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TI XII NOTA 10

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 Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
 
Todos os educadores desempenham sua ação educativa, sua prática pedagógica, ancorados 
em uma determinada concepção sobre como a aprendizagem acontece, sobre qual o papel 
dos alunos, qual a função do professor e sobre quais são as melhores maneiras de garantir o 
sucesso do ensino, mesmo que nem sempre essas concepções estejam claras para os 
próprios docentes, ou seja, muitas vezes não temos clareza das concepções que 
expressamos por meio de nossa prática pedagógica. Analisando um amplo conjunto de teorias 
e práticas educativas, podemos construir uma análise que apresenta as cinco principais 
abordagens ou concepções que, geralmente, presidem a prática dos professores. 
O quadro abaixo apresenta, na primeira coluna, as cinco concepções apresentadas de ensino 
mais conhecidas e cinco explicações breves sobre cada uma delas. 
I - Abordagem Tradicional 
 
A - A educação, o ensino-aprendizagem e a instrução 
passam a significar o arranjo de contingências para 
que a transmissão cultural seja feita. A metodologia e 
os princípios utilizados nessa abordagem derivam da 
análise experimental do comportamento. A 
individualização do ensino é decorrência de uma 
coerência teórico-metodológica incluindo 
especificação de objetivos, envolvimento do aluno, 
controle de contingências, retorno constante dos 
resultados, apresentação do material em pequenos 
passos e respeito ao ritmo individual de cada aluno. 
II - Abordagem 
Comportamentalista 
 
B – O processo educacional, consoante a teoria de 
desenvolvimento e conhecimento, tem um papel 
importante ao provocar situações que sejam 
desequilibradoras para o aluno, desequilíbrios esses 
adequados ao nível de desenvolvimento em que a 
criança vive intensamente (intelectual e afetivamente) 
cada etapa de seu desenvolvimento. Um ensino que 
procura desenvolver a inteligência deverá priorizar as 
atividades do sujeito, considerando-o inserido em 
uma situação social. 
III - Abordagem Humanista 
 
C - A metodologia se baseia com frequência na aula 
expositiva e nas demonstrações do professor à 
classe. A reprodução de conteúdos feita pelo aluno 
sem variações, na maioria das vezes, é considerada 
um indicador suficiente de que houve aprendizagem. 
A utilização frequente do método expositivo como 
forma de transmissão de conteúdo pelo professor faz 
com que a docência seja visto como uma arte 
centrada no professor. 
 
IV - Abordagem 
Cognitivista 
 
D - A experiência pessoal e subjetiva é o fundamento 
sobre o qual o conhecimento é construído no decorrer 
do processo de “vir a ser” da pessoa. É atribuído ao 
sujeito papel central e primordial na elaboração e na 
criação do conhecimento. O conhecimento, que aliás 
é dinâmico, é inerente à atividade humana. Nessa 
abordagem, caracterizada pelo primado do sujeito, a 
educação é centrada na pessoa; no caso da 
 
instituição escolar, significa o ensino centrado no 
aluno. 
 
V – Abordagem 
Sociocultural 
 
E – Nessa abordagem, o homem se torna o sujeito da 
educação. É necessária uma reflexão tanto do homem, 
para que as diretrizes de trabalho não o transformem 
em mero objeto, quanto do meio cultural, para que não 
seja realizada uma educação pré-fabricada. A tomada 
de consciência deve ser o principal objetivo da 
educação. Ela é de grande importância na passagem 
de formas mais primitivas de consciência para a 
consciência crítica, a qual não é um produto acabado, 
mas um vir a ser contínuo. 
 
A associação correta entre a abordagem e a descrição apresentada é descrita na alternativa: 
Resposta Selecionada: a. 
I – C; II – A; III – D; IV – B; V – E. 
 
 
 Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
 
A Lei n. 12.796, de 4 de abril de 2013, alterou a Lei n. 9394/96, conhecida como Lei de 
Diretrizes Básicas (LDB), e determina que as crianças com 4 anos de idade devem ser 
matriculadas na Educação Infantil. De acordo com o panorama atual, a Educação 
Básica é formada:[1] 
I. Educação Infantil. 
II. Ensino Fundamental. 
III. Educação a Distância. 
IV. Educação de Jovens e Adultos. 
V. Ensino Médio. 
 
[1] (Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996 – Art. 21) 
 
 
Resposta Selecionada: c. 
I, II e V estão corretas. 
 
 
 Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia com atenção a situação apresentada: 
José preparou para sua turma de primeiro ano uma atividade de Geografia que seria 
muito interessante: a montagem da maquete da sala de aula. Todos os alunos foram 
convidados a colaborar com sucatas e ideias sobre onde e como representar as 
carteiras, lousa, janelas, cesto de lixo, cartazes e o próprio espaço. Durante a 
construção da maquete, o entusiasmo foi grande e surgiram muitas discussões a 
respeito de: “em que local”, “na frente”, “em cima”, “do lado de algo ou de alguém” etc., 
ocorreram o tempo todo. 
Em uma outra ocasião, José orientou seus alunos para reorganizarem os elementos da 
maquete dentro de uma caixa de papelão funda. Isso possibilitou a inclusão de outros 
elementos próprios da tridimensionalidade, resolvendo as questões dos alunos em 
relação à representação das janelas e da lousa, por exemplo. 
Uns dias depois, José sugeriu aos alunos que sobrepusessem um papel transparente 
sobre a caixa (tampando-a) e o colasse dos lados. Pediu que observassem o que viam 
“de cima”. Os alunos verificaram formas geométricas em uma visão para a 
 
bidimensionalidade da sala de aula e traçaram retângulos, círculos e retas 
representando as carteiras, a mesa do professor, o cesto de lixo etc. no papel 
transparente. 
José agiu como um professor: 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
Ofereceu oportunidade de alfabetizar geograficamente 
seus alunos em uma perspectiva construtivista. 
 
 
 Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
 
“[…] Mais que educar para o desenvolvimento sustentável, devemos educar para a 
sustentabilidade, ou simplesmente educar para a vida sustentável. Chamo de vida 
sustentável o estilo de vida que harmoniza a ecologia humana e ambiental mediante 
tecnologias apropriadas, economias de cooperação e empenho individual. É um estilo de vida 
intencional, que se caracteriza pela responsabilidade pessoal, pelo serviço aos demais e por 
uma vida espiritual significativa. Um estilo de vida sustentável relaciona-se com a ética na 
gestão do meio ambiente e na economia, com vistas a satisfazer as necessidades de hoje em 
equilíbrio com as necessidades das futuras gerações. Enquanto o desenvolvimento 
sustentável diz respeito ao modo como a sociedade produz e reproduz a existência 
humana, o modo de vida sustentável refere-se sobretudo à opção de vida dos sujeitos. 
Então, não se pode voltar a atenção apenas para educar para o desenvolvimento, mas para 
a vida dos indivíduos. Mudar o sistema implica mudar as pessoas que podem mudar o 
desenvolvimento. Uma coisa depende diretamente da outra.” (Gadotti, 2013)[1] 
 
 
 
 
 
[1] Educar para uma vida sustentável- Moacir Gadotti, 2013 
https://sustentabiliarte.wordpress.com/2013/09/20/educar-para-uma-vida-sustentavel-moacir-gadotti/ 
Resposta Selecionada: d. 
I, II e IV estão corretas. 
 
 
 
 Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
 
Segundo Vygotsky, a aprendizagem de novas habilidades cognitivas por parte da criança é 
orientada por um adulto (ou por parceiro avançado) que estrutura a experiência de 
aprendizagem, processo que podemos chamar de andaime. Para criar um “andaime” 
adequado, o adulto deve ganhar e manter a atenção da criança, dar exemplo da melhor 
estratégia e adaptar todo o processo, a “Zona de Desenvolvimento Proximal” da criança 
(BOYDE; BEE, 2011, p. 63). Para o autor, a relação do homem com o mundo não é uma 
relação direta, mas fundamentalmente mediada. 
 
 
Resposta 
Selecionada: 
a.As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é 
uma justificativa da I. 
 
 
 Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
 
De acordo com a Resolução CNE/CEB n. 02/2011 – Diretrizes Nacionais para a 
Educação Especial na Educação Básica, a educação especial, como modalidade da 
Educação Básica, considerará as situações singulares, os perfis dos estudantes, as 
características biopsicossociais dos alunos e suas faixas etárias e se pautará em 
princípios éticos, políticos e estéticos de modo a assegurar: 
I - A dignidade humana e a observância do direito de cada aluno de realizar seus 
projetos de estudo, de trabalho e de inserção na vida social. 
II - A busca da identidade própria de cada educando, o reconhecimento e a valorização 
das suas diferenças e potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais 
especiais no processo de ensino e aprendizagem, como base para a constituição e a 
ampliação de valores, atitudes, conhecimentos, habilidades e competências. 
III - O desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de participação 
social, política e econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres 
e o usufruto de seus direitos. 
IV- O cultivo da sensibilidade juntamente com o da racionalidade, de enriquecimento 
das formas de expressão e do exercício da criatividade humana. 
Estão corretas as seguintes afirmativas: 
 
Resposta Selecionada: d. 
I, II e III. 
 
 
 
 Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
 
 
 
Resposta 
Selecionada: 
a. 
Educação Básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) 
anos de idade. 
 
 
 
 Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
 
 
A infância é indiscutivelmente um período importante da vida, no qual são 
desenvolvidos aspectos fundamentais para a fase adulta, com destaque para o campo 
emocional. Assim, a compreensão da concepção histórico-social da infância é 
fundamental para que se entenda como ela deve ser vista e pensada. 
O conceito de infância varia de acordo com a cultura e com as formas de organização 
de cada sociedade, aspecto que havia recebido pouca atenção até o início do século 
XX. 
 O texto ressalta a importância da infância como uma etapa do desenvolvimento e a 
influência da cultura nesse processo. Diante dessa perspectiva, o professor deve: 
I. Ver a infância como um tempo específico da vida humana, um campo de estudo. 
II. Compreender que a infância, para algumas crianças, pode ser marcada pela 
responsabilidade precoce de uma vida de adulto. 
 
III. Criar situações de aprendizagem como a roda de conversa, já que a criança do 
século XXI ganhou “voz”. 
IV. Prever em seu planejamento situações de aprendizagem que compensem as 
carências afetivas, sociais e cognitivas. 
V. Entender que a instituição de Educação Infantil é o espaço para viver a infância, 
privilegiando, assim, as interações e as brincadeiras. 
É correto apenas o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: e. 
I, II, III e V. 
 
 
 Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
 
Uma professora, devido a solicitação de sua coordenadora pedagógica, realizou uma 
sondagem das hipóteses de escrita de seus alunos, pautando-se na “Psicogênese da 
Língua Escrita”, de Emília Ferreiro e Ana Teberoski. Após a realização da sondagem, 
verificou que: 8 alunos se encontravam na hipótese pré-silábica, 12 alunos 
apresentaram no momento da sondagem a hipóteses silábica com valor sonoro, 4 
alunos com hipótese silábico-alfabética e outros 4 alunos já estavam alfabéticos. Diante 
desse cenário, a professora resolveu organizar os alunos por fileiras, a partir das 
hipóteses nas quais se encontravam, ou seja, formou duas fileiras com alunos pré-
silábicos, 2 fileiras com alunos silábicos com valor sonoro e, nas outras duas últimas 
fileiras, ela colocou os alunos silábicos-alfabéticos e alfabéticos. A atitude da 
professora, logo após a sondagem, evidencia que: 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
Ela não compreendeu o objetivo da sondagem das hipóteses de 
escrita, que deveria servir para ela reajustar as atividades que seriam 
propostas aos seus estudantes, com diferentes níveis de dificuldade 
para que todos pudessem avançar, bem como para promover 
agrupamentos produtivos entre os alunos. 
 
 
 
 Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia atentamente o relato abaixo: 
“Uma professora de português solicitou aos alunos um trabalho de casa. Era uma 
redação. O menino, com a paixão e o ardor que assola essa idade, dedicou-se ao 
trabalho. Produziu o texto passou dois dias datilografando-o e obteve da professora a 
menção 8 (oito); era o máximo que ela havia se comprometido a atribuir, se o trabalho 
fosse bem feito. Ele, no caso, obtivera a máxima qualificação. Dois dias depois, a 
professora promoveu na sala uma arguição oral de alguns elementos do que havia 
ensinado e o menino foi bem, obtendo mais dois pontos, que, segundo a professora, 
se destinava a completar a menção anterior, que fora de 8,0. Desse modo, o menino 
tinha uma qualificação nota dez. 
Porém, ocorreu que num determinado dia, os alunos estiveram irrequietos na sala de 
aulas. Por quê? Muitos podem ter sido os motivos, inclusive a incapacidade da 
professora de trabalhar com a turma, um pouco de fair play, talvez. Mas ocorreu que 
ela deu o seguinte veredicto: ‘como hoje vocês estão muito indisciplinados, aquela 
avaliação anterior não vale mais nada. O que vai valer agora é este teste que eu estou 
colocando no quadro’.” 
O relato, retirado do livro “Avaliação da Aprendizagem Escolar”, de Cipriano Luckesi, 
ilustra adequadamente: 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
A transformação da avaliação da aprendizagem em 
instrumento para controlar o comportamento da classe, 
 
desvirtuando sua função estritamente pedagógica, que 
deveria ser a de diagnosticar, emitir um juízo de valor 
sobre as aprendizagens e permitir a tomada de boas 
decisões sobre como (re)orientar o ensino.

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