta no que concerne às 
descriminantes. 
a) O agente que, em legítima defesa, disparar contra 
seu agressor, mas, por erro, alvejar um terceiro 
inocente, não responderá por qualquer 
consequência penal ou civil. 
b) A atuação em estado de necessidade só é possível 
se ocorrer na defesa de direito próprio, não se 
admitindo tamanha excludente se a atuação 
destinar-se a proteger direito alheio. 
c) Na legítima defesa, toda vez que o agente se 
utilizar de um meio desnecessário, este será 
também imoderado. 
d) Não é possível a legítima defesa contra estado de 
necessidade. 
e) Não é possível legítima defesa real contra quem 
está em legítima defesa putativa. 
8. (Delegado da Polícia Civil/SC/2006/ACAFE) A 
prática de fato definido como crime por obediência 
à ordem ilegal de superior hierárquico: 
a) exclui a ilicitude, por estrito cumprimento do dever 
legal. 
b) não exclui a culpabilidade, já que a ordem é ilegal. 
c) exclui a culpabilidade, se não manifestamente 
ilegal à ordem. 
d) exclui o dolo, porque não há potencial 
conhecimento da ilicitude do fato. 
 
9. (Delegado Polícia Civil/CE/2006) Considerando 
as excludentes de antijuridicidade marque a opção 
FALSA. 
a) Não se pode admitir argüição de legítima defesa 
real contra legítima defesa real, já que esta 
pressupõe necessariamente uma agressão injusta. 
b) É possível reconhecer estado de necessidade contra 
legítima defesa dita putativa, uma vez que aquele 
pressupõe situação de perigo não causada pelo 
agente. 
c) Durante operação policial, determinado agente 
mata potencial criminoso. Este deverá ser 
absolvido pela ocorrência do estrito cumprimento 
de dever legal e não pela legítima defesa, já que 
estava cumprindo com seu dever funcional. 
d) A legítima defesa pode ser caracterizada mesmo 
quando o agente que a invoca não estava sob risco 
pessoal direto, atuando na proteção e defesa de 
terceiro. 
 
10. (Delegado Civil/Fundep/2008/MG) 
 Considerando o conceito e a evolução dogmática 
da teoria do crime, é CORRETO afirmar 
a) que, exercendo a tipicidade, conforme a teoria da 
ratio essendi, função incidiária da ilicitude, pode-se 
falar em causas justificantes legais, mas não em 
causas supralegais, por ferirem estas o princípio da 
legalidade. 
b) que, para a teoria diferenciadora, adotada por nosso 
Código Penal, o estado de necessidade é 
justificante, afastando a ilicitude do fato típico 
praticado pelo agente. 
c) que, para a teoria social da ação, a ação é 
concebida como o exercício de uma atividade final 
dirigida concretamente a fato juridicamente 
relevante. 
d) que são elementos da culpabilidade normativa pura 
a imputabilidade, a consciência potencial da 
ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11. (Delegado de Polícia Civil/PI/NUCEPE/ UESPI 
– 2009 Analise as afirmações seguintes relativas à 
parte geral do Direito Penal. 
 
1) A tipicidade formal é a adequação da conduta ao 
fato descrito na lei como infração penal. 
2) O direito brasileiro admite dois tipos de infração: o 
crime, que é a infração penal que a lei comina pena de 
reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer 
alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; 
e a contravenção, que é a infração penal a que a lei 
comina, isoladamente, pena de detenção ou de multa, 
ou ambas alternativa ou cumulativamente. 
3) Com relação à imputabilidade penal, o Código 
Penal brasileiro adotou o sistema biopsicológico ou 
misto para justificar a inimputabilidade penal nos 
casos de doença mental e de embriaguez involuntária e 
o sistema psicológico no caso dos menores de 18 anos. 
4) Quando uma pessoa reage a um ataque espontâneo 
de uma cão pit bull, para não ser gravemente 
lesionada, está reagindo em estado de necessidade. 
5) O estado de necessidade putativo é uma excludente 
da ilicitude. 
 
Estão corretas apenas: 
a) 1 e 3 
b) 1 e 4 
c) 1, 2 e 4 
d) 3, 4 e 5 
e) 1, 2 e 5. 
 
12. (Delegado Polícia Civil/SC/ACAFE/2008) 
Analise as alternativas a seguir e assinale a correta. 
a) São requisitos da legítima defesa: a) existência de 
um perigo atual, b) perigo que ameace direito 
próprio ou alheio, c) conhecimento da situação 
justificante e d) não provocação voluntária da 
situação de perigo pelo agente. 
b) O Código Penal adotou a teoria diferenciadora para 
definir a excludente de ilicitude do “estado de 
necessidade”. Assim sendo, se alguém pratica o 
fato para salvar de perigo atual, que não provocou 
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, 
direito próprio ou alheio de valor superior que o 
sacrificado exclui-se a ilicitude. Entretanto, se os 
bens em conflito forem equivalentes, ou se o bem 
preservado for de valor inferior ao sacrificado, não 
incidirá a excludente. 
c) São elementos da culpabilidade, segundo a Teoria 
Finalista da Ação: a) imputabilidade, b) potencial 
consciência da ilicitude e c) exigibilidade de 
conduta diversa. 
d) O oficial de justiça que executa uma ordem judicial 
de despejo age no exercício regular de um direito. 
 
 
 
 
 
 
 
13. (Delegado da Polícia Civil/BA/IFBA/2008) Um 
funcionário saiu em perseguição a um estudante que 
acabara de cometer um furto. Durante a perseguição, o 
estudante saca de um revólver e começa a atirar no 
funcionário que responde à agressão sofrida, vindo a 
ferir mortalmenteo seu agressor. Sobre esse fato, é 
correto afirmar que o funcionário 
a) se encontrava em pleno exercício regular do 
direito. 
b) se encontrava no estrito cumprimento do dever 
legal. 
c) se encontrava agasalhado pelo instituto da legítima 
defesa. 
d) não se encontrava em nenhuma causa de exclusão 
de ilicitude. 
e) se encontrava em estado de necessidade. 
 
14. (Delegado Polícia Civil/ES/CESPE 2006) A lei 
não permite o emprego da violência física como 
meio para repelir injúrias ou palavras caluniosas, 
visto que não existe legítima defesa da honra. 
Somente a vida ou a integridade física são 
abrangidas pelo instituto da legítima defesa. 
 
15. (Delegado de Polícia Civil/MG/2007 Quanto às 
causas de justificação é CORRETO afirmar que: 
a) Na administração da justiça por parte dos agentes 
estatais é meio legitimo o uso de armas com o 
intuito de matar individuo que tenta evadir-se de 
cadeia pública. 
b) O policial ao efetuar prisão em flagrante tem sua 
conduta justificada pela excludente do exercício 
regular de direito. 
c) Pode ser causa de exclusão da ilicitude o 
consentimento do ofendido nos delitos em que ele 
é o único titular do bem juridicamente protegido e 
pode dele dispor livremente. 
d) A obrigação hierárquica é causa de justificação que 
exclui a ilicitude da conduta de agente público. 
 
16. (Delegado de Polícia Civil/MG/2007) Com 
relação às causas excludentes de ilicitude, é 
CORRETO afirmar que: 
a) Não existem causas supralegais de exclusão da 
ilicitude, uma vez que o art. 23 do Código Penal 
pode ser entendido como numerus clausus. 
b) Não se reconhece como hipótese de legítima defesa 
a circunstância de dois inimigos que, supondo que 
um vai agredir o outro, sacam suas armas e atiram 
pensando que estão se defendendo. 
c) São requisitos para configuração do estado de 
necessidade a existência de situação de perigo atual 
que ameace direito próprio ou alheio, causado ou 
não voluntariamente pelo agente que não tem dever 
legal de afastá-lo. 
d) Trata-se de estrito cumprimento de dever legal a 
realização, pelo agente, de fato típico por força do 
desempenho de obrigação imposta por lei. 
 
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(Delegado Polícia Civil/Funiversa/DF/2009) Em cada 
uma das alternativas a seguir, há uma situação hipotética 
seguida de uma afirmação que deve ser julgada. Assinale 
a alternativa em que a afirmação está correta. 
a) Pedro cercou sua casa de fios elétricos sem 
nenhuma indicação visível. Antônio, tarde da noite, 
tentou entrar na casa de Pedro e acabou falecendo 
em virtude da descarga elétrica sofrida. Nessa 
situação hipotética, por constituir o referido 
ofendículo uma situação de legítima defesa, Pedro 
não poderá sofrer nenhuma reprimenda por parte 
do Direito Penal. 
b) João flagrou sua esposa, Maria, com um amante 
chamado José, na frente da casa em que moravam, 
em um condomínio fechado do Distrito Federal. 
Diante desse fato, reagiu dando tiros em José, que 
veio a falecer em decorrência disso. Nessa situação 
hipotética, não se admite a legítima defesa da 
honra, pois o Código Penal faz distinção expressa 
entre os direitos passíveis de proteção pelo instituto 
da legítima defesa. 
c) Marcos contratou Bruno como segurança particular 
de sua filha Camila. Em uma tarde de sábado, em 
uma rua movimentada da cidade, Camila foi alvo 
de uma tentativa de sequestro. Marcos, que estava 
no local do ocorrido, não reagiu porque temeu por 
sua própria vida. Nessa situação hipotética, é 
possível inferir que Bruno não tinha o dever legal 
de enfrentar o sequestrador, pois a abnegação em 
face do perigo só é exigível quando corresponde a 
um especial dever jurídico, advindo de lei, jamais 
de um contrato de trabalho. 
d) Lúcia estava furtando em um supermercado 
quando foi flagrada pelo segurança do 
estabelecimento. Na tentativa de segurá-la até a 
chegada da polícia, o referido segurança agrediu 
Lúcia, que, imediatamente, revidou com socos e 
pontapés. Nessa situação hipotética, é 
perfeitamente possível o entendimento de que 
houve legítima defesa sucessiva. 
e) Maria foi obrigada pelo seu marido a manter com 
ele conjunção carnal. Nessa situação hipotética, é 
correto entender que o marido de Maria não 
cometeu nenhum crime, posto que há a 
configuração do exercício regular de direito. 
 
(Delegado Polícia Civil/ES/CESPE 2011) Nos 
próximos item, é apresentada uma situação hipotética a 
respeito da aplicação do direito penal, seguida de uma 
assertiva a ser julgada. Nesse sentido, considere que a 
sigla STJ se refere ao Superior Tribunal de Justiça. 
 
17. Plínio, imediatamente após a comemoração de seu 
aniversário de dezessete anos de idade, ingeriu 
considerável quantidade de bebida alcoólica e, sem 
autorização, ou sequer ciência de seus pais, 
conduziu, em velocidade correspondente a mais de 
três vezes a velocidade da via, veículo automotor. 
Após perder o controle do veículo, Plínio colidiu 
frontalmente com um poste de iluminação pública, 
e esse incidente resultou na morte de sua 
namorada, Cida, de dezenove anos de idade, que 
estava sentada no banco de passageiros. Nessa 
situação, segundo a atual jurisprudência do STJ, 
caso Plínio fosse maior de dezoito anos, Plínio 
seria imputável e até mesmo punível, em tese, a 
título de homicídio por dolo eventual. 
 
CULPABILIDADE 
 
1. (Delegado Polícia Civil/CE/2006) Marque a 
opção verdadeira. 
a) O resultado que torna mais grave a pena só pode 
ser imputado a quem praticou a conduta 
dolosamente, já que o direito penal brasileiro fez a 
opção pela teoria do resultado. 
b) Pelo entendimento doutrinário dominante, ao tratar 
a inimputabilidade penal, o direito penal brasileiro 
adotou o critério biopsicológico. 
c) Ocorre uma descriminante putativa sempre e 
quando o indivíduo imagina estar praticando um 
crime menos grave e na verdade pratica um mais 
grave, sendo imputado o crime com menor pena. 
d) O erro de proibição não é admitido no direito penal 
brasileiro, uma vez que a ninguém é dado o direito 
de argüir o desconhecimento de lei, sob nenhuma 
condição e em nenhum caso. 
 
2. Delegado De Polícia Civil – PI – NUCEPE – 
UESPI – 2009 Com relação às excludentes da 
tipicidade, da ilicitude e da culpabilidade, marque, 
à luz da legislação penal, a opção correta. 
a) O estrito cumprimento do dever legal e a 
obediência hierárquica são excludentes da ilicitude. 
b) A coação moral irresistível e a legítima defesa são 
excludentes da culpabilidade. 
c) A embriaguez voluntária e a menoridade penal são 
excludentes da imputabilidade. 
d) A coação moral irresistível e o erro de proibição 
são excludentes da culpabilidade. 
e) O princípio da insignificância exclui a ilicitude. 
 
3. Delegado Polícia/PB/IPAD/2006 O Código Penal 
adotou que teoria para basear a culpabilidade? 
a) Teoria normativa pura da culpabilidade. 
b) Teoria extremada da culpabilidade. 
c) Teoria da graduabilidade da culpabilidade. 
d) Teoria limitada da culpabilidade. 
e) Teoria psicológico-normativa da culpabilidade. 
 
4. (Delegado Polícia Civil/MG/2003) O conceito de 
co-culpabilidade 
a) Sustenta atenuação de pena, em face das 
condicionantes sociais. 
b) Deve ser aplicado quando o sujeito demonstrar 
plena capacidade de autodeterminação. 
c) Deve ser aplicado quando o sujeito não possuir 
capacidade de autodeterminação. 
d) Fere o princípio da igualdade de tratamento perante 
a lei. 
e) Somente tem aplicação na teoria psicológica da 
culpabilidade. 
 
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5. (Delegado Civil/Fundep/2008/MG) Quanto à 
imputabilidade penal, assinale a afirmativaCORRETA. 
a) A embriaguez preordenada só agravará a pena 
quando completa, revelando maior censurabilidade 
da conduta já que o agente coloca o estado de 
embriaguez como primeiro momento da execução 
do crime. 
b) A emoção e a paixão, mesmo quando causarem 
completa privação dos sentidos e da inteligência, 
não excluem a culpabilidade, exceto se forem 
estados emocionais patológicos. 
c) Em todos os casos de inimputabilidade, se aplica a 
medida de segurança de 
d) internação, podendo, entretanto, ser apenas 
reduzida a pena ou aplicada medida de segurança 
de tratamento ambulatorial aos casos de semi-
imputabilidade. 
e) O critério normativo é exceção no sistema 
brasileiro que, em regra, trabalha com o critério 
biológico para aferição da imputabilidade penal. 
 
6. (DELEGADO DE POLÍCIA – PR – UFPR – 
2007)- Sobre a imputabilidade penal, considere as 
seguintes afirmativas: 
 
1. Não excluem a imputabilidade penal a emoção ou a 
paixão, a embriaguez voluntária ou culposa, pelo 
álcool ou substância de efeitos análogos. 
2. São relativamente inimputáveis os menores com 
idade compreendida entre 18 e 21 anos, ficando 
sujeitos às normas estabelecidas na legislação 
especial. 
3. É isento de pena o agente que, por embriaguez 
completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, 
age amparado na "actio libera in causa". 
4. É isento de pena o agente que, por desenvolvimento 
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação 
ou omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter 
ilícito do fato. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. 
e) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. 
 
7. (Delegado Polícia Civil – SC – 2006 – ACAFE) 
Com referência aos elementos constitutivos do 
crime, tipicidade, ilicitude e culpabilidade, analise 
as afirmações a seguir. 
 
I A previsibilidade objetiva do resultado da 
conduta é elemento da tipicidade culposa, ao passo 
que a previsibilidade subjetiva é elemento da 
culpabilidade. 
II O potencial conhecimento da ilicitude do fato, 
para a teoria normativa, integra a culpabilidade. 
III Na culpa consciente, o agente tem a previsão do 
resultado. 
IV Não há concorrência de culpas no direito penal. 
V O erro de proibição exclui a ilicitude da conduta. 
 
Todas as afirmações corretas estão na alternativa: 
a) II - III 
b) I - II - III 
c) II - III - IV 
d) III – V 
 
8. (DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL – SC – 
2006 – ACAFE) A Teoria Limitada da 
Culpabilidade preconiza que: 
a) tal como na Teoria Extrema da Culpabilidade, nas 
discriminantes putativas sempre subsiste o dolo e a 
absolvição decorre de sua inevitabilidade. 
b) o erro de tipo essencial sempre é causa excludente 
da tipicidade. 
c) mesmo que o dolo seja afastado, sempre 
remanescerá a culpa do agente, quando a 
discriminante putativa surge em face do erro sobre 
a ilicitude do fato. 
d) o erro de tipo essencial vencível (ou evitável) é 
sempre causa excludente do dolo da conduta do 
agente, podendo remanescer, entretanto, a culpa. 
 
9. (DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL – BA – 
IFBA – 2008) Um jovem pretende roubar transeuntes 
no centro da cidade, mas não tem coragem suficiente 
para isso, razão pela qual se embriaga dolosamente, 
com o intuito de praticar os pretendidos atos 
criminosos. 
Diante dessa situação, a doutrina penal reconhece que 
a) ele não responderá pelos crimes cometidos, ante 
sua semi-imputabilidade. 
b) a ele se aplica a teoria da actio libera in causa. 
c) a sua embriaguez voluntária dolosa é causa de 
diminuição de pena. 
d) a sua consciência se viu abalada pela embriaguez, 
respondendo ele parcialmente por seus atos. 
e) ele é inimputável. 
 
10. DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – MG – 
2007 Considerando as teorias acerca da 
culpabilidade, todas as alternativas estão corretas, 
EXCETO: 
a) Para a teoria normativa, a culpabilidade é 
constituída pela imputabilidade, exigibilidade de 
conduta diversa, dolo e culpa. 
b) A teoria social da ação, ao pretender que a ação 
seja entendida como conduta socialmente 
relevante, deslocou o dolo e a culpa do tipo para a 
culpabilidade. 
c) São elementos da culpabilidade para a concepção 
finalista a imputabilidade, a potencial consciência 
sobre a ilicitude do fato e a exigibilidade de 
conduta diversa. 
d) São elementos da culpabilidade para a teoria 
normativa pura a imputabilidade, a consciência 
potencial da ilicitude e a exigibilidade de conduta 
diversa. 
 
 
 
DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL-MG 
 
 
Curso de Exercícios 
 
Direito Penal 
 
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11. DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – MG – 
2007 Em relação aos inimputáveis e às medidas de 
seguranças é correto afirmar que 
a) Sendo adequado às circunstancias pessoais em que 
se encontre o sentenciado, a qualquer tempo, pode 
a pena do mesmo ser substituída pela aplicação de 
medida de segurança. 
b) As medidas de segurança destinam-se 
exclusivamente aos inimputáveis. Aos 
semiimputáveis somente há previsão de redução de 
pena e, necessitando eles de especial tratamento 
curativo, não há que se falar em substituição da 
pena por medida de segurança consoante o 
princípio da reserva legal. 
c) O réu considerado inimputável será absolvido e 
conseqüentemente será aplicada a ele uma medida 
de segurança que não possui limite de tempo 
mínimo nem máximo. 
d) A desinternação é sempre condicional, devendo ser 
restabelecida a situação anterior se o agente, antes 
do decurso de cinco anos, pratica fato indicativo de 
periculosidade. 
 
12. DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL – 
FUNIVERSA – DF – 2009 A respeito da 
tipicidade penal, assinale a alternativa incorreta. 
a) O erro de tipo, se escusável, exclui o dolo e a 
culpa. 
b) No crime de omissão de socorro, somente se torna 
relevante para o Direito Penal caso o agente tenha 
o dever de agir. 
c) A real consciência do injusto penal é pressuposto 
elementar da culpabilidade; por conseguinte, o 
desconhecimento da norma penal, quando 
inevitável, exclui a culpabilidade. 
d) No dolo eventual, o sujeito representa o resultado 
como de produção provável e, embora não queira 
produzi-lo, continua agindo e admitindo a sua 
eventual produção. 
e) Caracteriza o erro de proibição a conduta do agente 
que se apossa de coisa alheia móvel, supondo, nas 
circunstâncias, ter sido abandonada pelo 
proprietário. 
 
13. Delegado Da Polícia Civil – FUNIVERSA – DF 
– 2009 Acerca da culpabilidade e da ilicitude, 
assinale a alternativa correta. 
a) Segundo a teoria finalista, a imputabilidade, a 
consciência acerca da ilicitude do fato e da 
exigibilidade de conduta diversa são elementos 
normativos da culpabilidade. 
b) A coação irresistível e a obediência hierárquica são 
causas de exclusão da ilicitude. 
c) Considera-se em estado de necessidade quem 
pratica o fato para repelir injusta agressão, atual ou 
iminente. 
d) Não há excludentes de ilicitude previstas na Parte 
Especial do Código Penal. 
e) A legítima defesa é causa excludente da 
culpabilidade. 
ERRO DE TIPO 
 
1. Delegado de Polícia – PB – IPAD – 2006 
Antônio, pensando que José é funcionário público 
de secretaria de vara judicial, pede para que o 
mesmo “corra” com seu processo, e para tanto 
promete em troca vantagem indevida. Ocorre que 
José não é funcionário público. 
Assinale a alternativa correta: 
a) Antônio cometeu crime de concussão 
b) Antônio cometeu crime de prevaricação 
c) Antônio cometeu crime de corrupção passiva 
d) Antônio cometeu crime de corrupção ativa 
e) O erro de tipo excluiu o crime de corrupção ativa 
 
2. (Delegado Polícia Civil/SC/ACAFE/2008) Sobre 
o erro

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