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Transporte não motorizado: análise da mobilidade urbana sustentável no município de Sinop Gustavo Maciel Ferreira1, Marcelo Higor Rodrigues2, Raquel Henkes3 Resumo: Visto que tratasse de um trabalho desenvolvido sob os princípios do Planejamento Urbano e que a problemática gira em torno da infraestrutura de transportes, este artigo busca explicitar o estudo realizado sobre o transporte não motorizado (TNM), analisando a necessidade de investimento na mobilidade sustentável e incentivando os transportes alternativos, tais como o ciclismo e o deslocamento a pé. Serão descritos o diagnóstico e o prognóstico sobre o problema analisado com base na metodologia adotada, que consiste na revisão bibliográfica e no estudo de caso. A parte que concerne às propostas será elaborada almejando abarcar a sustentabilidade e suprir a demanda do município de Sinop/MT, onde foram coletados os dados com finalidade de proporcionar a integração entre as modalidades de transporte, os indivíduos e o espaço urbano. Palavras-chave: Transporte; Planejamento; Sustentabilidade. 1 Introdução1 A demanda pelo transporte motorizado, tido pela maioria da população mundial como sinônimo de conforto e comodidade, aumentou expressivamente após a Segunda Revolução Industrial quando houve uma desenfreada utilização de energia de origem fóssil. Entretanto, os problemas relacionados a esta modalidade de transporte, envolvendo a degradação tanto do meio ambiente quanto do usuário, levaram à necessidade de se pensar em alternativas para amenizar tais danos, surgindo então uma nova tendência, a sustentabilidade. Segundo Castañon (2011), a mobilidade sustentável figura entre as principais preocupações das políticas públicas ligadas ao trânsito urbano. Visto que, nos médios e grandes centros, a locomoção por transporte motorizado, seja individual ou coletivo, tem tornado-se dispendiosa, pois, junto com a poluição em suas diversas facetas, o congestionamento tornou-se um dos grandes problemas enfrentados diariamente pela população. Assim, fez-se necessário avaliar as condições do transporte urbano e investir em novas alternativas de mobilidade. O município de Sinop possui características que facilitam a implantação desta alternativa sustentável. Segundo Soares, por ser uma cidade considerada jovem possui algumas vantagens em relação a outros municípios mais antigos, como a presença de vias largas que facilitam a implantação de vias para pedestres e ciclistas. Possui ainda um relevo plano que favorece o deslocamento por meios de transporte não motorizado. Visto isso, surgiu o interesse de realizar uma análise sobre a existência e condições da mobilidade sustentável no município de Sinop, a fim de verificar se este atende a população local. 1 Graduando em Engenharia Civil, UNEMAT, Sinop, Brasil, gmf.engcvil@gmail.com 2 Graduando em Engenharia Civil, UNEMAT, Sinop, Brasil, marcelohigor4@gmail.com 3 Graduando em Engenharia Civil, UNEMAT, Sinop, Brasil, raquelhenkes@gmail.com 2 Referencial Teórico A cidade é um ambiente de interação multifinalitário e o seu desenvolvimento geralmente está associado às transformações que ocorrem no seu espaço urbano. De acordo com Brasileiro e Freitas (2014), o gerenciamento dessas transformações deve ser atribuído ao planejamento urbano, o qual deve abranger também a mobilidade. O planejamento urbano de transportes possui relevante importância para o desenvolvimento, visto que, busca facilitar o deslocamento de cargas, passageiros e serviços da maneira mais eficiente possível, utilizando para este fim as diferentes modalidades de transporte existentes, configurando o que se conhece por Sistema de Transportes (SILVA; SILVA FILHO, 2010). O transporte urbano é tido pela Lei da Mobilidade Urbana (BRASIL, 2012) como o conjunto das modalidades e serviços de transporte público e privado no espaço urbano, e a mobilidade urbana é a condição com que são realizados estes deslocamentos dentro das cidades. Dessa forma, o Sistema de Transportes urbano agrupa todos os modos pelos quais os indivíduos se deslocam dentro de uma cidade, podendo ser individuais ou coletivos, públicos ou privados e motorizados ou não motorizados (SOARES, 2014). Para Silva e Silva (2007), a quantidade de veículos motorizados nas cidades cresceu exorbitantemente em relação aos investimentos em infraestrutura, fato que culminou no aumento dos congestionamentos e dos níveis de poluição, contribuindo para a crescente perda da qualidade de vida urbana. Assim, o transporte motorizado, antes visto como o fornecedor de maior mobilidade e eficiência na locomoção, passou a ser acusado de reduzir a atratividade das cidades, gerando custos sociais, ambientais e econômicos. Ante esta realidade, diversos eventos internacionais focalizaram na conscientização dos prejuízos ambientais deste modelo de desenvolvimento baseado no crescimento desordenado. A partir de então, foi proposto um novo conceito de desenvolvimento, arraigado na equidade social, no respeito à diversidade cultural e na preservação do meio ambiente, denominado de desenvolvimento sustentável (COPPINI; PEDROSO; SOARES, 2011). Entre as tentativas de orientar, povos e nações, para este novo padrão de desenvolvimento, destaca-se a Agenda 21 como o mais abrangente conjunto de medidas em prol da sustentabilidade. Este documento define princípios a serem seguidos de forma global, nacional e local, não apenas pelos governos, mas, também pela sociedade civil, nas áreas em que a ação humana interfere no ambiente, referindo-se, portanto, às áreas urbanas (CASTAÑON, 2011). Na tabela 1 é possível perceber as diferenças entre o planejamento tido como tradicional e o planejamento da mobilidade urbana sustentável. Tabela 1. Diferenças entre o planejamento tradicional e o planejamento sustentável Planejamento Tradicional de Transporte Planejamento Sustentável de Transporte Foco no Transporte Foco no usuário Ordenado por políticos e planejado por especialistas Envolve ativamente todas as partes interessadas Objetivos principais: capacidade do fluxo de tráfego e velocidade Objetivos principais: acessibilidade e qualidade de vida Domínio da Engenharia de Transportes Planejamento interdisciplinar Focalizado na infraestrutura Combinação de infraestrutura, mercado, serviços, mecanismos, informação e promoção Investimento guiado e planejado Custo eficiente na execução dasmetas Projetos grandes e dispendiosos Otimização e aumento gradual na eficiência Análise de impactos limitada Avaliação intensiva de impactos e modelagem do processo de aprendizagem Fonte: adaptado de SOARES (2014) Assim, a locomoção feita a pé ou de bicicleta, tão negligenciada nos projetos urbanos e de transportes, voltou a ser objeto de interesse, tornado-se a modalidade de circulação prioritária, nos planos de desenvolvimento sustentável das cidades. Contudo, para possibilitar e estimular o transporte sustentável é necessário prover as cidades de uma infraestrutura compatível com as necessidades de pedestres e ciclistas (CÓRDOVA JÚNIOR.; NODARI, 2014). Para isto, é preciso entender alguns conceitos da modalidade de transporte não motorizado (TNM). Essencialmente temos que, os modos de transporte não motorizado são o transporte pedonal (deslocamento a pé) e o transporte cicloviário. Outra informação aliada ao planejamento é o processo de escolha do modo de transporte a ser utilizado por um indivíduo, que depende de vários fatores. Esses fatores estão relacionados às características dos indivíduos (sexo, idade, renda, etc.), às características dos modos de transporte disponíveis (acessibilidade, custo, tempo de viagem, conforto, etc.) e às características da viagem em si (comprimento, motivo, horário, etc.) (FERREIRA; SANCHES, 2002). 2.1 Transporte pedonal Em relação ao caminhar, em algum momento, todo indivíduo é pedestre.A circulação a pé pode ser complementar a uma outra modalidade de transporte ou ser de viajem completa. Para um planejamento eficiente, que ofereça condições de segurança, conforto e mobilidade, deve-se partir do reconhecimento de que esta é uma modalidade de circulação básica para quase todos os indivíduos, salvo aos que possuem algum tipo de limitação (SILVA, 2016). Para Gondim (2001), ainda que existam diferenças nas aptidões físicas, de coordenação motora, percepção e julgamento, os padrões das calçadas, canteiros centrais e áreas de travessia devem atender as necessidades de mobilidade de todos os pedestres, independente da idade, do grupo social, da aptidão física e da condição do momento. Geralmente para o modo pedonal, os fatores que influenciam na realização de viagens é a qualidade das calçadas e espaços de circulação, o comprimento da viagem, o clima e outros. Assim, para os projetos de circulação de pedestres é preciso compatibilizar os padrões de dimensionamento de manuais de urbanismo e de engenharia de tráfego, com os critérios para arborização e as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT que definem os espaços necessários para a circulação de deficientes. Tanto os manuais de engenharia de tráfego, quanto de urbanismo reafirmam que o deslocamento do pedestre e a capacidade de circulação na calçada são afetados por várias condições, como a presença de mobiliário urbano, da arborização inadequada, das vitrines, das paredes das edificações e da proximidade do meio fio. No entanto, de acordo com Silva (2016), as condições supracitadas e outras não mencionadas devem estar inclusas no Plano Diretor, com possível implementação do Plano para Regularização e Qualificação de Calçadas, buscando assegurar aos habitantes locais, com suas especificidades, o direito de transitar sem impedimentos pelo passeio público. 2.2 Transporte cicloviário No que tange ao transporte cicloviário, as bicicletas possuem características primordiais para a mobilidade sustentável. Sendo um veículo com tração humana, não gera poluentes e oferece qualidade de vida ao usuário. Essa modalidade de transporte apresenta-se como sustentável para os cidadãos que a utilizam para os deslocamentos por motivo de trabalho, estudo, lazer, entre outros (ARAÚJO, 2015). Monteiro e Campos (2011) relatam que deve-se destacar a integração entre as rotas cicláveis e os transportes coletivos, visando uma maior utilização do primeiro, sendo um fator de geração de melhoria na mobilidade urbana de forma sustentável De acordo com Brasileiro e Freitas (2014) há três tipos de infraestrutura cicloviária: ciclovia, ciclofaixa e ciclorota. A ciclovia compreende uma via exclusiva para uso de bicicletas, segregada fisicamente das vias de tráfego motorizado. Geralmente são adjacentes à tais vias ou em corredores verdes independentes. Já a ciclofaixa é uma faixa das vias de tráfego, geralmente no mesmo sentido de direção dos veículos automotores e, na maioria das vezes, ao lado direito em mão única, sendo a circulação de bicicletas integrada ao trânsito de veículos automotores. A ciclorota consiste num mapeamento minucioso das rotas cicláveis a fim de identificar percursos diretos e claros, sem desvios e com o mínimo de interferências, para estimular os ciclistas que circulam nas vias de tráfego compartilhado, nas quais a prioridade está ao uso da bicicleta. Sabendo que, a infraestrutura cicloviária deve prover a segurança dos ciclistas e dos demais usuários da via promovendo visibilidade e previsibilidade, os projetos devem contemplar medidas de moderação de tráfego, proteção física para pedestres e ciclistas, sinalização, fiscalização, enfim, medidas que contribuem, quando bem planejadas, para a funcionalidade do sistema viário. Assim, a construção de ciclovias é uma iniciativa que externaliza o interesse em melhorar a qualidade do transporte por bicicletas (MADRUGA, 2012). A integração das modalidades, em todos os casos, é primordial, visto que, o deslocamento de bicicleta para fins independentes ao lazer tem aumentado, portanto, deve-se assegurar a conectividade aos modos coletivos de transporte, principalmente aos sistemas de grande capacidade, tendo como foco o desenvolvimento de uma estratégia sustentável que possibilite essa interação (PAIXÃO, 2011). 2.3 Diretrizes básicas Além da participação e colaboração da sociedade, as leis são imprescindíveis para que o desenvolvimento sustentável seja feito de forma sólida e eficaz. Com a finalidade de nortear esta nova concepção de desenvolvimento no Brasil, a Constituição Federal (BRASIL, 1988), no seu artigo 182, determina que o poder público municipal deve redigir o Plano Diretor, obrigatório para cidades com população superior à vinte mil habitantes, cujo a finalidade é regulamentar a política de desenvolvimento e de expansão urbana. Esta política, de acordo com diretrizes estabelecidas em lei, ordena o desenvolvimento das funções sociais da cidade e garante o bem-estar de seus moradores. A fim de tornar a mobilidade urbana mais sustentável o governo brasileiro publicou diversas recomendações de como gerir o planejamento de transporte no âmbito municipal, destacando-se o Caderno de Referência para Elaboração de Plano de Mobilidade Urbana (MCIDADES, 2007b) e o Caderno de Referência para Elaboração de Plano de Mobilidade por Bicicletas nas Cidades (MCIDADES, 2007a). O Estatuto da Cidade (BRASIL, 2001) determina em seu artigo 2º, inciso I, que é função social da cidade garantir ao indivíduo o direito à cidades sustentáveis, ou seja, o direito de todos os habitantes à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, não só para as gerações atuais, como também para as futuras. O inciso V do artigo supracitado delibera, entre outras coisas, sobre a oferta de transporte adequado aos interesses e necessidades da população, atendendo as características locais. O Código de Trânsito Brasileiro (BRASIL, 2008) no seu capítulo IV delibera sobre os pedestres e condutores de veículos não motorizados, e em seu capítulo VI trata da educação para o trânsito, deixando claro que esta é um direito de todos, sem distinção. Outro marco importante para a modalidade TNM é a Lei de Mobilidade Urbana (BRASIL, 2012), que determina a priorização dos modos não motorizados e do transporte público coletivo. Na esfera municipal, o Código de Posturas do Município (SINOP, 1983) ressalta que: Art. 28: Os moradores são responsáveis pela limpeza do passeio e sarjetas fronteiriças a sua residência; Art. 84: O trânsito, de acordo com as leis vigentes, é livre e sua regulamentação tem por objetivo manter a ordem, a segurança e o bem-estar dos transeuntes e da população em geral; Art. 85 É proibido embaraçar ou impedir por qualquer meio, o livre trânsito de pedestres, ou veículos nas ruas, praças, passeios, estradas e caminhos públicos, exceto para efeito de obras publicas ou, quando exigências policiais o determinarem; Art. 87, inciso II: É expressamente proibido nas ruas da cidade, vilas e povoados trafegar de bicicleta pelo passeio; Art. 143: Toda vez que forem feitas obras nos passeios da área urbana, os mesmos deverão ser repostos com o mesmo material e o mesmo desenho do antigo, pela empresa empreiteira (SINOP, 1983). A Lei Orgânica Municipal (SINOP, 1990) estabelece que devem ser implantadas políticas de educação para a segurança do trânsito, além de salientar que os sistemas viários e os meios de transportes são subordinados à preservação da vida humana, à segurança e ao conforto do cidadão. Fica firmado nesta lei que compete ao Município, com a participação das entidades representativas da população, o planejamento do transporte. A Lei nº 846 (SINOP, 2005) institui a Semana Municipal do Ciclista Consciente, a ser comemoradaanualmente na última semana do mês de maio. Esta lei tem por objetivos a divulgação do uso da bicicleta como meio de transporte democrático, saudável, seguro e não poluidor e o incentivo à prática do ciclismo para lazer, trabalho e competição. O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (SINOP, 2006) estabelece as diretrizes da Política Municipal de Mobilidade Urbana, considerando como infraestrutura de mobilidade urbana: calçadas, passarelas, passagens, faixas de pedestres, ciclovias, ciclofaixas e outros itens. Para os devidos fins, são considerados transportes não motorizados os deslocamentos realizados a pé e por veículos movidos pelo esforço humano ou tração animal. Os objetivos do Plano Diretor de Sinop voltados para o desenvolvimento do modo de transportes não motorizados, entre outros, são: garantir a apropriação do uso do espaço urbano por pedestres e ciclistas; expandir, promover e melhorar o uso dos transportes não motorizados no município; priorizar pedestres, ciclistas, passageiros de transporte coletivo, pessoas com necessidades especiais e idosos; promover e apoiar a implementação de sistemas cicloviários seguros, em especial aqueles integrados à rede de transporte público; e incentivar a utilização da bicicleta como meio de transporte e sua utilização como lazer. No Plano Diretor é regulamentada a necessidade de criação do Plano Municipal de Mobilidade e Transporte Urbano Integrado de Sinop que, após definido, seria complementado pelo Plano para Regularização e Qualificação de Calçadas que contempla, entre outros aspectos: a promoção da acessibilidade universal; as larguras mínimas; a padronização das calçadas e dos passeios públicos, quanto à declividade máxima; os materiais e revestimentos adequados; a definição de locais e tipos de arborização; a adequação de meio-fio com rebaixamento adequado à travessia de pessoas com mobilidade reduzida e; a sinalização e comunicação eficiente. Como complemento também consta em lei a definição de um Projeto Cicloviário, nos padrões e normas técnicas recomendadas pelo Governo Federal, abrangendo: a criação de ciclovias ou ciclofaixas nos principais corredores de tráfego; a regulamentação de dimensões mínimas e condições de segurança; a interligação de ciclovias; a integração do sistema cicloviário com outras modalidades de transporte; o estacionamento para bicicletas em terminais de transporte coletivo e equipamento urbano; e a sinalização horizontal e vertical nos cruzamentos. Assim, ficam respaldados em lei os mecanismos e métodos que devem ser utilizados por políticas públicas, no que concerne à infraestrutura e demais disposições sobre o transporte não motorizado, no município de Sinop. 2.4 O município de Sinop O município de Sinop é resultado da política de ocupação da Amazônia Legal Brasileira, desenvolvida pelo Governo Federal na década de 1970. Fundada no ano de 1974, a cidade teve população estimada, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, para o ano de 2015, em 129.916 habitantes (IBGE, 2010). Sabendo que o clima é um dos itens que influencia a escolha do modo de transporte, o município de Sinop, localizado ao norte do estado de Mato Grosso, possui clima predominantemente tropical úmido, com períodos de chuva e estiagem bem definidos ao longo do ano (FERREIRA SOARES et al., 2016). De acordo com Soares (2014), a cidade, ainda considerada jovem, foi colonizada sobre um plano de urbanização bem elaborado, o que caracteriza ao município certas vantagens em relação à outros mais antigos, como: [...] vias largas, com espaço suficiente para calçadas de pedestres, uma boa distribuição de áreas residenciais, comerciais e industriais; além disso o relevo plano facilita os deslocamentos por meios não-motorizados (SOARES, 2014). Ainda segundo o autor, o transporte urbano é fundamentado, como na grande maioria das cidades planejadas entre as décadas de 60, 70 e 80, no transporte individual motorizado. Percebe-se que a infraestrutura viária possui grande parte das vias pavimentadas e nota-se a existência de algumas vias dispostas de forma ortogonal. 3 Metodologia O estudo de caso iniciou-se com a leitura detalhada de todas as diretrizes municipais que regulamentam as políticas públicas relacionadas ao Sistema de Transportes urbanos, em especial, à modalidade de transportes não motorizados. Posteriormente à isto, fez-se uma análise descritiva das condições encontradas na cidade e averiguou-se se as mesmas estão de acordo com as previstas. Através de levantamento feito em campo e entrevista com a arquiteta Eliane Pereira sobre região urbanizada de Sinop, foi feita a constatação das ciclovias existentes, sua localização e extensão. Esta região foi demarcada pelos bairros que encontram-se consolidados. Para isso foram excluídas áreas de preservação ambiental e de condomínios fechados, os quais não permite o acesso da população em geral. Com auxilio de software de desenho assistido por computador foram feitas as marcações dos locais com ciclovias, apontando também se há conexão entre as vias. No que se refere às calçadas e à acessibilidade, a coleta dos dados foi limitada à Avenida Governador Júlio Campos, que é uma das avenidas mais movimentadas, atendendo maior número de pedestres diariamente devido a maior concentração de comércios neste local. Foi verificado a partir do cruzamento com a Avenida das Itaúbas até o encontro com a Avenida dos Jacarandás a continuidade das calçadas, a presença de rampas, de faixas de piso com texturas e cores diferenciadas para os deficientes visuais e a presença de sinalização horizontal (faixas de travessia), vertical (placas de sinalização) e semafórica nas intersecções das vias. Também foram realizadas entrevistas com 40 pessoas, dentre elas ciclistas e pedestres que utilizavam as ciclovias localizadas na Avenida dos Tarumãs e na Avenida das Itaúbas, no dia 19 de agosto de 2016 das 17:30 as 16:30 horas. Visando saber a finalidade de utilização das ciclovias, se as condições de segurança estão sendo atendidas e quais melhorias poderiam ser propostas para suprir com eficácia as necessidades coletivas no que tange ao transporte não motorizado. Questionário exposto no anexo A. Quanto à integração de modalidades foi averiguado se a cidade possui estacionamento para bicicletas (bicicletário) no terminal de transporte público, como prevê o Plano Diretor municipal. Já no que compete à educação para o trânsito e aos incentivos públicos verificou-se apenas a existência desses itens nas diretrizes. Critérios como iluminação, arborização, presença de mobiliário urbano e outros não foram analisados ou por não contemplarem a proposta do estudo ou por falta de pessoal. 4 Resultados e Discussão 4.1 Diagnóstico Diante da problemática proposta e da metodologia adotada foram verificadas as condições da rede cicloviária, tais como existência, localização, extensão e conexão. Na Figura 1 é possível observar a localização das ciclovias no mapa. Uma, que de acordo com Soares (2014), está localizada na rodovia MT 140 (Figura 2), mas, através de informações obtidas por entrevista com a arquiteta Eliane Pereira, encontra-se em situação precária, devido à ausência de manutenção. Outras duas, concluídas recentemente, a primeira localizada na Avenida dos Tarumãs (Figura 3), e outra na Avenida das Itaúbas (Figura 4). Existe também a ciclovia localizada na Avenida Bruno Martini (Figura, 5). Figura 1: Localização das ciclovias. Fonte: Os autores, 2016. Figura 2: Ciclovia na rodovia MT-140. Fonte: Os autores, 2016. Figura 3: Ciclovia na Av. dos Tarumãs. Fonte: GC Notícias, 2015. Figura 4: Ciclovia na Av. das Itaúbas. Fonte: Os autores, 2016. Figura 5: Ciclovia na Av. Bruno Martini. Fonte: Os autores, 2016. A ciclovia localizada na Avenida dos Tarumãs, possui a extensão de 1793,4 metros e compreende o trecho deintersecção com a Av. das Itaúbas e com a Rua Colonizador Ênio Pipino. Quanto às características físicas desta ciclovia, cabe ressaltar que, quando projetada, foram previstas sinuosidades ao longo de todo o seu trajeto e que as rótulas dos entroncamentos com a Av. das Acácias, Av. das Sibipirunas e Av. dos Jacarandás seriam contornadas pelas laterais. No entanto, verifica-se uma pista construída de forma linear (reta) em toda a sua extensão e rotatórias, cortadas ao meio pela via, impedindo a continuidade da locomoção. A ciclovia é bidirecional, destinada ao trânsito exclusivo de ciclistas, com sinalização adequada para isto. A ciclovia localizada na Avenida das Itaúbas possui a extensão de 1810,22 metros e compreende o trecho entre a Av. dos Flamboyants e Av. Perimetral Sul. O projeto original era composto por uma via exclusiva para ciclistas e outra para pedestres. Contudo o que se encontra executado é uma única pista divida, por sinalização horizontal e vertical, em um espaço destinado ao trânsito de pedestres e outro, bidirecional, para a circulação de bicicletas. A ciclovia localizada na Avenida Bruno Martini, que está em obras neste ano de 2016, possui 2450 metros de extensão, abrangendo o trecho do entroncamento com a Av André Maggi até o cruzamento com a Av. Villa Lobos, na entrada do residencial Aquarela das Artes. Verificou-se também que os demais deslocamentos por bicicleta são realizados de maneira compartilhada com os veículos automotores, sem a presença de ciclofaixas. A cidade ainda não possui ciclorotas e as ciclovias, construídas no espaço que antes acomodava o canteiro central das avenidas, não possuem conexões diretas entre si. Além das ciclovias citadas, segundo Prefeitura Municipal de Sinop, será construída uma nova ciclovia com início na Av. Dom Henrique Froehlich, esta ciclovia percorrerá toda a Av. André Maggi até a Av. Perimetral Norte, o projeto prevê mais de oito quilômetros de ciclovia e pista de caminhada com calçada ecológica. De acordo com a Secretaria de Trânsito e Transporte Urbano de Sinop apud Ferraz e Riva (2016), a frota de bicicletas no município em 2014 era de 60.000 unidades, representando 47,3 bicicletas por grupo de 100 habitantes para o ano mencionado. Por falta de dados, não foi possível determinar esta estimativa para o ano atual de 2016. Quanto aos deslocamentos a pé, estes possuem melhores condições na região central da cidade, onde as calçadas são pavimentadas em frente a maioria dos lotes. Porém, a ausência de regulamentação específica para a construção de calçadas é o motivo principal de sua descontinuidade. Notou-se a garantia da acessibilidade na Av. Governador Júlio Campos com a presença de faixas de travessia de pedestres, desgastadas pelo uso, além de rampas e faixas de piso com texturas e cores diferenciadas para portadores de necessidades especiais, presentes principalmente na entrada de agências bancárias. Existem 350 vagas para estacionamento de bicicletas distribuídas em bicicletários ao logo de toda a avenida, nos dois sentidos de circulação. A sinalização semafórica está presente nos trechos mais movimentados e a sinalização vertical deixa a desejar placas indicando travessia de pedestres. Quanto aos bicicletários integrados ao setor de transporte comunitário foram encontradas apenas duas unidades, uma no interior do pátio do terminal (Figura 6) e outra na parte externa (Figura 7), visto que ambos os estacionamentos de bicicleta estão em condições precárias de uso. Figura 6: Bicicletário no terminal. Fonte: Os autores, 2016. Figura 7: Bicicletário no terminal. Fonte: Os autores, 2016. 4.1.1 Análise dos dados obtidos em entrevista Dentre as quatro ciclovias existentes, foram objeto de análise as localizadas nas avenidas dos Tarumãs e Itaúbas. As outras duas ciclovias existentes não estão em total condição de uso, pois, uma delas encontra-se em situação precária devido à ausência de manutenção e a outra ainda está em execução. Motivos e frequência de viagem Maior parte das pessoas entrevistadas utilizavam as ciclovias para lazer, enquanto um percentual menor utilizavam as mesmas para se locomover ao trabalho, escola e outros. Os motivos das viagens justificam a frequência que as pessoas utilizam essas ciclovias. Visto que a maioria dos empregos exigem assiduidade de segunda-feira a sábado, podemos notar que o setor que ilustra a frequência de seis vezes semanais se equivale ao setor de trabalho mostrado na Figura 8. Figura 8: Motivos de viagem. Fonte: Os autores, 2016. Quando se trata de exercício físico, algumas pessoas tem o hábito de se exercitar todos os dias, enquanto outras mantêm uma regularidade de metade dos dias da semana, portanto se forem somados o setor que ilustra as pessoas que utilizam as ciclovias entre 3 a 5 vezes na semana com o setor das pessoas que utilizam as ciclovias todos os dias, temos que estes se equivalem com o setor que caracteriza as pessoas que utilizam as ciclovias como lazer. Os estudantes também se enquadraram na frequência de 3 a 5 dias, visto que foram poucos estudantes entrevistados, a distribuição foi pouco alterada, como mostra Figura 9. Figura 9: Frequência de viagem. Fonte: Os autores, 2016. O setor nomeado como “outros”, é aquele caracterizado pelas pessoas que utilizam as ciclovias para se locomover aos comércios, hospitais, postos de saúde e vizinhos, que equivale a frequência de 1 a 2 vezes por semana. Tempo de Viagem Para demonstrar os dados referentes ao tempo de viagem da população que utiliza as ciclovias, foi desconsiderado o setor de lazer, pois pode se constatar através da entrevista realizada, que estas pessoas moram perto ou se locomovem de carro até o local devido ao baixo número de ciclovias existentes e por falta de interligação entre elas. Os setores com maior tempo de viajem representam em sua maioria pessoas que utilizam as ciclovias para ir ao trabalho, enquanto aqueles que possuem um intervalo de tempo menor caracterizam as pessoas que vão para escola e as que utilizam as ciclovias para ir ao comércio, hospital, vizinhos, entre outros. A distribuição para o tempo de viajem é demonstrada na Figura 10. Figura 10: Tempo de viagem. Fonte: Os autores, 2016. Principais reclamações e sugestões para melhorias fornecidas pelos entrevistados Os pedestres, em quase sua totalidade tiveram reclamações quanto ao uso compartilhado da ciclovia por pedestres e ciclistas. Alguns pediram por mais policiamento, alegando que há muita imprudência por parte dos motociclistas, que atravessam constantemente a ciclovia. Os que faziam percursos mais distantes reclamaram sobre a falta de interligação entre as vias. Na Avenida dos Tarumãs a segunda maior reclamação foi à questão do lixo, sugerindo um maior numero de lixeiras ao longo da pista. Alguns ainda reclamaram por haver bueiros no meio da ciclovia e exposição de fios de energia ao longo da mesma. Contudo, mesmo com as reclamações recebidas é possível verificar que as ciclovias existentes recebem um grande fluxo de pedestres e ciclistas e atendem a população mesmo que necessitando de algumas melhorias. Porém há necessidade de implantação de mais ciclovias, visto que as existentes só não são mais utilizadas, pois não possui interligação entre si e outros tipos de transporte, como o transporte coletivo existente. 4.2 Prognóstico A partir dos dados aferidos, valida-se a afirmação de Soares (2014) que, ao mencionar o fato de o deslocamento por bicicletas ser muito utilizado no município, salientou que esta modalidade de transporte está perdendo espaço para veículos motorizados. Esta realidade pode ser observada nas obras de infraestrutura de transportes que, na maioria dos casos, são voltadas para a malha viária com finalidade de ‘melhorar’ as condições de mobilidade urbana. Já a locomoção feita a pé, para viagens curtas, não sofre opressãopor nenhum outro modo de transporte. No entanto, a falta de infraestrutura adequada faz com que este modo não seja atrativo para a população local. Assim, considerando que as políticas urbanas não adotem planos de desenvolvimento sustentável e que a cidade encontra-se em expansão constante, o crescimento da população, somado ao aumento dos veículos automotores tornará ainda mais complexas as intervenções no sistema de transportes do município. Se nada mudar no cenário de planejamento atual, a tendência é que se aumentem os índices de poluição sonora, visual e poluição do ar, bem como o congestionamento e a segregação social, influenciando diretamente no bem estar dos habitantes da cidade. 4.3 Propostas Para a malha cicloviária é imprescindível que haja conexão entre as ciclovias existentes e integração com o terminal de transporte coletivo. Para tanto faz-se necessário a elaboração de um projeto que ofereça continuidade na Av. das Itaúbas, seja pela construção de uma ciclovia adjacente à atual ou pela implantação de uma ciclofaixa que compreenderia o trecho entre a Av. Dos Flamboyants e Av. Governador Júlio Campos, como ilustrado na Figura 11. Figura 11: Proposta de intervenção. Fonte: Os autores, 2016. Assim, além de proporcionar o encontro entre as ciclovias localizadas nas avenidas dos Itaúbas e Tarumãs, a ciclorota permitiria a integração de modalidades, pois, o terminal de transporte público encontra-se na Av. Das Itaúbas, próximo à interligação com a Av. Governador Júlio Campos. Outra sugestão de intervenção urbana é a revitalização da Av. Governador Júlio Campos que já figura entre os interesses políticos público e privado. A elaboração de um projeto que ofereça calçadas contínuas, acessibilidade e intermodalidade nesta avenida da cidade compreenderia uma ação dispendiosa, mas, atrativa para o público em geral. Intervenções que privilegiassem as rotas mais utilizadas para viagens de estudo também são importantes para a cidade. Contudo, obras mais simples, como a presença de lombofaixas nos encontros das avenidas por onde passam as ciclovias já mudariam o cenário atual do transporte. São sugestões para aumentar a qualidade da infraestrutura dos passeios públicos: a elaboração do Plano para Regularização e Qualificação de Calçadas, até então inexistente; a adequação da sinalização horizontal e vertical nas travessias e; a presença de sinalização semafórica nos trechos mais solicitados. As sugestões dos entrevistados para melhorar a mobilidade sustentável em Sinop acaba recaindo sobre o critério de segurança, um dos principais fatores de influência na escolha do modo de transporte a ser utilizado. Cabe ressaltar que sugestões individuais não abrangem o contexto de toda a cidade, para isso é preciso um planejamento interdisciplinar da mobilidade urbana sustentável que envolva profissionais capacitados. Vale lembrar também que todo projeto precisa ser aprovado, ficando à mercê da gestão urbana. 4 Conclusão Com o desenvolvimento cada vez mais rápido dos centros urbanos, a pesquisa sobre o uso de formas alternativas de transportes nas cidades é de extrema importância. São enumeráveis as iniciativas no sentido de favorecer o uso de transportes não motorizados no Brasil. Além da falta de infraestrutura, há falta de estacionamentos adequados, integração com os demais modos públicos e coletivos de transporte urbano, tecnologia de apoio, treinamento e educação para o trânsito, segurança para ciclistas e pedestres e rigor nas execuções dos projetos. Apesar da ausência de dados com relação à informações cartográficas, demonstra-se que a integração entre os projetos cicloviários existentes no município de Sinop é viável e de extrema importância para a funcionalidade da mobilidade sustentável. Visto que a inserção da bicicleta e dos deslocamentos a pé nos atuais planos de transportes é fundamental para a promoção da Mobilidade Urbana e para a construção de cidades sustentáveis. Assim, os novos sistemas devem incorporar a construção de ciclovias e ciclofaixas, além de garantir a segurança, principalmente nas áreas de expansão urbana. Agradecimentos À Eliane Disaró Fangueiro Pereira, arquiteta do Núcleo de Projetos e Desenvolvimento Urbano de Sinop - PRODURBS, que em muito foi prestativa, fornecendo, por meio de entrevista, informações essenciais para o desenvolvimento da pesquisa. Aos pedestres e ciclistas, que cooperaram com depoimentos de quem vivencia a realidade da infraestrutura de transportes não motorizados em Sinop. Aos demais colaboradores. Referências ARAÚJO, A. P. S. C. A mobilidade urbana no Brasil: O modo cicloviário. Ensaio Crítico - Turma 11. Curso de Gestão da Mobilidade Urbana. Associação Nacional de Transportes Públicos - ANTP.Salvador. Bahia. 2015. Disponível em : <http://files-server.antp.org.br/_5dotSystem/userFiles/Ensai osCriticos/Turma11/Ana%20Paula%20dos%20Santos%20C unha%20.pdf > CÓRDOVA JÚNIOR, R. S. NODARI, C. T. Investigação dos fatores que influenciam na segurança cicloviária em áreas urbanas. XXVIII CONGRESSO DE PESQUISA E ENSINO EM TRANSPORTES, Curitiba. 2014. 13 p. BRASIL. Código de Trânsito Brasileiro, instituído pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - 3ª ed. Brasília: DENATRAN, 2008, 232 p. il. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988, 292 p. BRASIL. Lei nº nº 12.587/12, 13 de abril de 2012. Lei de Mobilidade Urbana. Brasília, 2012 BRASILEIRO, L. A. FREITAS, V. 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Transporte não motorizado: análise da mobilidade u 1 Introduçãonull 3 Metodologia 4 Resultados e Discussão 4.1.1 Análise dos dados obtidos em entrevista Dentre as quatro ciclovias existentes, foram objet Motivos e frequência de viagem Maior parte das pessoas entrevistadas utilizavam a Os motivos das viagens justificam a frequência que Quando se trata de exercício físico, algumas pesso O setor nomeado como “outros”, é aquele caracteriz Tempo de Viagem Para demonstrar os dados referentes ao tempo de vi Os setores com maior tempo de viajem representam e Principais reclamações e sugestões para melhorias Os pedestres, em quase sua totalidade tiveram recl Na Avenida dos Tarumãs a segunda maior reclamação Contudo, mesmo com as reclamações recebidas é poss 4 Conclusão Agradecimentos À Eliane Disaró Fangueiro Pereira, arquiteta do Nú Referências
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