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Disciplina: Direito Eletrônico Modelo de Prova: Roteiro de Estudos Tipo de Prova: RE Versão da Prova: 1 Código da Prova: 72757 Questão Respostacorreta Gabarito Comentado 1 B A década de 1990 foi marcada, entre outras coisas, pela publicação dos primeiros artigos e textos jurídicos sobre a aplicação do direito à rede mundial de computadores. As primeiras discussões tratavam sobre o conflito de jurisdição no espaço virtual. Uma vez que as pessoas acessam websites localizados em outros países e praticam atos jurídicos nesses locais, (ex.: sites de apostas), o problema da jurisdição ganhou particular destaque. 2 D A “corrente libertária”, que encontra como principais expoentes autores como Barlow, Post e Johnson, questionava a eficácia do “direito tradicional” para regulamentar os ambientes digitais. Tal corrente tinha como principal objetiva propor um direito próprio para a rede. 3 B A presença da tecnologia da informação nas várias situações do cotidiano demarca uma característica muito interessante do Direito Eletrônico, sua “multidisciplinaridade”, ou seja, a influência dos diversos outros ramos jurídicos na formação deste ramo “especial”. A título de exemplo, podemos citar alguns ramos do Direito e sua relação com o Direito Eletrônico como o Direito Civil e o estudo da responsabilidade civil na Internet. De acordo com a posição clássica da doutrina, o Direito é uno. Conforme nos ensina o Prof. Carlos Alberto Rohrmann, a questão da análise da autonomia de determinado ramo do direito passa pela busca de princípios próprios, que informem o pretenso ramo autônomo. Outros parâmetros que são utilizados na busca da demonstração da autonomia podem ser um corpo legislativo próprio, destacado, os casos que são decididos acerca da matéria, e até mesmo o estudo da disciplina em cursos de graduação ou pós- graduação. 4 D Em que pese o Marco Civil da Internet garantir a Neutralidade da Rede como princípio de arquitetura e uso da internet, cumpre trazer à tona o posicionamento dos especialistas técnicos em Tecnologia da Informação, que são unânimes em dizer que não pode haver uma neutralidade absoluta, por questões de segurança da rede. A principal exceção à Neutralidade reconhecida por esses experts diz respeito ao bloqueio de caminhos que sejam considerados portas de entrada para o envio de vírus e spam. A título de exemplificação, podemos citar o caso da chamada “Porta 25” no Brasil. A “Porta 25” é uma entrada de tráfego que passou a ser massivamente utilizada por spammers e, portanto, passou a representar uma porta de entrada de mensagens indesejáveis aos usuários da rede. O CGI.br adotou uma Resolução para o gerenciamento do tráfego vindo por esta porta (COMITÊ GESTOR DA INTERNET, 2009b). O chamado “Direito Tradicional”, de fato, NÃO conseguia resolver 5 C O chamado “Direito Tradicional”, de fato, NÃO conseguia resolver diversas questões relacionadas às novas situações de conflitos trazidas pela virtualização de grande número de atos jurídicos, surgindo daí a necessidade de um ramo jurídico diferenciado, marcado notadamente pela necessidade de conhecimentos técnicos sobre conceitos computacionais e sobre a própria estrutura da rede mundial de computadores. Tal impasse gerou a necessidade de criação de um novel ramo do direito, intitulado de “Direito Eletrônico”, conhecido também como “Direito Digital” ou “Direito Virtual”. Conforme ensinamento do professor Carlos Alberto Rohrmann, “o principal objetivo desse novel ramo jurídico é justamente apresentar soluções para as novas situações de conflitos trazidas pela virtualização de grande número de atos jurídicos” (ROHRMANN, C. A. Curso de Direito Virtual. Belo Horizonte: Del Rey, 2005. p 9).
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