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1 UNIP 2017 PRISCILA DA SILVA COSTA RA N755BH3 TURMA DR2RS06 BASES CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PROFESSOR CARLOS VOLANTE 2 PRISCILA DA SILVA COSTA RA N755BH3 TURMA DR2RS06 - NOTURNO – 4º SEMESTRE INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE Trabalho referente à intervenção do estado na propriedade e seus elementos de desapropriação, confisco, requisição, ocupação, servidão administrativa e tombamento. SÃO PAULO 3 2017 SUMÁRIO 1. Introdução...........................................................................pag.4 2. Intervenção da propriedade..............................................pag.5 3. Desapropriação..................................................................pag.5 4. Confisco..............................................................................pag.6 5. Requisição...........................................................................pag.6 6. Ocupação.............................................................................pag.7 7. Servidão Administrativa.....................................................pag.7 8. Tombamento.......................................................................pag.7 9. Conclusão...........................................................................pag.8 10. Bibliografia.......................................................................... pag.8 4 1. INTRODUÇÃO Neste trabalho será apresentado a intervenção do estado nas propriedades privadas, com interesses sociais, e suas modalidades. Mesmo sabendo que os cidadãos possuem direitos as suas propriedades, o estado intervém, para que seja exposto os interesses públicos com fins de interesses a sociedade, são restringidos os direitos nos casos de desapropriação, confisco, requisição, ocupação, servidão administrativa e tombamento. Será exposto neste trabalho os conceitos dos elementos e seus dispositivos legais, Ressaltando que haverá restrição e não perda. 5 2. INTERVENÇÃO DA PROPRIEDADE O Estado tem apresentado preocupação com o conforto da sociedade. Para que seja produtivo o andamento desse interesse público, é necessário a intervenção do Estado, para que haja conciliações entre interesses públicos e privados, garantindo- se melhores condições de convívio social, e, criando algumas restrições em algumas modalidades que possuem respaldo no Direito. A Constituição Federal prevê o direito à propriedade, conforme o Art. 5º, é um direito individual, portando é cláusula pétrea. Art. 5º, inciso XXII: é garantido o direito à propriedade; Art. 5º inciso XXIII: a propriedade atenderá a sua função social. Podemos notar que o estado intervém para que os interesses da sociedade sejam expressamente respeitados, conforme Art. 182 e Art. 186 CF. Segundo Hely Lopes Meirelles: " entende-se por intervenção na propriedade privada todo ato de Poder Público que, compulsoriamente, retira ou restringe direitos dominiais privados, ou sujeita o uso de bens particulares a uma destinação de interesse público". Vejamos então as modalidades de intervenção pública na propriedade privada. 3. DESAPROPRIAÇÃO É a intervenção na propriedade em que o Estado toma posse do seu bem, aquisição originária e não depende da vontade do proprietário. A transferência é compulsória, por utilidade ou necessidade pública, mediante prévia e justa indenização em dinheiro conforme previsto no Art. 5º, XXIV CF, salvo as exceções constitucionais de pagamento em títulos da dívida pública de emissão antecedente aprovada pelo Senado Federal em caso de área urbana não edificada ou não utilizada e em casos de dívida agrária em casos de reforma agrária por interesse social previsto no Art. 184 CF. 6 A competência é legislativa, apenas a União, conforme previsto na CF/88: 22 II, pode legislar sobre desapropriação. Art. 5º XXIV CF- a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição. Os bens suscetíveis a desapropriação podem ser moveis ou imóveis, incluso também direitos ou ações. Exceto direitos autorais e direitos da personalidade. A União pode desapropriar bens do Estado e Município, os Estados bens dos municípios e os municípios bens dos particulares, conforme previsto no Art. 2º, § 2º do Decreto-lei 3365/41. 4. CONFISCO É a perda da propriedade privada para o Estado em razão de uma punição, e, nunca há pagamento de indenização. Conforme previsto no Art. 243 CF, o procedimento judicial é estabelecido pela Lei 8257/91, que trata da incorporação do bem ao patrimônio público da União, devendo ser destacada a desnecessidade de expedição do decreto expropriatório. 5. REQUISIÇÃO A requisição "é sempre um ato de império do Poder Público, discricionário quanto ao objeto e oportunidade da medida, mas condicionado à existência de perigo público iminente "(artigo 5º, inciso XXV supra)"e vinculado à lei quanto à competência da autoridade requisitante " (Meirelles, 2009, pág. 636.) É a utilização coativa de bens ou serviços particulares pelo Poder Público por ato de execução imediata e direta da autoridade requisitante e indenização ulterior, para atendimento de necessidades coletivas urgentes e transitórias. Conforme previsto no Art. 5º, XXV da CF: 7 XXV- no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. É direito pessoal da administração pública, incide sobre bens móveis, imóveis e serviços, caracterizada pela transitoriedade e a indenização somente é devida se houver dano. 6. OCUPAÇÃO É a utilização de propriedade privada temporária, podendo ser remunerada ou gratuita, para execução de obras, serviços ou atividades públicas com interesses sociais. A indenização é de acordo com a modalidade da ocupação, se for obter algum vínculo com a desapropriação incide indenização, em caso contrário não, salvo se houver algum prejuízo ao proprietário, previsto no Decreto-lei Nº 3.36541, Art.36 7. SERVIDÃO ADMINISTRATIVA É um ônus real público incidente sobre uma propriedade privada de outrem, autorizando o poder público a utilizar a propriedade para execução de obras e serviços com interesses da sociedade. Segundo Meirelles "a intervenção na propriedade privada todo ato do Poder Público que compulsoriamente retira ou restringe direitos dominiais privados ou sujeita o uso de bens particulares a uma destinação de interesse público". O Poder Público pode limitar o direito de propriedade assegurado ao particular, de acordo com o Art.170 CF, em benefícios sociais. 8. TOMBAMENTO O Estado intervém na propriedade privada com objetivo de resguardar os patrimônios, podendo ser: - Histórico - Cultural 8 - Arqueológico - Artístico - Turístico - Paisagístico brasileiro Conforme Art. 216, § 1º da CF - O poder público, com colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamentoe desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. 9. CONCLUSÃO Segundo Alexandrino, a intervenção do estado na propriedade privada “pode ser entendida como a atividade estatal que tem por fim ajustar, conciliar o uso dessa propriedade particular com os interesses dessa propriedade particular com os interesses da coletividade. É o Estado, na defesa do interesse público, condicionando o uso da propriedade particular” A intervenção do Estado nas propriedades privadas, tem como objetivo principal sempre os interesses sociais, aderindo a necessidade pela maioria, aproveitando os espaços de maneira mais ampla e benéfica. Porém é necessário que seja sempre observado os dispositivos legais para que possa ocorrer a intervenção na propriedade a qual se destina a intervenção. Porém se algum dos proprietários se sentirem lesados ou sofrerem algum tipo de dano, podemos observar que é cabível a indenização. 10. BIBLIOGRAFIA MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32ª Edição. São Paulo : Malheiros, 2006. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 25ª Edição. São Paulo, Editora Atlas, 2012. (ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado, 16ª E. – São Paulo : Editora Método, 2008, p. 70
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