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Cultura Helenística

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Cultura Helenística 
 
A Cultura Helenística ou Helenismo foi o resultado da fusão dos elementos da cultura helênica 
grega com a cultura ocidental, destacando-se com elementos originais e marcantes, que caracterizou as 
regiões conquistadas pelo Império de Alexandre Magno. 
Hélade, região entre a Grécia central e a do norte, cujos habitantes, os helenos, emprestaram seu 
nome à civilização helenística, que se estendeu Oriente afora, por meio não só de uma língua comum 
(koiné), mas também através das práticas da educação, do artesanato, do comércio e da escultura. 
Os principais centros de difusão dos valores do Helenismo e da Cultura Helenística foram: 
Alexandria (Egito), Pérgamo (Ásia Menor) e a Ilha de Rodes, no mar Egeu. 
O Período Helenístico (ou Helenismo) foi uma época da história, compreendida entre os séculos III e II 
A.C., no qual os gregos estiveram sob o domínio do Império Macedônico. Foi tão grande a influência 
grega que, após a queda do Império, a cultura helenística continuou predominando em todos os 
territórios anteriormente por eles dominados. Entre os séculos II e I A.C., os reinos helenísticos foram 
aos poucos sendo conquistados pelos romanos. 
No tempo de Jesus, Herodes, o rei dos judeus, que por um lado, era ligado à família dos 
Macabeus por parte de sua esposa, era também um aliado de Roma e não tão ligado às tradições do 
Judaísmo oficial. Mesmo após a dominação romana a partir do ano 63 A.C., o pensamento grego se 
impunha sobre o mundo daqueles dias. A língua, as artes, o pensamento e a religiosidade das massas 
refletiam a influência grega. E como um povo radical em sua fé, os judeus se envolviam em conflitos à 
menor ameaça à sua fé monoteísta. 
No mundo grego, a tradução dos escritos sagrados do Judaísmo, a Septuaginta (LXX), se tornou 
uma das maiores propagandas da religiosidade judaica. Estes foram os dois elementos distintivos do 
Judaísmo helenista em relação ao Judaísmo palestinense: o idioma grego e o contato maior com a 
cultura helenista. 
As diferentes expressões religiosas do mundo greco-romano eram marcadas pela presença dos 
mitos acerca das origens e dos deuses em questão. A popularidade destes cultos era tamanha que era 
comum os fiéis colecionarem os mistérios, se iniciando em diversos cultos, “um após outro”. E os 
cristãos que se recusavam a participar dessa modalidade religiosa, bem como ao culto ao imperador, 
segundo Eusébio de Cesaréia , eram chamados de “ateus”. Na busca de uma linguagem para defesa da 
fé, alguns judeus cristãos buscavam no próprio mundo grego tradições filosóficas que tivessem uma 
afinidade com suas crenças. Entende que duas tradições foram aceitas pelos cristãos helenistas (alguns) 
como adequadas para expressar sua fé: o estoicismo e o platonismo. 
A Igreja Primitiva nasceu em um ambiente controvertido. Dentro do Judaísmo, a religiosidade se 
dividia em várias direções. As influências do mundo grego desde o período intertestamentário vieram a 
fortalecer diversas filosofias que influenciariam o pensamento cristão. De um lado (judaico), o 
legalismo farisaico, e um apego ao monoteísmo rígido. Do outro (helenista), o estoicismo e o 
platonismo. Estas principais ideologias vieram influenciar e a compor o imaginário cristão nos dias de 
nascimento da Igreja Cristã. 
A influência helênica é presenciada no NT principalmente nos escritos de João e Paulo. O 
apostolo João usa o termo “logos” da filosofia grega, e o reveste com um significado novo e diferente 
com aplicação a Jesus como a perfeita expressão de Deus e a causa de toda a criação (O que era desde o 
principio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos olhos, o que temos contemplado e as 
nossas mãos tem apalpado no tocante ao verbo da vida. – Porque a vida se manifesta, e nós a temos 
visto; damos testemunhos e vos anunciamos a vida eterna, que estava no Pai e que se nos manifestou 
– O que vimos e ouvimos nós vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão conosco. Ora, 
a nossa comunhão é com o Pai e com o seu filho Jesus Cristo . I João 1.1-3). Paulo também usou 
conceitos filosóficos nas suas epístolas para esboçar alguns princípios. Alguns desses conceitos são: 
“As profundezas de Deus” (Todavia, Deus no-las revelou pelo seu Espírito, porque o Espírito penetra 
tudo, mesmo as profundezas de Deus. “mas Deus o revelou a nós por meio do Espírito. O Espírito 
sonda todas as coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus”.(1 Coríntios 2:10) - “ A imagem 
invisível de Deus” (Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, Colossenses 
1:15). “ A interpretação alegórica que Paulo faz de Sara e Hagar” (Digam-me vocês, os que querem 
estar debaixo da lei: Acaso vocês não ouvem a lei? Pois está escrito que Abraão teve dois filhos, um 
da escrava e outro da livre. O filho da escrava nasceu de modo natural, mas o filho da livre nasceu 
mediante promessa. Isso é usado aqui como uma ilustração; estas mulheres representam duas 
alianças. Uma aliança procede do monte Sinai e gera filhos para a escravidão: esta é Hagar. Hagar 
representa o monte Sinai, na Arábia, e corresponde à atual cidade de Jerusalém, que está escravizada 
com os seus filhos. Mas a Jerusalém do alto é livre, e essa é a nossa mãe. Pois está escrito: "Regozije-
se, ó estéril, você que nunca teve um filho; grite de alegria, você que nunca esteve em trabalho de 
parto; porque mais são os filhos da mulher abandonada do que os daquela que tem marido". Vocês, 
irmãos, são filhos da promessa, como Isaque. Naquele tempo, o filho nascido de modo natural 
perseguia o filho nascido segundo o Espírito. O mesmo acontece agora. Mas o que diz a Escritura? 
"Mande embora a escrava e o seu filho, porque o filho da escrava jamais será herdeiro com o filho 
da livre". Portanto, irmãos, não somos filhos da escrava, mas da livre). Gálatas 4:21-31 
Tudo isso é um empréstimo da hermenêutica Alexandrina tão aplicada pelos Judeus 
alexandrinos. 
O pano de fundo histórico- cultural- religioso do NT pode ser resumido nos termos como coloca 
H.E.DANA: “ politicamente romano, culturalmente grego, socialmente pagão e religiosamente greco- oriental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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