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01 - DESAFIO 500 QUESTÕES (GABARITO) (1)

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DESAFIO 500 QUESTÕES 
 
01. “Espécie” de legítima defesa que a doutrina afirma ser inexistente, pois a 
situação fática não é reconhecida como legítima defesa e não exclui a ilicitude de 
ação: 
A) legítima defesa recíproca. 
B) legítima defesa própria. 
C) legítima defesa putativa. 
D) legítima defesa de terceiro. 
E) legítima defesa em proteção a quem consente com a agressão de terceiro a bem 
indisponível. 
 
Resposta: C 
O item C está correto, porque a situação fática da legítima defesa putativa não passa 
de imaginação do agente, quando este supõe existir algo não existente, daí o termo 
“putativa”, isto é, imaginária. A legítima defesa putativa constitui hipótese de erro 
de tipo e, por conseguinte, constitui-se como causa de exclusão do fato típico. 
 
02. Quando dois agentes, embora convergindo suas condutas para a prática de 
determinado fato criminoso, não atuam unidos pelo liame subjetivo, tem-se autoria 
A) incerta. 
B) colateral. 
C) sucessiva 
D) desconhecida. 
E) bilateral 
 
Resposta: B. 
Na autoria colateral, dois agentes agem contra a mesma vítima. Todavia, não há 
concurso de agentes, porque um não conhece a existência do outro. Ocorre autoria 
colateral, observa Cezar Dario Mariano da Silva, “quando duas ou mais pessoas, 
desconhecendo uma o auxílio da outra, realizam simultaneamente condutas 
convergentes para a prática da mesma infração penal.”1 
 
03. A codelinquência será configurada quando houver 
A) reconhecimento da prática da mesma infração por todos os agentes. 
B) ajuste prévio, na fase preparatória do crime, entre todos os agentes em concurso. 
C) concurso necessário, nas infrações penais, de agentes capazes. 
 
1 César Dario Mariano da Silva, Manual de Direito Penal, Rio de Janeiro, GZ, 2009, p. 151. 
 
D) exteriorização da vontade de fazer parte da conduta e consciência da ação de 
outrem. 
E) prática dos mesmos atos executivos por todos os agentes. 
 
Resposta: A. 
 
04. De acordo com o ordenamento jurídico e o posicionamento dos tribunais 
superiores acerca das excludentes de antijuridicidade. 
A) embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado nos casos de 
estado de necessidade, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. 
B) é cabível o estado de necessidade em crimes habituais. 
C) é admissível a legítima defesa contra quem age em estado de necessidade. 
D) não é admissível no direito brasileiro o estado de necessidade putativo. 
E) somente é possível a responsabilização por excesso doloso de quem age em 
estrito cumprimento do dever legal, nunca por excesso culposo. 
 
Resposta: A. 
Nos termos do §2.º do art. 24 do CP, embora seja razoável exigir-se o sacrifício do 
direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terço. Na exata 
observação de Cleber Masson, “essa norma só se aplica nos casos de estado de 
necessidade exculpante, desde que não tenha restado configurada uma situação de 
inexigibilidade de conduta diversa, excludente da culpabilidade.”2 
 
 
05. O art. 14, § único, do Código Penal dispõe que "salvo disposição em contrário, 
pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de 
um a dois terços". O percentual de diminuição de pena a ser considerado levará em 
conta 
A) o inter criminis percorrido pelo agente. 
B) a periculosidade do agente. 
C) a reincidência. 
D) os antecedentes do agente. 
E) a intensidade do dolo. 
 
Resposta: A. 
 
06. O Código Penal (CP) trouxe, em seu conjunto de leis, a previsão das excludentes 
de ilicitude, a saber: o estado de necessidade, a legítima defesa e o estrito 
 
2 P.330 
 
cumprimento de dever legal, além do exercício regular do direito. Em relação ao 
estrito cumprimento do dever legal, seguem-se seis afirmações: 
I - Para seu cumprimento, é indispensável o cumprimento do dever legal; 
II - Para seu cumprimento, é indispensável o cumprimento do dever ético; 
III - A prática da conduta deve ser promovida nos exatos termos da lei; 
IV - A ordem da autoridade subsome a lei no cumprimento da ordem emanada por 
funcionário público; 
V - A boa-fé permite a extrapolação da lei para o cumprimento do dever; 
VI - Hierarquia e autoridade pública são diplomas supralegais; 
 
Marque a alternativa que contenha somente as afirmações corretas acerca dos 
elementos caracterizadores do estrito cumprimento do dever legal. 
A) V e VI. 
B) II e III. 
C) I e III. 
D) I e VI. 
E) I e IV. 
 
Resposta: C 
 
07. No CP brasileiro, a situação correspondente ao estado de necessidade configura 
exclusão 
A) do fato típico. 
B) da ilicitude. 
C) da culpabilidade 
D) da punibilidade 
E) da conduta. 
 
Resposta: B 
 
08. A respeito das causas excludentes de culpabilidade e de ilicitude previstas no 
Código Penal, é INCORRETO afirmar: 
A) Entende-se em legítima defesa apenas quem, usando moderadamente dos 
meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, à sua integridade 
física ou de outrem. 
B) A embriaguez, mesmo completa, não exclui a imputabilidade penal, se 
voluntária ou mesmo culposa. Se preordenada, enseja ainda a aplicação de 
agravante genérica na segunda fase da dosimetria da pena. 
C) A coação moral irresistível exclui completamente a culpabilidade do agente que 
pratica a conduta típica, sendo punível apenas o autor da coação, embora, no caso 
 
de coação resistível, seja punível o agente que, coagido, praticou a conduta, 
cabendo, nessa segunda hipótese, a aplicação de atenuante genérica na segunda fase 
de dosimetria da pena. 
D) Considera-se em estado de necessidade, o qual exclui a ilicitude, apenas quem 
pratica o fato típico para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, 
nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas 
circunstâncias, não era razoável exigir-se. Se, porém, era razoável exigir-se o 
sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. 
E) A obediência hierárquica de ordem não manifestamente ilegal exclui a 
culpabilidade, por expressa previsão legal. 
 
Resposta: A 
 
09.Quanto à parte geral do Código Penal, assinale a opção correta. 
A) A ineficácia do meio e a impropriedade do objeto, sejam tais circunstâncias 
relativas ou absolutas, configuram crime impossível e, portanto, tornam impunível 
a tentativa. 
B) Pode alegar estado de necessidade quem tem o dever legal de enfrentar o perigo, 
desde que demonstre que praticou o fato para salvar de perigo atual direito próprio 
cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
C) O ajuste, a determinação ou a instigaçãoe o auxílio, salvo disposição expressa 
em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
D) É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso 
fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteira ou 
parcialmente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de se determinar de 
acordo com esse entendimento. 
E) As circunstâncias e as condições de caráter pessoal não se comunicam ao corréu 
quando forem elementares do crime. 
 
Resposta: C. 
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa 
em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
 
10. De acordo com o Código Penal, são inimputáveis 
A) os que cometem o crime sob emoção ou paixão. 
B) aqueles que cometem o crime em legítima defesa, estado de necessidade ou 
estrito cumprimento do dever legal. 
C) apenas os menores de 18 (dezoito) anos. 
 
D) aqueles que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força 
maior, eram inteiramente incapazes de determinarem-se de acordo com o 
entendimento da ilicitude do fato. 
E) aqueles que, em virtude de perturbação de saúde mental, não eram inteiramente 
capazes de entender o caráter ilícito do fato. 
 
Resposta: C 
 
11.Julgue os itens a seguir, acerca do direito penal brasileiro. 
I A culpabilidade, como fundamento da pena, possui como elementos positivos 
específicos de seu conceito dogmático a capacidade de culpabilidade, a consciência 
da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa, sendo a ausência de qualquer um 
deles suficiente para impedir a aplicação da sanção penal. 
II Caso alguém, consciente da ausência de risco pessoal, da situação de perigo e 
da necessidade de prestar socorro a outrem, deixe de prestá-lo, não haverá crime de 
omissão de socorro. 
III No que tange às infrações penais de natureza permanente, não admitem a forma 
tentada. 
IV Tratando-se de crime de tortura praticado por servidor público, a perda do cargo 
público não é efeito automático e obrigatório da condenação, sendo necessária 
fundamentação específica para tal finalidade na sentença penal condenatória. 
V Tratando-se de crime de resistência, o fato de esta ser oposta a dois ou mais 
policiais que prendam o agente configura concurso formal de crimes. 
 
A quantidade de itens certos é igual a 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Resposta: A (um) 
 
12. Assinale a alternativa incorreta. 
 
A) A abolitio criminis configura exceção ao princípio da irretroatividade da lei 
penal. 
B) Em relação ao lugar do crime, o Código Penal adotou a teoria do resultado. 
 
C) Ao crime praticado por brasileiro em território estrangeiro aplica-se a lei penal 
estrangeira. 
D) Leis temporárias são aquelas que têm vigência por um período predeterminado. 
E) Em determinadas situações, a lei penal pátria pode ser aplicada ao estrangeiro 
que comete crime fora do território nacional, sendo a vítima brasileira. 
 
Resposta: B 
 
13.Os requisitos para a ocorrência do concurso de pessoas no cometimento de crime 
são: 
A) pluralidade de comportamentos, nexo de causalidade entre o comportamento do 
partícipe e o resultado do crime e vínculo objetivo-subjetivo entre autor e partícipe. 
B) presença física de autor e partícipe, nexo de causalidade entre o comportamento 
do coautor e o resultado do crime; vínculo subjetivo entre autor e partícipe e 
identidade do crime. 
C) presença física de autor e partícipe, pluralidade de comportamentos, nexo de 
causalidade entre o comportamento do partícipe e o resultado do crime; vínculo 
subjetivo entre autor e partícipe e identidade do crime. 
D) pluralidade de comportamentos, nexo de causalidade entre o comportamento 
do partícipe e o resultado do crime; vínculo objetivo entre autor e partícipe e 
identidade do crime. 
E) pluralidade de comportamentos, nexo de causalidade entre o comportamento 
do partícipe e o resultado do crime; vínculo subjetivo entre autor e partícipe e 
identidade do crime. 
 
Resposta: E 
 
14. A praticou manobras abortivas em B, a pedido desta. Ao terminar o 
procedimento, verificou que B não se encontrava grávida como supunha. A conduta 
de A configura 
A) erro sobre elemento constitutivo do tipo. 
B) arrependimento eficaz. 
C) tentativa imperfeita. 
D) crime impossível. 
E) desistência voluntária. 
 
Resposta: D 
 
15. NÃO constitui causa de exclusão do crime 
A) o perdão judicial. 
 
B) ausência de potencial consciência da ilicitude. 
C) coação moral irresistível 
D) a obediência hierárquica. 
 
E) legítima defesa 
 
Resposta: A 
 
16. Considere: 
I. Tício resolveu matar seu desafeto. Elaborou um plano de ação, apanhou uma faca 
e o atacou, desferindo- lhe golpes. Este, no entanto, conseguiu desviar-se e, 
utilizando técnicas de defesa pessoal, dominou e desarmou o agressor. 
II. Caio resolveu matar seu desafeto. Adquiriu uma arma e efetuou diversos 
disparos em sua direção, errando o alvo e acabou sendo preso por policiais que 
acorreram ao local. 
 
Nas situações indicadas, deve ser reconhecida a ocorrência de 
A) crime tentado e crime consumado, respectivamente. 
B) crimes consumados. 
C) crimes tentados. 
D) crime consumado e crime tentado, respectivamente. 
E) fatos penalmente irrelevantes. 
 
Resposta: C 
 
17. Quando o tipo penal exige para a consumação do delito a produção de um dano 
efetivo, o crime é 
A) de perigo concreto. 
B) formal. 
C) de mera conduta. 
D) material. 
E) de perigo abstrato. 
 
Resposta: D 
 
18. São elementos do fato típico: 
A) conduta, resultado, nexo de causalidade, tipicidade e culpabilidade. 
B) conduta, resultado, nexo de causalidade, tipicidade e dolo ou culpa. 
C) conduta, resultado, nexo de causalidade, tipicidade e imputabilidade. 
 
D) potencial consciência da ilicitude, exigibilidade de conduta diversa e 
imputabilidade. 
E) tipicidade, ilicitude e culpabilidade. 
 
Resposta: B 
 
19. Em relação ao tempo do crime, o Código Penal brasileiro adotou, em regra, a 
teoria 
A) do resultado. 
B) mista 
C) da conduta. 
D) da representação. 
E) da territorialidade. 
 
Resposta: C 
 
20. Quanto à exclusão de ilicitude, é correto afirmar que 
A) no excesso de legítima defesa involuntário, derivado de erro de tipo escusável, o 
agente responde pelo fato criminoso. 
B) o estado de necessidade defensivo ocorre quando a conduta do agente atinge um bem 
jurídico de terceiro inocente. 
C) o Código Penal Brasileiro adotou a teoria unitária do estado de necessidade. 
D) o excesso culposo decorrente de erro sobre os limites da causa de justificação não 
é punível a título de dolo ou culpa. 
 
Resposta: C 
 
21. Uma conduta ilícita é contrária ao direito. Porém pode haver conduta típica que 
não seja ilícita, aparecendo as chamadas excludentes de ilicitude. Sobre esse 
assunto, assinale a alternativa correta. 
A) Somente não será considerado crime quando o agente pratica o fato em estado 
de necessidade e legítima defesa. 
B) As excludentes de ilicitude são apenas as definidas em Lei, especificamente 
determinadas pelo Código Penal, chamadas de excludentes de ilicitude legais. 
C) No estado de necessidade, aplica-se a excludente ainda que o sujeito não tenha 
conhecimento de que age para salvar um bem jurídico próprio ou alheio. 
D) Pode agir em estado de necessidade aquele que possui o dever legal de enfrentar 
o perigo. 
 
E) São requisitos legais do estado de necessidade: perigo atual; ameaça a direito 
próprio ou alheio; situação não causada voluntariamente pelo sujeito; 
inexistência de dever legal de enfrentar o perigo. 
 
Resposta: E 
22.O único tipo de crime que se consuma com a ocorrência do resultado 
naturalístico é o crime 
A) material. 
B) de mera conduta. 
C) formal. 
D) omissivo próprio. 
E) habitual. 
 
Resposta: A 
 
23. Dispõe o artigo 1.º do Código Penal: "Nãohá crime sem lei anterior que o defina. 
Não há pena sem prévia cominação legal". Tal dispositivo legal consagra o princípio 
da 
A) ampla defesa. 
B) legalidade. 
C) presunção de inocência. 
D) dignidade. 
E) isonomia. 
 
Resposta: B 
 
24. A respeito da omissão própria e da omissão imprópria (também denominada 
crime comissivo por omissão), é correto afirmar que 
A) a ingerência, denominação dada à posição de garantidor decorrente de um 
comportamento anterior que gera risco de resultado, não está positivada no 
ordenamento brasileiro, tratando-se de uma construção dogmática. 
B) um dos critérios apontados pela doutrina para diferenciar a omissão própria da 
omissão imprópria é o tipológico, segundo o qual, havendo norma expressa 
criminalizando a omissão, estar-se-ia diante de uma omissão imprópria. 
C) o crime praticado por omissão, segundo o Código Penal, é apenado de forma 
atenuada ao crime praticado por ação. 
D) segundo o Código Penal, a omissão imprópria somente terá relevância penal 
se, além do dever de impedir o resultado, o omitente tiver possibilidade de evitá-
lo. 
 
E) nos termos do Código Penal, possui posição de garantidor e, portanto, o dever 
de impedir o resultado, apenas quem, por lei, tem a obrigação de cuidado, proteção 
ou vigilância. 
 
Resposta: D 
 
25.Considere as assertivas abaixo sobre concurso de agentes. 
I - Quando um dos concorrentes quis participar de crime menos grave, a pena é 
diminuída até a metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave, 
não podendo, porém, ser inferior ao mínimo da cominada ao crime cometido. 
II - Quando o agente, no cometimento de um crime, ostentar atuação que o 
identifique como líder dentre os demais participantes, sua pena deverá ser agravada 
de um sexto a um terço. 
III - Quando a participação do agente no cometimento de um crime for de menor 
importância, a pena poderá ser reduzida de um sexto a um terço. 
 
Quais são corretas? 
A) Apenas I 
B) Apenas II 
C) Apenas III 
D) Apenas I e II 
E) I, II e III 
 
Resposta: C 
 
26. Assinale a alternativa correta: 
 
A) O arrependimento posterior, causa obrigatória de diminuição de pena, ocorre 
nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, em que o agente, 
voluntariamente, repara o dano ou restitui a coisa até o oferecimento da denúncia 
ou queixa. 
B) "Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta 
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime." O excerto transcrito 
se refere ao crime impossível, causa de isenção de pena. 
C) A desistência voluntária e o arrependimento eficaz excluem a forma tentada do 
crime em execução, inclusive, os atos anteriormente praticados. 
D) A desistência voluntária e o arrependimento eficaz, espécies de tentativa 
abandonada ou qualificada, não exigem a espontaneidade do agente para que 
possam ser reconhecidos, bastando a voluntariedade. 
 
E) Comete o crime de furto, previsto no art. 155 do Código Penal, o condômino que 
subtrai, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum. 
 
Resposta: D 
 
27. A respeito do estado de necessidade e da legítima defesa, é correto afirmar que 
A) o excesso culposo é incompatível com o instituto do estado de necessidade. 
B) a legítima defesa pode ser arguida por quem repele agressão pretérita, desde que 
injusta. 
C) quem tem o dever legal de enfrentar o perigo não pode alegar estado de 
necessidade. 
D) a agressão a direito de outrem não possibilita o exercício da legítima defesa. 
E) a omissão injusta não pode configurar agressão passível de repulsa através da 
legítima defesa. 
 
Resposta: C 
 
28. Durante uma tragédia causada pela natureza, Júlio, que caminhava pela rua, é 
arrastado pela força do vento e acaba se chocando com uma terceira pessoa, que, 
em razão do choque, cai de cabeça ao chão e vem a falecer. Sobre a consequência 
jurídica do ocorrido, é correto afirmar que: 
A) a tipicidade do fato restou afastada por ausência de tipicidade formal, apesar de 
haver conduta por parte de Júlio; 
B) a tipicidade do fato restou afastada, tendo em vista que não houve conduta 
penal por parte de Júlio; 
C) o fato é típico, ilícito e culpável, mas Júlio será isento de pena em razão da 
ausência de conduta; 
D) a conduta praticada por Júlio, apesar de típica e ilícita, não é culpável, devendo 
esse ser absolvido; 
E) a conduta praticada por Júlio, apesar de típica, não é ilícita, devendo esse ser 
absolvido. 
 
Resposta: B 
 
29. “Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o 
dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato 
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.” Trata-se da 
definição legal 
A) da exclusão da ilicitude. 
B) da exclusão da culpabilidade. 
 
C) da desistência voluntária. 
D) do arrependimento eficaz. 
E) do arrependimento posterior. 
 
Resposta: E 
 
 
30. Quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, 
atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, age em: 
A) legítima defesa. 
B) estrito cumprimento de dever legal. 
C) exercício regular de direito. 
D) estado de necessidade. 
E) obediência hierárquica. 
 
Resposta: A 
 
31. São elementos do fato típico, exceto: 
A) conduta. 
B) resultado. 
C) tipicidade. 
D) nexo causal. 
E) antijuricidade. 
 
Resposta: E 
 
32. A respeito dos artigos 13 ao 25 do Código Penal, é correto afirmar que 
A) a redução da pena em virtude do arrependimento posterior aplica-se a todos os 
crimes, excepcionados apenas os cometidos com violência. 
B) o erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena, 
considerando-se, no entanto, as condições ou qualidades da pessoa contra quem 
o agente queria praticar o crime e não as da vítima. 
C) o agente que, por circunstâncias alheias à própria vontade, não prossegue na 
execução do crime, só responderá pelos atos já praticados. 
D) o dever de agir para evitar o resultado incumbe a quem tenha, por lei ou 
convenção social, obrigação de cuidado, proteção e vigilância. 
E) são excludentes da ilicitude o estado de necessidade e a legítima defesa, não 
sendo punível o excesso, se praticado por culpa. 
 
Resposta: B 
 
 
33. Astrogildo colocou cacos de vidro, visíveis, em cima do muro de sua casa, para 
evitar a ação de ladrões. Certo dia, uma criança neles se lesionou ao pular o muro 
da casa de Astrogildo para pegar uma bola que ali havia caído. Nessa situação, 
ainda que se tratando da defesa de um perigo incerto e ou remoto, a conduta de 
Astrogildo restaria 
A) prevista como crime de lesão corporal culposa. 
B) prevista como crime de lesão corporal dolosa. 
C) acobertada por excludente da ilicitude. 
D) acobertada por excludente de culpabilidade. 
 
Resposta: C 
 
34. No caso de legítima defesa ou estado de necessidade de terceiros, 
A) é imprescindível a prévia autorização destes para que a conduta do agente não 
seja ilícita. 
B) a autorização somente é necessária na legítima defesa de terceiros 
C) a autorização somente é necessária no estado de necessidade. 
D) a autorização não é necessária em nenhuma situação. 
 
Resposta: D 
 
35. Considerando as disposições legais pertinentes à ilicitude, à culpabilidade e à 
punibilidade, o policial que emprega força física para impedir fuga de presídio age 
em. 
A) estrito cumprimento do dever legal. 
B) legítima defesa. 
C) estado de necessidade. 
D) exercício regular de direito. 
 
Resposta: A 
 
36. A respeito do concurso de pessoas, é correto afirmar que 
A) é necessário o ajuste prévio no concurso de pessoas. 
B) o Direito Penal brasileiro adotou a teoria unitária. 
C) o concurso de agentes pode verificar-se após a consumação do delito. 
D) pode ocorrer coautoria sem vínculo subjetivo entre os coautores. 
E) é necessária a presença no local do comparsa para aconfiguração do concurso de 
agentes. 
 
 
Resposta: B 
 
37. Situação hipotética: Um policial, ao cumprir um mandado de condução 
coercitiva expedido pela autoridade judiciária competente, submeteu, embora 
temporariamente, um cidadão a situação de privação de liberdade. Assertiva: Nessa 
circunstância, a conduta do policial está abarcada por uma excludente de ilicitude 
representada pelo 
A) exercício regular de direito. 
B) estrito cumprimento do dever legal. 
C) legítima defesa. 
D) estado de necessidade. 
 
Resposta: B 
 
38. Quando o agente não quer diretamente a realização do tipo, mas a aceita como 
possível, ou até provável, assumindo o risco da produção do resultado, há 
A) preterdolo. 
B) dolo direto de segundo grau. 
C) dolo imediato. 
D) dolo mediato. 
E) dolo eventual. 
 
Resposta: E 
 
39.Tício, movido pela intenção de matar seu desafeto Paulus, atraiu-o para local 
ermo e lhe desferiu um golpe de faca, causando-lhe grave ferimento no abdome, 
com intensa hemorragia e perigo de vida. Ao perceber a gravidade do ferimento 
causado, Tício se arrependeu e levou Paulus a um hospital, onde este foi operado e 
salvo. Nesse caso, Tício 
A) responderá por tentativa de homicídio, pois, apesar do arrependimento 
posterior, a intenção inicial de Tício era de matar Paulus. 
B) responderá por lesões corporais leves, porque, em razão da intervenção cirúrgica, 
a vítima se recuperou. 
C) não responderá por nenhum delito, porque ocorreu arrependimento eficaz e a 
vítima se recuperou da lesão sofrida. 
D) responderá por lesão corporal de natureza grave, pois, apesar do 
arrependimento eficaz, a vítima recebeu ferimento de que resultou perigo de 
vida. 
E) responderá por homicídio consumado, pois a lesão era apta a causar a morte de 
Paulus, que só não morreu em razão da intervenção cirúrgica a que foi submetido. 
 
 
Resposta: D 
 
40. Coação irresistível, o estado de necessidade e a obediência hierárquica são 
causas excludentes da 
A) culpabilidade. 
 
B) ilicitude, da culpabilidade e da ilicitude, respectivamente. 
C) ilicitude, da ilicitude e da culpabilidade, respectivamente. 
D) ilicitude. 
E) culpabilidade, da ilicitude e da culpabilidade, respectivamente. 
 
Resposta: E 
 
41. No concurso de agentes 
A) é inadmissível a forma culposa. 
B) é inadmissível coautoria em crime culposo 
C) é inadmissível participação em crime culposo. 
D) é inadmissível na forma omissiva 
E) são puníveis apenas condutas comissivas. 
 
Resposta: C 
 
42.Sobre uma determinada conduta ilícita, ocorrida na época em que determinada 
Lei temporária, que a disciplinava, era vigente, mas que deixou de viger, é correto 
afirmar que essa lei 
A) não mais se aplica à conduta, pelo princípio da irretroatividade. 
B) se aplica à conduta, pelo princípio da ultra-atividade. 
C) não mais se aplica à conduta, pelo princípio da extra-atividade. 
D) se aplica à conduta, pelo princípio da retroatividade da lei mais benéfica. 
E) não mais se aplica à conduta, pelo princípio da irretroatividade da lei mais 
severa. 
 
Resposta: B 
 
43. No dia 25 de dezembro de 2017, Carlos, funcionário público, recebe uma visita 
inesperada de João, seu superior hierárquico, em sua residência. João informa a 
Carlos que estava sendo investigado pela prática de um delito e exige que este altere 
informação em determinado documento público, mediante falsificação, de modo a 
garantir que não sejam obtidas provas do crime que vinha sendo investigado, 
 
assegurando que, caso a ordem não fosse cumprida, sequestraria o filho de Carlos 
e que a restrição da liberdade perduraria até o atendimento da exigência. Diante 
desse comportamento de João, Carlos falsifica o documento público, mas vem a ser 
descoberto e denunciado pela prática do crime previsto no Art. 297 do Código Penal 
(falsificação de documento público). Com base apenas nessas informações, o 
advogado de Carlos deveria alegar, em busca de sua absolvição, a ocorrência de: 
 
A) coação moral irresistível, causa de exclusão da culpabilidade; 
B) estrita obediência à ordem de superior hierárquico, causa de exclusão da 
culpabilidade; 
C) estado de necessidade, causa de exclusão da ilicitude; 
D) coação moral irresistível, causa de exclusão da ilicitude; 
E) estrita obediência à ordem de superior hierárquico, causa de exclusão da 
ilicitude. 
 
Resposta: A 
 
44. Durante o cumprimento de um mandado de prisão a determinado indivíduo, 
este atirou em um investigador policial, o qual, revidando, atingiu fatalmente o 
agressor. Nessa situação hipotética, a conduta do investigador configura 
A) legítima defesa própria. 
B) exercício regular de direito. 
C) estrito cumprimento do dever legal. 
D) homicídio doloso. 
E) homicídio culposo. 
 
Resposta: A 
 
45. Determinado policial, ao cumprir um mandado de prisão, teve de usar a força 
física para conter o acusado. Após a concretização do ato, o policial continuou a ser 
fisicamente agressivo, mesmo não havendo a necessidade. Nessa situação 
hipotética, o policial 
A) excedeu o estrito cumprimento do dever legal. 
B) abusou do exercício regular de direito. 
C) prevaleceu-se de condição excludente de ilicitude. 
D) agiu sob o estado de necessidade. 
E) manifestou conduta típica de legítima defesa. 
 
Resposta: A 
 
 
46. Policial militar, em patrulhamento de rotina, se depara com “perigoso 
assaltante”, seu desafeto, que já havia cumprido pena por diversos roubos. 
Imediatamente, o policial dá voz de prisão ao indivíduo que, incontinente, inicia 
uma fuga. Nesse instante, o miliciano descarrega sua arma, efetuando disparos em 
direção do fugitivo que é atingido pelas costas. Dois dias após o ocorrido, o 
“perigoso assaltante” entra em óbito em razão da lesão sofrida. A conduta do 
policial caracteriza 
A) ação em estrito cumprimento do dever legal. 
B) lesão corporal seguida de morte. 
C) ação em legítima defesa. 
D) resistência seguida de morte. 
E) homicídio qualificado. 
 
Resposta: E 
 
47. Relativamente aos princípios de direito penal, analise as afirmativas a seguir. 
I Os crimes praticados na vigência das leis temporárias, quando criadas por estas, 
não se sujeitam a abolitio criminis em razão do término de sua vigência. 
II Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no 
todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro 
seja o momento do resultado. 
III A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza 
do delito, a idade e o sexo do apenado, sendo asseguradas às presidiárias condições 
para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação. 
Assinale: 
A) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
Resposta: E 
 
48. Com relação à tentativa, analise as seguintes afirmações: 
I. os crimes unissubsistentes, os crimes omissivos próprios e as contravenções 
penais, entre outros, não admitem a figura da tentativa; 
II. nosso Código Penal adotou a teoria objetiva como fundamento para a punição 
do crime tentado conforme se observa no art. 14, parágrafo único: "pune-se a 
 
tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois 
terços"; 
III. o crime de cárcere privado é um exemplo de crime que não admite a tentativa. 
Está correto o contido em 
A) I, somente. 
B) I e II, somente. 
C) I e III, somente. 
D) II e III, somente. 
E) I, II e III. 
 
Resposta: B 
 
49. No estado de necessidade, 
A) a reação contra agressão humana deve ser atual. 
B) a ameaça só pode ser a direito próprio. 
C) há extinção da punibilidade. 
D) o agente pode responderpelo excesso doloso, mas não pelo culposo. 
E) a situação de perigo não pode ter sido provocada por vontade do agente. 
 
Resposta: E 
 
50. João, dirigindo uma motocicleta sem capacete, foi interceptado por um policial 
em serviço de trânsito, o qual lhe deu ordem para parar o veículo. João, no entanto, 
desobedecendo a ordem recebida, fugiu em alta velocidade. Cerca de uma hora 
depois, arrependeu-se de sua conduta e voltou ao local, submetendo-se à 
fiscalização. Nesse caso, em relação ao crime de desobediência, ocorreu 
A) tentativa. 
B) consumação. 
C) arrependimento eficaz. 
D) desistência voluntária. 
E) crime impossível. 
 
Resposta: B 
 
51. Fato típico é 
A) a descrição constante da norma sobre o dever jurídico de agir. 
B) a ação esperada do ser humano em face de uma situação de perigo. 
C) o comportamento humano descrito em lei como crime ou contravenção. 
D) a possibilidade prevista em lei do exercício de uma conduta ilícita. 
E) a modificação do mundo exterior descrita em norma legal vigente. 
 
 
Resposta: C 
 
52. Pedro efetuou disparo de arma de fogo contra Paulo. Em seguida, arrependido, 
o levou até um hospital, onde, apesar de atendido e medicado, veio a falecer. Nesse 
caso, houve 
A) desistência voluntária. 
B) arrependimento eficaz. 
C) crime tentado. 
D) crime consumado. 
E) arrependimento posterior. 
 
Resposta: D 
 
53. Denomina-se crime complexo o que 
A) se enquadra num único tipo legal. 
B) é formado pela fusão de dois ou mais tipos legais de crime. 
C) exige a atuação de dois ou mais agentes. 
D) atinge mais de um bem jurídico. 
E) exige que os agentes atuem uns contra os outros. 
 
Resposta: B 
 
54. O agente arremessou uma granada contra cinco pessoas, ocasionando-lhes a 
morte. Nesse caso, ocorreu 
A) crime de perigo concreto. 
B) concurso material de crimes. 
C) crimes continuados. 
D) crime plurissubjetivo. 
E) concurso formal de crimes. 
 
Resposta: E 
 
55. A respeito do concurso de pessoas, é correto afirmar que 
A) não há possibilidade de coautoria em crime culposo. 
B) o mandante do crime não responde por coautoria. 
C) a instigação é espécie de coautoria. 
D) não há participação dolosa em crime culposo. 
E) os crimes de mera conduta não admitem participação. 
 
 
Resposta: D 
 
56. A respeito de crimes culposo e impossível, da obediência hierárquica, do erro de 
proibição e do arrependimento posterior, assinale a opção correta. 
A) Caso um renomado e habilidoso médico, especializado em cirurgias abdominais, 
ao realizar uma intervenção, esqueça uma pinça no abdome do paciente, nesse caso, 
tal conduta representará culpa por imperícia, pois é relativa ao exercício da 
profissão. 
B) Se, em um supermercado dotado de sistema eletrônico de vigilância, um cliente 
colocar diversos objetos do estabelecimento dentro de sua bolsa, com intenção de 
subtraí-los para si, a simples presença do sistema eletrônico de vigilância no 
supermercado tornará o crime impossível. 
C) Caso o fato seja cometido em estrita obediência a ordem, não manifestamente 
ilegal, de superior hierárquico, não serão puníveis o agente que obedeceu nem o 
autor da coação ou da ordem. 
D) O desconhecimento da lei é inescusável. Desse modo, o erro sobre a ilicitude do 
fato, evitável ou inevitável, não elidirá a pena, podendo apenas atenuá-la. 
E) Em crimes cometidos sem violência ou grave ameaça a pessoa, a pena será 
reduzida de um a dois terços se, por ato voluntário do agente, for reparado o dano 
ou restituída a coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa. 
 
Resposta: E 
 
57. Oficial de Justiça ingressa em comunidade no interior do Estado de Santa 
Catarina para realizar intimação de morador do local. Quando chega à rua, porém, 
depara-se com a situação em que um inimputável em razão de doença mental está 
atacando com um pedaço de madeira uma jovem de 22 anos que apenas caminhava 
pela localidade. Verificando que a vida da jovem estava em risco e não havendo 
outra forma de protegê-la, pega um outro pedaço de pau que estava no chão e 
desfere golpe no inimputável, causando lesão corporal de natureza grave. Com base 
apenas nas informações narradas, é correto afirmar que, de acordo com a doutrina 
majoritária, a conduta do Oficial de Justiça: 
A) não configura crime, em razão da atipicidade; 
B) não configura crime, em razão do estado de necessidade; 
C) configura crime, mas o resultado somente poderá ser imputado a título de culpa, 
em razão do estado de necessidade; 
D) não configura crime, em razão da legítima defesa; 
E) configura crime, tendo em vista que não havia direito próprio do Oficial de 
Justiça em risco para ser protegido. 
 
 
Resposta: D 
 
58.Sobre a tipicidade penal, marque a alternativa CORRETA. 
A) No crime omissivo, o dever jurídico de agir inexiste àquele que apenas criou 
riscos para a ocorrência do resultado. 
B) O erro de tipo, se inescusável, apesar de excluir o dolo, permite, em qualquer 
hipótese, a punição a título culposo. 
C) A tipicidade material surgiu para limitar a larga abrangência formal dos tipos 
penais, impondo que, além da adequação formal, a conduta do agente gere 
também relevante lesão ou perigo concreto de lesão ao bem jurídico tutelado. 
D) No dolo eventual, a pessoa vislumbra o resultado que pode advir de sua 
conduta, acreditando que, com as suas habilidades, será capaz de evitá-lo. 
 
Resposta: C 
 
59. Marque a alternativa CORRETA. O erro de proibição escusável, como 
excludente da potencial consciência da ilicitude, leva à absolvição por exclusão da: 
A) Imputabilidade 
B) Tipicidade 
C) Punibilidade 
D) Culpabilidade 
 
Resposta: D 
 
60. Acerca da inimputabilidade penal, pode-se afirmar que: 
I. A emoção ou a paixão não prejudicam a imputabilidade penal. 
II. É inimputável o agente que, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou 
força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteira ou parcialmente incapaz 
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
III. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
IV. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente imputáveis, ficando sujeitos às 
normas estabelecidas na legislação especial. 
 
A) Somente as proposições II, III e IV estão corretas. 
B) Somente as proposições I, II e IV corretas. 
C) Somente as proposições I e III estão corretas. 
 
D) Somente a proposição III está correta. 
E) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Resposta: C 
 
61. Considere a seguinte situação hipotética. Hiran, tendo ingerido 
voluntariamente grande quantidade de bebida, desentendeu-se com Caetano, seu 
amigo, vindo a agredi-lo e a causar-lhe lesões corporais. Nessa situação, 
considerando que, em razão da embriaguez completa, Hiran era, ao tempo da ação, 
inteiramente incapaz de entender a ilicitude de sua conduta e de determinar-se de 
acordo com este entendimento, 
 
A) pode-se reconhecer a sua inimputabilidade. 
B) pode-se reconhecer a sua semi-inimputabilidade. 
C) incorre no crime de lesão corporal culposa. 
D) incorre no crime de lesão corporal dolosa. 
 
Resposta: D 
 
62. João sequestrou Maria na vigência da lei penal X. Maria permaneceu em cárcere 
privado por longos 11 anos até conseguir fugir num raro momento de desatenção 
de João, seu sequestrador. Durante este período surgiram duas novas leis penais 
para prescrever o mesmo crime de sequestro, respectivamente, Y e Z. Com base 
nesta situação, é correto afirmar que: 
A) deve ser aplicada a lei penal Y intermediária. 
B) deve ser realizada a combinação de leis penais para beneficiar o réu. 
C) deve ser aplicada a lei penal Z, ainda que seja a mais grave, se a sua vigência é 
anterior à cessão da permanência.D) deve ser aplicada a lei penal Z, desde que seja mais benéfica, em razão do 
princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica. 
E) em qualquer situação, deve ser aplicada a lei penal mais benéfica. 
 
Resposta: C 
 
62. João Pedro, na época com 3 (três) anos de idade, após sequestro, passou 9 (nove) 
anos em cárcere privado, quando finalmente sua sequestradora foi presa em 
flagrante. Durante todo esse período, vigoraram três leis penais, sendo mais 
benéfica a intermediária, e mais grave a última. No caso, 
A) deve ser aplicada a lei penal intermediária. 
 
B) deve ser realizada a combinação de leis penais entre as duas para beneficiar o 
réu. 
C) deve ser aplicada a lei penal mais grave. 
D) deve ser aplicada a lei penal mais benéfica. 
E) em qualquer situação de crime permanente, deve ser aplicada a lei penal mais 
grave. 
 
Resposta: C 
63. Tício, morador do Rio de Janeiro, começou a namorar Gabriela, uma jovem 
moradora da cidade de São Paulo. Com o passar do tempo e os efeitos da distância, 
Tício, motivado por ciúmes, resolveu tirar a vida de Gabriela. Pôs-se então a 
planejar a prática do crime em sua casa, no Rio de Janeiro, tendo adquirido uma 
faca, instrumento com o qual planejou executar o crime. No dia em que seguiu para 
São Paulo para encontrar Gabriela, que lhe o esperava na rodoviária, Tício 
combinou com a jovem uma viagem a passeio para o Espírito Santo. Ao ingressarem 
no ônibus que os levaria de São Paulo para o Espírito Santo, Tício afirmou para 
Gabriela que iria matá-la. Todavia, dada a calma de Tício, a jovem achou que se 
tratava de uma brincadeira. Durante o trajeto, Tício, ofereceu a ela uma bebida 
contendo substância que causava a perda dos sentidos. Após Gabriela beber e 
dormir, sob efeito da substância, enquanto passavam pela BR-101, no Rio de Janeiro, 
Tício passou a desferir golpes com a faca no peito da jovem. Quando chegou ao 
destino, Tício se entregou para polícia, e Gabriela, embora tenha sido socorrida, veio 
a óbito ao chegar ao Hospital. O crime descrito no texto foi praticado, de acordo 
com a lei penal, no momento: 
A) da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Trata-se, 
portanto, do momento em que Tício desferiu os golpes em Gabriela. 
B) em que o agente se prepara para a promoção da conduta criminosa. Ou seja, 
trata-se do momento em que Tício planejou e adquiriu as ferramentas necessárias 
ao cometimento do crime. 
C) em que a autoridade policial toma conhecimento do crime. Ou seja, quando Tício 
se entregou para a polícia. 
D) em que é alcançada a consumação do crime. Trata-se, portanto, do momento da 
morte de Gabriela, que ocorreu no hospital. 
E) da ação ou omissão, se este for concomitante ao resultado. Não sendo possível 
determiná-lo, no presente caso, em razão da separação temporal entre a conduta e 
o resultado. 
 
Resposta: A 
 
 
64. Caio cometeu no dia 01 de janeiro de 2016 um fato criminoso punível com pena 
privativa de liberdade previsto em lei temporária, sendo no dia 05 de dezembro de 
2016 condenado a 5 (cinco) anos de reclusão. No ano seguinte decorreu o período 
de sua duração, findando-se a citada lei no dia 31 de dezembro de 2017. Em relação 
à aplicação da lei penal indique a opção CORRETA. 
A) Caio deve ser preso e cumprir a pena estabelecida de cinco anos, aplicando-se 
ao fato criminoso a lei temporária. 
B) Ninguém pode ser punido por fato que medida provisória posterior deixa de 
considerar crime. 
C) Deve continuar a execução da pena de Caio até o dia 31 de dezembro de 2017. 
D) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, não se aplica aos fatos 
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
E) Caio deve ser imediatamente solto. 
 
Resposta: A 
 
65. Revoltado com a conduta de um Ministro de Estado, Mário se esconde no 
interior de uma aeronave pública brasileira, que estava a serviço do governo, e, no 
meio da viagem, já no espaço aéreo equivalente ao Uruguai, desfere 05 facadas no 
Ministro com o qual estava insatisfeito, vindo a causar-lhe lesão corporal 
gravíssima. Diante da hipótese narrada, com base na lei brasileira, assinale a 
afirmativa correta. 
A) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no 
critério da territorialidade. 
B) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério 
da extraterritorialidade e 
princípio da justiça universal. 
C) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério 
da extraterritorialidade, 
desde que ingresse em território brasileiro e não venha a ser julgado no estrangeiro. 
D) Mário não poderá ser responsabilizado pela lei brasileira, pois o crime foi 
cometido no exterior e nenhuma das causas de extraterritorialidade se aplica ao 
caso. 
 
Resposta: A 
 
66. Patrícia, renomada médica, havia alugado uma sala comercial mobiliada para 
utilizar como consultório e, após o término do contrato de locação, chamou 
Augusto, seu amigo, que nunca havia estado no imóvel, para ajudá-la com a retirada 
de seus pertences. Na ocasião, Patrícia informou a Augusto que o computador que 
 
se encontrava no consultório era de sua propriedade e deveria ser retirado, embora 
a médica tivesse ciência de que o aparelho pertencia ao proprietário do imóvel 
comercial. Contudo, sem saber da real situação do computador, Augusto atende o 
pedido da amiga. O proprietário do imóvel, ao perceber o ocorrido, procurou a 
delegacia e registrou boletim de ocorrência contra Patrícia e Augusto. Com base no 
caso narrado, é correto afirmar que: 
A) Patrícia e Augusto responderão pelo crime de furto qualificado, em razão do 
concurso de pessoas. 
B) Patrícia responderá por furto doloso, enquanto Augusto responderá pelo crime 
na forma culposa. 
C) Augusto agiu em erro de tipo, afastando a culpabilidade da conduta de ambos 
os agentes. 
D) apenas Patrícia responderá por furto, pois Augusto agiu em erro sobre o objeto, 
ficando isento de pena. 
E) apenas Patrícia responderá por furto, pois Augusto agiu em erro de tipo, sendo 
atípica sua conduta. 
 
Resposta: E 
 
67. Lucas foi alvo de um tiro de revólver disparado por Manoel e, após 
encaminhado ao hospital, já em recuperação, Lucas vem a falecer devido ao 
desabamento de uma parede de gesso situada em seu leito. Considerando que, não 
fosse pelo tiro disparado pelo autor, a vítima não estaria no hospital, é correto 
afirmar que Manoel: 
A) responde pelo resultado morte, em virtude da teoria da equivalência dos 
antecedentes causais adotada pelo Código Penal. 
B) responde pelo resultado morte, porque trata-se de uma concausa superveniente 
relativamente independente. 
C) responde pelo resultado morte, porque assim o desejou e acabou obtendo o seu 
intento, ainda que com a colaboração de uma concausa. 
D) não responde pelo resultado morte, porque a concausa superveniente quebra 
o nexo causal determinante. 
E) não responde pelo resultado morte, porque houve a quebra da tipicidade 
material da conduta. 
 
Resposta: D 
 
68. Lara passeava em um parque e percebeu que um cachorro de grande porte se 
soltou da coleira de seu dono e correu ferozmente em direção a uma criança que 
 
brincava na grama. Tentando proteger a criança, Lara atirou uma pedra na cabeça 
do animal, que veio a falecer. Considerando os fatos acima, Lara agiu em: 
A) estado de necessidade, que afasta a culpabilidade de sua conduta; 
B) estrito cumprimento de dever legal, que afasta a tipicidade de sua conduta; 
C) legítima defesa de terceiro, que afasta a ilicitude de sua conduta; 
D) estado de necessidade, que afasta a ilicitude de sua conduta; 
E) legítima defesa de terceiro, mas responderá pelo excesso de sua conduta. 
 
Resposta: D 
69. Durante um treino de basquete, Rafael agrediu João com uma cotovelada, que 
lhe causou um leve ferimento no olho esquerdo. No dia seguinte,João vai tirar 
satisfação com Rafael e, no meio da discussão, saca uma arma de fogo e parte na 
direção de Rafael, que, então, retira de sua mochila um revólver que carregava 
legalmente e dispara contra João, causando sua morte. Com base no caso narrado, 
com relação à morte de João, Rafael: 
A) responderá por homicídio, ficando, porém, isento de pena em virtude da 
inexigibilidade de conduta diversa. 
B) responderá por homicídio, pois provocou a situação em que se encontrava, 
afastando eventual excludente de ilicitude. 
C) não responderá por homicídio, considerando que agiu em legítima defesa, que é 
causa de exclusão da culpabilidade. 
D) não responderá por homicídio, pois agiu em legítima defesa, o que afasta a 
ilicitude de sua conduta. 
E) responderá por homicídio culposo, pois agiu em excesso de legítima defesa. 
 
Resposta: D 
 
70. João foi jogado da piscina por seus colegas, durante uma confraternização de 
formatura. Dentro da piscina, sem que os presentes no local percebessem, começou 
a se afogar em virtude da ingestão de substâncias psicotrópicas e terminou 
falecendo. No caso, os responsáveis por atirá-lo na piscina 
A) devem ser responsabilizados por homicídio culposo. 
B) devem ser responsabilizados por homicídio doloso eventual. 
C) não incorrem em crime algum, porque a situação caracteriza autocolocação em 
risco. 
D) não incorrem em crime algum, porque agiram numa situação de exercício 
regular de direito. 
 
Resposta: C 
 
 
71. Comissão de formatura de uma turma de Medicina organiza um grande evento 
de encerramento do curso. Durante a festa, a formanda Amanda termina sofrendo 
uma overdose de cocaína, vindo a falecer no hospital. No caso, os membros da 
comissão 
A) não possuem responsabilidade penal, porquanto é inviável exigir uma 
rigorosa fiscalização das substâncias ingeridas por todos os participantes da festa. 
B) foram negligentes, porque tinham a obrigação de verificar a presença de drogas 
e os seus respectivos consumos no ambiente. 
C) foram imprudentes, porque permitiram o consumo de drogas no local, assim 
como a venda da substância no local. 
D) podem ser denunciados por crime de homicídio doloso eventual, caso reste 
demonstrada na investigação a consciência dos membros da comissão de que as 
pessoas estavam realizando o consumo de drogas no local. 
 
Resposta: A 
 
72. Pedro, com vinte e dois anos de idade, e Paulo, com vinte anos de idade, foram 
denunciados pela prática de furto contra Ana. A defesa de Pedro alegou 
inimputabilidade. Paulo confessou o crime, tendo afirmado que escolhera a vítima 
porque, além de idosa, ela era sua tia. Com relação a essa situação hipotética, julgue 
o item subsecutivo, a respeito de imputabilidade penal, crimes contra o patrimônio, 
punibilidade e causas de extinção e aplicação de pena. Pedro será condenado se 
comprovado que, no momento do furto, por caso fortuito, estava completamente 
embriagado. Quanto à imputabilidade em Direito Penal, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
A) Para o menor de 18 anos, nosso Código Penal adotou o sistema puramente 
biológico. 
B) Para o doente mental, nosso Código Penal adotou um misto do sistema biológico 
com o sistema psicológico. 
C) Para a teoria clássica (teoria psicológica da culpabilidade), o doente mental 
cometeria crime, uma vez que possui capacidade de dolo e culpa. 
D) A embriaguez voluntária ou a culposa não excluem a imputabilidade penal, 
segundo a actio libera in causa. Da embriaguez culposa, contudo, só pode advir 
um crime culposo. 
 
Resposta: D 
 
73. A respeito das causas excludentes de culpabilidade e de ilicitude previstas no 
Código Penal, é INCORRETO afirmar: 
 
A) Entende-se em legítima defesa apenas quem, usando moderadamente dos 
meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, à sua integridade 
física ou de outrem. 
B) A embriaguez, mesmo completa, não exclui a imputabilidade penal, se 
voluntária ou mesmo culposa. Se preordenada, enseja ainda a aplicação de 
agravante genérica na segunda fase da dosimetria da pena. 
C) A coação moral irresistível exclui completamente a culpabilidade do agente que 
pratica a conduta típica, sendo punível apenas o autor da coação, embora, no caso 
de coação resistível, seja punível o agente que, coagido, praticou a conduta, 
cabendo, nessa segunda hipótese, a aplicação de atenuante genérica na segunda fase 
de dosimetria da pena. 
D) Considera-se em estado de necessidade, o qual exclui a ilicitude, apenas quem 
pratica o fato típico para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, 
nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas 
circunstâncias, não era razoável exigir-se. Se, porém, era razoável exigir-se o 
sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. 
 
Resposta: A 
 
74. A respeito da culpabilidade, assinale a alternativa correta. 
A) Ao definir a menoridade penal como causa de inimputabilidade, o Código Penal 
brasileiro adotou o critério biopsicológico, pois, além da menoridade propriamente 
dita, deverá ficar comprovado que, no momento do fato, o agente não tinha 
condições de entender o caráter ilícito de sua própria conduta. 
B) Conforme previsão do Código Penal brasileiro, a coação moral irresistível é causa 
de inimputabilidade penal, ficando o agente isento de pena. 
C) É isento de pena o agente que, em virtude de perturbação de saúde mental ou 
por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era inteiramente capaz 
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
D) É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso 
fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz 
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
E) Sobre a imputabilidade penal, o Código Penal brasileiro adotou o sistema 
denominado psicológico, o qual considera as condições psicológicas do agente no 
momento do fato, independentemente da existência de doença mental. 
 
Resposta: D 
 
 
75. Tício, decidido a se matar, mas sem coragem, embebeda-se completamente, 
tornando-se totalmente incapaz de entendimento. Acreditando que estava na 
sacada de seu apartamento, no 20° andar, Tício se joga. Contudo, ele pulou da janela 
do quarto do sobrado da casa de sua irmã, onde se encontrava, passando férias. 
Muito embora não tenha tido êxito no intento de por fim à própria vida, Tício, por 
infelicidade, caiu bem em cima da sobrinha Mévia, de oito meses, que estava no 
quintal, tomando o banho de sol matinal. A criança não resistiu aos ferimentos, e 
morreu. 
Diante da situação hipotética, considerando a Parte Geral e Especial do Código 
Penal, assinale a alternativa correta. 
A) Tício, em razão da embriaguez completa voluntária, não terá a culpabilidade 
excluída, mas poderá ter a pena perdoada judicialmente, pelo homicídio culposo 
da sobrinha. 
B) Tício, em razão da embriaguez completa voluntária, não terá a culpabilidade 
excluída. Poderá ser judicialmente perdoado do homicídio culposo da sobrinha, 
mas responderá pelo suicídio tentado. 
C) Tício, em razão da embriaguez completa voluntária, não terá a culpabilidade 
excluída, respondendo tanto pela tentativa de suicídio quanto pelo homicídio da 
sobrinha. 
D) Tício, em razão da embriaguez completa voluntária, não terá a culpabilidade 
excluída, respondendo pelo feminicídio culposo da sobrinha. 
E) Tício, em razão da embriaguez completa voluntária, é isento de pena 
relativamente ao crime de homicídio que deu causa. 
 
Resposta: A 
 
76. Assinale a afirmativa certa: 
A) O sujeito que no momento da prática do crime não era capaz de se determinar, 
completamente, de acordo com o entendimento do caráter ilícito do fato em razão 
de embriaguez culposa, poderá ter a pena reduzida de um a dois terços. 
B) O critériopsicológico determina cientificamente sempre a imputabilidade ou não 
do agente. Ao passo que o critério biológico etário adotado hoje pela lei penal, é 
passível de superação pelo juiz na sentença, quando razões de política criminal 
recomendem. 
C) As medidas de segurança aplicáveis aos inimputáveis são: internação em 
hospital de custódia e tratamento psiquiátrico; na falta deste em estabelecimento 
adequado; e sujeição a tratamento ambulatorial. Mas se estiver extinta a 
punibilidade, nenhuma dessas medidas deve incidir. 
D) No caso de tratamento ambulatorial, o tempo limitado para sua ocorrência 
variará de um a três anos. Terminado o prazo determinado para sua realização, e 
 
constatado por perícia que o inimputável cumpriu o programa ambulatorial, sua 
liberação do tratamento será declarada cumprida em definitivo. 
E) A doença mental ou o desenvolvimento mental incompleto ou retardado isentam 
de pena, se ao tempo da ação ou da omissão, ou entre a denúncia e a sentença, o 
agente era ou se toma inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. 
 
Resposta: C 
 
77. O Direito Penal trabalha com a necessidade de se apurar a responsabilidade 
subjetiva para punir o autor do crime. No que concerne à responsabilidade objetiva, 
o Direito Penal 
A) admite-a excepcionalmente, quando pune aquele que agiu em estado de 
completa embriaguez culposa. 
B) não a admite, em hipótese alguma. 
C) admite-a excepcionalmente, quando determina a punição do coautor particular 
nos crimes cometidos por funcionários públicos. 
D) admite-a excepcionalmente, quando estabelece a figura dos garantes nos crimes 
comissivos por omissão. 
E) admite-a excepcionalmente, quando estabelece os crimes omissivos próprios. 
 
Resposta: A 
 
78. Em seu primeiro evento na faculdade, Rodrigo ingeriu, com a intenção de 
comemorar, grande quantidade de bebida alcoólica. Apesar de não ter intenção, a 
grande quantidade de álcool fez com que ficasse embriagado e, em razão desse 
estado, acabou por iniciar discussão desnecessária e causar lesão corporal grave em 
José, ao desferir contra ele dois socos. Todas as informações acima são confirmadas 
em procedimento de investigação criminal. Ao analisar as conclusões do 
procedimento caberá ao Promotor de Justiça reconhecer 
A) a ausência de culpabilidade do agente diante da situação de embriaguez culposa. 
B) a ausência de culpabilidade do agente em razão da embriaguez completa, 
proveniente de caso fortuito, aplicando-se medida de segurança. 
C) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, inclusive com presença da 
agravante da embriaguez pré-ordenada. 
D) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, pois a embriaguez foi culposa, 
não sendo possível imputar a agravante da embriaguez pré-ordenada. 
E) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, pois a embriaguez foi voluntária, 
não sendo possível imputar a agravante da embriaguez pré-ordenada. 
 
Resposta: D 
 
 
79. João e Maria foram casados por cinco anos e, após o divórcio, continuaram a 
residir no mesmo lote, porém em casas diferentes. Certo dia, João, depois de ingerir 
bebidas alcoólicas, abordou Maria em um ponto de ônibus e, movido por ciúmes, 
iniciou uma discussão e a ameaçou de morte. Maria, ao retornar para casa à noite 
depois do trabalho, encontrou o ex-marido ainda embriagado; ele novamente a 
ameaçou de morte, acusando-a de traição. Ela foi à delegacia e registrou boletim de 
ocorrência acerca do acontecido, o que ensejou início de procedimento criminal 
contra João. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta à luz 
da jurisprudência dos tribunais superiores. 
A) A embriaguez voluntária de João poderá ser considerada excludente de 
culpabilidade caso ele comprove que estava em estado de plena incapacidade nos 
momentos das ameaças. 
B) A conduta de João configura crime continuado, porque ele praticou dois crimes 
de ameaça, com idêntica motivação e propósito, em condições semelhantes de 
tempo, lugar e modo de agir. 
C) João não poderá ser submetido à prisão preventiva, dado que a pena máxima 
para o crime de ameaça é de seis meses de detenção. 
D) A ameaça é um crime formal, que não exige resultado naturalístico, por isso é 
incabível indenização a título de danos morais a Maria. Por ser a ameaça um crime 
de menor potencial ofensivo, João, se condenado, poderá ser beneficiado com a 
substituição da pena de detenção por pena restritiva de direitos. 
 
Resposta: B 
 
80. Julgue o item que se segue, relativo à imputabilidade penal. A embriaguez 
completa provocada por caso fortuito é causa de inimputabilidade do agente. Luiz 
cometeu um crime e, em sua defesa, alegou embriaguez. Após as investigações e 
perícias cabíveis, foi reconhecida a hipótese de exclusão da imputabilidade. Nessa 
situação hipotética, a exclusão da imputabilidade deveu-se ao fato de se tratar de 
uma embriaguez 
A) acidental ou fortuita incompleta. 
B) preordenada. 
C) não acidental culposa. 
D) não acidental voluntária. 
E) acidental ou fortuita completa. 
 
Resposta: E 
 
 
81. Acerca de crime, imputabilidade penal e concurso de pessoas, assinale a opção 
correta. 
A) As circunstâncias e as condições de caráter pessoal sempre se comunicam entre 
todos que concorrem para o crime. 
B) A utilização da mesma fundamentação para dosar a pena aos corréus, com 
análise conjunta das circunstâncias judiciais, por violar a individualização da pena, 
não pode ser admitida. 
C) O uso de cerca elétrica nos muros das residências constitui espécie de legítima 
defesa putativa. 
D) A ofensa irrogada na discussão da causa pela parte ou por seu procurador 
configura causa excludente de ilicitude. 
E) O trote acadêmico em que o calouro é obrigado a ingerir álcool não configura 
embriaguez por força maior, não afastando a imputabilidade do agente. 
 
Resposta: D 
 
82 A respeito dessa situação hipotética e considerando o concurso de pessoas e a 
imputabilidade penal, julgue como correto ou incorreto o item que se segue. 
José não poderá ser punido pelo crime que cometeu porque se encontrava em 
estado em embriaguez decorrente de caso fortuito, hipótese de isenção de pena. 
 
Correto. 
 
83. São isentos de pena os agentes que detém determinadas condições especiais ou 
que realizam o fato tido como crime em situações extraordinárias. Sobre o tema, 
assinale a alternativa que não contempla uma causa excludente de culpabilidade. 
A) Legítima defesa. 
B) Doença mental que influencie na compreensão sobre a ilicitude do fato. 
C) Desenvolvimento mental incompleto que influencie na compreensão sobre a 
ilicitude do fato. 
D) Embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior. 
E) Retardamento mental que influencie na compreensão sobre a ilicitude do fato 
 
Resposta: A 
 
84. Um dos elementos da culpabilidade, a imputabilidade será excluída no caso de 
o agente atuar sob o estado de embriaguez completa 
A) intencional. 
B) fortuita. 
C) culposa. 
 
D) preordenada. 
E) voluntária. 
 
Resposta: B 
 
85. Maria é aprovada no vestibular para uma determinada Universidade Federal. 
No dia da matrícula, Maria, caloura, é recebida pelos alunos veteranos da 
universidade e submetida a um trote acadêmico violento. Além de outras coisas que 
foi obrigada a fazer, Maria foi amarrada em uma cadeira de bar e obrigada a ingerir 
bebida alcoólica até ficar completamente embriagada e sem qualquer possibilidade 
de entender o caráter ilícito de um fato ou de determinar-se de acordo com este 
entendimento. Maria é liberada do trote e sai do bar, dirigindo-se até o seu veículo 
que estava estacionado em via pública, sem conseguir movimentá-lo. Abordada por 
policiais, desacatou-os. Neste caso, no que concerne ao crime de desacato, 
A) terá a pena reduzida de um a dois terços. 
B) estará isenta de pena. 
C) terá a pena reduzida de metade. 
D) terá a pena reduzida em1/6. 
E) terá a pena aumentada de 1/3. 
 
Resposta: B 
 
86. Dois prefeitos de cidades vizinhas, Ricardo e Bruno, encontram-se em um bar, 
após uma reunião cansativa de negócios. Ricardo bebia doses de whisky e, mesmo 
não sendo essa sua intenção, acabou ficando embriagado. Enquanto isso, Bruno 
bebia apenas refrigerante, mas foi colocado em seu copo um comprimido de 
substância psicotrópica por um eleitor de sua cidade, que também o deixou 
completamente embriagado. Após, ainda alterados, cada um volta para a sede de 
sua prefeitura e apropriam-se de bens públicos para proveito próprio. 
Considerando o fato narrado, é correto afirmar que: 
A) Ricardo e Bruno são isentos de pena, pois a embriaguez de ambos decorreu de 
força maior; 
B) Ricardo deverá responder pelo crime praticado, enquanto Bruno é isento de 
pena; 
C) Ricardo e Bruno deverão responder pelos crimes praticados, pois a embriaguez 
nunca exclui a imputabilidade penal; 
D) Ricardo e Bruno, caso sejam denunciados, responderão criminalmente perante a 
Câmara de Vereadores; 
E) Ricardo e Bruno são isentos de pena, pois a embriaguez do primeiro foi culposa 
e do segundo decorreu de força maior. 
 
 
Resposta: B 
 
87. Joana foi para a festa de aniversário de sua melhor amiga em uma boate e, feliz 
pela comemoração, passou a ingerir bebida alcoólica em quantidade exagerada. Ao 
final da festa, Joana estava completamente alcoolizada, apesar de ela não ter tido 
intenção de ficar nesse estado. Saindo da boate, deparou-se com sua inimiga 
Gabriela e, alterada pela bebida, jogou um copo de vidro na cabeça desta, causando-
lhe lesões graves. Diante dessa situação, considerando apenas os fatos narrados e 
que esses foram provados, é correto afirmar que Joana: 
A) deverá ser absolvida impropriamente, com aplicação de medida de segurança, 
pois estava inimputável no momento dos fatos; 
B) deverá ser condenada, pois houve embriaguez voluntária e apenas a embriaguez 
culposa exclui a imputabilidade; 
C) deverá ser condenada, pois a embriaguez culposa não exclui a imputabilidade; 
D) deverá ser absolvida, pois houve embriaguez completa e decorrente de caso 
fortuito ou força maior; 
E) deverá ser absolvida por ausência de culpabilidade, sem aplicação de medida de 
segurança, já que a inimputabilidade era apenas momentânea. 
 
Resposta: C 
 
88. Beltrano e Ciclano saem juntos para comemorar o sucesso obtido em concurso 
público. Beltrano não pode ingerir em hipótese alguma bebida alcoólica. Entretanto, 
Ciclano coloca as escondidas álcool no refrigerante de Beltrano. Ao tomar o 
refrigerante, Beltrano perde a capacidade de se comportar conforme o direito e de 
entender inteiramente o caráter ilícito de seus atos. Totalmente fora de si, Beltrano 
quebra uma garrafa na cabeça de Ciclano que falece. Considerando o exposto, é 
correto afirmar: 
A) Beltrano esta isento de pena porque no momento que ceifou a vida de Ciclano 
encontra-se em situação de inimputabilidade. 
B) Beltrano não cometeu nenhum crime, visto que está amparado pela excludente 
de estado de necessidade. 
C) Beltrano responderá por homicídio, pois a embriaguez em nenhuma hipótese o 
isenta de pena. 
D) Beltrano responderá por homicídio visto que deveria ser mais cuidadoso para 
não ingerir bebida alcoólica. 
E) Beltrano está isento de pena porque agiu sob coação irresistível. 
 
Resposta: A 
 
 
89. Enquanto o direito brasileiro dispõe que a embriaguez alcoólica ou por 
substância análoga simplesmente não exclui a imputabilidade penal (Código Penal, 
artigo 28, II), já a disposição acima do artigo 295º do Código Penal português, de 
1995, cuidou bem diversamente da matéria. Com isso, o direito português, bem ou 
mal, esquiva-se de uma antológica crítica estrutural à solução dogmática que o 
direito brasileiro subscreve quanto à temática da imputabilidade na embriaguez. 
Independentemente de um juízo sobre seu mérito, a crítica que se estabelece no 
conhecido debate doutrinário acerca da matéria é: 
A) O direito brasileiro, ao fundar a imputação na actio libera in causa, enseja 
situações de responsabilização penal estritamente objetiva. 
B) O direito brasileiro não diferencia claramente a embriaguez meramente acidental 
(resultante de caso fortuito ou força maior) daquela estritamente culposa (que o 
direito português denomina negligente), englobando no mesmo tratamento legal 
situações em que, respectivamente, não ocorre e ocorre reprovabilidade do agente. 
C) O direito brasileiro, ao punir o agente embriagado sem uma disposição análoga 
àquela do direito português, está implicitamente violando o postulado nullum 
crimen, nulla poena sine praevia lege stricta, alicerçando a imputação da embriaguez, 
portanto, em formulação meramente genérica da Parte Geral do Código Penal. 
D) O direito brasileiro não prevê senão a imputação na embriaguez por ingestão de 
substância alcoólica ou de efeitos análogos (como tais devendo ser estritamente 
compreendidas aquelas ditas entorpecentes), com o que a imputação estaria, em 
tese e à diferença do que expressamente ressalvou a lei portuguesa, excluída nos 
casos de ingestão de substância de efeitos propriamente tóxicos. 
E) O direito brasileiro, bem à diferença da fórmula portuguesa, não dispõe limites 
penais quantitativos à imputação do agente que comete crime em situação de 
embriaguez. 
 
Resposta: A. 
De fato, o Direito Penal brasileiro é guiado pela responsabilidade subjetiva, isto é, 
não há crime sem a demonstração de dolo ou culpa. Todavia, há ainda resquícios 
de responsabilidade penal objetiva como no caso da embriaguez na hipótese de 
adoção da teoria da actio libero in causa, ocasião em que o sujeito será 
responsabilizado por dolo ou culpa ainda que no momento da ação ou omissão 
esteja em estado de inconsciência. 
 
90. Há uma crítica doutrinária bastante conhecida e frequente ao fundamento 
teórico da punição, no direito brasileiro, dos crimes cometidos em estado de 
embriaguez. Pode-se sintetizá-la afirmando que essa punição, ao fundar-se na teoria 
 
A) da equivalência dos antecedentes causais, simplesmente equaliza as diversas 
modalidades de embriaguez, não permitindo uma justa diferenciação de seus 
variados graus de reprovabilidade. 
B) objetiva pura alemã, não considera as diversas situações subjetivas 
desencadeantes da embriaguez, e, por consequência, não propicia a devida 
diferenciação entre seus variados graus de reprovabilidade. 
C) da actio libera in causa, não é facilmente extensível aos casos de embriaguez 
não preordenada ou mesmo meramente culposa, propiciando-se, eventualmente, 
situações de responsabilização penal estritamente objetiva. 
D) puramente normativa da culpabilidade (Welzel), esvazia o juízo da consciência 
da ilicitude que, de efetivo e concreto, se torna puramente exigível e potencial, 
respondendo o agente indistintamente pelo crime, ainda que compreensivelmente 
não tivesse condições ou razões reais para não se embriagar nas circunstâncias em 
que o fato se deu. 
E) monista temperada, acaba comportando situações graves de impunidade, 
notadamente nos crimes cometidos com culpa consciente e limítrofes ao dolo 
eventual. 
 
Resposta: C 
 
91. Sujeito foi abordado pela polícia quando se encontrava na direção de veículo 
automotor, em plena via pública, apresentando sinais de alteração da capacidade 
psicomotora por embriaguez completa, de acordo com os procedimentos previstos 
na Resolução n.º 432/13 – CONTRAN, a saber: exame clínico conclusivo firmado por 
médicos e constatação pelo agente de trânsito. No flagrante, Sujeito admitiu que, 
embora o uso de bebida alcoólica tivesse sido fruto de vontade livre, ele pensou que 
a ingestão de meia taça de vinho não iria causar mal, não cuidando assim de 
perguntar ao médico que receitara o remédio por ele ingerido uma hora antes do 
fato, conforme sugerido na bula que lera, se tal medicamento podia interagir com 
álcool.Restou evidenciado na investigação que o medicamento utilizado por 
Sujeito, embora não fosse do tipo de causar dependência, podia potencializar os 
efeitos do álcool, produzindo resultado idêntico ao de embriaguez completa; e que 
o exame de sangue a que ele se submetera ao sair da delegacia, em laboratório 
particular de renome, mostrou ser a quantidade de álcool por litro de sangue de 
Sujeito bem inferior ao limite mínimo (seis decigramas) legal. De acordo com os 
dados fornecidos, assinale a alternativa que mais bem reveste a conduta perpetrada 
por Sujeito. 
A) Inimputabilidade decorrente da ignorância. 
B) Erro de tipo (ele devia ter consultado o médico) e, assim, ele só poderia 
responder pelo crime a título de culpa. 
 
C) Erro de proibição por não ter consultado o médico. 
D) Isenção de pena por perdão judicial. 
E) Está acobertada por obstáculo invencível à condenação porque a ingestão do 
medicamento afastou a chamada actio libera in causa. 
 
Resposta: B 
 
92. O agente pode cometer o crime embriagado, consumir bebida alcoólica para 
praticá-lo ou, no momento do fato, estar embriagado involuntariamente. É correto 
afirmar que, para o Direito Penal, a embriaguez preordenada traz a seguinte 
consequência: 
A) exclui a imputabilidade 
B) constitui causa atenuante 
C) exclui a culpabilidade se completa. 
D) constitui causa agravante genérica 
E) é uma causa de exclusão da ilicitude. 
 
Resposta: D 
 
93. O tipo penal de embriaguez em que o agente se embriaga com o propósito de 
adquirir condições psíquicas que favoreçam a prática criminosa é conhecida como: 
A) Habitual 
B) Patológica 
C) culposa. 
D) preordenada. 
E) preterdolosa. 
 
Resposta: D 
 
94. Um jovem religioso, fervoroso e abstêmio, durante uma comemoração de 
casamento, ingeriu aguardente. Transtornado e embriagado, agrediu sua 
companheira com golpes de faca, completamente descontrolado. A situação acima 
descreve um exemplo de embriaguez 
A) por força maior. 
B) dolosa. 
C) preterdolosa. 
D) proveniente de caso fortuito. 
E) acidental. 
 
Resposta: D 
 
 
95. Em regra, consideram-se autores de um delito aqueles que praticam diretamente 
os atos de execução, e partícipes aqueles que atuam induzindo, instigando ou 
auxiliando a ação dos autores principais. No entanto, é possível que um agente, 
ainda que não participe diretamente da execução da ação criminosa, possa ter o 
controle de toda a situação, determinando a conduta de seus subordinados. Nessa 
hipótese, ainda que não seja executor do crime, o agente mandante poderá ser 
responsabilizado criminalmente. Essa possibilidade de responsabilizar o mandante 
pelo crime decorre da teoria 
A) da acessoriedade limitada. 
B) do favorecimento. 
C) do domínio do fato. 
D) pluralística da ação. 
E) da causação. 
 
Resposta: C 
 
96. Segundo o Código Penal brasileiro, bem como o entendimento dos Tribunais 
Superiores, sobre o concurso de pessoas, 
A) se a participação no crime for de menor importância, isenta o agente da pena. 
B) a pena imposta aos autores do crime será a mesma, independentemente de um 
dos concorrentes participar de crime menos grave. 
C) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, ainda 
quando elementares do crime. 
D) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em 
contrário, não são puníveis, se o crime não chega a ser consumado. 
E) para caracterizar o concurso, basta que duas ou mais pessoas concorram para a 
prática delituosa, não sendo necessária a identificação dos corréus. 
 
Resposta: E 
 
97. “A e B, imputáveis, resolvem cometer um roubo em um estabelecimento 
comercial na companhia do menor M, mediante emprego de um revólver eficaz e 
completamente municiado. Na ocasião programada, A conduz os demais 
comparsas e estaciona em local estratégico próximo ao estabelecimento comercial 
para facilitar a fuga e dificultar que testemunhas anotem a placa do veículo. B e M 
descem do veículo, entram no estabelecimento comercial perto do horário do 
encerramento e anunciam o assalto. A vítima V reage e entra em luta corporal com 
os agentes. Para pôr fim à briga, M efetua três disparos de arma de fogo e foge, em 
seguida, na companhia de B sem nada subtrair do estabelecimento comercial. V 
 
morre em função dos disparos de arma de fogo que lhe atingiram. B e M entram 
rapidamente no veículo conduzido por A, que empreende rápida fuga do local.” 
Sobre a punibilidade de A, assinale a alternativa correta. 
A) A responde por latrocínio consumado em concurso formal com corrupção de 
menor, sem incidência da causa de diminuição de pena da participação de menor 
importância. 
B) A responde por roubo majorado pelo concurso de agentes e pelo emprego de 
arma de fogo em concurso formal com corrupção de menor, já que houve um 
excesso por parte do menor M em relação ao plano inicial, excesso que não deve ser 
imputado a A. 
C) A responde por roubo majorado pelo concurso de agentes e pelo emprego de 
arma de fogo, com a incidência da causa de diminuição de pena prevista no art. 29, 
§1°, do Código Penal, em função da participação de menor importância, em 
concurso material com corrupção de menor. 
D) A responde por latrocínio tentado (artigo 157, §3°, parte final, combinado com 
artigo 14, inciso II, ambos do Código Penal) em concurso material com corrupção 
de menor, na medida em que não houve a consumação do crime de latrocínio em 
virtude de não ter havido a subtração de coisa alheia móvel. 
 
Resposta: A 
 
98. João e Maria foram casados por cinco anos e, após o divórcio, continuaram a 
residir no mesmo lote, porém em casas diferentes. Certo dia, João, depois de ingerir 
bebidas alcoólicas, abordou Maria em um ponto de ônibus e, movido por ciúmes, 
iniciou uma discussão e a ameaçou de morte. Maria, ao retornar para casa à noite 
depois do trabalho, encontrou o ex-marido ainda embriagado; ele novamente a 
ameaçou de morte, acusando-a de traição. Ela foi à delegacia e registrou boletim de 
ocorrência acerca do acontecido, o que ensejou início de procedimento criminal 
contra João. 
Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da 
jurisprudência dos tribunais superiores. 
A) A embriaguez voluntária de João poderá ser considerada excludente de 
culpabilidade caso ele comprove que estava em estado de plena incapacidade nos 
momentos das ameaças. 
B) A conduta de João configura crime continuado, porque ele praticou dois crimes 
de ameaça, com idêntica motivação e propósito, em condições semelhantes de 
tempo, lugar e modo de agir. 
C) João não poderá ser submetido à prisão preventiva, dado que a pena máxima 
para o crime de ameaça é de seis meses de detenção. 
 
d) A ameaça é um crime formal, que não exige resultado naturalístico, por isso é 
incabível indenização a título de danos morais a Maria. 
E) Por ser a ameaça um crime de menor potencial ofensivo, João, se condenado, 
poderá ser beneficiado com a substituição da pena de detenção por pena restritiva 
de direitos. 
 
Resposta: B 
99. Tendo em vista as normas referentes ao concurso de crimes, previstas no Código 
Penal, assinale a alternativa correta. 
A) No crime continuado, que se caracteriza quando o agente, mediante uma só ação 
ou omissão, pratica dois ou mais crimes, aplicar-se-á a pena de um só dos crimes, 
se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de 1/6 (um 
sexto) a 2/3 (dois terços). 
B) No concurso formal, que se caracteriza quando o agente, mediante duas ou mais 
ações, pratica 2 (dois) ou mais crimes, aplicar-se-á a mais grave das penas cabíveis 
ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de 1/6 (um 
sexto) até a metade. 
C) No crime continuado, tratando-se de crimes dolosos, contra vítimas diferentes, 
cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, a pena de um só dos crimes, se 
idênticas, ou a mais

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