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História do Direito Romano - Resumo

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História do Direito
Direito Romano – Aula 01
	O direito Romano foi um conjunto de normas, regras jurídicas, vigentes em Roma e nos territórios submissos, desde sua fundação de Roma mais ou menos em 754/753 a.C – século VIII a.C, até a morte de Justiniano (século VI d.C). Alguns autores entendem que o período a ser estudado tem término com a morte de Justiniano em 5645 d.C. Durante estes quase 13 séculos, muitas foram as mudanças políticas, sociais e econômicas. Com estas mudanças, resulta a evolução e as crises de direitos.
Características do Direito Romano:
*A proteção do indivíduo: O indivíduo romano ele estava protegido pelas leis Romanas. O estado dava ao indivíduo proteção total como direito de contraditório, ser ouvido pelo tribunal, isso não acontecia com os outros povos que normalmente eram julgados pelo próprio povo. No exemplo de Jesus, pelo fato dele ser judeu foi condenado pelo povo, caso fosse romano ele teria o direito do contraditório ser ouvido no tribunal e fazer sua defesa.
*Autonomia das Famílias: As famílias tinham autonomia para gerenciar suas próprias vidas. O estado não interferia na vida familiar, estando o indivíduo protegido pelo “Pater” que era a autoridade maior e esse “Pater” ele tinha poder sobre a vida e sobre a morte das pessoas e o estado não interferia. 
*Prestígio e poder do Pater família: está ligado a autonomia das famílias. O pater família era o chefe daquela família cabia a ele proteger os indivíduos que estavam sobre a sua família de todas as formas possíveis, mas também cabia a ele o direito sobre a vida e sobre a morte das pessoas, o poder dele era incontestável. A família morava na vila que era formada por várias pessoas mesmo não sendo do próprio sangue eles estavam sobre proteção do pater família. 
 * Valorização da palavra empenhada: A palavra tinha que ser cumprida, origina hoje em nosso direito o que chamamos de boa-fé – a boa-fé nada mais é do que a palavra empenhada. No direito era chamado de fídea. 
		Definição Histórica do direito Romano
É um sistema de princípios, conceitos e regras jurídicas que tiveram origem na Antiga Roma e se perpetuam até o presente dos povos que os mantém vigentes ou por continuidade histórica ou recepção intelectual, formando o contemporâneo Sistema Jurídico Romanista.
Comentário: “O direito romano é tão importante que ele não se limitou a está no mundo antigo, mais de 80% dos artigos do nosso direito civil é versado no direito Romano. Todos os povos que tem a origem latina usam o direito Romano como base”.
		A importância do direito Romano
O Direito Romano vive, ainda hoje, em várias instituições liberais individualistas contemporâneas, principalmente naquelas relacionadas ao direito de propriedade no seu prisma civilista e ao direito das obrigações, norteando o caráter privatístico do nosso Código Civil, (priorizando da defesa da propriedade como direito real) (erga omnes).
 “80% do nosso código civil foi confeccionado com base no direito Romano, só que esses 80% versam sobre dois direitos, sendo eles direito de propriedade e direito das obrigações (Obrigações - contrato - princípio da boa-fé) o direito das obrigações era um direito real. Direito a propriedade era chamado no código romano de erga omnes – que traduzindo do latim quer dizer “Para todos”, todos tinham direito a propriedade”. 
O Direito Romano vai se dividir em vários períodos:
Arcaico
Império
República
Período Arcaico: Surge a primeira codificação do direito romano que é a lei das XII tábuas. A sociedade Romana era dividida em Patrícios, Clientes, Plebeus e Escravos.
Patrícios: Eram a elite a aristocracia
Clientes: eram os parentes que se agregavam aquele patrício para viver sobre a proteção do pater-família.
Plebeus: Eram estrangeiros que não tinham cidadania romana, mas tinham obrigações, principalmente obrigações de irem para guerra. Em um determinado momento os plebeus se revoltaram no intuito de ter assento no parlamento.
A constituição do direito dos plebeus que é chamado de tribuno da plebe, foi estabelecida pela lei das XII tábuas, lá estava elencando quais eram os direitos e deveres daqueles que constituíam todos que estavam naquela localidade, esta é a primeira lei que estava escrita no período arcaico. A base dessa lei era o costume porque esse direito era formal, o costume que eles tinham de decidir naquele momento, não tinha igual na Grécia os legisladores que faziam as normas a serem seguidas a partir de um determinado caso. 
A base da fonte do direito Romano eram os costumes
PERIODIZAÇÃO DO DIREITO ROMANO
Base da Lei das XII Tábuas:
Costume: O costume local dizia que aqueles que não fosse cidadão romano deveriam serem julgados pelas leis dos seus povos que tinham vários domínios a exemplo do judeu que foi julgado pela lei dos judeus, porque estava estabelecido assim nas normas: “Os Romanos serão julgados pelas leis dos Romanos, os estrangeiros serão julgados pelas leis de sua origem”. Havia mediação para estabelecer a ordem, uma vez que o caso fosse julgado no território Romano, mas a lei a ser aplicada seria a lei da origem do estrangeiro. 
Não havia advogados: o direito era o domino de todos. Existiam 5 tipos de ações para a ação ser aceita pelo tribunal romano era necessário fazer uma série de procedimentos, e quem não dominava esse direito não conseguia ter uma ação aceita pelo tribunal. 
O direito era do domínio de poucos: Para se aceitar a pessoa precisava dominar alguns conhecimentos que muitas vezes nem todos tinham. 
Existia um cargo público que manejava a justiça que era chamado de pretor. Os pretores eram trocados sempre, tinham pretores que ficavam vários anos e tinham pretores que ficavam apenas 1 ano. Eles analisavam os casos que chegavam, os casos que eram resolvidos nos tribunais daquela localidade e expediam um documento chamado edito, ou seja, tenho dito a partir desse momento esse tipo de ação vai seguir esse rito, essas qualidades, era o pretor que tinha essa função que servia para manejar os processos a partir daquele momento.
Existiam dois tipos de pretores: 
Urbano: Os romanos eram manejados pelo que chamamos de ius civile ou justiça da civilização, uma vez que eles eram civilizados. Os pretores urbanos cuidavam das causas que envolviam todos os cidadãos romanos. Qualquer tipo de ação da ius civile.
Peregrino: resolvia causas em que apareciam estrangeiros através do Ius
Gentium, direito dos gentis daqueles que não eram romanos.
As duas formas de chegar a justiça eram por meio do Ius Civile se fosse cidadão romano ou por melo do Ius Gentium se fosse cidadão estrangeiro.
Período Arcaico: 
Desenvolvimento das Ações:
Os modos processuais remetiam as ações, existiam dois tipos de ações a ius civile aplicada pelos pretores urbanos e a ius gentium pelos pretores peregrinos.
As partes iam até o pretor, que ouvia as explanações e, se houvesse motivo para instaurar o processo, remetia as partes para árbitros particulares, que resolveriam o problema (in judicium); 
Como não havia advogado cabia a própria parte se dirigir até os pretores, se fosse romano dirigia ao pretor urbano e explanava o direito que ele achava que ele tinha. O pretor ouvir e se houvesse motivo para iniciar o processo, as partes eram remetidas a um árbitro particular. O árbitro ia “in loco” (na localidade) fazer uma arbitragem para conciliar as duas partes, mas caso não houvesse conciliação o caso era remetido para um tribunal. No tribunal existiam cinco tipos de ações. A ação menos complexa é a ação de sacramento, essa que tinha que ser manejada toda vez que não tivesse uma lei especifica para o caso concreto. Toda vez que não tivesse uma lei especifica esta parte se dirigia ao pretor e reclamava: a pesar de não ter uma lei especifica eu quero manejar por essa ação, (ação de sacramente). 
Para que o processo fosse aceito, a parte deveria enquadrar a questão em uma das cinco legis actiones existentes, e fazer uma combinação de palavras e gestos para que o pretor aceitasse seu pedido;
O processo era oral, gratuitoe sem recurso.

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