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Artigo mulher sociedade e religiao

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SANCHES, M. A. (Org.) Congresso de Teologia da PUCPR, 9., 2009, Curitiba. Anais eletrônicos... Curitiba: Champagnat, 2009. 
Disponível em: http://www.pucpr.br/eventos/congressoteologia/2009/ 
 
132 
 
MULHER, SOCIEDADE E RELIGIÃO 
 
 
Jaqueline Sena Durães
1
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente artigo tem como objetivo analisar qual será o papel da mulher no mundo 
plural de hoje? Para isso, voltamos às origens de toda civilização humana, na qual a única 
representação que se tem são pinturas rupestres de “quando a humanidade vivia nos períodos 
pré-históricos” e “Deus era representado pela figura da Mulher”, (SCHLOGL, 2005, p.79) 
quando nossa espécie vivia da coleta e da caça de pequenos animais e ainda não havia a 
necessidade da força física e as mulheres possuíam um lugar central. (MURARO, 1993) 
Foram atitudes e ações do passado que moldaram nossas crenças, valores e pensamentos de 
hoje. Segundo Emerli Schlogl o autor Arthur Evans teria encontrado inúmeras figuras de 
divindades femininas e afirmado que aquelas figuras representariam a Grande Mãe “cuja 
adoração se estendia por grande parte da Ásia Menor e regiões mais distantes” (SCHLOGL, 
2005, p.80) e, também, conforme ela informa é provável que o sagrado feminino tenha durado 
pelo menos 25.000 anos. Imaginava-se que a mulher possuía um poder mágico que 
aproximava a mulher do sagrado. Outro fator importante era o fato de que até depois do 
período paleolítico o homem não tinha o conhecimento de que fazia parte da fecundação. A 
mulher era também divinizada por ter em si os ciclos ou calendários de tempo instalados no 
próprio corpo. Ao homem cabia servir-se de orientações pelas luas e estrelas – orientações 
externas ao corpo. Tudo fazia com que a mulher fosse vista com certa superioridade que 
causava inveja aos homens. 
Muitos mitos da criação, em diferentes culturas, colocam a imagem feminina como 
criadora da Terra. Um dos mitos mais conhecidos é o mito grego de Gaia que é a Terra. Gaia 
teria surgido do Vazio ou do Caos a partir do qual gerou o Céu e o Mar. Depois gerou os 
poderosos Titãs. 
Quando o homem se dá conta de sua participação no ato de gerar nova vida há início 
também a dominação. Uma vez entendido que era o sêmen que dava origem à vida, o homem 
passou então a utilizar-se do seu “poder”. Conforme Muraro, “Nos grupos matricêntricos, as 
______________ 
1
 Licenciada em Letras pela UTP-PR. Aluna do Curso de Bacharelado em Teologia da PUCPR. Pós-graduanda 
em Ética e Educação com ênfase em Teologia Moral. 
 
 
 
133 
formas de associação entre homens e mulheres não incluíam nem a transmissão do poder nem 
a herança, por isso a liberdade em termos sexuais era maior. Por outro lado, quase não existia 
guerra, pois não havia pressão populacional pela conquista de novos territórios”. (MURARO, 
1993) O papel da mulher era de cuidar e preservar e por isso não havia a preocupação com 
competição. Muraro afirma também que a partir do momento que o homem sai para caçar 
(entendendo-se agora a caça como de animais selvagens, grandes e pesados) o uso da força 
física se torna essencial, quando o homem começa a desenvolver-se fisicamente e torna-se 
mais forte. O trabalho braçal da caça exigia uma força física que se desenvolveu com o tempo. 
Até então os homens sentiam-se marginalizados e “invejavam as mulheres” conforme relata 
Muraro que também escreve sobre a “inveja do útero” que o homem sentiria, o que na 
sociedade atual passou a chamar-se a “inveja do pênis” em especial nas culturas patriarcais 
mais recentes. 
Kant dizia que com o advento da razão moderna o homem chegou a maturidade, mas, 
hoje essa afirmação desperta certo ceticismo. O fato é que se constata um paradoxo: o quão 
desumanizante foi aplicar essa racionalidade, não deveria ser o contrário? 
Ao homem coube desenvolver o poder cultural já que o poder biológico era uma 
característica feminina. Embora se saiba hoje que foi a mulher que desenvolveu a agricultura, 
coube ao homem aprimorar os instrumentos e aplicar mais força e, ao aplicar a força começa a 
haver a competitividade que não havia nas sociedades de coleta. O alimento estava cada vez 
mais escasso e a luta pela sobrevivência trouxe a competitividade. 
Podemos perceber traços de uma sociedade patriarcal já nas sociedades pastoris 
descritas nas Sagradas Escrituras, no caso do Cristianismo na Bíblia. Lembrando-se, porém, 
que entre os acontecimentos e a escrita das Sagradas Escrituras houve um grande período de 
tempo, ou seja, os primeiros escritos apareceram depois de haverem sido contados de boca a 
ouvido durante várias gerações. Rose Marie explica, na breve introdução da história para o 
Malleus maleficarum, que na Bíblia ao contrário das culturas primitivas, Javé é um Deus 
masculino, único, centralizador que dita regras rígidas de comportamento e que suas 
transgressões devem ser punidas. Segundo Muraro, a Bíblia teria sido escrita numa quarta fase 
mitológica da criação do mundo. Ela cita um mitólogo americano de Nova York cujo nome 
não consta na breve introdução e, cujo título da obra em português é As máscaras de Deus. 
Nessa obra o autor divide os mitos da criação em quatro grupos que correspondem às etapas 
cronológicas da história humana, a saber: na primeira etapa o mundo teria sido criado por uma 
deusa mãe sem auxílio de ninguém; na segunda, por um deus andrógino ou um casal; na 
terceira um deus macho que ou cria o mundo ao tomar o poder de uma deusa ou através do 
 
 
 
134 
corpo de uma deusa primordial. E, na quarta etapa, um deus macho cria o mundo sozinho. 
(KRAMER; SPRENGER, 1993, p. 8). Pode-se notar aí em que momento da história da 
humanidade a Bíblia foi escrita. Nota-se também que, lenta e gradativamente a mulher foi 
sendo marginalizada até chegar o ponto em que a imagem de Deus é de um ser masculino e 
onipotente. Muraro fala de um processo psicológico encontrado na Bíblia que mostra os 
indícios da desigualdade entre homens e mulheres que nada mais é do que uma externalização 
inconsciente do desejo do homem de gerar a vida. Como? Na Bíblia Deus criou primeiro o 
homem e depois a mulher. A narrativa da criação da mulher através da costela de Adão pode 
muito bem ser entendida como uma maneira do homem se sentir gerador da vida. Como no 
parto a mulher dá a luz, na criação bíblica é o homem quem gera a mulher. Seria um resquício 
de inveja? Há todo um processo de inversão de valores em relação à primeira etapa. Na 
primeira etapa a mulher é divinizada e cultuada como geradora da vida e seu sangue era 
considerado fértil para a terra enquanto que no relato bíblico, a mulher levou o homem a pecar 
e como “castigo” irá parir e o seu sangue é visto como impuro, ou seja, parir deixa de ser um 
ato sagrado para significar sinal de inferioridade. Aquilo que antes lhe dava grandeza agora a 
faz impura e inferior. 
No Novo Testamento Jesus Cristo vem resgatar a dignidade da mulher que havia sido 
perdida no decorrer do curso da história. Isso deve ter incomodado muito uma sociedade 
sedimentada nos valores patriarcais. 
Do séc. III ao séc. X o Cristianismo estava se expandindo e sedimentando entre as 
tribos bárbaras da Europa. Era um período caracterizado por muitas guerras e conflitos. A 
situação da mulher é totalmente confusa, uma vez que, quando os homens partem para a 
guerra “as mulheres eram jogadas ao domínio público quando havia escassez de homens e 
voltavam para o domínio privado quando os homens reassumiam o seu lugar na cultura.” 
(KRAMER; SPRENGER, 1993, p. 13). Gradual e lentamente a mulher foi conquistando 
espaço na sociedade: nas artes, na literatura e na ciência. Essa manifestação feminina na 
sociedade durou até meados do séc XIV quandotem início um novo período que vai até o séc 
XVIII, a repressão sistemática do feminino. Este é o período em que recomeça a 
marginalização e a discriminação da mulher. Alguns autores chamam de “período da caça às 
bruxas” que durou quatro séculos. Mulheres eram queimadas vivas. Durante muitos séculos as 
mulheres, nas mais diversas tradições eram curadoras, parteiras e até mesmo xamãs. Na 
medida em que o Cristianismo foi se deparando com outras culturas, as práticas de curas com 
ervas e tratamentos caseiros foram entendidas como bruxaria. Neste período já havia as 
primeiras Universidades e as mulheres representavam uma ameaça aos médicos porque 
 
 
 
135 
cultivavam ervas que restabeleciam a saúde, eram excelentes anatomistas e como parteiras 
“viajavam de casa em casa, de aldeia em aldeia”, eram assim, as médicas populares para todas 
as doenças. (MURARO, 1993) 
Nesse contexto histórico Sprenger e Kramer, dois teólogos e inquisitores, protegidos 
por bula papal, escrevem o Malleus Maleficarum, cujas teses centrais são descritas por Rose 
Marie Muraro na breve introdução histórica da versão em português. Enquanto no início da 
civilização a mulher era divinizada, agora, neste período, ocorre uma completa inversão, a 
mulher passa a ser demonizada, pior ainda, é pior que o demônio, segundo Krammer e 
Sprenger, é a mulher que dá ao demônio o poder de possuir a alma humana através da cópula, 
conforme o quinto item acima. Assim, quando a mulher tem intimidade com o demônio, 
torna-se capaz de desencadear todos os males do mundo. A comparação feita demonstra uma 
total misoginia. Carlos Amadeu Byington, médico psiquiatra e analista, diz que O martelo das 
Feiticeiras – malleus Maleficarum “é uma das páginas mais terríveis do Cristianismo.” 
(KRAMER; SPRENGER, 1993, p. 20). Esta obra foi, durante a Inquisição, um dos 
instrumentos mais utilizados na caça às bruxas. Conforme ainda Byington, foi, durante três 
séculos, a Bíblia dos inquisidores. 
É difícil de acreditar que uma obra como essa possa ter sido tão amplamente difundida 
e influenciado tanto a cultura e que influencia ainda hoje o imaginário popular. A obra foi 
aprovada por bula papal de Inocêncio VIII, bula esta que consta da versão em português. 
Também recebe um certificado de aprovação da Faculdade de Teologia da Universidade de 
Colônia. É de se supor que seja então uma obra de altíssimo nível, dada a aprovação vinda de 
duas autoridades “inquestionáveis”. Talvez isso justifique o fato de ter sido tão amplamente 
difundido, afinal, tinha a aprovação do Papa, a autoridade maior da Igreja, quem ousaria 
contestar e correr o risco de ser condenado como herege? 
Byington explica que embora a bula papal mencione bruxos e bruxas, o texto é 
praticamente dirigido às bruxas. A misoginia é explícita, desabonadora e completamente 
machista. A primeira parte coloca a mulher numa posição pejorativa para, na terceira parte, 
justificar seus atos cruéis de condenação. Diz que a mulher é mais carnal que o homem e, por 
isso leva o homem a pecar, justificando que a primeira mulher já “veio com defeito de 
fabricação” e por isso é um animal imperfeito. As mulheres eram torturadas das mais variadas 
formas para confessarem a prática de bruxaria, e, se ainda assim não confessassem, os juízes 
poderiam trazer outros instrumentos de tortura, que poderia levar até três dias. O médico fala 
que se trata de uma patologia social da época e que os autores da obra apresentam uma 
psicose paranóide que progride na mesma medida em que o poder das forças perseguidoras 
 
 
 
136 
aumenta. O livro acaba tornando-se mais um manual que dá ao Demônio mais poderes e 
coloca a mulher como sua consorte. 
Paralelamente a isso crescia o culto à Mariologia, “o culto da Virgem Maria na Idade 
Média, que acompanhou a representação crescente do Messias como menino ou como morto, 
expresso nas Pietàs. O culto da função materna idealizada foi acompanhado da repressão do 
papel da feminilidade adulta no mito, assinalada pela supressão do significado do símbolo de 
Maria Madalena na Paixão.” (KRAMER; SPRENGER, 1993, p. 35) 
Desse modo, suprimia-se a mulher “pecadora” e exaltava-se a virgem, mãe de Jesus, 
concebida sem pecado. A pureza estava em ser virgem. O sexo é pecado, a mulher é a fonte 
do pecado. Até hoje temos o reflexo deste acontecimento. Como a mulher pode decidir casar-
se se ao casar estará pecando? Todos os grandes tabus em relação ao sexo não teriam parte de 
sua origem aqui? Mulher não pode, não deve sentir prazer! 
Frued não era Cristão porque em seu consultório descobriu que grande a maioria das 
neuroses era causada por traumas trazidos pela religião dualista em que o corpo é impuro e só 
a alma é pura. As pessoas sentiam desejos, vontades e, tinham duas opções: seguir seus 
instintos ou cuidar da alma. Muitas acabavam cedendo aos instintos e depois sofriam, se 
angustiavam, se penalizavam. Outras se reprimiam por completo e também acabavam tendo 
suas neuroses agravadas. Por isso, ainda hoje, o Malleus tem seus reflexos cáusticos. 
 
A MULHER E A SOCIEDADE 
 
A história tem um grande peso no que diz respeito à situação em que se vê a mulher 
ainda hoje. Maria Conceição Correa diz que o sistema patriarcado, por ser dualista, 
hierárquico, autoritário e sexista cerceia as mulheres. Assim sendo, segundo a autora, o 
Cristianismo foi influenciado tanto pelo judaísmo quanto pelo helenismo, ou seja, 
desenvolveu-se sobre um pano de fundo patriarcal inclusive em sua concepção de mulher. 
Desse modo, a mulher é, conforme a exegese bíblica, subordinada e equivalente ao homem. 
Falar da mulher na sociedade também é falar da influência religiosa. A sociedade é 
formada por leis e por preceitos morais profundamente religiosos, por isso, fica difícil separar 
o fenômeno religioso que subjaz a origem de quase toda sociedade humana. Por isso foi 
preciso ver também como acontece em outra religião, o Islamismo. 
Irshad Manji, jornalista muçulmana, criada na América do Norte e que sempre teve 
muita curiosidade sobre o Alcorão, em seu livro: Minha briga com o Islã, relata sua constante 
busca pelo entendimento da religião islâmica e do seu livro sagrado. Segundo ela, o Alcorão 
 
 
 
137 
foi ditado a Maomé e sua primeira palavra é: Recite. Desse modo, os islâmicos entendem que 
o Alcorão é um livro que deve ser imitado e não interpretado e muito menos questionado. A 
autora relata fatos que demonstram o quanto a mulher é insignificante para a religião, relata 
também o mito da criação do mundo, que, segundo o Livro sagrado, Deus criou primeiro uma 
alma e depois outra alma cônjuge, não mencionando aí se foi masculina ou feminina. 
Conforme ela mesma diz, “não há nenhuma menção à costela de Adão, a partir da qual, 
segundo a Bíblia, Eva foi feita” (MANJI, 2004, p. 48), continua dizendo que também não se 
menciona o fato de Eva ter induzido Adão a provar do fruto proibido e conclui dizendo que, 
pelo menos no relato da criação, não se encontra subsídio para comprovar a superioridade 
masculina, e, ao contrário, pede aos homens que respeitem a mãe que lhes deu a vida porque 
Deus estará sempre vendo o que eles fazem. Porém, diz Manji, no mesmo capítulo, o próprio 
Alcorão se direciona numa forma oposta quando afirma que o homem tem autoridade sobre a 
mulher porque Deus o fez superior, conforme ela cita: “Os homens têm autoridade sobre as 
mulheres porque Deus fez um superior ao outro, e porque gastam sua riqueza para mantê-las. 
Boas mulheres são mulheres obedientes... quanto àquelas de quem vocês temem 
desobediência, repreendam-nas, coloquem-nas em camas separadas e batam nelas.” (MANJI, 
2004, p. 48) Mais adiante, a jornalista faz uma observaçãosobre este relato: não é preciso que 
a mulher desobedeça, basta que o homem simplesmente tenha uma leve desconfiança de que 
ela possa vir a desobedecer (quanto àquelas de quem vocês temem desobediência), para que 
se sintam autorizados a baterem nela. Isso está escrito no Alcorão e por isso é entendido como 
vontade de Deus. Outra observação que a autora faz é a de que o fato de o homem gastar sua 
riqueza com a mulher lhe dá autoridade para subjugá-la. 
Irshad denuncia o Islamismo de fundamentalista e fala do atentado às Torres gêmeas. 
Cita a carta de Mohamed Atta, líder dos camicases de 11 de setembro, que justifica o atentado 
considerando os versos do Alcorão como suficientes, especialmente o verso que promete aos 
mártires que “os jardins do paraíso estão esperando por vocês, com toda a sua beleza, e que as 
mulheres do paraíso estão esperando, chamando, „Chegue mais perto, amigo de Deus‟” 
(MANJI, 2004, p. 62). O mais interessante disso tudo é que, segundo Manji, a interpretação 
de que haveria setenta virgens a espera do mártir foi uma interpretação erronia de Maomé de 
uma palavra que, dependendo da entonação poderia significar virgem ou passa. A passa era 
um fruto muito raro que, portanto, conforme a sagrada escritura, lá no paraíso, haveria fartura. 
Desse modo, a autora brinca com o leitor, dizendo para que ele não ria, ou, se possível, pelo 
menos, não ria muito. Pode-se imaginar quão decepcionante seria para todos aqueles mártires 
que morreram pensando em encontrar no Paraíso setenta virgens e, ao chegarem lá, se 
 
 
 
138 
depararem com uma plantação de passas sem fim? Pois é, para o muçulmano, o que o motiva 
é ter prazer infinito. Uma mentalidade bastante deturpada, não parece? 
 
O COMEÇO DA LIBERTAÇÃO FEMININA, SERÁ? 
 
No séc. XX o mundo passa por um período de crise que acaba levando às duas grandes 
guerras mundiais. Com a guerra os homens eram recrutados para lutar pelo país e, novamente 
as mulheres ficaram em casa, cuidando dos filhos. Acontece que o dinheiro estava acabando e 
a mulher precisou sair de casa para trabalhar. Trabalhava nas fábricas para sustentar a família 
e começava assim a ter uma jornada dupla de trabalho: uma na fábrica outra em casa. 
Segundo Júlio Bernardes, “no último século, as mulheres passaram de um papel submisso no 
casamento e na família para uma presença ativa no mercado de trabalho. Mas apesar das 
conquistas, a liberdade deu lugar à obsessão por padrões de beleza inatingíveis. A evolução da 
imagem da mulher nos meios de comunicação, desde o início do século XX,...” 
(BERNARDES, 2004). Bernardes cita a dissertação de mestrado apresentada por Maria 
Goretti Pedroso à Escola de Comunicações e Artes no qual a pesquisadora identificou três 
momentos da presença feminina nos meios de comunicação de massa: a submissão, presente 
do início da industrialização até a década de 30; a independência, a partir dos anos 40; e a 
virtualização, que ganha força depois dos anos 70. "Com o surgimento da indústria cultural, o 
cinema começa a influenciar hábitos de consumo do público... A mulher, embora presa ao lar 
e ao marido, começa a desenvolver um ideal de independência, que se reflete principalmente 
nos anúncios de cigarros" (GORETTI, apud BERNARDES, 2004). 
Segundo a pesquisadora, na década de 50, ao mesmo tempo em que a publicidade 
enfatizava a autonomia conquistada pela mulher no mercado de trabalho por meio de anúncios 
de carros e outros bens de consumo, as propagandas de eletrodomésticos apontavam que ela 
poderia "voltar ao lar" cercada de um aparato tecnológico melhor. A tendência surge nos 
Estados Unidos, com o American Way of Life, e depois será imitada na Europa e no Brasil. 
"Com o advento da televisão e dos primeiros comerciais ao vivo, a própria mulher vendia 
produtos destinados ao público feminino, por intermédio das garotas-propaganda." 
(GORETTI, apud BERNARDES, 2004). O que se pode depreender disso tudo é que, na 
medida em que a mulher conquistou o seu espaço ela não mais estava disposta a assumir uma 
vida de submissão como antes. Porém, veio o fim da primeira guerra e com isso, os maridos 
começaram a voltar para casa. Era necessário fazer com que a mulher retornasse ao lar, e, para 
isso seria preciso um bom argumento, os aparelhos eletrodomésticos foram o modo como 
 
 
 
139 
seduziram a mulher. Junto com isso desencadeia-se o início do consumismo. Esse 
consumismo acelerado começou a entrar em baixa em meados dos anos 60, quando a 
contestação política e ideológica por parte de estudantes militantes que criaram a 
contracultura. 
Outro acontecimento que contribuiu para o aumento da liberação feminina foi a 
criação da pílula anticoncepcional. Bernardes cita novamente Maria Goretti que diz: "Com o 
trabalho, a mulher não precisa mais se casar para ser respeitada e, com a pílula, passa a ter 
controle sobre o próprio corpo” (2004). Daí para se ampliar ainda mais a independência 
feminina foi bem rápido. Inovações tecnológicas surgidas a partir dos anos 70, o aumento da 
carga de trabalho foram fatores que contribuíram para uma mudança do modo de pensar da 
mulher. Aos poucos a mulher acaba sendo seduzida por uma nova imagem de beleza virtual; 
Surgem os produtos de beleza, a cirurgia plástica, entre outros. A mulher começa a se tornar 
escrava da mídia e a se “coisificar”. 
O desejo de se parecer com aquelas garotas-propaganda que veicula nos meios de 
comunicação cria um padrão de mulher que toda mulher quer ter: magra, esbelta, artificial. 
Mas, não só de mulheres manipuláveis viveu o séc XX. Muitas delas reivindicaram direitos, 
como o de votar, que durante muitos anos era próprio só dos homens. A busca da liberdade 
deu a mulher um lugar que ela também não conhecia. Abriu picadas, mas, quando se viu livre, 
em muitos casos, não sabia o que fazer com a liberdade que conquistou. Algumas entenderam 
que ser livre era poder fumar, beber, liberar-se sexualmente. Tudo é um processo. Assim 
como para se aprender a andar é preciso levar alguns tombos, para se atingir a maturidade e o 
discernimento de o que é de fato ser livre, algumas mulheres precisaram tropeçar. Algumas 
pagaram um alto preço, mas, muitas são as mulheres que lutam por sua dignidade, pelo 
respeito ao seu trabalho, ao corpo e a valorização feminina. 
 
A MULHER E A RELIGIÃO 
 
A participação feminina na cultura religiosa passou por variadas formas, desde a 
adoração do feminino pela fertilidade até sua total e completa negação, ou seja, saiu de um 
estado de divinização até o ponto de ser totalmente anulada. Desde o tempo em que o 
feminino representava o transcendente até o ponto em que representa a origem do pecado. 
Segundo Emerli Schogl nos primeiros rituais de agradecimento à colheita as mulheres 
reuniam-se pra abençoar as sementes com seu sangue e carne, o ritual simbolizava a 
 
 
 
140 
fertilização da terra e durava em torno de nove dias nos quais as mulheres se submetiam a 
ritos de purificação. 
A purificação consistia em: não fazer sexo, dormir sozinhas e preparar abrigos longe 
dos “maridos”. A mesma autora cita que nos primórdios do Cristianismo as mulheres também 
experimentaram a religiosidade do deserto. Porém, as mulheres foram perdendo seu espaço e, 
aos poucos, a Igreja foi se tornando cada vez mais patriarcal e dogmática. Os valores tidos 
como femininos: amor, afinidade, devoção e beleza foram tidos como heresia. Os cátaros 
tentaram resgatar o feminino na religião e foram chamados hereges. 
Em muitas religiões ainda hoje predomina a preponderância do masculino sobre o 
feminino, embora já se tenha visto algumas mudanças. Reflete-se mais sobre a igualdade entre 
homens e mulheres. O exemplo disso,Schlogl diz que já eram 660 rabinas em todo o mundo, 
a valorização das monjas budistas, Zilda Arns como responsável pela pastoral da criança isso 
no ano de 2005, quando o artigo foi publicado. A autora questiona por que as mulheres não 
podem ser ordenadas. Cita o caso de algumas igrejas evangélicas que têm pastoras como: a 
Igreja luterana, metodista, quadrangular, etc. 
 
A LIBERTAÇÃO DA MULHER COMO UM DESAFIO PARA A IGREJA 
 
Neste bloco vamos refletir um pouco mais a realidade de mulher na Igreja Católica da 
América Latina. Todos os materiais de consulta sobre a situação da mulher na América Latina 
apontam especialmente para o Documento de Puebla e para o Concílio Vaticano II. No livro A 
hora de Maria, a hora da mulher Maria Teresa Santiso descreve a situação concreta da 
mulher na América Latina, no qual, segundo ela, existem dois contrastes bastante distintos. 
Por um lado a mulher é duplamente discriminada, primeiro por ser pobre e depois por ser 
mulher, num outro lado, bem inversamente proporcional, a mulher é explorada a nível de 
imagem hedonista, ou seja, vende-se a imagem de uma mulher linda, magra, sensual – essa 
não é pobre, como a anterior, mas é sim explorada, “instrumentalizada, coisificada”. 
(SANTISO, 1982, p. 15). Dois extremos que precisam ser muito bem analisados e observados. 
A mídia explora essa imagem. A mulher pobre e marginalizada sonha em ser a mulher 
coisificada, pensando que assim vai ter uma vida melhor. É papel da Igreja conscientizar tanto 
aquela que se permite explorar pelo uso da imagem da beleza quanto aquela que sonha em ser 
uma delas. Como dizia Aristóteles, a virtude está no meio. A mulher deve aprender a se 
respeitar, em primeiro lugar para depois conquistar o respeito. 
 
 
 
141 
Durante muito tempo o feminismo existiu como uma força contrária ao machismo. 
Muitas mulheres, no afã de buscar a igualdade de direitos, de se igualar aos homens 
masculinizaram-se, perderam a feminilidade, a docilidade. Confundiram-se, pensando que 
para alcançar seu lugar no topo da sociedade deveriam competir de igual para igual. Com isso, 
o que primeiro abandonaram foi o lado emocional. Passaram a governar-se única e 
exclusivamente pela razão. Lembrando-se de que lá no início desse artigo, foi dito que, foi a 
partir do momento em que o homem passou a racionalizar as coisas que ele deixou também de 
se humanizar. Em outras palavras, a mulher, querendo ser igual ao homem, acaba 
contribuindo para que a humanidade continue a se perder no espaço. 
Segundo Santiso o documento de Puebla retoma, por diversas vezes, a mulher no 
Antigo Testamento para mostrar que sempre ela exerceu papéis relevantes no povo de Deus, 
como Maria a irmã de Móisés, Ana, as profetisas Débora e Hulda, Rute, Judite e outras. 
Santiso faz uma busca da mulher e do feminino a partir da Bíblia tendo-a em mente 
como a História da Salvação da qual Deus é o autor. Ela critica alguns autores quanto à visão 
negativa da mulher e a acusação de “sexismo”. Para ela, essa é uma visão apressada e o 
resultado de uma interpretação defeituosa do passado. Cita como exemplo 1Cor 11,7-9 e 
alguns outros ensinamentos patrísticos “que fizeram eco a esse pessimismo” a respeito da 
mulher até chegar a Santo Agostinho e ao próprio Santo Tomás” (SANTISO, 1982, p. 41). 
Porém, há passagens do Antigo Testamento que demonstram a imagem da mulher 
comprometida diretamente com a história de seu povo, como “Judite, que reanima nos chefes 
a fé no Deus de Israel.” (SANTISO, 1982, p.44), entre outras. No Novo Testamento, a 
passagem da mulher samaritana pode ser considerada a, segundo Santiso, “a síntese mais 
eloqüente de sua liberdade diante da mulher e de sua aceitação dela tal como é” (SANTISO, 
1982, p. 50). 
Alguns autores citam a obra de John Stuart Mill, A sujeição da mulher, publicada em 
1869, como o primeiro manifesto feminista que se desenvolveu primeiro na Inglaterra e na 
França e depois na Alemanha e nos Estados Unidos. Santiso distingue dois momentos na 
evolução do feminismo: Um que vai até meados do séc. XX “e compreende o esforço das 
mulheres para conseguir espaço e atuação no mundo dos homens. Busca-se pela emancipação 
da mulher”. E, no segundo momento marcado pela “crítica à sociedade androcêntrica, junto 
com a inspiração a uma sociedade nova, que permita a participação co-responsável e o 
estabelecimento de relações de reciprocidade entre homens e mulheres. Não será uma 
sociedade “de mulheres”, mas uma sociedade sem discriminados e oprimidos.” (BRUNELLI, 
 
 
 
142 
1989, p. 15) O término da primeira fase culmina com a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos de 1948 e se completa em 1967 com a Declaração sobre a discriminação da mulher. 
Dentro da Igreja Católica o feminismo era condenado e, segundo Brunelli, era 
considerado um dos “erros modernos” que só estava abaixo do socialismo. O motivo pelo 
qual a igreja condenava o feminismo era o fato de que a “emancipação da mulher” era 
defendida por forças externas à Igreja, portanto, anticlericais e socialistas. E, ainda hoje, 
podemos perceber, em algumas igrejas católicas mais tradicionais, traços dessa condenação ao 
feminismo. Porém, mesmo dentro da Igreja Católica há movimentos feministas. 
Nesse contexto surge a Teologia Feminista, que assume uma estrutura de teologia de 
libertação. Segundo Brunelli, a questão da mulher demorou ainda para ser legitimada e foi a 
Igreja latino-americana que contribuiu para esse despertar. Teve um reflexo sutil em Medellín 
ao tocar no assunto da busca pela igualdade, mas, não passou disso. Foi só em meados da 
década de setenta que se iniciou na igreja uma reflexão mais sistemática e abrangente sobre a 
mulher, isso, por ocasião do Ano Internacional da Mulher (1974), que não aconteceu por 
acaso, foi o resultado da forte pressão dos movimentos feministas. Neste mesmo período a 
Igreja estava envolvida com o tema da Evangelização entre os Sínodos de 1974 e a Evangelli 
Nuntiandi de 1975. Assim, Puebla sintetiza estes aspectos e se acentua a necessidade de haver 
uma valorização da mulher, inclusive no nível de pastoral, que, naquele tempo ainda era 
escasso. 
 
A DIGNIDADE E A VOCAÇÃO DA MULHER (CARTA APOSTÓLICA DE JOÃO 
PAULO II) 
 
A Carta Apostólica de João Paulo II sobre a Dignidade da Mulher é um dos 
documentos mais ricos da Igreja. Nela o Sumo Pontífice cita já no início a mensagem do 
Concílio Vaticano II às Mulheres: “Mas a hora vem, a hora chegou, em que a vocação da 
mulher se realiza em plenitude, a hora em que a mulher adquire no mundo uma influência, um 
alcance, um poder jamais alcançados até agora. Por isso, no momento em que a humanidade 
conhece uma mudança tão profunda, as mulheres iluminadas do espírito do Evangelho tanto 
podem ajudar para que a humanidade não decaia.” (JOÃO PAULO II, 2005, p. 5) 
João Paulo II cita o livro de Gênisis 1,27 “Deus criou o homem à sua imagem; à 
imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou.” E, é a partir daí que ele descreve “as 
verdades antropológicas fundamentais” segundo as quais o homem é o ápice de toda a ordem 
criada no mundo visível, esse homem representa todo o gênero humano, homem e mulher. Ao 
 
 
 
143 
descrever a passagem da criação da mulher a partir da costela do homem, João Paulo II 
explica que a mensagem principal é a idéia do “outro”, ou seja, aquele ser diferente de mim. 
Um interlocutor. Tem mais a ver com auteridade e nada a ver com dominância. Ambos, são 
pessoas, diferentemente das demais criaturas. E como tal têm direito à dignidade. Como diz a 
encíclica”. A mulher é um outro eu”na comum humanidade.”(JOÃO PAULO II, 2005, p.24) 
Ao fazer uma retrospectiva sobre o papel da mulher desdeas primeiras sociedades de 
coleta, passando pelo período patriarcal, cujo reflexo sofremos ainda hoje, e, chegando até os 
nossos dias pode-se dizer que houve muitos avanços com relação ao reconhecimento da 
dignidade da mulher. O documento de João Paulo II encerra em si o ideal. Homem e mulher, 
mulher e homem juntos, numa reciprocidade mútua, sem guerra de sexos, sem lutas 
individualistas. Lutar é preciso, mas, para uma sociedade justa e mais humana. A mulher tem 
em si a capacidade de gerar a vida e, por isso, sabe como preservar não só a raça humana,mas 
todo o planeta. 
O que fica de positivo deste trabalho é a constatação de que quando a mulher voltar a 
ter dignidade e começar a cuidar do mundo, voltaremos às primeiras sociedades em que não 
havia guerra nem luta pelo poder. O respeito e a colaboração poderão voltar a reinar e o 
Planeta Terra poderá ser salvo como um todo. Vamos aí então dizer um sim à Vida como um 
todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
144 
REFERÊNCIAS 
 
 
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imagem feminina . Disponível em: 
http://www.usp.br/agen/repgs/2004/pags/086.htm. Acesso em: 12 out. 2008. 
 
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América Latina. Rio de Janeiro: Conferência dos Religiosos do Brasil, 1979. 
 
CORRÊA-PINTO, Maria Conceição. A dimensão política da mulher. São Paulo: Paulinas, 
1992. 
 
KRAMER, Heinrich.; SPRENGER, James. Malleus Maleficarum. O Martelo das Feiticeiras. 
Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1993. 
 
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MANJI, Irshad. Minha briga com o Islã: o clamor de uma mulher muçulmana por liberação 
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MURARO, Rose Marie. A mulher no terceiro milênio. São Paulo : Rosa dos Tempos, 1992. 
 
____________________. Breve introdução histórica. In: KRAMER, Heinrich.; SPRENGER, 
James. Malleus Maleficarum. O Martelo das Feiticeiras. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 
1993. 
 
PEDROSO, Maria G. A virtualização da mulher nos meios de comunicação. Disponível 
em: http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=9828. Acesso em: 12 out. 2008. 
 
PORCILE SANTISO, Maria Teresa. A hora de Maria, a hora da mulher. São Paulo: 
Paulinas, 1982. 
 
SCHLOGL, Emerli. O Feminino nas tradições religiosas = El elemento femenino en las 
tradiciones religiosas. Revista Educação em Movimento, Curitiba, v. 4, n. 10, jan.- abr. 
2005, p. 79-86.

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