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RESUMO EPIDEMIOLOGIA

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EPIDEMIOLOGIA 
UNIDERP 
 
 
2017 
GABRIELA OLIVEIRA 
Gabi Bunda™ 
AGRADECIMENTOS 
A Turma do Bar que esteve comigo sempre, nos momentos de 
alegria e tristeza, apoiando e zoando sempre. 
TMJ! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E a professora Suéllem por ser uma mãezona! 
 
 
 
1 
 
Sumário 
INCIDÊNCIA ........................................................................................................................................... 2 
PREVALÊNCIA ........................................................................................................................................ 3 
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ............................................................................................................... 4 
O PROCESSO EPIDÊMICO ...................................................................................................................... 9 
CURVA EPIDÊMICA .............................................................................................................................. 11 
MULTICAUSALIDADE ..........................................................................................................................13 
PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO ............................................................................................................... 14 
PERÍODO DE PATOGÊNESE .................................................................................................................. 14 
INDICADORES DE SAÚDE....................................................................................................................17 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL ......................................................................................... 21 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE MATERNA ....................................................................................... 22 
TAXA DE MORTALIDADE POR DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS ................................................................. 23 
SISTEMA DE INFORMAÇÕES ............................................................................................................... 23 
EVENTOS VITAIS .................................................................................................................................. 26 
SINAN .................................................................................................................................................. 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
"Epidemiologia é o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou 
eventos relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos no controle 
dos problemas de saúde" (LAST, 1995) 
• Compreensão do processo saúde-doença; 
• Fundamenta-se no raciocínio causal, preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias 
para as ações voltadas à proteção e promoção da saúde da comunidade. 
• Instrumento para o desenvolvimento de políticas no setor da saúde (in locus). 
AS APLICAÇÕES DA EPIDEMILOGIA 
• Descrever o aspecto clínico das doenças e sua história natural; 
• Identificar fatores de risco de uma doença e grupos de indivíduos que apresentam maior 
possibilidade de serem atingidos por determinado agravo; 
• Prever tendências; 
• Avaliar o quanto os serviços de saúde respondem aos problemas e necessidades das 
populações; 
• Testar a eficácia e o impacto das estratégias de intervenção, assim como a qualidade, 
acesso e disponibilidade dos serviços de saúde para controlar, prevenir e tratar os agravos 
na comunidade. 
OBJETIVOS 
• Identificar o agente ou fatores relacionados à causa dos agravos; 
• Entender a causa dos agravos à saúde; 
• Definir os modos de transmissão; 
• Identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças; 
• Estabelecer os métodos e estratégias de controle dos agravos à saúde; 
• Estabelecer medidas preventivas; 
• Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde; 
• Prover dados para a administração e avaliação de serviços de saúde. 
 
INCIDÊNCIA 
Refere-se à frequência com que surgem novos casos de uma doença num intervalo de tempo. É a 
medida dinâmica, e a ocorrência do primeiro episódio da doença. Exemplo: doenças infecciosas, 
doenças crônicas incuráveis. 
• Frequência de casos novos de uma doença ou problema de saúde, ao longo de um 
determinado período de tempo; 
• Casos incidentes (ou casos novos) = indivíduos não doentes no início do período de 
observação (N’), que no seu decorrer, adoeceram; 
• O indivíduo dever ser observado, no mínimo, por duas vezes; 
 
3 
 
• Relacionada ao tempo; 
MEDIDAS DE INCIDÊNCIA 
• Taxa de incidência 
• Incidência acumulada 
• Sobrevida 
• Chance de incidência 
• Medidas de Mortalidade 
Taxa de Incidência 
o TI = taxa de incidência no intervalo entre t₀ e t 
o I = número de casos novos 
o PT = quantidade de pessoa-tempo, período durante 
o qual um indivíduo esteve exposto ao risco de 
adoecer 
❖ Tipos de população 
• População fechada: o N diminui ao longo do tempo 
• População aberta: 
▪ Nascimentos, migrações 
▪ Mortes, emigrações 
▪ Estrutura etária, gênero, e variáveis associadas ao risco de uma doença 
PREVALÊNCIA 
É a frequência de casos existentes de uma doença, em uma população, em um determinado 
momento. Os casos existentes são daqueles que adoeceram em algum momento do passado, 
somados aos casos novos dos que ainda estão vivos 
• Casos existentes ou prevalentes = casos antigos + casos novos que estão vivos no 
momento da observação; 
• É determinada pela incidência, duração e movimentos migratórios; 
• Incidência quanto mais elevada e/ou a duração de uma doença, maior tende ser a sua 
prevalência; 
• Elevadas taxas de incidência não necessariamente altas proporções de prevalência. Ex.: 
doenças infecciosas - duração da doença é curta - cura ou óbito; 
Taxa de Prevalência pontual 
o CA = casos antigos 
o CN = Casos novos 
 
 
4 
 
Suas medidas são usadas para o planejamento de ações de saúde e administração de serviços de 
saúde. 
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Visam descrever os agravos, apontar os determinantes e orientar as indicações de meio-controle-
profilaxia. Podem ser classificados em observacionais e experimentais. De uma maneira geral, os 
estudos epidemiológicos observacionais podem ser classificados em descritivos e analíticos. 
ESTUDOS EXPERIMENTAIS 
• Caracteriza-se pela manipulação do fator causal, levando a determinação de seu efeito; 
• A população é dividida em caso e controle; 
• Introduz-se ou suprime-se o fator suspeito; 
• Depois de determinado período, verifica-se a mudança ou efeitos produzidos; 
• Requer muitos cuidados éticos; 
• Portaria 466/2012; 
ESTUDOS OBSERVACIONAIS 
DESCRITIVOS 
A epidemiologia descritiva pode fazer uso de dados secundários (dados pré-existentes) e primários 
(dados coletados para o desenvolvimento do estudo). 
• “como é” ou “como está” a situação das variáveis a serem pesquisadas em uma população. 
Tem como objetivo apresentar os dados e não os explicar; 
• Propõe descobrir, desvendar as características de determinado fenômeno, investigar; 
• Determina a distribuição de doenças ou condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, 
o lugar e/ou as características dos indivíduos. 
• Responde à pergunta: quando, onde e quem adoece? 
ANALÍTICOS 
Estudos analíticos são aqueles delineados para examinar a existência de associação entre uma 
exposição e uma doença ou condição relacionada à saúde. Tem o objetivo básico de avaliar (não 
apenas descrever) se a ocorrência de um determinado evento é diferente entre indivíduos 
expostose não expostos a um determinado fator ou de acordo com as características das pessoas. 
• Investigam a correlação entre as variáveis, sua relação e o modo com que estão operando; 
• Volta-se a desvendar qual a causa de determinado fenômeno; 
• Estes são estudos realizados com o objetivo específico de testar hipóteses; 
• Os principais delineamentos de estudos analíticos são: 
a) ecológico; 
b) caso-controle (caso-referência); 
 
5 
 
c) coorte (prospectivo) 
d) Transversais ou seccionais; 
ECOLÓGICO 
“Um estudo ecológico ou agregado focaliza a comparação de grupos, ao invés de indivíduos. A 
razão subjacente para este foco é que dados a nível individual da distribuição conjunta de duas 
(ou talvez todas) variáveis estão faltando internamente nos grupos; neste sentido um estudo 
ecológico é um desenho incompleto” 
“Sem medir estes contextos, nem padrão de mortalidade e morbidade, nem o espalhamento 
epidêmico, nem a transmissão sexual podem ser explicados” 
 
• Compara-se a ocorrência da doença/condição relacionada à saúde e a exposição de 
interesse entre agregados de indivíduos (populações de países, regiões ou municípios, por 
exemplo) para verificar a possível existência de associação entre elas. 
• Em um estudo ecológico típico, medidas de agregados da exposição e da doença são 
comparadas. Nesse tipo de estudo, não existem informações sobre a doença e exposição 
do indivíduo, mas do grupo populacional como um todo → isso é particularmente 
importante quando se considera que a expressão coletiva de um fenômeno pode diferir da 
soma das partes do mesmo fenômeno. 
• A possibilidade do viés ecológico é sempre lembrada como uma limitação para o uso de 
correlações ecológicas. O viés ecológico – ou falácia ecológica – é possível porque uma 
associação observada entre agregados não significa, obrigatoriamente, que a mesma 
associação ocorra em nível de indivíduos; 
Nos Estudos Ecológicos as medidas usadas representam características de grupos populacionais. 
Portanto a unidade de análise é a população e não o indivíduo... 
Ele pode motivar estudos mais específicos. 
❖ VANTAGENS 
1. Facilidade de execução 
2. Baixo custo relativo 
3. Simplicidade Analítica 
4. Capacidade de gerar hipóteses 
❖ DESVANTAGENS 
1. Baixo poder analítico 
2. Pouco desenvolvimento das técnicas de análise dos dados 
3. Vulnerável à chamada "falácia ecológica" 
OBJETIVOS 
• Gerar ou testar hipóteses etiológicas → explicar a ocorrência da doença; 
• Avaliar a efetividade de intervenções na população → testar a aplicação de nosso 
conhecimento para prevenir doença ou promover saúde; 
• Correlação entre um fator de risco presumido e um desfecho; 
 
6 
 
• Grupos podem ser definidos por local (comparações geográficas) ou por tempo (tendências 
temporais); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO-CONTROLE 
Nos estudos caso-controle, primeiramente, identificam-se indivíduos com a doença (casos) e, para 
efeito de comparação, indivíduos sem a doença (controles); 
Parte-se do efeito (doença) para a investigação da causa (exposição); 
Os estudos tipo caso-controle partem de um grupo de indivíduos acometidos pela doença em 
estudo, os casos, comparando-os com outro grupo de indivíduos que devem ser em tudo 
semelhantes aos casos, diferindo somente por não apresentarem a referida doença, os controles; 
Indicações: situações como as encontradas em surtos epidêmicos ou diante de agravos 
desconhecidos, em que é indispensável a identificação urgente da etiologia da doença com o 
objetivo de uma imediata ação de controle. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
❖ VANTAGENS 
1. tempo mais curto para o desenvolvimento do estudo, uma vez que a seleção de 
participantes é feita após o surgimento da doença; 
2. custo mais baixo da pesquisa; 
3. maior eficiência para o estudo de doenças raras; 
4. ausência de riscos para os participantes; 
5. possibilidade de investigação simultânea de diferentes hipóteses etiológicas. 
❖ DESVANTAGENS 
1. Viés de seleção (casos e controles podem diferir sistematicamente, devido a um erro na 
seleção de participantes); 
2. Viés de memória (casos e controles podem diferir sistematicamente, na sua capacidade de 
lembrar a história da exposição); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COORTE 
Uma coorte é um grupo de indivíduos definido a partir de suas características pessoais (idade, sexo, 
etc.), nos quais se observa, mediante a exames repetidos, a aparição de uma enfermidade (ou 
outro desfecho) determinada. 
• Selecionados conforme o status de exposição incidência da doença; 
• Estudo longitudinal; 
Nos estudos de coorte, primeiramente, identifica-se a população de estudo e os participantes são 
classificados em expostos e não expostos a um determinado fator de interesse. A seguir, os 
indivíduos dos dois grupos são acompanhados para verificar a incidência da doença/condição 
 
8 
 
relacionada à saúde entre expostos e não expostos. Se a exposição estiver associada à doença, 
espera-se que a incidência entre expostos seja maior do que entre não expostos. 
Os estudos de coorte permitem determinar a incidência da doença entre expostos e não expostos e 
conhecer a sua história natural. Este estudo consiste em verificar se indivíduos expostos ao fator de 
risco desenvolvem a doença em questão em maior ou menor proporção do que um grupo de 
indivíduos não expostos. 
Segundo Vieira e Hossne (2001), o período de acompanhamento é longo, pois é preciso esperar 
que ocorra a doença; a amostra é grande, para garantir que um número significativo de pessoas 
desenvolva a doença - DESVANTAGEM 
TIPOS DE EXPOSIÇÃO 
• Exposições ambientais propriamente ditas, de natureza química ou física (ex. radiação, 
exposições ocupacionais). 
• Comportamentos relacionados à saúde (ex. tabagismo, dieta, atividade física). 
• Características biológicas (ex. pressão arterial, colesterol sérico). 
• Fatores socioeconômicos (ex. escolaridade, renda). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE DESFECHOS A SER INVESTIGADO 
• Mortalidade (geral ou por uma determinada causa); 
• Incidência de doenças (ex. câncer de pulmão); 
• Mudanças ao longo do tempo nos níveis de um marcador biológico de progressão de 
doença; 
• Aspectos comportamentais (ex. níveis de atividade física); 
 
 
 
 
 
 
9 
 
SECCIONAIS 
Nos estudos seccionais, a exposição e a condição de saúde do participante são determinadas 
simultaneamente. Em geral, esse tipo de investigação começa com um estudo para determinar a 
prevalência de uma doença ou condição relacionada à saúde de uma população especifica. 
As características dos indivíduos classificados como doentes são comparadas às daqueles 
classificados como não doentes. Esta é a característica fundamental de um estudo seccional: não é 
possível saber se a exposição antecede ou é consequência da doença/condição relacionada à 
saúde. Portanto, esse delineamento é fraco para determinar associações do tipo causa-efeito, mas 
adequado para identificar pessoas e características passíveis de intervenção e gerar hipóteses de 
causas de doenças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PROCESSO EPIDÊMICO 
A TRÍADE EPIDEMIOLÓGICA 
IMPORTÂNCIA: sistema formado pelo ambiente, população, economia e cultura - Sistema 
Epidemiológico - social. Qualidade e dinâmica do ambiente socioeconômico, modos de produção e 
relações de produção, concentração de riquezas, participação comunitária, responsabilidade 
individual e coletiva são componentes essenciais e determinantes no processo saúde-doença(MARTIN, 1981). 
Atinge o homem pela ação direta de agentes físicos, químicos, biológicos e psicológicos, ao se 
defrontarem, no indivíduo suscetível, com pré-condições genéticas ou sociais desfavoráveis. 
• Podem coexistir em determinado ecossistema, sem que ocorra a enfermidade. 
• Qualquer desequilíbrio no estado de algum deles pode desencadear uma série de eventos 
que podem resultar em doença. 
 
10 
 
• A essa sucessão de eventos, necessária para que a enfermidade ocorra, denomina-se 
processo epidêmico, e ao estudo das relações entre o agente etiológico e os demais 
componentes do ecossistema denomina-se história natural da doença. 
 
CARACTERÍSTICA DO AGENTE ETIOLÓGICO 
• INFECTIVIDADE: É a capacidade que tem o agente etiológico de penetrar e multiplicar-se 
em determinado organismo, ou seja, de causar infecção, independentemente da 
ocorrência ou não de agravos à saúde. 
• PATOGENICIDADE: É a capacidade do agente de produzir lesões específicas no organismo 
do hospedeiro. A patogenicidade é identificada pela frequência da manifestação clínica da 
doença na população. 
• VIRULÊNCIA: É o grau de severidade da reação patológica que o agente etiológico provoca 
no hospedeiro. A virulência independe da infectividade e pode variar tanto de um 
hospedeiro para outro como entre estirpes de um mesmo agente. 
• IMUNOGENICIDADE: É a capacidade do agente de induzir uma resposta imune específica 
por parte do hospedeiro. Essa resposta imune resulta na formação de anticorpos 
circulantes, anticorpos locais e imunidade celular. Determinados agentes são capazes de 
induzir no hospedeiro uma resposta imunitária intensa e duradoura, enquanto outros 
determinam uma imunidade de curta duração. 
• VARIABILIADE: É a capacidade que tem o agente etiológico de adaptar-se às condições do 
hospedeiro e do ambiente. A variação antigênica é um exemplo do mecanismo seletivo de 
adaptação do agente a uma situação adversa, alterando suas características antigênicas 
para evitar os mecanismos de defesa do hospedeiro. 
 
CARACTERÍSTICAS DO HOSPEDEIRO 
• PRÓPRIAS: Idade; Sexo; Raça; Espécie; Susceptibilidade Individual; 
• VARIAVEIS: Estado fisiológico → gestação, lactação, subalimentação, estresse, pode 
modificar a susceptibilidade do hospedeiro ao agente etiológico. 
 
CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE 
• FÍSICAS: Clima; Hidrografia; Topografia; Solo; 
• BIOLÓGICAS: Fauna; Flora 
• SOCIOECONÔMICAS: Estrutura de produção; Comercialização de animais; Consciência da 
comunidade; Vias de comunicação; Manejo; Higiene ambiental; Hábitos alimentares, 
crenças religiosas, natureza do trabalho exercido pelas pessoas etc... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
ENDEMICIDADE 
A incidência característica ou a intensidade de caráter endêmico de determinada doença, em 
determinado lugar e intervalo cronológico. 
Expressa através do coeficiente médio anual de incidência. 
CURVA EPIDÊMICA 
É a representação da generalização; 
Aspectos a serem considerados: 
• Incremento inicial; 
• Egressão; 
• Progressão; 
• Incidência máxima; 
• Regressão; 
• Decréscimo da Incidência; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INCREMENTO INICIAL DE CASOS 
• Eventos que passam de processo endêmico preexistente para uma situação epidêmica; 
• Após uma estabilização mantida, passa a exibir uma tendência irreversível para o 
crescimento; 
• Casos autóctones são importantíssimos; 
EGRESSÃO 
• Quando os coeficientes de incidência ultrapassam o limite endêmico estabelecido, 
permanecendo acima deste; 
• Pode ter como marco inicial o surgimento dos primeiros casos e termina quando a 
incidência for nula ou na estabilização do patamar de endemicidade; 
PROGRESSÃO 
• Descrita através do ramo ascendente da curva epidêmica; 
• Termina quando o processo atinge seu clímax; 
• Presente em todas as ocorrências epidêmicas; 
• Características: 
▪ Incidência progressivamente crescente, acima do limiar epidêmico; 
 
12 
 
▪ Sugere a ocorrência de um desequilíbrio acidental, permanente ou continuamente 
crescente; 
▪ Evento inesperado e fora de controle; 
INCIDÊNCIA MÁXIMA 
É a exaustão da força progressiva e isso se deve a alguns fatores: ▫ 
• Diminuição do número de suscetíveis; ▫ 
• Diminuição progressiva do número dos que foram expostos a uma ocorrência acidental; ▫ 
• Ação intencional de vigilância e controle; ▫ 
• Processos naturais de controle; 
REGRESSÃO 
É a última fase na evolução de uma epidemia, pois, o processo de massa tende a: 
• Retornar aos valores iniciais; 
• Estabilizar-se em patamar endêmico, abaixo ou acima do inicial; 
• Regredir até incidência nula, incluindo a erradicação; 
Pode ser rápida ou lenta 
DECRÉSCIMO DA INCDÊNCIA 
• Restrito aos processos que foi possível estabelecer o limiar epidêmico com marco 
referencial; 
• Quando há a regressão a nível endêmico e as ações de controle e vigilância continuam, a 
endemicidade pode ser levada a patamares menores que antes da eclosão da ocorrência 
epidêmica 
DETECÇÃO DE EPIDEMIAS 
Diagrama de controle 
• Método gráfico que proporciona a verificação da evolução temporal das doenças. 
• Permite a identificação de epidemias de doenças que apresentam alguma frequência que 
pode atingir parcelas importantes da população e/ou doenças em relação às quais não 
existem medidas rotineiras de controle. 
• Incidência X Tempo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
MULTICAUSALIDADE 
Conjunto de processos interativos compreendendo “as inter-relações do agente, do suscetível e do 
meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças 
que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou qualquer outro lugar, passando pela 
resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um desfecho (defeito, invalidez, 
recuperação ou morte)” (Leavell & Clark, 1976). 
Divide-se principalmente em 2 grandes períodos: 
• Período pré-patogênico; 
• Período patogênico 
VARIÁVEIS 
• Determinante biológico refere-se a toda manifestação relativa à saúde física ou mental que 
ocorra em decorrência do organismo individual – herança genética, processo de 
crescimento e envelhecimento e os diferentes sistemas internos complexos. 
• Ambiente remete aos fatores externos ao corpo humano, que estão além do controle 
pessoal. 
• Estilo de vida é o conjunto das condições envolvidas nas decisões que o sujeito adota no 
que diz respeito à sua própria saúde, estando sob seu controle. São os ditos riscos 
autocriados. ƒ 
• Determinante serviço de saúde fala da disponibilidade, quantidade e qualidade de recursos 
(bens e serviços) reservados aos cuidados em saúde e da forma como estes são dispostos 
nas ações de prevenção, cura e recuperação do estado de bem-estar 
O Modelo de Explicação Multicausal 
O vigor das explicações unicausais começa a enfraquecer após a Segunda Guerra, quando os países 
industrializados começam a vivenciar uma ‘transição epidemiológica’, caracterizada pela 
diminuição da importância das doenças infecto-parasitárias como causa de adoecimento e morte 
em detrimento do incremento das doenças crônico-degenerativas. A debilidade do modelo 
unicausal na explicação de doenças associadas a múltiplos fatores de risco favoreceu o 
desenvolvimento dos modelos multicausais. 
Segundo Gutierrez e Oberdiek (2001), várias abordagens foram propostas para compreender o 
processo saúde-doença como síntese de múltiplas determinações: os modelos da balança, da rede 
de causalidades e, por fim, o modelo ecológico, também conhecido como da história natural das 
doenças. 
 
 
 
 
 
14PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERÍODO DE PATOGÊNESE 
Este período se inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos exercem sobre o ser 
afetado. 
• Período de patogênese precoce/incubação: é o período que houve o rompimento do 
equilíbrio da saúde, porém, não existe sinais clínicos de que isto ocorreu. 
• Período de doença precoce discernível: quando foi possível diagnosticar clinicamente a 
doença ou alterações de condição de saúde do indivíduo - horizonte clínico. A partir deste 
momento o período se caracteriza pelos primeiros sintomas. 
• Período da doença avançada: nessa fase a doença já se apresenta em sua forma clínica 
máxima causando alterações marcantes no organismo. 
• Período de convalescência: neste período ocorre o desfecho da enfermidade, ou seja, pode 
ocorrer a recuperação, invalidez, tendência a cronificar e a morte. 
 
 
 
 
PREVENÇÕES 
A prevenção se faz no período pré-patogênese, através de medidas que desenvolvam saúde ótima, 
pela proteção específica do homem contra agentes patológicos ou contra estes agentes no início da 
patogênese, deve-se fazer a prevenção secundária, por meio do diagnóstico precoce, assim como 
tratamento imediato e adequado. Quando o processo de patogênese progredir e a doença avançar, 
 
15 
 
a prevenção secundária deve ser continuada, através do tratamento adequado, para evitar 
sequelas e limitar a invalidez. Quando o “defeito” e a invalidez se tiverem fixado, pode-se conseguir 
a prevenção terciária, através da reabilitação. 
 
PREVENÇÕES ASSOCIADAS - individual e coletiva 
• PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
▪ Promoção da saúde 
▪ Proteção específica 
• PREVENÇÃO SECUNDÁRIA 
▪ Diagnóstico precoce 
▪ Limitação da incapacidade (previsão) 
• PREVENÇÃO TERCIÁRIA 
▪ Reabilitação (impedir a incapacidade total); 
▪ Fisioterapia; 
▪ Terapia ocupacional; 
▪ Emprego para o reabilitado. 
Promoção da saúde – 1ª 
As medidas adotadas para a promoção da saúde não se dirigem a determinada doença, mas 
servem para aumentar a saúde e o bem-estar geral. A educação e a motivação sanitária são 
vitalmente importantes. 
• moradia adequada; 
• escolas; 
• área de lazer; 
• alimentação adequada; 
• educação em todos os níveis. 
Diagnóstico precoce – 2ª 
Tais medidas são preventivas não apenas para o próprio paciente que escapa da progressão da 
doença, mas também para outros, que ficam protegidos contra exposição do agente infectante. 
• inquéritos para descoberta de casos na comunidade; 
• exames periódicos, individuais, para detecção precoce de casos; 
• isolamento para evitar a propagação de doenças; 
• tratamento para evitar a progressão da doença. 
Limitação da Incapacidade – 2ª 
 Este nível implica na prevenção ou no retardamento das consequências de moléstias clinicamente 
avançadas. É apenas o reconhecimento tardio, devido ao conhecimento incompleto dos processos 
patológicos, que separa este nível de prevenção do anterior. 
• evitar futuras complicações; 
• evitar sequelas. 
 
16 
 
Reabilitação – 3ª 
É a prevenção da incapacidade total, depois que as alterações anatômicas e fisiológicas estão mais 
ou menos estabilizadas. Tem como principal objetivo o de recolocar o indivíduo afetado em uma 
posição útil na sociedade, com a máxima utilização de sua capacidade restante. O sucesso da 
reabilitação dependerá da existência e meios adequados nos hospitais, na comunidade e na 
indústria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
INDICADORES DE SAÚDE 
são frequências relativas compostas por um numerador e um denominador que fornecem 
informações relevantes sobre determinados atributos e dimensões relacionados às condições de 
vida da população e ao desempenho do sistema de saúde. 
• medidas que buscam sintetizar o efeito de determinantes de natureza variada sobre o 
estado de saúde de uma população 
• medidas: proporções, taxas, razões 
• determinantes: sociais, econômicos ambientais, biológicos, etc... 
A qualidade dos indicadores de saúde vai depender da sua validade (capacidade de medir o que se 
pretende); confiabilidade (reprodutibilidade), mensurabilidade, relevância e custo-efetividade. 
• avaliar a higidez (estado de saúde) de agregados humanos 
• fornecer subsídios ao planejamento de saúde 
MEDIDAS DE FREQUÊNCIA 
As frequências absolutas são pouco utilizadas em Epidemiologia, pois não permitem medir o risco 
de uma população; 
As frequências relativas são mais utilizadas quando se deseja comparar a ocorrência dos problemas 
de saúde em populações distintas ou na mesma população ao longo do tempo. 
Classificam-se como proporções, taxas ou razões. 
Indicadores de Saúde 
Proporção: relação, ou quociente, entre duas frequências da mesma unidade ◦ numerador: 
frequências absolutas de eventos que são subconjuntos do denominador ◦ denominador: número 
total eventos ◦ 
exemplo: 
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑢𝑠𝑎
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠
 
• Coeficiente ou taxa: relação, ou o quociente, entre dois valores numéricos que expressa a 
velocidade ou a intensidade com que um fenômeno varia, por unidade de uma segunda 
variável 
▪ estimar o risco de uma população suscetível por unidade de tempo 
▪ exemplo: coeficiente de mortalidade, número de óbitos, população exposta ao risco 
de morrer 
Medidas de Prevalência 
• Pontual ou instantânea: Frequência de casos existentes em um dado instante no tempo 
(ex.: em determinado dia, como primeiro dia ou último dia do ano). 
 
18 
 
• De período: Frequência de casos existentes em um período de tempo (ex.: durante um 
ano). 
• Na vida: Frequência de pessoas que apresentaram pelo menos um episódio da doença ao 
longo da vida. 
Ao contrário da incidência, para medir a prevalência, os indivíduos são observados uma única vez. 
FATORES QUE INFLUENCIAM A PREVALÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
Indicadores globais 
• coeficiente de mortalidade geral 
• índice de Swaroop e Uemura (razão de mortalidade proporcional) 
• curvas de mortalidade proporcional 
Indicadores específicos 
Sexo, idade, causa (agravo à saúde, doença ou morte), ou qualquer outra variável 
• coeficiente de mortalidade infantil 
• mortalidade materna 
• mortalidade por doenças transmissíveis 
Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG) 
Refere-se a toda população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado 
• m = óbitos por todas as causas 
• P = estimativa da população referida ao meio do ano 
em questão 
• k = constante, potência 10, usualmente 1.000 
 
Vantagens: capacidade de relacionar o nível de saúde de diferentes áreas no tempo. 
Erros: não inclusão de óbitos no numerador por subregistro, estimativa incorreta do tamanho da 
população no denominador. 
• sofre influência da composição da população – sexo, idade, outros; 
• populações com faixas etárias diferentes não devem ser comparadas; 
 
19 
 
• Geralmente, o coeficiente geral de mortalidade se situa entre 6 e 12 óbitos por 1.000 
habitantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MORTALIDADE PROPORCIONAL POR CAUSAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mortalidade com 50 anos ou mais de idade 
Indicador de Swaroop e Uemura ou razão de mortalidade proporcional (RMP) 
• proporção de óbitos em indivíduos com 50 anos de idade ou mais em relação ao total de 
óbitos 
• altos valores = regiões mais desenvolvidas 
• m≥50 = número de óbitos em indivíduos≥ 50 anos idade 
• k = 100 
• *mesmo período 
 
 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curvas de Mortalidade Proporcional 
• Curvas de Nelson de Moraes 
• distribuição proporcional dos óbitos por grupos etários com relação ao total de óbitos para 
determinada região 
• indicam o nível de saúde da área avaliada 
Grupos etários: 
• menores de 1 ano 
• crianças em idade pré-escolar (1-4 anos) 
• crianças e adolescentes (5-19 anos) 
• adultos jovens (20-49 anos) 
• adultos meia idade e idosos (≥ 50 anos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL 
Refere-se aos óbitos ˂ 1 ano de idade. 
Estimativa do risco que as crianças nascidas vivas têm de morrer antes de completar um ano de 
idade. É considerado um indicador sensível das condições de vida e saúde de uma comunidade. 
• m˂1 = óbitos de crianças com menos de 1 
ano de idade 
• NV = número de nascidos vivos em 
determinado local e período 
• K = 1.000 
Como padrão, podemos considerar os seguintes níveis de mortalidade infantil: 
• < 20 óbitos por 1.000 nascidos vivos = nível baixo de mortalidade infantil; 
• 20 a 49 óbitos por 1.000 nascidos vivos= nível intermediário de mortalidade infantil; 
• ≥ 50 óbitos por 1.000 nascidos vivos = nível elevado de mortalidade infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Limitações: 
• dissociações entre a TMI e o desenvolvimento social e econômico em algumas áreas 
geográficas 
• cálculo prejudicado por subestimação de dados 
• dificuldades em diferenciar “natimorto” e “nascido vivo” 
Nascido vivo = é a extração ou expulsão completa do corpo da mãe, independente da duração da 
gravidez, de um produto da concepção que, depois da separação, respire ou apresente qualquer 
sinal de vida. 
Nascido morto = é o nascimento de um feto com peso igual ou superior que 500 g e que não 
apresente quaisquer sinais de vida logo após a expulsão ou extração do corpo da mãe. 
 
 
 
22 
 
Componentes da TMI 
1) coeficiente de mortalidade neonatal (óbitos de 0 a 27 dias inclusive) em relação ao total de 
nascidos vivos (por 1000); 
• coeficiente de mortalidade neonatal precoce (0 a 6 dias inclusive); 
• coeficiente de mortalidade neonatal tardia (7 a 27 dias). 
2) coeficiente de mortalidade pós-neonatal ou infantil tardia (óbitos de 28 dias a 364 dias 
inclusive) em relação ao total de nascidos vivos (por 1000). 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE MATERNA 
Mortes Maternas = aquelas devidas a complicações da gravidez, do parto e do puerpério (até 42 
dias após o parto). Não incluem as acidentais. 
Causas obstétricas diretas = próprias ou específicas da gravidez, parto e puerpério ◦ 
Indiretas = não específicas da gravidez, parto ou puerpério, mas agravadas ou complicadas nesses 
períodos (DM) 
TMM elevada predominam causas obstétricas diretas 
• mod + moi = mortes maternas devidas a 
causas obstétricas diretas e indiretas 
• NV = número de nascidos vivos 
• k = 10.000 ou 100.000 
O número de nascidos vivos é utilizado no denominador da razão de mortalidade materna como 
uma estimativa da população de gestantes, exposta ao risco de morte por causas maternas. 
As mortes maternas são consideradas evitáveis 
TMM elevadas = baixos níveis de saúde da população feminina (alerta para qualidade dos serviços 
prestados à população) 
Entre mais de 60 mil disfunções maternas em 115 países, as causas de morte materna estão 
distribuídas da seguinte forma: 
• hemorragia grave (especialmente 
durante e depois do parto): 27% 
• hipertensão na gestação: 14% 
• infecções: 11% 
• parto obstruído e outras causas diretas: 
9% 
• complicações de abortos: 8% 
• coágulos sanguíneos (embolias): 3% 
 
 
 
23 
 
TAXA DE MORTALIDADE POR DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 
• Mortalidade Proporcional por grupos de causas; 
• Distribuição da porcentagem de óbitos por grupos de causas definidas, na população 
residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 
 
 
 
 
SISTEMAS DE INFORMÇÃO 
SIS 
• “Informação-decisão-ação” sintetiza a dinâmica das atividades da vigilância 
epidemiológica. 
• É fundamental: qualidade, veracidade 
• Retrata a situação de saúde do país 
• Oportunidade, atualidade, disponibilidade e cobertura são características que determinam 
a qualidade da informação. 
• Integra as estruturas organizacionais dos sistemas de saúde. 
• É constituído por vários subsistemas 
• Objetivo: facilitar a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde, 
subsidiando o processo de tomada de decisões. 
• Planejamento, coordenação e supervisão das atividades relativas à coleta, registro, 
processamento, análise, apresentação e difusão de dados e geração de informações. 
 
24 
 
SISAB 
Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica 
 
O SISAB integra a estratégia do Departamento de Atenção Básica (DAB/SAS/MS) denominada e-SUS 
Atenção Básica (e-SUS AB).  
Além do SISAB, temos os sistemas e-SUS AB para captar os dados, que é composto por dois 
sistemas de software que instrumentalizam a coleta dos dados que serão inseridos no SISAB. São 
eles: 1) 
1. Coleta de Dados Simplificado (CDS); 
2. Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) 
3. Aplicativos (App) para dispositivos móveis, atualmente disponível: app AD (Atenção 
Domiciliar). 
Nesse sentido, os sistemas e-SUS AB foram desenvolvidos para o cuidado em saúde, podendo ser 
utilizado por profissionais de todas as equipes de AB, pelas equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde 
da Família (Nasf), do Consultório na Rua (CnR), de Atenção à Saúde Prisional e da Atenção 
Domiciliar (AD), além dos profissionais que realizam ações no âmbito de programas como o Saúde 
na Escola (PSE) e a Academia da Saúde. 
• Informações da situação sanitária e de saúde da população do território por meio de 
relatórios de saúde, bem como de relatórios de indicadores de saúde por estado, 
município, região de saúde e equipe. 
Sistema de Informações do Programa Nacional e Imunização 
(SI-PNI) 
Fornece dados relativos à cobertura vacinal de rotina e, em campanhas, taxa de abandono e 
controle do envio de boletins de imunização. 
Subsistema de estoque e distribuição de imunobiológicos para fins gerenciais. 
O objetivo: Registra, por faixa etária, as doses de imunobiológicos aplicadas e calcula a cobertura 
vacinal; Fornece informações sobre rotina e campanhas, taxa de abandono e envio de boletins de 
imunização; Gerencia os atendimentos, o estoque e a distribuição dos imunobiológicos; Possibilita 
o controle das perdas físicas e técnicas de vacinas em todas as instâncias; Identifica as reações que 
estão ocorrendo pós vacinação, notificando os eventos adversos observados nos usuários 
vacinados; Identifica de forma individualizada os usuários que receberam atendimento nos Centros 
de Referências de Imunobiológicos Especiais; Possibilita a padronização do perfil de avaliação. 
SISCOLO/SISMAMA 
Sistema de Informação do câncer do colo do útero e Sistema de Informação do câncer e mama. 
 
25 
 
Sistema informatizado de entrada de dados desenvolvido pelo DATASUS em parceria com o INCA, 
para auxiliar a estruturação do Viva Mulher (Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do 
Útero e de Mama). Coleta e processa informações sobre identificação de pacientes e laudos de 
exames citopatológicos e histopatológicos, fornecendo dados para o monitoramento externo da 
qualidade dos exames, e assim orientando os gerentes estaduais do Programa sobre a qualidade 
dos laboratóriosresponsáveis pela leitura dos exames no município. 
• Apoia a rede de gerenciamento no acompanhamento da evolução do programa; 
• Dissemina informações em saúde para Gestão e Controle Social do SUS bem como para 
apoio à Pesquisa em Saúde. 
HIPERDIA 
Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos 
Destina-se ao cadastramento e acompanhamento de portadores de hipertensão arterial e/ou 
diabetes mellitus atendidos na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde – SUS, permitindo 
gerar informação para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma regular e 
sistemática a todos os pacientes cadastrados. O sistema envia dados para o Cartão Nacional de 
Saúde, funcionalidade que garante a identificação única do usuário do Sistema Único de Saúde – 
SUS. 
• Orienta os gestores públicos na adoção de estratégias de intervenção; 
• Permite conhecer o perfil epidemiológico da hipertensão arterial e do diabetes mellitus na 
população. 
• Cadastra e acompanha a situação dos portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes 
mellitus em todo o país; 
• Gera informações fundamentais para os gerentes locais, gestores das secretarias e 
Ministério da Saúde; 
• Disponibiliza informações de acesso público com exceção da identificação do portador; 
• Envia dados ao CadSUS. 
SISPRENATAL 
 Sistema de Acompanhamento da Gestante 
O SisPreNatal é um software desenvolvido para acompanhamento adequado das gestantes 
inseridas no Programa de Humanização no Pré- Natal e Nascimento (PHPN), do Sistema Único de 
Saúde. Apresenta o elenco mínimo de procedimentos para uma assistência pré-natal adequada, 
ampliando esforços no sentido de reduzir as altas taxas de morbi-mortalidade materna, perinatal e 
neonatal. 
• Disponibiliza registro diário dos atendimentos às gestantes; 
• Disponibiliza numeração para acompanhamento da gestação e geração de incentivo de 
parto no SIH-SUS. 
 
26 
 
EVENTOS VITAIS 
SIM 
Sist. de Informação sobre Mortalidade 
PARA ÓBITOS HOSPITALARES 
O médico do estabelecimento onde ocorreu o falecimento preenche a declaração de óbito (DO) em 
três vias. 
• A 1a. via, (branca) deve ser encaminhada para a SMS, para fins de processamento. 
• A 2a. via, (amarela) deve ser entregue aos familiares para que se proceda o registro do 
óbito em cartório. 
• A 3a. via, (rosa) será arquivada no estabelecimento de saúde onde ocorreu o óbito 
(prontuário). 
A obrigatoriedade de seu preenchimento, para todo óbito ocorrido, é determinada pela Lei Federal 
n° 6.015/73. 
Nenhum sepultamento deveria ocorrer sem prévia emissão da DO. 
A partir das informações contidas nesse sistema, pode-se obter a mortalidade proporcional por 
causas, faixa etária, sexo, local de ocorrência e residência e letalidade de agravos dos quais se 
conheça a incidência, bem como taxas de mortalidade geral, infantil, materna ou por qualquer 
outra variável contida na DO. 
SINASC 
O Sinasc é o sistema responsável pelo registro de nascidos vivos; 
Instrumento: Declaração de Nascido Vivo (DN); 
• Deve ser preenchida nos hospitais e outras instituições de saúde que realizam partos, e 
nos Cartórios de Registro Civil, na presença de duas testemunhas, quando o nascimento 
ocorre em domicílio sem assistência de profissional de saúde 
• O número de nascidos vivos é o denominador que possibilita a constituição de indicadores 
voltados para a avaliação de riscos à saúde do segmento materno infantil. 
• A obrigatoriedade do registro da Declaração de Nascidos Vivos é dada pela Lei n° 6.015/73. 
• A DN deve ser preenchida para todos os nascidos vivos no país; 
• As DN são pré-numerados, impressos em três vias coloridas e distribuídos às SES pela 
SVS/MS. É preconizado que as SMS devem assumir a distribuição aos estabelecimentos de 
saúde e cartórios. 
o Proporção de nascidos vivos de baixo peso, proporção de nascimentos 
prematuros, proporção de partos hospitalares, proporção de nascidos vivos por 
faixa etária da mãe, valores do índice Apgar no primeiro e quinto minutos, número 
 
27 
 
de consultas pré-natal realizadas para cada nascido vivo, dentre outros. Além 
desses, podem ainda ser calculados indicadores clássicos voltados à caracterização 
geral de uma população, como a taxa bruta de natalidade e a taxa de fecundidade 
geral. 
SINAN 
O Sinan é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e 
agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória, mas é facultado a 
estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região. Sua utilização 
efetiva permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população, 
podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravos de notificação compulsória, além 
de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo assim, para a identificação 
da realidade epidemiológica de determinada área geográfica. 
A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou 
responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao paciente, em 
conformidade com o art. 8º da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975. 
Critérios de inclusão de agravos na lista de notificação compulsória 
• Magnitude – aplicável a doenças de elevada frequência, que afetam grandes contingentes 
populacionais e se traduzem por altas taxas de incidência, prevalência, mortalidade e anos 
potenciais de vida perdidos; 
• Potencial de disseminação – representado pelo elevado poder de transmissão da doença, 
por meio de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva; 
Transcendência 
Custo pessoal e social dos agravos à população tudo o que passa a interferir diretamente nas 
relações sociais, econômicas, profissionais e culturais: ◦ 
• severidade, medida por taxas de letalidade, de hospitalização e de seqüelas; ◦ 
• relevância social, avaliada, pelo valor atribuído pela sociedade à ocorrência da doença e 
que se manifesta pela sensação de medo, repulsa ou indignação; e ◦ 
• relevância econômica, avaliada por prejuízos decorrentes de restrições comerciais, 
redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos assistenciais e 
previdenciários, etc.; 
Vulnerabilidade 
Medida pela disponibilidade concreta de instrumentos específicos de prevenção e controle da 
doença, propiciando a atuação efetiva dos serviços de saúde sobre os indivíduos e coletividades; 
Aspectos que devem ser considerados na notificação: 
• Notificar a simples suspeita da doença; 
 
28 
 
• A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico-
sanitário, em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos 
cidadãos; 
• O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de 
casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um 
indicador de eficiência do sistema de informações.

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