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curso 29587 aula 08 v1

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Aula 08
Português p/ TJ-MG 2017 (Todos os Cargos) Com videoaulas
Professor: Felipe Luccas
 
 
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AULA 08 
SEMÂNTICA. COESÃO. COERÊNCIA. 
Sumário 
Sumário ..................................................................................................... 1 
Semântica - Noções Introdutórias .................................................................. 2 
Conceitos fundamentais ............................................................................... 2 
Coesão e Coerência ................................................................................... 27 
Função Anafórica e Catafórica do pronome no texto: ...................................... 48 
Coesão Sequencial ± Continuidade Textual .................................................... 56 
Mais questões comentadas ......................................................................... 61 
Lista das questões comentadas na aula ........................................................ 78 
Mais questões comentadas ....................................................................... 101 
Gabaritos ............................................................................................... 113 
 
 
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 SEMÂNTICA. COESÃO. COERÊNCIA 
Semântica - Noções Introdutórias 
Semântica é o estudo do sentido de palavras ou de textos. É um assunto muito 
amplo. Para se entender plenamente um texto, cada palavra é relevante, então o 
estudo desse assunto é pertinente à interpretação e à compreensão de textos. 
Na prática, estamos estudando semântica desde o início, subjacente ao sentido de 
toda parte de morfologia que vimos. O sentido dos conectores, dos tempos e modos 
verbais, das circunstâncias adverbiais, dos verbos regidos por determinadas 
SUHSRVLo}HV��GDV�UHJUDV�GH�SRQWXDomR��WXGR�LVVR�WHP�DVSHFWRV�³VHPkQWLFD´�H�YDL�VHU�
fundamental na hora de ler e decifrar o que está sendo comunicado. 
Agora vamos trabalhar algumas questões mais específicas, como vocabulário, 
sinônimos, antônimos, coesão, coerência, ambiguidade, interpretação, bem como 
outros detalhes de gramática que vêm sendo cobrados em prova. 
Pessoal, muito carinho com esta aula! Cada vez mais as bancas estão focando no 
sentido das estruturas, no signficado contextualizado, mais do que na nomenclatura 
ou função sintática. Vamos adiante! 
Conceitos fundamentais 
 
Campo semântico: 
As palavras podem ter estreitas relações de sentido entre si, como de semelhança, 
contiguidade, equivalência, diferença, oposição, pertinência, contiguidade. 
Palavras que se associam de uma forma direta e previsível, de modo que uma pessoa 
consiga facilmente pensar nas outras quando pensa na primeira, formam XP�³FDPSR�
VHPkQWLFR´�� 
 
Em termos simples, podemos dizer que vocábulos como bola, chuteira, trave, rede, 
gol, artilheiro, goleiro, campeonato, pênalti, formam XP� ³campo semântico´ de 
³)XWHERO´��SRLV�SHUWHQFHP�D�XPD�PHVPD�³iUHD´. Quando pensamos em um elemento 
desses, geralmente há uma associação intuitiva aos outros elementos desse 
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conjunto. 
Evidentemente, as associações são infinitas e não existe um número definido de 
elementos que pertencem a um campo semântico fixo e previsível. Essas 
associações se formam no contexto e também dependem da experiência e 
conhecimento de mundo de cada um. Nada impede que façam parte desse campo 
palavras como Messi, juiz, ingresso, artilheiro, cartão, patrocínio, uniforme, luva ou 
outra que também se relacione de algum PRGR�j�LGHLD�JHUDO�VXJHULGD�SRU�³IXWHERO´�� 
 
 
Sentido Denotativo X Sentido Conotativo 
As palavras geralmente tem um sentido mais direto, mais clássico, mais primário, 
que imediatamente se manifesta quando ouvimos ou lemos aquela sequência de 
sons ou letras que formam tal palavra. Esse é o sentido denotativo, o sentido direto, 
primário, principal do dicionário. 
Cuidado, porque o dicionário também traz os possíveis sentidos figurados de um 
termo, mas o sentido denotativo é aquele mais clássico, mais imediato, do mundo 
real, não figurado. Os sentidos figurados listados geralmente são extensão 
semântica do primeiro sentido, do sentido real. 
Ex: o leão é o animal mais visitado do zoológico. 
9HMD�TXH�³OHmR´�HVWi�VHQGR�XVDGR�HP�VXD�DFHSção mais clássica, como animal; esse 
é o sentido denotativo, o sentido que normalmente vem à mente quando ouvimos 
essa palavra. 
Por outro lado, num determinado contexto, a mesma palavra pode assumir um novo 
sentido, figurado, metafórico, especial, não óbvio. 
Ex: Esse lutador batendo é um leão; apanhando é um gatinho. 
$JRUD�D�SDODYUD�³OHmR´�GHL[RX�GH�GHVLJQDU�R�DQLPDO�SDUD�LQGLFDU�ILJXUDGDPHQWH�XPD�
pessoa que tem a característica da ferocidade. Já o ³gatinho´ tem a característica 
de ser pequeno, inofensivo. Esse é um sentido figurado, metafórico, conotativo. 
 
Veja exemplos de sentido conotativo que uma palavra pode assumir: 
 
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2EVHUYH�TXH�³GHYRUDQGR´�WHP�VHQWLGR�ILJXUDGR��1mR�p�SRVVtYHO�³FRPHU´R�SODQHWD��0DV�HVVH�
XVR�VH�WRUQD�SHUIHLWDPHQWH�FRHUHQWH�SRUTXH�D�PDWpULD�IDOD�VREUH�R�FRQVXPR�³GHVHQIUHDGR´�
dos alimentos do mundo. 
 
$�SDODYUD�³IULWR´�IRL�XWLOL]DGD�FRP�VHQWLGR�DPEtJXR�GH�³IHUUDGR´�RX�OLWHUDOPHQWH�³IULWR�
QXPD�IULJLGHLUD´� 
 
Linguagem figurada: metáfora 
 
A metáfora é provavelmente a principal figura de linguagem utilizada na língua. Nada 
mais é do que uma comparação entre dois elementos que têm uma característica 
em comum. Nessa ³LQWHUVHFomR´ é que ocorre a imagem. 
1RV� H[HPSORV� DFLPD�� TXDQGR� GLVVHPRV� TXH� IXODQR� p� XP� ³OHmR´�� HVWDPRV�
FRPSDUDQGR�R�³IXODQR´, que tem a característica da ferocidade, DR�³DQLPDO´��TXH�
também tem essa característica. Dessa forma, formamos uma imagem em que a 
IHURFLGDGH�GR�DQLPDO�LOXVWUD�FRPR�p�D�IHURFLGDGH�GR�³IXODQR´��6H�GLVVpVVHPRV�DSHQDV�
TXH�R�IXODQR�p�³IHUR]´��SHUGHUtDPRV�JUDQGH�SDUWH�GR�VHQWLGR�TXH�IRL�HPSUHVWDGR�GR�
animal, ou seja, uma ferocidade muito grande, arrebatadora. 
Basicamente, é assim que funciona uma metáfora, é uma comparação sem um 
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elemento formal (conectores comparativos), que ilustra a qualidade de um ser com 
a característica comum de outro ser. 
4XDQGR�XVDPRV�D�H[SUHVVmR�³WLUDU�OHLWH�GH�SHGUD´��VDEHPRV�TXH�LVVR�p�XPD�LPDJHP�
metafórica porque pedra não dá leite em sentido real, denotativo. A pedra tem a 
característica da dureza, então tirar leite da dureza equivale a tirar um produto de 
uma situação dura, difícil. Veja mais alguns exemplos: 
Ex: Fulana é uma bola (característica comXP�GH�VHU�³DUUHGRQGDGR´� 
([��)XODQR�p�XP�SDOLWR��FDUDFWHUtVWLFD�FRPXP�GH�VHU�³ILQR´� 
Ex: Fulana é uma fofa (cDUDFWHUtVWLFD�FRPXP�GH�VHU�³PDFLR��VXDYH´� 
Ex: Este PDF é uma bíblia (característica comum de ter ³PXLWDV�SiJLQDV´� 
 
Linguagem figurada: metonímia/catacrese 
 
A metonímia é um subtipo de metáfora, mas que traz uma relação específica de 
continência/pertinência/inclusão/implicação, não de intersecção. Vejamos as 
mais comuns: 
9 Autor pela obra:Leio sempre Machado de Assis. (= Leio a obra literária de 
Machado de Assis.) 
9 Inventor pelo invento: Thomas Édson iluminou o planeta. (= 
As lâmpadas inventadas por ele iluminam.) 
9 Símbolo pela coisa simbolizada: Meu coração é verde-amarelo. (verde-
amarelo representa, simbolicamente, por serem as cores da nossa bandeira, 
brasileiro) 
9 Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana. (= Fumei um 
saboroso charuto.) 
9 Efeito pela causa: Foi com suor que emagreci. (= o exercício fez emagrecer, 
o suor é o efeito do exercício físico) 
9 Causa pelo efeito: Eu vivo do meu trabalho. (= vivo do meu salário, efeito 
GR�TXH�HX�WUDEDOKR��1LQJXpP�SDJD�FRQWDV�FRP�R�³WUDEDOKR�HP�VL´��PDV�FRP�
dinheiro) 
9 Continente pelo conteúdo: Bebeu 3 copos. (= Bebeu o líquido que estava 
nos copos.) 
9 Instrumento pela pessoa que utiliza: As câmeras foram atrás dos atletas. 
(= Os repórteres foram atrás dos atletas.) 
9 Parte pelo todo: O Brasil se classificou para a Copa. (= Apenas a seleção 
EUDVLOHLUD��XPD�SHTXHQD�SDUWH�GR�³EUDVLO´) 
9 Gênero pela espécie: Os mortais sofrem demais na terra. (= 
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Os homens sofrem) 
9 Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus 
direitos. (= As mulheres foram chamadas, não apenas uma mulher.) 
9 Marca pelo produto: Minha filha adora danone, nutella e yakult. (= Minha 
filha adora o iogurte, creme de avelã e leite fermentado dessas marcas.) 
9 Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= Alguns astronautas foram à 
Lua.) 
9 Instrumento pela coisa ou entidade ± nomeia-se ou indica-se uma coisa 
ou entidade por meio do instrumento utilizado: A pena (educação) é mais 
poderosa do que a espada (força, armas). 
9 Abstrato pelo concreto: a 3ª idade vive muito tempo. A juventude morre 
cedo(= os idosos vivem muito tempo H�RV�³MRYHQV´�PRUUHP�FHGR.) 
9 Associação entre funções ± um termo é usado em lugar do outro por uma 
semelhança de funções: Ele é um aviãozinho. (avião indica o pequeno 
traficante que sobe e desce o morro para buscar drogas, à semelhança do 
que ocorre com os aviões) 
 
Existe um outro tipo de figura de linguagem muito semelhante, que é a catacrese: 
trata-se de um PHWRQtPLD�PHWiIRUD�TXH�IRL�³FULVWDOL]DGD´, naturalizada, pelo uso. 
2X�VHMD��p�XPD�PHWiIRUD�WmR�³EDWLGD´�TXH�QLQJXpP�PDLV�HQ[HUJD�FRPR�OLQJXDJHP�
figurada: 
 
Ex: Pé da mesa, braço do violão, maçã do rosto... 
 
Se você encontrar esses tipos de relação acima no texto da sua prova, pode confiar 
que teremos sentido figurado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. (CESPE / INSS / 2016) 
 
De acordo com as informações do texto, é correto inferir que seu Joaquim era 
analfabeto, uma vez que ele ³GHVHQKRX�R�HQGHUHoR�QD�QRWD´��O����� 
Comentários: 
$� SDODYUD� ³GHVHQKRX´� HVWi� VHQGR� XWLOL]DGD� QR� VHQWLGR� ILJXUDGR�� FRQRWDWLYR�� 1D�
verdade é uma forma imagética GH�GL]HU�TXH�HOH� ³HVFUHYHX´ o desenho na nota, 
SURYDYHOPHQWH�VH�UHIHULQGR�DR�PRGR�³UiSLGR´�H�³WUDFHMDGR´�FRP�TXH�R�HQGHUHoR�IRL�
escrito. Ainda que você não tivesse percebido esse uso figurado, teria que perceber 
TXH� R� LWHP�HVWi� HUUDGR� SRU� DILUPDU� TXH� ³-RDTXLP´� HUD� DQDOIDEHWR��1mR�Ki como 
afirmar isso, ainda mais que num trecho anterior da linha 14 ele preenche a nota 
fiscal. Questão incorreta. 
2. (CESPE / INSS / 2016) 
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Utilizar o texto da questão acima. 
No que se refere aos sentidos do texto I, julgue o próximo item. 
$�H[SUHVVmR�³DUPDU DOL�D�PLQKD�WHQGD´��O����IRL�HPSUHJDGD�QR�WH[WR�HP�VHQWLGR�
figurado. 
Comentários: 
O indivíduo estava dentro de um cômodo de apartamento. Faria sentido armar, de 
IDWR��XPD�WHQGD�DOL"�/RJLFDPHQWH��LVVR�VHULD�LQFRHUHQWH��³$UPDU�DOL�D�PLQKD�WHQGD´�
é uma expreVVmR��XPD�PHWiIRUD��QR�VHQWLGR�GH�³VH� LQVWDODU��GRUPLU�DOL´��4XHVWmR�
correta. 
3. (CESPE / INSS / 2016) 
Utilizar o texto da questão 1. 
No que se refere aos sentidos do texto I, julgue o próximo item. 
O verbo dever foi empregado na linha 17 no sentido de ser provável. 
Comentários: 
,VRODGDPHQWH�� R� YHUER� ³GHYHU´� WHP� VHQWLGR� LPSRVLWLYR�� GH� REULJDomR�� 3RUpP�� Qo 
FRQWH[WR��R�YHUER�³GHYHU´ WHP�VHQWLGR�GH�³VHU�provável´��FRPR�GHFRUUrQFLD� de um 
UDFLRFtQLR�� ³6H� R� SUpGLR� GR� 0iULR� p� ����� R� PHX�� TXH� ILFD� TXDVH� HP� IUHQWH��
(provavelmente) deve VHU����´��2�VHQWLGR�GH�FRQFOXVmR�SURYiYHO�p�XP�GRV�PDWL]HV�
VHPkQWLFRV�GR�YHUER�³GHYHU´��4XHVWmR�FRUUHWD� 
 
Sinônimos: 
São palavras que se aproximam semanticamente por uma relação de 
equivalência ou semelhança. Não existem sinônimos perfeitos, mas, num dado 
contexto, palavras com sentido próximo, embora não idênticos, podem ser utilizadas 
para se referir e retomar o mesmo ser no texto. 
As questões de sinonímia dependem de um bom vocabulário e de uma boa captação 
do que a palavra significa no contexto em que aparece. 
 
4. (CESPE / TRE-PE / 2017) 
... o cidadão é titular de direitos e liberdades em relação ao Estado e a outros 
particulares ² mas permanece situado fora do campo estatal, não assumindo 
qualquer titularidade quanto a funções públicas. 
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, a forma 
YHUEDO�³SHUPDQHFH´ poderia ser corretamente substituída por 
a) continua. b) se mantêm. c) quedar-se-á. d) sentir-se-á. e) surge. 
Comentários: 
³3HUPDQHFH´�WHP�VHQWLGR�GH�³FRQWLQXLGDGH���³FRQVHUYDomR´��³PDQXWHQomR´��(QWmR��
IXQFLRQD�FRPR�VLQ{QLPR�GH�³FRQWLQXD´�� 
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$�IRUPD�³VH�PDQWrP´�FRPSDUWLOKD�R�PHVPR�VHQWLGR��PDV�QmR�SRGHULD�VHU�D�UHVSRVWD�
porque está no plural e o sujeito é singular: cidadão. Gabarito letra A. 
5. (CESPE / Polícia Científica / 2016) 
 
 
No texto, a palavra 
 
D�³arbítrio´��O�����IRL�HPSUHJDGD�QR�VHQWLGR�GH�vontade. 
 E��³LQXVLWDGR´��O����IRL�HPSUHJDGD�QR�VHQWLGR�GH�corriqueiro. 
 F��µH[WUDRUGLQiULD¶��O����IRL�HPSUHJDGD�QR�VHQWLGR�GH�comezinha. 
 G��µDWHUUDGRU¶��O����IRL�HPSUHJDGD�QR�VHQWLGR�GH�atenuador. 
 H��³GLOHPD´��O����IRL�HPSUHJDGD�QR�VHQWLGR�GH�contraditório. 
Comentários: 
a) Bastava lembrar-VH�GR�IDPRVR�³OLYUH-DUEtWULR´��TXH�é a livre escolha de fazer 
R� TXH� VH� WHP� YRQWDGH�� $VVLP�� ³DUEtWULR´� H� ³YRQWDGH´� VmR� XWLOL]DGRV� FRPR�
sinônimos. Questão correta. 
E��³,QXVLWDGR´�p�LQFRPXP��QmR�XVXDO��TXH�FDXVD�VXUSUHVD��³&RUULTXHLUR´�VLJQLILFD�
comum, ordinário, usual, trivial. Essas palavras são antônimas. Questão 
incorreta. 
F�� ³&RPH]LQKD´�p� VLQ{QLPR�GH�XVXDO�� FRUULTXHLUR��7HP�HQWmR�VHQWLGR� RSRVWR�D�
³H[WUDRUGLQiULR´� 
G��³DWHUUDGRU´�p�DWHUURUL]DQWH��³DWHQXDGRU´�p�DTXLOR�TXH�VXDYL]D�DOJR��4XHVWmR�
incorreta. 
e) Na terminologia técnica da filosRILD��³GLOHPD´�DWp�WHP�R�VHQWLGR�GH�XPD�GHFLVmR�
HQWUH�SUHPLVVDV�FRQWUDGLWyULDV��0DV��QR�WH[WR��³GLOHPD´�IRL�XWLOL]DGR�FRP�VHQWLGR�
GH� ³GHFLVmR� D� VHU� WRPDGD´�� ³HVFROKD´�� ³SUREOHPD´�� ³GLFRWRPLD´�� 4XHVWmR�
incorreta. 
Gabarito Letra A. 
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Antônimos: 
São palavras que se aproximam semanticamente por uma relaçãode antagonismo 
ou oposição. 
Ex: Gosto de silêncio: não tolero barulho. (silêncio x barulho) 
Em alguns casos, duas palavras podem não ser exatamente antônimos em seu 
sentido clássico, mas podem aparecer como opostas no contexto em que se dá 
aquele contraste. A relação de antonímia também se dá no contexto. 
Ex: Não fale nada, acalme-se e respire. (falar x se acalmar e respirar) 
 
6. (FCC / SEFAZ-MA / Auditor Fiscal / 2016) 
Nostalgias perigosas 
Numa recente e polêmica crônica de jornal, o escritor Contardo Calligaris 
manifestou preocupação com estes dois traços perigosos de nostalgia que, 
segundo ele, costumam caracterizar a velhice: 
1) Uma avareza mesquinha (e generalizada ± não só financeira), que consiste 
em tentar preservar e conservar qualquer coisa, como metáfora da preservação 
(impossível) da nossa vida que se vai; 
2) Uma idealização fantasiosa de passados que nunca existiram. Os idosos 
parecem sempre evocar o "tempo feliz" de sua infância, quando os pais eram 
severos e por isso educavam bem, quando dava para brincar na rua e a escola 
S~EOLFD�HUD�PXLWR�ERD�´ 
E completou sua crônica acusando o fato de que os idosos costumam se apoiar 
em lembranças inventadas, em algo que efetivamente não conheceram, mas 
que gostariam de ter vivido. Resta saber se a imaginação do vivido, para esses 
velhos, não é em si mesma uma sensação real e necessária, no final da vida. 
Disseminam-se no texto expressões de sentido antônimo, tais como: 
(A) crônica recente / crônica polêmica 
(B) metáfora da preservação / avareza mesquinha 
(C) lembranças inventadas / imaginação do vivido 
(D) sensação real / algo que efetivamente não conheceram 
(E) traços de nostalgia / avareza e idealização - 
Comentários: 
Recente significa que aconteceu há pouco tempo; polêmico significa controverso: 
não são antônimos. A avareza p�TXDOLGDGH�GR� ³SmR-GXUR´�� FXLGDGR�H[FHVVLYR�HP�
guardar o dinheiro. Não é antônimo da metáfora da preservação, é uma comparação 
da avareza de dinheiro com a avareza do tempo de vida que resta na velhice. 
Lembranças inventadas e imaginação do vivido QmR�VmR�DQW{QLPRV��SRLV�³LPDJLQDU´�
H�³LQYHQWDU´�VHP�VHQWLGRV�PXLWR�SUy[LPRV��1ostalgia é tem sentido de saudade e 
vontade de voltar ao passado; avareza é o defeito de não querer gastar dinheiro. 
Não são antônimos, apenas diferentes. 
2� JDEDULWR� HQWmR� p� OHWUD� G�� SRLV� R� DXWRU� RS}H� GLUHWDPHQWH� DV� ³OHPEUDQoDV�
LQYHQWDGDV´�� TXH� VmR� VLWXDo}es QUE NÃO FORAM VIVIDAS, mas o que os idosos 
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gostariam de ter vivido�� D� ³VHQVDomR� UHDO´�� TXH� LQGLFD� DOJR� 48(� )2,� 9,9,'2�
REALMENTE. Aí sim temos uma relação de antonímia, entre fato e imaginação. 
7. (FCC / SEFAZ-MA / Auditor Fiscal / 2016) 
E completou sua crônica acusando o fato de que os idosos costumam se apoiar 
em lembranças inventadas, em algo que efetivamente não conheceram. 
 
A frase acima permanecerá correta caso os segmentos sublinhados sejam 
substituídos, respectivamente, por: 
 
(A) sH�YDOHU�SRU�PHLR�GH�í�FRP�DOJR�GH�TXH�GHVFRQKHFHUDP��GH�IDWR 
(B) atribuir-VH�FRP�í�DOJR�GH�TXH�QmR�FRQKHFHUDP�IDFWXDOPHQWH 
�&��UHFRUUHU�GH�í�HP�DOJR�FXMR�GH�IDWR�QmR�FRQKHFHUDP 
�'��UHFRUUHU�FRP�í�SRU�DOJR�TXH�DSHQDV�MXOJDP�WHU�FRQKHFLGR 
(E) valer-VH�GH�í�Ge algo que de fato não lograram conhecer- 
Comentários: 
Veja como questões de sinonímia podem cair disfarçadas de questões de 
interpretação. 
Dica da questão: observe que na redação original, o autor usa a vírgula e depois 
UHSHWH�D�SUHSRVLomR�³HP´��R�TXH�Lndica que a oração após a vírgula também é um 
complemento coordenado do verbo e pediria a mesma preposição. Dessa forma, 
tínhamos que riscar as opções que trazem as preposições diferentes. 
³6H�DSRLDU�HP´�HVWi�VHQGR�XVDGR�HP�VHQWLGR�ILJXUDGR��QmR�p�XP�DSRLo físico: traz 
um sentido de usar um recurso, de se valer de algo para uma finalidade. 
³/RJUDU´� VLJQLILFD� DOFDQoDU�� FRQVHJXLU�� (QWmR�� ³$OJR� TXH� HIHWLYDPHQWH� não 
conheceram´�p�R�PHVPR�TXH�³DOJR�TXH�não conseguiram (lograram) conhecer´��
Dessa forma, o gabarito é a letra E. 
8. (FCC / Auditor Fiscal / Prefeitura Teresina / 2016) 
Desde essa época, e ao longo de todo o século XX, a palavra intelectual refere-
se àqueles que, exercendo uma atividade intelectual, usam seu prestígio 
adquirido nessas atividades para intervir no debate público e defender valores 
universais (justiça e verdade, em particular); em outras palavras, o intelectual 
é aquele que transforma uma autoridade intelectual em autoridade política em 
nome de uma autoridade moral. 
Assim, deve haver três condições, parece, para que haja intelectuais: um certo 
tipo de sujeito social, um certo tipo de objeto (o universal) e um certo espaço 
onde ele possa se exprimir. 
 
A palavra particular está em relação de antonímia com a palavra universal, 
determinada pelo entendimento do autor de que os valores justiça e verdade 
não são aplicáveis à maioria das situações. 
Comentários: 
)RUD� GH� FRQWH[WR�� ³SDUWLFXODU´� H� ³XQLYHUVDO´� SRGHP� VHU� YLVWRV� FRPR� DQW{QLPRV��
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3RUpP��QR�WH[WR�HP�WHOD��SDUWLFXODU�WHP�VHQWLGR�GH�³GHVWDTXH´��GH�³especialPHQWH´, 
³HVSHFLILFDPHQWH´: justiça e verdade sobretudo; justiça e verdade especialmente. 
Pense na frase: gosto de frutas; de limão e uva em particular. 
2EVHUYH�TXH�³HP�SDUWLFXODU´�QmR�GL]�TXH�OLPmR�H�XYD�QmR�VmR�IUXWDV��DSHQDV�RV�
GHVWDFD�HQWUH�DV�IUXWDV��1mR�GDYD�SDUD�WURFDU�SRU�³HP�XQLYHUVDO´��(QWHQdido? 
Da mesma forma, o autor lista justiça e verdade como valores universais sim, mas 
destacados entre os outros. Então o item peca ao dizer que o autor não os entendia 
como universais, mas como aplicáveis a poucas situações. Incorreta. 
Hiperônimos: 
São palavras de sentido amplo que indicam, em termo semânticos, um conjunto 
abrangente de elementos, um ³gênero´. Esse ³gênero´ tem unidades menores, 
³espécies´, que fazem parte daquele conjunto maior (hipônimos). 
Animal é um hiperônimo. Cachorro, macaco, jabuti são hipônimos, porque são 
HVSpFLHV�GH�DQLPDO��(QWmR��³$QLPDO´�p�KLSHU{QLPR�GH�³PDFDFR´� 
Atleta é um hiperônimo. Nadador, corredor e goleiro são hipônimos, porque são 
HVSpFLHV�GH�DWOHWD��/RJR��³$WOHWD´�p�KLSHU{QLPR�GH�³QDGDGRU´�� 
 
 
 
Hipônimos: 
 
O conceito de hipônimo decorre da explicação acima. Trata-se de um elemento com 
sentido mais específico, contido em um grupo maior, ou seja, de uma espécie 
contida em um gênero. 
Gato é hipônimo do hiperônimo Felino. Cavalo é hipônimo do hiperônimo Equino. 
Deputado é hipônimo do hiperônimo Político. 
Essas relações de inclusão e pertinência se constroem num contexto. Na construção 
do texto, um termo geral pode substituir um específico e vice-versa, pois a estreita 
relação de continência permite recuperar o sentido do termo referido. 
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Mesmo antes de conhecer esses conceitos, sempre nos valemos de hiperônimos bem 
JHQpULFRV�� FRPR� ³FRLVD´�� ³SHVVRD´�� ³VHU´�� ³DFRQWHFLPHQWR´�� ³IDWR´�� ³HYHQWR´� 
³HOHPHQWR´ para retomar outro termo mais específico. Às vezes fazemos o contrário, 
anunciamos o termo geral primeiro, depois o especificamos com um hipônimo: 
Ex: Tragédia: queda de avião mata 56 pessoas em Paris. A cidade organizou um evento de 
condolências. Milhares de pessoas compareceram à solenidade. 
2EVHUYH�TXH�WUDJpGLD�p�KLSHU{QLPR�GH�³TXHGD�GH�DYLmR´��SRLV�D�³TXHGD´�HVWi�GHQWUR�GH�XP�JUXSR�PDLRU�GH� ³WUDJpGLDV´�� 3DULV�p�KLS{QLPR�GH� ³FLGDGH´�� ³Solenidade´ é 
³hipônimo´ de evento e por aí vai... 
Homônimos: 
HOMÔNIMOS HOMÓGRAFOS: são palavras que têm a mesma grafia, mas 
trazem sentidos diferentes. A diferença do timbre aberto ou fechado não muda a 
FODVVLILFDomR�GH�³KRPyJUDIR´��SRLV�D�SDODYUD�VH�HVFUHYH�GD�PHVPD�IRUPD�� 
Ex: Comprei meu allmoço (substantivo) x Eu almoço cedo (verbo) 
 Hoje tem jogo (substantivo) x Eu jogo como goleiro (verbo) 
 Estude para passar (preposição) x Ele não para de estudar (verbo) 
 Tomo sopa de colher (substantivo) x Vamos colher o que plantamos (verbo) 
 Tenho sede de água (substantivo) x A sede da empresa é lá (substantivo) 
 Ele não pôde vir (verbo no passado) x Ele não pode vir (verbo no presente) 
 
HOMÔNIMOS HOMÓFONOS: São palavras que têm a mesma pronúncia, mesmo 
som, mas trazem sentidos diferentes. 
Ex: Sessão (de cinema) x Seção (departamento) x Cessão (ato de ceder) 
 Acender (atear fogo) x Ascender (subir) 
 Conserto (verbo, reparar) x Concerto (substantivo, música) 
 Assento (lugar de sentar) x Acento (marca gráfica) 
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 Sexta (dia da semana) x Cesta (objeto) 
 Taxar (taxa, tributo) X Tachar (xingar) 
 
HOMÔNIMOS PERFEITOS: são palavras diferentes que têm som e grafia 
idênticos, diferenciando-se somente pelo sentido. No dicionário, cada homônimo 
perfeito tem entrada diferente, numeradas. Veja: 
 
 
 
Parônimos: 
São pares de palavras parecidas na pronúncia ou na grafia. Muitas vezes, essa 
semelhança conduz a erros ortográficos. 
 
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Vejam exemplos importantes de parônimos: 
 
absolver (perdoar, inocentar) absorver (aspirar, sorver) 
apóstrofe (figura de linguagem) apóstrofo (sinal gráfico) 
aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar) 
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair) 
ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo) 
bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe) 
cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil) 
comprimento (extensão) cumprimento (saudação) 
deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir) 
delatar (denunciar) dilatar (alargar) 
descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência) 
descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir) 
despensa (local onde se guardam 
mantimentos) dispensa (ato de dispensar) 
docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos) 
emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país) 
eminência (elevado) iminência (qualidade do que está iminente) 
eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer) 
esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado) 
estada (permanência em um lugar) estadia (permanência temporária em um 
lugar) 
flagrante (evidente) fragrante (perfumado) 
fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar) 
fusível (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo) 
imergir (afundar) emergir (vir à tona) 
inflação (alta dos preços) infração (violação) 
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infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar) 
mandado (ordem judicial) mandato (procuração) 
peão (aquele que anda a pé, domador de 
cavalos) 
pião (tipo de brinquedo) 
precedente (que vem antes) procedente (proveniente; que tem 
fundamento) 
ratificar (confirmar) retificar (corrigir) 
recrear (divertir) recriar (criar novamente) 
soar (produzir som) suar (transpirar) 
sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito) 
sustar (suspender) suster (sustentar) 
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal) 
vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente) 
(http://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman7.php) 
 
A melhor forma de estudar esses pares é marcar a parte da palavra que se diferencia 
e anotar o sentido, como exemplifico abaixo: 
Cavaleiro (relativo à cavalaria)- Cavalheiro (homem gentil, polido) 
Absorver (sorver, impregnar) ± Absolver... 
 
Comprimento-Cumprimento 
Descriminar-Discriminar 
Despercepido-desapercebido 
Descrição- Discrição 
Aprender- Aprender 
Eminente- Iminente 
Insipiente- Incipiente 
Inflação-Infração 
Flagrante- Fragrante 
Conserto- Concerto 
 
 
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9. (CESPE / TCE-SC / 2016) Adaptada 
 
Com relação às estruturas linguísticas do texto, julgue o item a seguir. 
$�FRHUrQFLD�GR�WH[WR�VHULD�SUHVHUYDGD�FDVR�RV�YRFiEXORV�³FRPSURPHWLGD´��O�����
H� ³FRQFHUWDGD´� �O����� IRVVHP� VXEVWLWXtGRV�� UHVSHFWLYDPHQWH�� SRU�
responsável e reparada. 
Comentários: 
)RUD�GR�FRQWH[WR��DV�SDODYUDV�³UHSDUDGD´�H�³FRQVHUWDGD´�DWp�SRGHP�VHU�VLQ{QLPas, 
no sentido de algo que estava quebrado e foi recomposto à forma original. No 
HQWDQWR��D�SDODYUD�WUD]LGD�SHOD�TXHVWmR�IRL�³FRQCHUWDGD´��TXH�p�XP�SDU{QLPR��WHP�
JUDILD� SDUHFLGD� H� VHQWLGR� GLIHUHQWH�� 1R� FRQWH[WR�� ³FRQFHUWDGD´� WHP� VHQWLGR� GH�
³RUTXHVWUDGD´�� ³RUJDQL]DGD´�� Lembre-VH� GH� ³FRQCHUWR� GH� P~VLFD´�� Questão 
incorreta. 
10. (FCC / AFTM-SP / Gestão Tributária / 2012) 
- [...] Canções não resolvem nenhum problema nem aliviam qualquer 
VRIULPHQWR�í�HODV� QmR� SRGHP�GRPLQDU� R� SDVVDGR� GH� XPD�YH]� SRU� WRGDV� RX�
desfazê-lo em nenhuma de suas partes. Mas podem, à maneira de Homero, 
"endireitar a história com palavras mágicas para encantar os homens para 
sempre". E podem, muitas vezes, reconciliar cada um de nós com seu próprio 
passado, narrando-o a nós mesmos e a outros. A narrativa moldada pela canção 
tem sempre o mundo como ponto de partida: ela abre trilhas no emaranhado 
das coisas humanas, opina sobre elas, discute quanto valem, dá caráter público 
àquilo cujo conhecimento estaria, num primeiro momento, fechado no coração 
do homem, e expõe de modo transparente a verdade íntima dos sentimentos 
humanos. 
A única frase que, do ponto de vista semântico, NÃO está comprometida é: 
a) Delatou a pupila há meia hora, por isso não está enxergando bem. 
b) Há muito tempo o rapaz está submerso; se ele demorar mais para imergir, 
pode correr perigo de morte. 
c) Nunca vi uma chuva que não dá um minuto de trégua; essa intermitência me 
angustia. 
d) Distratava tanto a cunhada, que ela deixou de visitá-los. 
e) Quando o temporal se anunciou, mandou arrear o cavalo e partiu 
imediatamente. 
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Comentários: 
1D� OHWUD� D�� D� JUDILD� FRUUHWD� p� ³GLODWRX´�� FRP� VHQWLGR� GH� H[SDQGLU�� ³'HODWDU´� p�
GHQXQFLDU��1D�E��D�JUDILD�p�³HPHUJLU´��VXELU�j�VXSHUItFLH��6H�³LPHUJLU´�YDL�DIXQGDU�
ainda mais. Na letra c, há LQFRHUrQFLD�� ³LQWHUPLWHQWH´� p� DOJR� TXH� RFRUUH� FRP�
LQWHUYDORV��QmR�p�VHP�WUpJXD��1D�G��D�JUDILD�FRUUHWD�p�³GHVWUDWDU´��FRP�VHQWLGR�GH�
WUDWDU�PDO�� ³'LVWUDWDU´�p�HQFHUUDU�XP� WUDWR��XP�DFRUGR��1D� OHWUD�H�� D�JUDILD�HVWi�
FRUUHWD��³DUUHDU´ S{U�DUUHLRV��$UULDU��FRP�³L´��p�DEDL[DU��*DEDULWR�OHWUD�H�� 
Polissemia: 
Uma mesma palavra pode ter múltiplos sentidos. É diferente de um homônimo 
perfeito, pois a polissemia se refere a vários sentidos de uma única palavra. 
Homônimos são palavrasdiferentes, geralmente de classes diferentes, que têm 
sentidos diferentes. A palavra polissêmica é uma só, mas se reveste de novos 
sentidos, muitas vezes por associações figuradas. A diferença na prática é bem sutil. 
Vejamos alguns exemplos: 
Quero um suco de laranja natural (feito da fruta) 
Sou natural da Argentina (originário) 
Água é um recurso natural (da natureza) 
Pintou um retrato bastante natural (fiel, próximo) 
Quero um vinho natural (temperatura ambiente) 
9HMD�XPD�FKDUJH�TXH�H[SORUD�RV�P~OWLSORV�VHQWLGRV�GD�SDODYUD�³HQFDOKDU´�� 
 
 
 
$�SDODYUD�³HQFDOKDGD´�SRGH�VHU�tomada em seu sentido literal, que indicaria que a 
baleia ficou presa na parte rasa da costa marítima. Por outro lado, pode ser 
HQWHQGLGD�QR�VHQWLGR�ILJXUDGR��FRPR�³DTXHOD�TXH�QmR�FRQVHJXH�XP�PDULGR´�� 
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11. (MPE-SC / Promotor de Justiça / 2016) 
Está gramaticalmente correta esta frase: Não faço cessão dos meus direitos! 
Comentários: 
Questão de parônimo: Cessão deriva do verbo ceder, com sentido de dar, transferir: 
cessão de bens, cessão de direitos. Não confunda com ³VH66mR´��de cinema, de 
terapia; nem com ³VHomR´�� FRP� VHQWLGR� GH� GLYLVmR�� GHSDUWDPHQWR�� 6HomR� GR�
mercado, Seção de marketing. Questão correta. 
12. (Máxima / Advogado / Prefeitura de Fronteira / 2016) 
Nos enunciados abaixo, assinale aquele em que o parônimo ou homônimo foi 
empregado ADEQUADAMENTE de acordo com o segundo citado entre 
parênteses. 
 a) As multas (infringidas ± infligidas) aos motoristas que cometem (inflações 
± infrações) de trânsito não são (vultuosas ± vultosas) 
 b) O técnico estava na (iminência ± eminência) de ser demitido, pois eram 
(fragrantes ± flagrantes) as divergências entre ele e a diretoria do clube. 
 c) Ele (ratificou ± retificou) não mudando a data do pagamento da inscrição, 
sendo cobrada (taxa ± tacha) de juros para quem não cumprir o determinado. 
 d) Depois de algumas (sessões ± seções) de treino, o jovem piloto, pela sua 
ousadia, foi (tachado ± taxado) de louco pelos adversários. 
Comentários: 
A banca quer aquela opção em que o segundo item do par de cada parêntese seja o 
correto. Logo na letra a temos nosso gabarito. 
As vultosas (volumosas, grandes, consideráveis) multas são infligidas (aplicadas) 
para quem comete infrações (violações de regra). 
Iminência é caráter do que está para acontecer, imediato. Eminente é ilustre, 
destacado. 
Retificar é corrigir; ratificar é confirmar. São antônimos. 
Sessão é um período de tempo, de um evento, como a sessão de cinema ou uma 
sessão de terapia. Seção é uma subdivisão, um departamento. 
Taxar com X remete a taxa, pagamento, tributo. Tachar, com CH, é rotular, 
classificar. Então vejamos as opções: 
 b) O técnico estava na (iminência ± eminência) de ser demitido, pois eram 
(fragrantes ± flagrantes) as divergências entre ele e a diretoria do clube. 
 c) Ele (ratificou ± retificou) não mudando a data do pagamento da inscrição, sendo 
cobrada (taxa ± tacha) de juros para quem não cumprir o determinado. 
 d) Depois de algumas (sessões ± seções) de treino, o jovem piloto, pela sua 
ousadia, foi (tachado ± taxado) de louco pelos adversários. 
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Gabarito letra A. 
13. (FGV / DPE-RO / Analista / 2015) 
A frase abaixo cuja lacuna deve ser preenchida pela primeira das palavras 
colocadas entre parênteses é: 
 a) O senador declarou que respeitava muito o seu __________. 
(mandado/mandato); 
 b) Muitos detalhes do crime passaram __________ . (desapercebidos / 
despercebidos); 
 c) O __________ em computação fora trazido dos Estados Unidos. (esperto / 
experto); 
 d) Muitos dos acusados tinham receio de terem __________ os seus postos. 
(caçados / cassados); 
 e) O automóvel precisava de __________ urgente. (conserto / concerto). 
Comentários: 
Senador tem mandaTo, período em que ocupa aquela função pública. MandaDo é 
uma ordem judicial. 
2V� GHWDOKHV� SDVVDUDP� ³GHVSHUFHELGRV´�� SRLV� QmR� IRUDP� SHUFHELGRV� YLVWRV��
DesApercebido é desprovido, desguarnecido. 
([SHUWR�YHP�GH�³H[SHUWLVH´��GH�H[SHULrQFLD�Qum campo, de especialidade. Esperto 
é inteligente, malandro, maroto. 
Caçado é quem é presa de um caçador. Cassar é cancelar, invalidar os efeitos. 
ConSerto é reparo. ConCerto é orquestra, música. Lembre do C de Cantor. 
Gabarito letra E. 
14. (IESES / CRM-SC / Assistente Administrativo / 2015) 
I. Com medo do escuro, a criança ascendeu a luz. 
II. É melhor deixares a vida fluir num ritmo tranquilo. 
III. O tráfico nas grandes cidades torna-se cada dia mais difícil para os carros 
e os pedestres. 
 
Assinale a alternativa correta quanto ao uso adequado de homônimos e 
parônimos. 
 a) I e III. b) II e III. c) II apenas. d) Todas incorretas. 
Comentários: 
ASCender é subir. Acender é chama, atear fogo. 
TráfICo é venda ilegal de coisas. TráfEGo é fluxo de pessoas, veículos. 
Assim, somente III está correto e não traz nenhum parônimo. Gabarito letra C. 
15. ( Máxima / Advogado / Prefeitura Fronteira / 2016) 
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A mensagem dessa tirinha apoia-se no duplo sentido de uma palavra através 
de um recurso: 
 a) Vida ± homonímia; 
 b) Balanço ± polissemia; 
 c) Balanço ± sinonímia; 
 d) Vida ± polissemia. 
Comentários: 
O cartum H[SORUD�D�SROLVVHPLD�GR�WHUPR�³EDODQoR´��TXH�SRGH�LQGLFDU�XP�EULQTXHGR�
GH� EDODQoDU�� PDV� WDPEpP� SRGH� LQGLFDU� XPD� ³SRQGHUDomR´� GH� HOHPHQWRV�� QXPD�
balança, uma reflexão sobre o equilíbrio, sobre o peso das coisas. Gabarito b. 
16. (FAPESUL / TJ-MT / Analista Judiciário / 2016) 
Na língua portuguesa, há muitas palavras parecidas, seja no modo de falar ou 
no de escrever. A palavra sessão, por exemplo, assemelha-se às palavras 
cessão e seção, mas cada uma apresenta sentido diferente. Esse caso, mesmo 
som, grafias diferentes, denomina-se homônimo homófono. Assinale a 
alternativa em que todas as palavras se encontram nesse caso. 
 
 a) taxa, cesta, assento 
 b) conserto, pleito, ótico 
 c) cheque, descrição, manga 
 d) serrar, ratificar, emergir 
Comentários: 
Homônimos KRPyIRQRV�VmR�DTXHODV�TXH�WHP�R�³VRP´�LJXDO��DLQGD�TXH�D�JUDILD�H�R�
sentido sejam diferentes. Então, tínhamos que pensar em quais palavras tem um 
par com exata mesma pronúncia: tacha (espécie de prego), sesta (soneca), acento 
(marca gráfica de uma palavra). 
Nas outras opções havia outros pares: ótico (referido ao olho) e óptico (relativo a 
luz); conserto (reparo) e concerto (música, arranjo); descrição (descrever) e 
discrição (ser discreto); manga (fruta) e manga (roupa); serrar (cortar com serra) 
e cerrar (fechar); retificar (corrigir) e ratificar (confirmar); emergir (subir à 
superfície e imergir (descer em direção ao fundo). Gabarito letra A. 
17. (COPEVE / UFAL / Secretário Escolar / 2016) 
velar³. v. (Etm. do latim: vigilare). 1. v.t.d. e v.i. Manter-se acordado; não 
dormir; ficar ao pé de algo ou de alguém: velava as noites em sofrimento; 
velava o filho morto; 2. v.t.d. e v.t.i. Proteger; oferecer proteção a: velava a 
reputação da filha; o prefeito vela pela cidade. 3. v.t.d. Vigiar; manter-se de 
vigia: os soldados velavam o quartel. 
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$V�DFHSo}HV�GD�IRUPD�YHUEDO�³YHODU´�QR�YHUEHWH�FDUDFWHUL]DP�R�TXH�p�FKDPDGR�
precisamente de 
 
 a) antonímia, de sentido oposto. 
 b) ambiguidade, de sentido incerto. 
 c) homonímia, diferentes palavras para um só sentido. 
 d) paronímia, diferentes palavras com sons semelhantes. 
 e) polissemia, diferentes sentidos para uma mesma palavra. 
Comentários: 
A questão traz as entradas de um verbete no dicionário. Cada item numerado traz 
um sentido do verbo e sua transitividade; como há vários sentidos diferentes, 
dizemos que a palavra é polissêmica. Gabarito letra e. 
 
Ambiguidade: 
 
Ambiguidade é a possibilidade de dupla leitura de um enunciado. É o bom e velho 
duplo-sentido. Pode ser estrutural ou polissêmica. 
 
Nem sempre é um problema, pois pode ser proposital e está presente na literatura, 
nas piadas, nas propagandas. Porém, fora desses contextos, deve ser evitada, 
porque é considerada vício de linguagem, porque prejudica a clareza. 
 
 
 
Ambiguidade estrutural: 
 
Veja a tira abaixo e observe como D�SRVLomR�GR�WHUPR�³FRP�SRXFD gordura´ causa 
dupla possibilidade de leitura: 
 
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Essa é a ambiguidade estrutural. Ocorre quando a estrutura, a organização e a 
construção da frase dá margem a mais de uma possibilidade de sentido. No exemplo 
GD�WLUD��VH�R�DXWRU�WLYHVVH�PXGDGR�D�SRVLomR�GR�WHUPR��³FRPLGD�FRP�SRXFD�JRUGXUD�
SDUD�JDWR´��D�DPELJXLGDGH�VH�GHVIDULD�� 
 
Vejamos alguns exemplos: 
 
Ex: Peguei o ônibus correndo. 
 
Sentido 1: Eu estava correndo quando peguei o ônibus. 
Sentido 2: O ônibus estava correndo quando o peguei. 
 
Ex: Pedro encontrou Maria e lhe disse que sua mãe foi ao cinema. 
 
Sentido 1: A mãe de Pedro foi ao cinema. 
Sentido 2: A mãe de Maria foi ao cinema. 
 
Ex: O advogado viu o cliente entrando no tribunal. 
 
Sentido 1: O advogado estava entrando no tribunal e viu seu cliente. 
Sentido 2: O cliente estava entrando no tribunal. 
 
Ex: João e Maria vão se casar. 
 
Sentido 1: João vai se casar com uma pessoa e Maria, com outra. 
Sentido 2: João vai se casar com Maria. 
 
Ex: A venda das empresas foi positiva para os acionistas. 
 
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Sentido 1: As próprias empresas foram vendidas. 
Sentido 2: As empresas venderam seus produtos. 
 
Ex: Comprei a fruta e o legume que faz emagrecer. 
 
Sentido 1: O legume faz emagrecer. 
Sentido 2: O legume e a fruta fazem emagrecer. 
 
Ex: O menino falou com a menina que mora em Ipanema. 
 
Sentido 1: O menino mora em Ipanema e falou isso para a menina. 
Sentido 2: A menina mora em Ipanema e o menino falou com ela. 
 
Ex: Quero ir ao cinema hoje, mas ela não quer. 
 
Sentido 1: Ela não quer ao cinema especificamente hoje. 
Sentido 2: Ela não quer ao cinema, independente do dia. 
18. (CCV / UFC / Auxiliar em Administração / 2016) 
Assinale a alternativa em que a disposição sintática das palavras torna a frase 
ambígua. 
 a) O programa exigia do programador uma senha. 
 b) O computador da empresa tem sérios problemas. 
 c) O jovem aluno escondeu o computador do irmão. 
 d) O estudante ganhou do tio um excelente computador. 
 e) A empresa fez a atualização dos dados no computador. 
Comentários: 
A ambiguidade está na letra c. Os pronomes possessivos podem causar 
ambiguidade. O jovem aluno escondeu seu próprio computador do irmão ou 
escondeu o computador que pertencia ao irmão? Essa organização dos termos dá 
margem a duas leituras. Gabarito letra C. 
 
Ambiguidade polissêmica: 
 
Ambiguidade polissêmica é aquela inerente ao próprio vocábulo ou à expressão 
que traz múltiplos sentidos. 
 
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O ator retratado nessa propaganda é famoso por ter tido envolvimento com 
³FRFDtQD´��(QWmR��REVHUYH�TXH��QR�H[HPSOR�DFLPD��³FRFD´�SRGH�VHU�FRPSUHHQGLGD�
FRPR�R�³UHIULJHUDQWH´�ULYDO�GD�3HSVL��RX�FRPR�³FRFDtQD´��HP�UHIHUrQFLD�DR�XVR�GD�
substância. O humor da pURSDJDQGD�UHVLGH�QD�SROLVVHPLD�GD�SDODYUD�³FRFD´�� 
Vejamos agora um exemplo que traz uma ambiguidade proposital derivada da 
SROLVVHPLD�GH�XPD�³H[SUHVVmR´�� 
 
(VVD� SURSDJDQGD� EULQFD� FRP� R� FRQFHLWR� GH� GLFLRQiULR�� FRQKHFLGR� FRPR� ³SDL� GRV�
EXUURV´��³%RP�SDUD�EXUUR´�SRGH�VHU�entendido FRPR�VLQ{QLPR�GH�³ERP�SDUD�TXHP�
não sabe nada´� H� WDPEpP� FRmo uma expressão de intensidade: ³ERP� GHPDLV´��
³PXLWR�ERP´��³ERP�SUD�FDUDPED´�� 
 
19. (CESPE / INSS / 2016) Adaptada 
Consta-nos que o autor, solicitado por seus numerosos amigos, leu há dias a 
comédia em casa do Sr. Dr. Estêvão Soares, diante de um luzido auditório, que 
aplaudiu muito e profetizou no Sr. Oliveira um futuro Shakespeare. 
Estamos ansiosos por ler a peça do Sr. Oliveira, e ficamos certos de que ela 
fará a fortuna de qualquer teatro. 
O amigo das letras. 
 
No que se refere aos sentidos e às características tipológicas do texto, julgue o 
item que se segue. 
No texto, a palavrD�³IRUWXQD´��SRGH�VHU�LQWHUSUHWDGD�WDQWR�FRPR sucesso quanto 
como riqueza. 
Comentários: 
7HPRV�XPD�TXHVWmR�GH�DPELJXLGDGH�SROLVVrPLFD��$�SDODYUD�³IRUWXQD´�GH�IDWR�SRGH�
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assumir esses dois sentidos. O texto constrói a expectativa de que a peça é muito 
boa, enWmR� VHUi� ³VRUWH´� GR� WHDWUR� TXH� H[LELU� WDO� SHoD�� 3RU� VHU� WmR� ERD�� D� SHoD�
WDPEpP� YDL� WUD]HU� PXLWD� DXGLrQFLD�� R� TXH� SRGH� UHQGHU� XPD� ³IRUWXQD´� SDUD� R�
teatro, no sentido financeiro. Questão correta. 
20. (Copeve / UFAL / 2016) 
 
Ao observar a tirinha, é possível perceber que o verbo rolar adquiriu uma 
multiplicidade de sentidos. Essa multiplicidade de sentidos que uma mesma 
palavra pode apresentar, em diferentes contextos de uso, chama-se 
 
 a) sinonímia. b) paronímia. c) polissemia. d) homonímia. e) ambiguidade. 
Comentários: 
$�TXHVWmR�³EULQFD´�FRP�D�SROLVVHPLD�GR�YHUER�³URODU´��TXH�VLJQLILFD�OLWHUDOPHQWH�R�
deslocamento de algo redondo, que se desloca num movimento rotatório. Em 
VHQWLGR� ILJXUDGR�� QD� OLQJXDJHP� LQIRUPDO�� DVVXPH� R� VHQWLGR� GH� ³RFRUUHU´��
³DFRQWHFHU´��³HVWDU�SUHVHQWH´��*DEDULWR�OHWUD�F��� 
21. (Vunesp / MPE-SP / 2016) 
Assinale a alternativa em que se caracteriza o emprego de palavras em sentido 
figurado. 
 a) Um dos neologismos recentes vinculados à dependência cada vez maior dos 
MRYHQV�D�HVVHV�GLVSRVLWLYRV�p�D�³QRPRERIRELD´« 
 b) ... a superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas morais ao 
MXOJDPHQWR�GD�FRPXQLGDGH« 
 c) ... a ansiedade e o sentimento de pânico experimentados por um número 
FUHVFHQWH�GH�SHVVRDV�TXDQGR�DFDED�D�EDWHULD�GR�GLVSRVLWLYR�PyYHO« 
 d) ... os usuários precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros, 
DSUHQGHU�D�H[WUDLU�LQIRUPDo}HV�UHOHYDQWHV« 
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 e) O fluxo de informação que percorre as artérias das redessociais é um 
poderoso fármaco viciante. 
Comentários: 
Bastava ler e procurar algum termo que estivesse com sentido impróprio, diferente 
daquele que imediatamente vem à cabeça quando lemos uma palavra, um termo 
usado numa comparação imagética com outro ser. O sentido figurado está na letra 
e, pois está comparando o fluxo sanguíneo do corpo humano, com artérias, ao fluxo 
de informação nas redes sociais. Também compara este fluxo a uma droga 
(fármaco), pois também vicia. Gabarito letra e. 
22. (FGV / TJ-PI / Analista Judiciário / 2016) 
Entre as frases abaixo, aquela que está empregada em sentido figurado é: 
 
 D��³(P������IRUDP�FULDGRV�RV�URGt]LRV�SDUD�GLPLQXLU�D�FLUFXODomR�GH�YHtFXORV�
em determinados horários na capital paulista"; 
 b)³7DPEpP� IRUDP� IHLWDV� FLFORYLDV� ������ NP�� H� FDPSDQKDV� GH�
conscientização"; 
 F��³0DV�QDGD�GLVVR�UHVROYHu o caos no trânsito"; 
 G��³7DPEpP�IRL�LQFHQWLYDGR�R�XVR�GH�PRWRFLFOHWDV��TXH�RFXSDP�PHQRV�HVSDoR�
no tráfego"; 
 H�� ³3RUpP�� HODV� SROXHP� PDLV� GR� TXH� YHtFXORV� QRYRV� H� VmR� DV� SULQFLSDLV�
causadoras de mortes no trânsito". 
Comentários: 
Pessoal, atenção aqui. Algumas palavras tem uso figurado tão comum que 
HVTXHFHPRV�TXH� VmR� LPDJHQV� H� SHQVDPRV� TXH� WrP� VHQWLGR� OLWHUDO�� ³&DRV´� p� XP�
termo mitológico, o estado de vazio anterior à criação dos deuses e do universo, um 
vazio universal, sem regras. Por esse sentido, uVDPRV� FDRV� FRPR� ³GHVRUGHP´��
³EDJXQoD´�� ³DXVrQFLD�GH�RUJDQL]DomR�VLVWrPLFD´����$t� YRFr�SHQVD� ² eu tinha que 
saber mitologia para acertar? Não, bastava você notar a ausência de metáforas nas 
RXWUDV� RSo}HV� H� SHQVDU� TXH� D� SDODYUD� ³FDRV´� JHUDOPHQWH� p� XPD� LPDJHP para 
bagunça e coisas que funcionam sem critério ou ordem. Então, o gabarito é C. 
23. (Vunesp / Procurador Municipal / 2016) 
Em ³(LV�XP�UHVXPR�GH�QRVVD�H[LVWrQFLD��QRYH�PHVHV�QR�SDUDtVR��QRYHQWD�DQRV�
QR� SXUJDWyULR�´� �TXLQWR� SDUiJUDIR��� nota-se a comparação entre ideias e o 
emprego das expressões paraíso e purgatório em sentido próprio. 
Comentários: 
6HQWLGR� ³SUySULR´� p� VHQWLGR� GHQRWDWLYR�� 3DUDtVR� H� 3XUJDWyULR�� SRU� VHUHP� locais 
místicos da fé cristã, são metafóricos por excelência. Estão sendo usados em sentido 
³LPSUySULR´�� FRQRWDWLYR�� GH� OXJDU� DSUD]tYHP� H� WRUPHQWRVR�� � UHVSHFWLYDPHQWH��
Questão incorreta. 
Coesão e Coerência 
 
Coerência: 
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A coerência observa as relações de sentido e lógica que um texto oferece. O texto 
tem uma lógica própria, arquitetada pelo autor. Você não tem que necessariamente 
concordar com aquele sentido, mas deve ser capaz de ver a relação de lógica que 
se tenta construir ali. 
A coerência se constrói pela manutenção da expectativa que o uso de certas 
palavras traz ao leitor. Nesse sentido, a contradição gera incoerência. 
Ex: Nós temos que tomar medidas urgentes, imediatas e drásticas para resolver o 
problema da educação. Portanto, é fundamental que paremos para pensar, sem 
pressa, e formemos comissões para estudos e estratégias de longo prazo. 
2EVHUYH�TXH�R�WH[WR�VH�LQLFLD�FRP�WRP�GH�³XUJrQFLD´�H�³LPHGLDWLVPR´�H�SURVVHJXH�
FRP�XP�WRP�GH�³FDOPD´��+i�YLVtYHO�FRQWUDGLomR�HQWUH�³XUJHQWH´�H�³VHP�SUHVVD´�H�
³ORQJR�SUD]R´��(VVH�p�XP�WH[WR�LQFRHUHQWH��FRQWUDGLWyULR�� 
Veja outro exemplo: 
Ex: Aquela menina sempre foi a mais dedicada da classe. Estudou com muito afinco 
e disciplina para o concurso e, mesmo assim, foi aprovada. 
2EVHUYH�TXH�D�FRQMXQomR�FRQFHVVLYD�³PHVPR�DVVLP´�TXHEUD�D�H[SHFWDWLYD�FULDGD�
antes, pois, após a conjunção, cria-se a expectativa de que ela não passou. É 
incoerente usar um sentido de concessão para algo que seguiu o efeito esperado 
sem obstáculos. A conjXQomR�FRHUHQWH�DTXL�VHULD�XPD�³FRQFOXVLYD´�� 
Ex: Todos me odeiam, mas ninguém gosta de mim. 
Novamente, há incoerência, pois foi usada uma conjunção adversativa, que indica 
contraste e oposição, para relacionar partes que tem o mesmo sentido. Se não há 
oposição, não é lógico usar uma conjunção adversativa. 
Dica final: qualquer tipo de contradição gera incoerência, seja temporal, 
argumentativa, espacial, de nível de formalidade...Fique atento! 
24. (FGV / Compesa Assistente de TI / 2016) 
 ³2�galo tem grande poder no galinheiro´� 
Os vocábulos a seguir apresentam a mesma relação semântica que o par acima 
sublinhado, à exceção de um. Assinale-o. 
 a) químico / laboratório 
 b) freira / convento 
 c) corredor / pista 
 d) escritor / livraria 
 e) policial / delegacia 
Comentários: 
Pessoal, isso é uma questão de coerência! Pois pede uma relação lógica e a 
manutenção dela nas opções. Vejamos: a relação Galo/Galinheiro é de pertinência, 
onde o galo fica, onde exerce seu ³RItFLR´� GH� VHU� JDOR�� TXH� p� UHSURGX]LU�� LVVR�
figurativamente falando, é claro. 
Da mesma forma, o químico exerce seu ofício no laboratório; a freira, no convento; 
o corredor corre na pista; o policial trabalha na delegacia ² nem todos, eu sei; mas 
isso não nega a relação semântica! Não é incoerente dizer que o policial trabalha na 
delegacia só porque alguns não trabalham lá... 
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Contrariamente, o escritor não trabalha na livraria. A livraria vende livros, mas a 
pessoa do escritor não exerce seu ofício lá. Isso seria a mesma incoerência de ligar 
um pedreiro a uma imobiliária. 
A comparação foi incoerente porque não manteve o mesmo critério em todas as 
opções. Gabarito letra d. 
25. (FGV / IBGE / Analista / 2016) 
A frase abaixo que exemplifica uma incoerência é: 
 
 D��³2�TXH�YHP�IiFLO��YDL�IiFLO´���*HRIIUH\�&KDXFHU�� 
 E��³6H�YRFr�GHVHMD�DWLQJLU�R�SRQWR�PDLV�DOWR��FRPHFH�SHOR�PDLV�EDL[R´���&LUR��
o Jovem); 
 F��³3HUVHYHUDQoD�QmR�p�XPD�FRUULGD�ORQJD��VmR�PXLWDV�FRUULGDV�FXUWDV��XPD�
DSyV�D�RXWUD´���:DOWHU�(OOLRW�� 
 G�� ³1RVVD� PDLRU� JOyULD� QmR� p� QXQFD� FDLU�� PDV� VLP� OHYDQWDU� WRGD� YH]� TXH�
FDtPRV´���2OLYHU�*ROGVPLWK��� 
 H��³6HMD�EUHYH��QmR�LPSRUWD�TXDQWR�WHPSR�LVWR�OHYH´���6DXO�*RUQ��� 
Comentários: 
$�LQFRHUrQFLD�HVWi�QD�OHWUD�H��SRLV�R�VHQWLGR�GD�SDODYUD�³EUHYH´�WHP�VHQWLGR�³SRXFR�
WHPSR´��TXH�HQWUD�HP�FRQWUDGLomR�FRP�³QmR�LPSRUWD�TXDQWR�WHPSR´��SRLV�HVVH�WHUPR�
contempla situações demoradas, que levam muito tempo. Importa sim e tem que 
VHU�UiSLGR��RX�QmR�p�FRQVLGHUDGR�³EUHYH´��*DEDULWR�OHWUD�H� 
 
Coesão: 
Quando ler a palavra coesão, pense essencialmente na ³OLJDomR´ entre palavras e 
partes do texto, recuperando e adiantanto informação. A coesão também se refere 
à retomada de elementos do texto por meio de palavras coesivas ou artifícios 
textuais. &RHVmR�p�³UHIHUrQFLD´�D�SDUWHV�GR�WH[WR. Essas palavras que estabelecem 
UHODo}HV�HQWUH�SDUWHV�GR�WH[WR�VmR�WDPEpP�FKDPDGDV�GH�³QH[RV´� 
A coesão não garante a lógica de um texto, mas contribui grandemente para que 
enxerguemos a coerência dele, pois guia o leitor adiante na leitura, ao mesmo tempo 
que recupera sentido já mencionado. 
As ferramentas de coesão são XWLOL]DGDV�SDUD�³MRJDU´�R� OHLWRU�SDUD� WUiV�QR� WH[WR��
retomando informações já sugeridas, por via de reescrituras (paráfrases), 
pronomes, advérbios e outras palavras remissivas. Nesse caso, dizemos que a 
coesão é recorrencial, porque trabalha na base da repetição e da retomada. 
Por outro lado, também é necessário ³MRJDU´�R�OHLWRU�SDUD�IUHQWH�QR�WH[WR��ID]HQGR�D�
leitura avançar num fluxo lógico, que culmina numa ³premissa consecutiva´, isto é, 
numa consequência, numa conclusão do que foi mencionado. Isso ocorre por meio 
de conjunções, preposições,pronome relativos��TXH�GmR�³VHTXrQFLD´�DR�WH[WR��
permitindo estabelecer relações de antes e depois, causa e consequência. Assim, 
chamamos esse tipo de coesão de sequencial��SRLV�HOD�HVWDEHOHFH�D�³FRQWLQXLGDGH´�
lógica e estrutural de um texto. 
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Nesse contexto, vão ter um papel fundamental as classes de palavras que servem 
SDUD� ³OLJDU´�� ³DVVRFLDU´�� ³UHWRPDU´ H� ³DQXQFLDU´ frases e palavras, como as 
conjunções, preposições e as locuções que tenham valor equivalente (locuções 
conjuntivas e prepositivas). 
No entanto, qualquer classe gramatical pode ter um papel coesivo, se tiver no texto 
a função de ligar ou retomar partes do texto. Vejamos exemplos mais sutis de 
coesão: 
 
Ex: Fui ao supermercado comprar legumes. Não havia nada lá. Isso nunca tinha 
ocorrido antes. 
Observe que o DGYpUELR�³Oi´ UHWRPD�³VXSHUPHUFDGR´�H�TXH�R�SURQRPH�³LVVR´�UHWRPD�
WRGD�D�SDUWH�³QmR�KDYLD�QDGD´��UHWRPD�R�DFRQWHFLPHQWR�� 
Embora os elementos utilizados para a coesão sejam geralmente palavras, até 
mesmo a omissão de termos pode ser utilizada como artifício de coesão: 
Ex: Somos tão diferentes: não gosto de chuva; ela, de sol. 
Ex: (nós) Somos tão diferentes: (eu) não gosto de chuva; ela (não gosta) de sol. 
9HMD� TXH� R� YHUER� ³JRVWR´� WHP� XP� VXMHLWR� GHVLQHQFLDO� ³(8´�� TXH� HVWi� HOtSWLFR�� 2�
PHVPR�RFRUUH�FRP�R�YHUER�³VRPRV´��$�YtUJXOD��DSyV�³HOD´�UHWRPD�R�YHUER�³JRVWDU´��
que também está omitido na oração, pela figura da Zeugma. Como percebemos, há 
referência e retomada de informações do texto por via de recursos da pontuação e 
da conjugação verbal. Essa é a chamada coesão por elipse. 
Muitos instrumentos textuais podem servir como artifício coesão. 
Ex: Um celular tocou! Foi o seu? 
Ex: Um (telefone) celular tocou! Foi o seu (telefone celular)? 
Observe que a palavra telefone está omitida. Claro que sua ausência não prejudica a 
FRPSUHHQVmR��SRLV�KRMH�HP�GLD�D�PDLRULD�GRV�IDODQWHV�VDEH�TXH�³FHOXODU´�VH�UHIHUH�D�
XP�WHOHIRQH��3RUpP��D�ULJRU��³FHOXODU´�p�XP�DGMHWLYR�TXH�SRGHULD�VHU�XWLOL]DGR�SDUD�
outros substantivos. Observe que R�SUySULR�YHUER�³WRFDU´�DMXGD�D�recuperar a ideia 
de telefone, embora a palavra não esteja ali escrita, por isso também tem uma 
carga coesiva. Percebemos, então, que também pode ser recurso de coesão a 
substituição de um nome por um adjetivo que se refira a ele e o identifique. 
1D�VHJXQGD�RUDomR��Ki�QRYDPHQWH�D�UHIHUrQFLD�DR�³WHOHIRQH�FHOXODU´�SRU�PHLR�GH�XP�
pronome substantivo, que tem a função coesiva de retomar e substituir esse 
elemento. 
(QWmR��SHUFHEHPRV�TXH�LQLFLDOPHQWH�VH�³LQWURGX]´�XP�REMHWR�QR�GLVcurso, isto é, um 
referente, uma entidade. Depois, na continuidade do texto, esse objeto é retomado, 
reativado, recuperado. Enquanto esse objeto estiver sendo mantido como centro do 
HQXQFLDGR��GL]HPRV�TXH�R� IRFR�GR� WH[WR�HVWi�QHOH��(VVH�³IRFR´� WDPEpP�SRGH� ser 
chamado de foco discursivo. 
Coesão por justaposição de termos ou orações 
'HQWUR�GHVVH�FRQWH[WR�GH�³FRHVmR´�VHP�SDODYUD�RX�FRQHFWRU�³H[SOtFLWR´��destaco que 
essa ligação coesa também opera por simples justaposição (inserção de unidades juntas, 
uma do lado da outra) de sentenças. No lugar do conector virá sinal de pontuação (: ; , 
.) 
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Ex: Tenho que sair agora : estou atrasado. 
Ex: tenho que sair agora, porque estou atrasado 
Poderíamos trocar os dois-pontos por uma conjunção que retomasse a relação de 
explicação que existe entre as sentenças. Nesses casos, cabe ao leitor interpretar 
a relação de sentido e pensar na conjunção adequada. 
Ex: Estudou tanto; não passou. 
Ex: Estudou tanto, mas não passou. 
Novamente, como a relação lógica entre as orações justapostas é de oposição, 
SRGHPRV�VXEVWLWXLU�SRU�XP�HOHPHQWR�FRHVLYR�³DGYHUVDWLYR´��� 
26. (IBFC / EBSERH / Advogado / 2017) 
 Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o 
que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...] 
 Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso 
diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca (se 
estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no chute. Dou 
uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É 
plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas erradas. 
Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do chute. Sem 
graça. 
Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio 
burguês, metido a sensato. Noivo... 
1R�WUHFKR�³Ele, a camisa; eu, o avesso�´�� IRL�HPSUHJDGR�XP�UHFXUVR�FRHVLYR�
que confere expressividade ao texto. Trata-se da: 
 a) elipse. b) anáfora. c) catáfora. d) repetição. e) sinonímia. 
Comentários: 
2�UHFXUVR�FRHVLYR�XWLOL]DGR�IRL�D�³HOLSVH´��TXH�SHUPLWH�ID]HU�XPD�UHIHUrQFLD�QR�WH[WR�
mesmo sem utilizar expressamente uma palavra. 
Veja: Ele, a camisa; eu, o avesso 
 (é) (sou) 
$V�YtUJXODV��QHVVH�FDVR��PDUFDP�MXVWDPHQWH�D�³DXVrQFLD´��D�³RPLVVmR´��D�³HOLSVH´�
de um termo, sem que esse termo deixe de exercer uma função de retomada no 
texto. Gabarito letra A. 
27. (FGV / Prefeitura de Paulínia / 2016) Adaptada 
Observe a frase a seguir: 
³2V�IDQWDVPDV�VmR�IUXWRV�GR�PHGR��TXHP�QmR�WHP�PHGR�QmR�Yr�IDQWDVPDV´� 
Os dois pontos entre os dois segmentos da frase podem ser adequadamente 
VXEVWLWXtGRV�SHOR�FRQHFWLYR�³SRLV´��� 
Comentários: 
As duas orações, mesmo sem nenhum conector, têm íntima relação semântica de 
explicação. Por isso, o sinal de dois-pontos pôde ser substituído por uma conjunção 
explicativa: 
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Os fantasmas são frutos do medo pois quem não tem medo não vê fantasmas 
 (porque) 
 (já que) 
A substituição mantém a coerência e a coesão. Questão correta. 
28. (Instituto Federal-PE / Técnico Enfermagem / 2016) 
 Crônica da cidade do Rio de Janeiro 
 No alto da noite do Rio de Janeiro, luminoso, generoso, o Cristo Redentor 
estende os braços. Debaixo desses braços os netos dos escravos encontram 
amparo. 
 Uma mulher descalça olha o Cristo, lá de baixo, e apontando seu fulgor, 
diz, muito tristemente: 
 - Daqui a pouco não estará mais aí. Ouvi dizer que vão tirar Ele daí. 
 - Não se preocupe ± tranquiliza uma vizinha. ± Não se preocupe: Ele volta. 
 A polícia mata muitos, e mais ainda mata a economia. Na cidade violenta 
soam tiros e também tambores: os atabaques, ansiosos de consolo e de 
vingança, chamam os deuses africanos. Cristo sozinho não basta. 
2EVHUYH�DV�FRQVWUXo}HV�³Não se preocupe: Ele volta´�H�³os atabaques, ansiosos 
de consolo e de vingança, chamam os deuses africanos. Cristo sozinho não 
basta.´ 
 
Se fosse possível substituir os sinais em destaque por conjunções, quais 
poderiam ser para que o sentido não se alterasse? 
 a) Em ambas as construções, os sinais de pontuação podem ser substituídos 
SHOD�FRQMXQomR�³SRUpP´�� 
 E��1D�SULPHLUD�VHQWHQoD��RV�GRLV�SRQWRV�VHULD�VXEVWLWXtGR�SRU�³SRUTXH´�H�QD�
VHJXQGD��R�SRQWR�ILQDO�VHULD�VXEVWLWXtGR�SRU�³SRUpP´� 
 c) Na primeira construção, substitui-VH�RV�GRLV�SRQWRV�SRU�³H´�H�QD�VHJXQGD��
R�SRQWR�ILQDO�p�WURFDGR�SRU�³SRLV´� 
 d) Nas duas construções, os sinais de pontuação poderiamser substituídos 
SHOD�FRQMXQomR�³SRUTXH´� 
 e) Nas duas sentenças, os sinais de pontuação podem ser substituídos pela 
FRQMXQomR�³SRUWDQWR´�� 
Comentários: 
(P� ³1mR� VH� SUHRFXSH�� (OH� YROWD´�� D� UHODomR� p� GH� H[SOLFDomR�� ³QmR� VH� SUHRFXSDU�
32548(�HOH�YDL�YROWDU´��1R�VHJXQGR�SHUtRGR�WDPEpP��RV�DWDEDTXHV�FKDPDP�RXWURV�
deuses, PORQUE o Cristo Redentor sozinho não basta. Dessa forma, introduzir um 
³PDV´� DGYHUVDWLYR�� XP� ³H´� DGLWLYR� RX� XP� ³SRUWDQWR´� FRQFOXVLYR� QmR� PDQWHULD� R�
sentido. Era necessário um conector explicativo nas duas hipóteses. Gabarito letra 
d. 
29. (Vunesp / Procurador Jurídico / 2016) 
Os dois-pontos em ± Green School é uma escola em Bali, na Indonésia, onde 
tudo é natural: as estruturas são de bambu e as salas de aula, abertas, para 
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que o calor e o vento balineses possam entrar. (2º parágrafo) ± servem ao 
propósito de introduzir, com relação à primeira parte da frase, 
a) um contraste. b) uma síntese. c) uma ressalva. d) um esclarecimento. 
e) uma relativização. 
Comentários: 
Nessa questão, os dois-pontos fazem coesão por antecipação, pois anunciam que o 
que vem depois dele é explicação do que veio antes. De fato, a oração explica o 
WHUPR� ³QDWXUDLV´�� 3RU� isso, poderia até ser ser substituído por uma conjunção 
explicativa: tudo é natural, porque as estruturas são de bambu...Gabarito D. 
30. (Consulplan / Prefeitura Cascavel / 2016) Adaptada 
³e�IiFLO�HQWHQGHU�RV�PRWLYRV�TXH�OHYDP�RV�PDLV�MRYHQV�D�VHUHP�IUHTXHQWDGRUHV�
assíduos desses canais: estão isolados, sem espaços públicos para encontrar 
RXWUDV�FULDQoDV�H�SDUD�EULQFDU�´� 
No trecho destacado, os dois-pontos foram utilizados para indicar as causas de 
um resultado anunciado anteriormente. 
Comentários: 
Um forte mecanismo de coesão é o sinal de dois-pontos, pois uma de suas utilidades 
é anunciar um esclarecimento de um termo anterior. O resultado mencionado 
anteriormente é ³RV�MRYHQV�VHUHP�IUHTXHQWDGRUHV�DVVtGXRV�GHVVHV�FDQDLV´. O 
uso dos dois-pontos então anuncia uma explicação, que virá depois dele. 
Esse foi mais um exemplo de coesão entre orações, sem o uso de conector, apenas 
de pontuação. Questão correta. 
 
Coesão Anafórica x Coesão Catafórica: 
 
A coesão faz relação entre partes do texto. Quando o mecanismo de coesão retoma 
ou substitui um termo ou informação que veio antes dele, diz-se que há coesão 
anafórica. 
Quando ³DQXQFLD´ um termo ou informação que aparecerá depois, diz-se que há 
coesão catafórica. 
 
Isso está detalhado na parte função referencial dos pronomes demonstrativos. 
 
Ex: Estudo todo dia. Isso faz a diferença. (anafórico) 
 
Ex: Desejo isto diariamente: ser aprovado logo. (catafórico) 
 
Referências Fora do Texto: Exofórica/Dêitica 
Quando os elementos coesivos se referem a elementos fora do texto, como tempo 
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e espaço, a gramática diz que eles têm função dêitica, ou exofórica (fora), nesse 
caso o valor semântica vai depender da situação de produção do texto, de onde foi 
escrito, quando, por quem... 
Ex: Esse texto foi escrito aqui (aqui onde? Esse sentido dependerá de onde foi 
escrito. Essa localização é elemento externo ao texto, fora dele.) 
Ex: Vamos almoçar amanhã (Que dia é amanhã? Depende de que dia é tomado 
FRPR�UHIHUrQFLD�QR�PRPHQWR�GD�HVFULWD��(VVH�HOHPHQWR�HVWi�³IRUD´�GR�WH[WR�� 
([��2�5LR�GH�-DQHLUR�DQGD�PXLWR�YLROHQWR��TXHP�SRGHUi�QRV�DMXGDU"���³QRV´�VH�UHIHUH�
D�³QyV´��PDV�TXHP�p�HVVH�³QyV´��(VVD�UHIHUrQFLD�HVWi�IRUD�GR�WH[WR��QD�SHVVRD�GH�
TXHP�IDOD�H�GH�TXHP�HOH�GHVHMD�LQFOXLU�XVDQGR�³QyV´��D�SRSXODomR�GR�5-�� 
Intertextualidade: 
A coesão também pode envolver a comunicação de um texto com outros textos. 
Esse fenômeno de citação de outros textos, de diálogo entre textos, se chama 
³LQWHUWH[WXDOLGDGH´�� 
A intertextualidade pode ser explícita, quando há clara indicação de onde foi retirada 
a informação, o fragmento citado vem entre aspas, o autor é citado quando 
parafraseado, o livro é mencionado. 
Por outro lado, em textos literários, a referência a outros textos será normalmente 
explícita, pois o autor presume que o leitor divide com ele o conhecimento sobre 
aquelas obras mencionadas. Então, é normal haver citação de histórias mitológicas, 
frases históricas famosas, versos de poemas, fatos históricos entre outras 
informações que o escritor entende como de conhecimento geral. 
 
31. (Creci / 1° Região-RJ / Analista de TI / 2016) 
Em ranking dos países mais inovadores, Brasil fica entre os 5 últimos 
 
Em levantamento que mediu o nível de inovação em 50 países, o Brasil ficou 
em 47° lugar. A Bloomberg, portal americano especializado em economia, 
atribuiu uma nota para cada país. Essa nota levou em conta vários indicadores, 
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como número de patentes registradas, quantidade de estudantes cursando 
engenharia e ciências, número de empresas de tecnologia, número de equipes 
de pesquisa, entre outros. Em 1° lugar no ranking, aparece a Coreia do Sul. 
Completam o top 10 Japão, Alemanha, Finlândia, Israel, Estados Unidos, 
Suécia, Singapura, França e Reino Unido. Na parte de baixo da tabela, os cinco 
piores são: Tailândia, Brasil, Argentina, África do Sul e Marrocos. 
 
1R�WtWXOR�³,129$d­2"�$48,�1­2�´��R�DGYpUELR�$48,�UHPHWH�LPHGLDWDPHQWH�D�
que lugar? 
 a) Na pesquisa realizada 
 b) Nesta imagem 
 c) No Brasil 
 d) Dentre as melhores posições ocupadas pelos 5 primeiros países. 
Comentários: 
Primeira coisa: a pergunta se refere ao título, não ao texto debaixo da figura. Ao 
interpretar a figura, percebemos que essa referência está fora do texto, pois se 
UHIHUH�DR�%UDVLO��ORFDO�RQGH�R�³WH[WR´�p�HVFULWR��UHIHUrQFLD�JHRJUiILFD�SUHVXPLGD�QD�
voz do autor. Posteriormente, ao ver a imagem e ler o texto, essa referência se 
confirma, mas, inicialmente, é exofórica. Gabarito letra c. 
Coesão e Repetição: 
 
Parafraseando Agostinho Dias Carneiro, um bom texto se articula fundamentalmente 
com repetição de ideias (coesão) e com apresentação de informação nova 
(progressão). Um texto que só repete é redundante; um texto que só apresenta 
novidade, sem dialogar com o que já foi dito, é incoerente. 
A repetição de ideias é muitas vezes necessária para o desenvolvimento linear de 
um texto. Porém, a repetição excessiva de palavras pode tornar um texto 
problemático. Nesse sentido, os mecanismos de coesão vão oferecer alternativas 
para a retomada de ideias sem a repetição viciosa das mesmas palavras. 
Denomina-se coesão lexical aquela que se dá pela repetição de termos ou pela 
substituição por outras palavras que mantenham com o referente original alguma 
relação de sentido (sinônimos, antônimos, hipônimos, hiperônimos, termos 
resumitivos). 
Veremos aqui algumas estratégias para evitar repetição viciosa. Fique alerta, pois 
essas técnicas são fundamentais para identificar paráfrases em questões de 
interpretação e reescrituras. Também são importantes para eventual prova 
discursiva. 
 
Uso de numerais: 
Ex: Eu e minha esposa fomos lá. Nós dois detestamos a comida. 
1yV�³GRLV´�UHWRPD�³HX´�H�³PLQKD�HVSRVD´�� 
 
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Ex: João e Joséforam ao shopping. O primeiro foi comprar charutos; o segundo foi 
comprar discos de vinil. 
2�QXPHUDO�³SULPHLUR´�VH�UHIHUH�DR�WHUPR�PDLV�GLVWDQWH�³-RmR´��³VHJXQGR´�VH�UHIHUH�
D�TXHP�DSDUHFHX�SRU�~OWLPR��³-RVp´�� 
Ex: Comprei um fogão e uma geladeira. Ambos deram defeito. 
$PERV�p�FRQVLGHUDGR�QXPHUDO�H�UHWRPD�³IRJmR´�H�³JHODGHLUD´�� 
Ex: O primeiro me chegou, como quem vem do florista, trouxe um bicho de pelúcia, 
trouxe um broche de ametista... O segundo me chegou, como quem chega do bar, 
trouxe um litro de aguardente, tão amarga de tragar (música de Chico Buarque) 
 
32. (IF-PE / Clínica Geral / 2016) Adaptada 
Podemos estar certos de apenas umas poucas coisas. A primeira: as disputas 
PXQLFLSDLV� QmR� VmR� XP� WLSR� GH� ³HOHLomR� GH� PHLR� SHUtRGR´�� FRPR� H[LVWH� QRV�
(VWDGRV�8QLGRV�H�HP�RXWURV�SDtVHV��2V�HOHLWRUHV�QmR�YmR�jV�XUQDV�SDUD�³HQYLDU�
VLQDLV´��GH�DSRLR�RX�UHSURYDomR�GRV�JRYHUQDGRUHV�RX�GR�SUHVLGHQWH� 
 O que fazem, unicamente, é procurar identificar o melhor candidato a 
prefeito de sua cidade, que se ocupará de questões tão mais relevantes quanto 
mais pobre for o eleitor. 
 A segunda é que, para a maioria do eleitorado, a eleição municipal é a 
escolha de um indivíduo. Apoios e endossos contam, mas raramente são 
decisivos. 
Em relação aos aspectos coesivos do TEXTO 01, julgue o item. 
$V�SDODYUDV�³SULPHLUD´��³VHJXQGD´��HVWmR�HVWDEHOHFHQGR�XPD�UHODomR�GH�LGHLDV��
que vai da informação primária à secundária. 
Comentários: 
Os numerais foram utilizados como estratégias coesivas, numa lista de aspectos que 
o autor anuncia que vai tratar. No entanto, pelo contexto, não podemos dizer que 
uma informação é primária e a outra é secundária, pois esta classificação se refere 
à origem da informação. A grosso modo, primária seria a informação original e a 
secundária seria aquela que decorre da primária. No texto, não há essa relação de 
prioridade, apenas uma mera ordenação. Questão incorreta. 
Uso de advérbios: 
 
Ex: Estamos no Brasil; muita gente considera fraude esperteza aqui. 
³$TXL´�ID]�FRHVmR�DQDIyULFD�FRP�OXJDU�TXH�DSDUHFHX�DQWHV��³%UDVLO´� 
 
Ex: Sinto saudades de lá; a Califórnia é muito bela! 
³/i´�ID]�FRHVmR�FDWDIyULFD�FRP�R�OXJDU�TXH�DSDUHFHUi�GHSRLV��³&DOLIyUQLD´� 
33. (FUMARC / Advogado / Prefeitura Matozinhos / 2016) 
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2�DGYpUELR�³$TXL´�WHP�UHIHUrQFLD�� 
a) anafórica b) catafórica. c) dêitica. d) elíptica. 
Comentários: 
$TXL� �FDVD��$�UHIHUrQFLD�p�FDWDIyULFD��SRLV�R�WHUPR�TXH�³DTXL´�UHWRPD�YHP�depois 
dele, não antes: aqui em casa... Gabarito letra b. 
 
 
Termos resumitivos e sintéticos: 
 
Algumas palavras, como pronomes indefinidos, tem o poder de sintetizar e resumir 
um grupo de elementos. 
Ex: Estudar, revisar, fazer questões: tudo isso é indispensável. 
Tudo isso UHWRPD�³(VWXGDU��UHYLVDU��ID]HU�TXHVW}HV´� 
 
Ex: João, Jose, Manoel e Joaquim vieram. Os outros faltaram. 
Os outros de refere a quem não veio, pessoas não mencionadas por nome. 
 
Ex: Acordo às 6h, vou para a faculdade, depois para a natação. Ao final do dia, pego 
as crianças no colégio, antes de ir para o curso de inglês. No dia seguinte, repito a 
rotina. 
O termo a rotina sintetiza toda a sequência de ações habituais mencionada. 
 
Sinônimos, Hiperônimos e Hipônimos: 
 
Já sabemos que hipônimos estão contidos no sentido amplo de seus hiperônimos. 
Essa relação de continência torna intuitivo o uso de um para retomar o outro. 
Ex: Meu cão era bipolar. O animal às vezes atacava sem razão. 
$QLPDO�p�KLSHU{QLPR�GH�FmR��SRLV�R�FmR�SHUWHQFH�DR�FRQMXQWR�³DQLPDLV´�� 
 
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Ex: Tive um carro a Diesel e achava barato o combustível. 
&RPEXVWtYHO�p�KLSHU{QLPR�GH�'LHVHO��SRLV�'LHVHO�SHUWHQFH�DR�FRQMXQWR�³FRPEXVWtYHLV´�� 
 
Uma outra técnica muito utilizada é a substituição de um nome próprio por um 
comum ou vice-versa. Geralmente consiste em aludir uma pessoa por uma 
característica que a distinga. Esta técnica se chama substituição por antonomásia. 
&DOPD��R�QRPH�p�IHLR��PDV�p�R�³WUHFR´�p�VLPSOHV��9HMD� 
Ex: Bono Vox e Ivete Sangalo estão namorando. O roqueiro foi visto saindo de um 
restaurante com a beldade. Indagada, a baiana negou estar em um relacionamento 
com o Irlandês. No entanto, os artistas foram vistos juntos muitas outras vezes. 
Bono Vox é um nome próprio e foi retomado várias vezes por nomes comuns, como 
³URTXHLUR´�� ³LUODQGrV´�� ³DUWLVWD´�� -i� ,YHWH� IRL� DOXGLGD� FRPR� ³EHOGDGH´�� ³EDLDQD´��
³DUWLVWD´��1mR�SUHFLVD�JUDYDU�R�QRPH��PDV�D� WpFQLFD�p� IXQGDPHQWDO��� As bancas 
SRGHP�WUDWDU�HVVHV�UHFXUVRV�FRPR�³FRHVmR�OH[LFDO´�� 
34. (CESPE / INSS / 2016) Adaptada 
 
Acerca de aspectos linguísticos e dos sentidos do texto acima, julgue o item que 
VH� VHJXH�� $� H[SUHVVmR� ³HVVDV� FROHo}HV´� �O���� UHWRPD�� SRU� FRHVmR�� R� WHUPR�
³%LEOLRWHFDV´��O���� 
Comentários: 
O pronome GHPRQVWUDWLYR�³HVVH´�p�XP�PHFDQLVPR�GH�FRHVmR�WH[WXDO�SDUD�UHWRPDU�
um item que já foi mencionado. Além disso, o termo ³FROHo}HV´� IRL� XVDGR� FRPR�
KLSHU{QLPR� GH� ³ELEOLRWHFD´�� Mi� TXH� D� ELEOLRWHFD� p� XPD� HVSpFLH� GH� FROHomR² uma 
coleção de livros. Questão correta. 
35. (FAURGS / TJ-RS / Assessor / 2016) Adaptada 
 
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A expressão o pontífice (l. 17) faz referência ao vinho que Stela costumava 
tomar. 
Comentários: 
Pontífice é uma autoridade eclesiástica. No texto, foi usado como sinônimo de 
³3DSD´��/RJR��QmR�ID]�UHIHUrQFLD�DR�YLQKR��4XHVWmR�LQFRUUHWD��� 
36. (UFCG / Técnico Administração / 2016) 
 Segundo a vice-presidente da Ebserh, Jeanne Michel, a rede também vai 
atender casos mais complexos das doenças, contribuir em pesquisas nos 
hospitais universitários e buscar qualificar ainda mais a rede de atenção à 
saúde. Os hospitais filiados à Ebserh já vêm atuando diariamente na 
identificação de casos suspeitos de microcefalias e na prestação de assistência 
às gestantes e bebês acometidos pela doença. 
 
O termo doença, no fragmento do texto na prestação de assistência às 
gestantes e bebês acometidos pela doença, é sinônimo de: 
a) Dengue. b) Zika vírus. c) Febre chikungunya. d) Microcefalia e) Aedes 
aegypti. 
Comentários: 
2�WHUPR�³D�GRHQoD´��QR�FDVR�HP�WHOD��ID]�D�UHWRPDGD�D�³PLFURFHIDOLD´��GRHQoD�TXH�
DSDUHFHX�DQWHV��2EVHUYH�TXH�R�DUWLJR�GHILQLGR�³D´�WDPEpP�UHIRUoD�D�FRHVmR�� 
Contudo, para ser mais específico, a técnica de coesão utilizada foi a do hipônimo-
KLSHU{QLPR�� Mi� TXH� ³PLFURFHIDOLD´� p� XPD� HVSpFLH� �KLS{QLPR�� GR� WHUPR� JHUDO�
�KLSHU{QLPR��³GRHQoD´��*DEDULWR�OHWUD�G�� 
37. (CESPE / Instituto Rio Branco / DIPLOMATA / 2013) 
Se houve cinco grandes livros sobre o Brasil escritos no Século XX, um deles é 
Raízes do Brasil . Publicado originalmente em 1936, foi segundo, pela ordem de 
publicação. Como Casa Grande & Senzala, é um ensaio de grande valor não 
apenas científico mas literário, que vai buscar as origens do Brasil em Portugal 
e no latifúndio escravocrata ou na família patriarcal rural. Igualmente usa de 
um método dialético para exprimir com riqueza as contradições do objeto que 
está analisando. Como Freyre, mas com menos ênfase, reconhece o caráter 
mestiço da formação social brasileira, produto de ampla miscegenação com o 
índio e o negro. Mas as semelhanças param aí. Enquanto Freyre faz o elogio da 
colonização portuguesa e do latifúndio

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