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Barreiras Tarifárias no Comércio Internacional

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BARREIRAS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL 
 
ANDRÉ ROGÉRIO BERTO 
Mestrando do Curso de Administração do Programa de Pós-Graduação 
PPA – da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e 
Universidade Estadual de Maringá (UEM) . 
 
 
 
RESUMO 
 
Este presente artigo de nível acadêmico busca trazer informações sobre as barreiras tarifárias de 
uma maneira breve e simples. Através de consultas com material bibliográfico e sua posterior 
análise foi possível detectar problemas no comércio internacional. Vários blocos econômicos 
formados por grandes países com prestígio no comércio internacional operam regularmente com 
barreiras para dificultar a entrada de produtos em seus países e outras artimanhas para facilitar a 
saída de seus produtos. O comércio internacional é regulado atualmente por um órgão (OMC) 
que possui como função principal o gerenciamento de acordos multilaterais para facilitar o 
comércio internacional, mas estas políticas de barreiras ao comércio internacional estão bastante 
enraizadas nas práticas comercias, tendo início no século XX e perduram até a presente data. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A globalização é um fenômeno cujos reflexos são nitidamente sentidos nas 
mais variadas áreas do conhecimento humano, reclamando de todos - teóricos e práticos - a 
adoção de novas perspectivas compatíveis com as mudanças hodiernamente observadas. 
A primeira dificuldade em lidar com a idéia de globalização consiste na 
variedade de significados que têm sido atribuídos ao mesmo fenômeno. Essa variedade é 
explicável, em parte, porque esse é um processo cujo impacto se faz sentir em diversas áreas e, 
apesar dos benefícios por ele trazidos, inegáveis são os conflitos oriundos da sua intensificação, 
notadamente nas relações comerciais exteriores, as quais passaram a compreender novos 
mecanismos e instrumentos. 
Especificamente no campo do Comércio Exterior, a globalização produziu 
efeitos positivos e negativos, como são exemplos as práticas comerciais desleais, que 
comprometem a produtividade e o bom desempenho do conjunto das empresas, levando muitas 
delas à falência. 
Inúmeras são as matérias suscitadas pela intensificação do comércio 
internacional, demandando uma crescente especialização dos profissionais que atuam nessa área. 
Enquanto instituição formadora do conhecimento, a Universidade estuda e explica a 
fenomenologia da globalização, sendo importante o seu papel na consolidação da nova 
mentalidade e dos novos procedimentos adotados, auxiliando a comunidade a compreender e a 
amoldar-se à realidade que se nos impõe, seja através da formação de profissionais, seja pela 
promoção de debates, seminários e colóquios. 
A regulamentação do comércio internacional por um tratado multilateral fez-se 
necessária após a II Guerra Mundial. Planejava-se criar, juntamente com o Fundo Monetário 
Internacional – FMI e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD, a 
 2 
Organização Internacional do Comércio – OIC. Esta, entretanto, não logrou o êxito almejado, 
sendo os assuntos relativos ao comércio exterior tratados no âmbito do "Acordo Geral sobre 
Tarifas Aduaneiras e Comércio", também conhecido por GATT, que entrou em vigor em 1º de 
janeiro de 1948. 
Esses organismos internacionais estão, hoje, encarregados de promover o 
desenvolvimento econômico e social dos países pobres e, ao mesmo tempo, garantir que o livre 
comércio não seja restringido na busca desse desiderato. Os acordos promovidos pelo GATT, e 
após 1995 pela OMC, objetivam precipuamente disciplinar as práticas comerciais internacionais 
de molde a evitar o nefando recrudescimento do protecionismo. 
 
2 BARREIRAS TARIFÁRIAS 
 
Dentro do comércio internacional existem mecanismos para impedir o avanço e 
também para estimular o crescimento de economias. Nas relações comerciais contemporâneas, o 
livre comércio é mais exceção do que regra, tanto nos países menos desenvolvidos como nas 
economias industrializadas. O mecanismo mais utilizado para atingir esse objetivo é a barreira 
comercial imposta por muitos países, sendo que esta não possui uma definição precisa, em geral, 
pode ser entendida como qualquer lei, regulamento, prática ou política governamental que proteja 
os produtores de um país contra a competição externa, que imponha obstáculos ao fluxo normal 
de importações ou estimule artificialmente as exportações de um produto específico ou 
dependendo da interpretação poderiam ser também manipulações na clássica lei da oferta e da 
demanda. 
Geralmente, o governo intervém com o objetivo de favorecer o produtor 
nacional frente aos concorrentes estrangeiros. Esse processo é denominado proteção e, embora 
predominantemente vise a reduzir importações pode incluir também mecanismos de promoção às 
exportações. A proteção pode se dar por meio de diversos instrumentos de intervenção pública 
sobre o comércio exterior, em seu conjunto denominados política comercial. 
Ainda como classificação geral, as medidas protecionistas podem ser divididas 
em barreiras tarifárias e barreiras não-tarifárias. No primeiro caso, a proteção à industria nacional 
se efetiva por meio da imposição de tarifas aduaneiras sobre os produtos importados; a 
conseqüência evidente é a majoração de preços dos importados, incentivando o consumo dos 
produtos nacionais. 
O imposto sobre importações – denominado tarifa – é cobrado quando a 
mercadoria entra no país podendo incidir de forma específica, onde o imposto é cobrado referente 
as quantidades importadas, independentemente do preço do produto. Podendo também ser 
cobrado de forma “ad valorem” onde o imposto é calculado com uma porcentagem do preço do 
produto, como a Tarifa Externa Comum (TEC), de 20% acordada entre os países membros do 
Mercosul para países importações procedentes de países que não sejam membros desse bloco 
econômico. E por final a tarifa por ser cobrada de forma mista, isto e, implica a cobrança de 
determinado montante por unidade importada do produto, além de um percentual sobre o preço 
do produto. 
Uma característica interessante do comercio internacional conforme Barral 
(Org.) (2002) é o crescimento da aplicação de barreiras não-tarifárias. Na realidade, pode-se 
construir uma correlação inversa: à diminuição das barreiras tarifárias corresponde um aumento 
das barreiras não-tarifárias, como uma forma de manter o “equilíbrio” interno. 
 3 
A negociação da retirada de barreiras às importações bem como a implantação 
de barreiras se dá no âmbito de foros comerciais internacionais, dos blocos econômicos como o 
Mercosul através de tratados e/ou acordos de negociação específicos. 
Outra forma de proteção à economia interna importante, mas podendo ser 
caracterizada como uma barreira não-tarifária é o subsídio. O subsídio, quando empregado como 
instrumento de política comercial, consiste em pagamentos, diretos ou indiretos, feitos pelo 
governo, para encorajar exportações ou desencorajar importações. Em ambos os casos, equivalem 
a um imposto negativo e representa, portanto, uma redução de custo para o produtor. 
Em geral, a concessão de subsídios se dá por meio de pagamentos em dinheiro, 
redução de impostos ou financiamentos a taxas de juros inferiores às de mercado. Há casos em 
que o governo compra do fornecedor a um determinado preço e revende por um preço inferior 
aos consumidores. 
O subsidio à produção doméstica é considerado a melhor alternativa de 
proteção porque, embora provoque certa ineficiência na produção, não afeta o preço para o 
consumidor. O subsidio à exportação, da mesma forma que as tarifas, provoca perdas para o 
conjunto da sociedade que o adota: os ganhos dos produtores são menores que as perdas dos 
consumidores. Quando o país que subsidia a exportação tem grande participação no mercado 
mundial, as perdas extrapolam as fronteiras nacionais. A maior oferta do produto subsidiadoreduz sua cotação internacional, resultando em menor nível de bem-estar para os outros 
concorrentes. Dentre as outras formas de proteção, existem: quotas de importação, controles 
cambiais, proibição de importações, monopólio estatal, leis de compras de produtos nacionais, 
deposito prévio à importação, barreiras não-tarifarias e acordos voluntários de restrição às 
exportações. 
 
3 BARREIRAS NÃO TARIFÁRIAS 
 
Além da tarifas tarifárias, conforme citado acima, várias são as forma não 
tarifárias dos países defenderem seus mercados. Dentre as várias estratégias não tarifárias para 
defesa do mercado interno dos países podem se verificar as práticas mais comuns entre países que 
comercializam com o Brasil 
 
TABELA 01 – Barreiras Comerciais dos EUA 
 
 4 
Estados Unidos 
Produto Barreira Observação 
Suco de Laranja Tarifa 
• Em 2000, o suco de laranja concentrado reconstituído foi objeto de tarifa 
específica de US$ 0,0785 / litro (equivalente ad valorem: 56%), estando prevista 
uma redução de 2,5% em 2001. 
• Redução da participação brasileira no mercado norte-americano de 91% para 
71% entre 1992 e 1999. 
• Sem as restrições tarifárias, calcula-se que o Brasil ocuparia todo o mercado 
americano e o ganho total seria de pouco mais de US$1 bilhão. 
Álcool Etílico Subsídios 
• As importações de álcool etílico são taxadas em 2,5% pelo imposto de 
importação e em US$0,54 por galão pelo imposto especial - excise duty. 
Considerando-se o preço médio do álcool (atacado) em cerca de US$1,20 / galão, 
esses dois gravames representam um carga tributária de 50% sobre o preço do 
produto importado. O produtor interno não paga o excise duty, a título de incentivo 
ao uso de combustíveis oxigenados. 
• O Brasil, no caso deste produto, não é beneficiado pelo SGP. 
 5 
 
Estados Unidos 
Produto Barreira Observação 
Açúcar Quotas tarifárias 
• Exportações de açúcar em bruto sujeitam-se a uma tarifa específica intraquota 
de US$14,60 / ton, cujo equivalente ad valorem estimado em até 10,1%. Os países 
da América Central e os Andinos estão isentos de tarifas. As tarifas extraquota 
estão sujeitas a US$338,70 / ton, que para preços entre US$200-250 / ton 
significam tarifas ad valorem de 140-170%. O México paga tarifa extraquota de 
US$282,47 / ton, devendo ter livre acesso em 2008. 
• A quota brasileira para o ano fiscal de 2001/2002: é de 162.422,05 ton / ano. 
• Com a introdução do sistema de quotas em 1982, as exportações de açúcar 
brasileiro para os EUA recuaram 60%. 
• Por considerar que o Brasil possui vantagens comparativas nesse produto, ele é 
o único país latino-americano não beneficiado pelo SGP. 
Fumo 
Apoio aos 
produtores 
internos 
• Há determinação de que 75% do fumo utilizado na fabricação do cigarro norte-
americano deve ser produzido localmente. 
• Quota brasileira anual: 80.200 toneladas métricas. 
• Tarifa intraquota: de US$ 0,386 a US$ 0,421 por kg (Posição NCM 2401.20 - 
1999), equivalente ad valorem estimado em até 108,2%. 
• Tarifa extraquota: até 350%. 
Carne de Frango Subsídios 
• O preço médio das exportações americanas, US$ 700 / ton, é muito inferior aos 
preços internacionais médios (nunca abaixo de US$ 1.000 / ton). O quilo do frango 
cobrado do consumidor norte-americano (superior a US$ 2,00) é quase o dobro do 
que é praticado no mercado brasileiro (R$ 2,00), mostrando a competitividade do 
país nesse setor. 
• O comércio de aves com os EUA é prejudicado, também, pela falta de acordo 
sanitário entre as partes, que também se justifica pelo receio do Ministério da 
Agricultura de que o mercado brasileiro seja invadido pelas carnes de frango norte-
americanas, principalmente pedaços não consumidos naquele mercado. 
Siderurgia e 
Ferro-Ligas 
Medidas 
antidumping 
e direitos 
compensatór
ios 
• O Brasil é um dos países mais atingidos pelas medidas de defesa comercial 
aplicadas pelos Estados Unidos. 
• Sobretaxas vão de 6% a 142% 
Carne Bovina 
Falta de 
acordo 
sanitário 
• Não há equivalência de processos de verificação sanitária. 
• Não há reconhecimento de áreas livres ou de baixa intensidade de enfermidades. 
 
 
TABELA 02 – Barreiras Comerciais do Japão 
 
Japão 
Produto Barreira Observação 
Soja Escalada tarifária 
• A estrutura tarifária japonesa apresenta certa progressividade à medida que os 
produtos adquirem maior valor agregado. 
• Tarifa de importação de soja em grão é de 0% e o óleo de soja 20,7 ienes por 
quilograma. 
 6 
 
Japão 
Produto Barreira Observação 
Açúcar Escalada tarifária 
• A estrutura tarifária japonesa apresenta certa progressividade à medida que os 
produtos adquirem maior valor agregado. 
• As alíquotas para o açúcar vão desde 35,30 ienes/kg até 103,1 ienes/kg. Isso 
significa uma tarifa ad valoren que varia de 118,03% a 344,72%. 
Fumo Escalada tarifária 
• A estrutura tarifária japonesa apresenta certa progressividade à medida que os 
produtos adquirem maior valor agregado 
• O fumo total ou parcialmente destalado é admitido com tarifa zero enquanto os 
cigarros contendo fumo são taxados em 8,5% + 290,70 ienes por milhar. 
Frutas 
Tropicais 
Medidas 
sanitárias e 
fitossanitárias 
• Proibição de importação sob alegação de incidência de mosca da fruta 
mediterrânea, mariposa Codling e outras pragas. 
Vegetais 
Medidas 
sanitárias e 
fitossanitárias 
• Exigência de inspeção fitossanitária in loco. 
• Falta de transparência no que se refere às exigências em matéria de fumigação. 
Couro 
Bovino Quota tarifária 
• Quota para couros: 137.000 m2 ou 848.000 m2, conforme item tarifário 
(referente ao ano de 1998). 
• Couro bovino: importações intraquota sujeitas a tarifas entre 6,8 e 9%, e 
extraquota de 30% (referente a 1998). 
Fontes: Fonte: Barreiras às exportações brasileiras (SECEX, 2001) 
Trains / 2001 - UNCTAD 
 
 
TABELA 03 – Barreiras Comerciais da Europa 
 
Europa 
Produto Barreira Observação 
Soja 
Subsídios 
Ajuda interna 
OCM* 
• Embora as importações de soja em grão estejam sujeitas a tarifa zero, as de óleo 
de soja em bruto são taxadas com alíquotas entre 3,8 a 7,6% e as de óleo refinado 
entre 6,1 a 11,4%. 
• A UE subsidia diretamente os produtores de grãos oleaginosos, mediante 
diversos programas contidos na Política Agrícola Comum. 
• Valor destinado, como ajuda interna, a sementes pela OCM em 2000: US$ 93 
milhões. 
Café 
Isenções 
concedidas a 
terceiros países 
• Tarifas: 0% para café em grão e 9,0% para café solúvel. 
• Os países da Comunidade Andina beneficiam-se de isenção tarifária ao café 
solúvel, devido aos benefícios concedidos pelo regime antidrogas. 
• Recentemente, Brasil e UE chegaram a acordo sobre o estabelecimento de 
quotas, para o café solúvel brasileiro, de 10.000t, 12.000t e 14.000t no período 2000-
2002, respectivamente, com 0% de imposto de importação. Após 2002, serão 
definidas as novas quotas. 
 7 
 
Europa 
Produto Barreira Observação 
Carne 
Bovina 
Medidas 
sanitárias e 
fitossanitárias; 
Tarifas altas; 
Quotas 
tarifárias; 
Subsídios; 
Ajuda interna 
OCM 
• Restrições à importação de carne bovina brasileira em decorrência da incidência 
de febre aftosa no Rio Grande do Sul. 
• Tarifa: 12.8 + 221.1 US$/100 kg/net, que corresponde à 114.52% ad valorem. 
• Quota específica de 5.000t para carne bovina com 20% de imposto de 
importação. 
• Subsídio às exportações consolidado na OMC: US$ 1.259,2 Milhões em 2000. 
• Valor destinado, como ajuda interna, a carne bovina pela OCM em 2000: US$ 
4.733 milhões. 
Carne de 
Frango 
Tarifas altas; 
Quotas 
tarifárias; 
Subsídios 
Ajuda interna 
OCM 
• Tarifa: 102.4 US$/100 kg/net, que corresponde a 46,25% ad valorem. 
• Quota de 7.500t para carne de aves, com tarifas50% inferiores às normais - 
23,12%. 
• Subsídio às exportações consolidado na OMC: US$ 91,6 Milhões em 2000. 
• Valor destinado, como ajuda interna, a suínos, ovos e aves pela OCM em 2000: 
US$ 236 milhões. 
Açúcar 
Quota tarifária 
Subsídios 
Isenções 
concedidas a 
terceiros países 
Ajuda interna 
OCM 
• Tarifas: 33.9 US$/100 kg/net, cujo correspondente ad valorem é 66.39% 
• Quota conjunta com Cuba e terceiros países de 23.930t com tarifa de 9,8 US$ / 
t, ou seja tarifa de 19% 
• Países signatários da Convenção de Lomé possuem uma quota de 1,5t milhão, 
com o benefício da tarifa zero. 
• Subsídio à exportação consolidado na OMC: US$ 497,0 milhões em 2000 . 
• Valor destinado, como ajuda interna, ao açúcar pela OCM em 2000: US$ 1.873 
milhões. 
Suco de 
Laranja 
Quota tarifária 
Tarifas médias 
elevadas 
• Tarifa: 33.6%. 
• Quota, para o mundo, de 1.500t com tarifa de 13%. 
 
Fonte: Barreiras às exportações brasileiras (SECEX, 2001) - Tarifa Européia - Lista Consolidada 
 
Na literatura e trabalhos internacionais, normalmente são consideradas barreiras 
não tarifárias as medidas e os instrumentos de política econômica que afetam o comércio entre 
dois ou mais países e que dispensam o uso de mecanismos tarifários (tarifas ad-valorem ou 
específicas). 
Normalmente estas tarifas são aplicadas com a intenção de proteger o mercado 
interno nacional, pois a diferença no custo de produção entre os países no mundo é muito grande, 
visto que, o funcionário norte-americano e o europeu são muito bem remunerados em relação aos 
funcionários brasileiros ou africanos, por exemplo, que trabalham praticamente em regime de 
escravidão. 
Além da mão-de-obra, há diferenças no custo de obtenção da matéria-prima, 
dos encargos, da aquisição de máquinas e equipamentos, entre outros, pois um item que pode ser 
considerado caro para a indústria brasileira é barato para a empresa norte-americana. Estes fatos, 
estas diferenças de preço, acarretariam em perda de competitividade entre os produtos nacional e 
internacional, pois o produto nacional dos Estados Unidos, apesar de toda tecnologia que tem, 
teriam que ser vendidos mais caros que os produtos internacionais, causando enfraquecimento 
 8 
das empresas nacionais. Por isso, estes países adotam em quantidade significativa a utilização de 
barreiras não tarifárias. 
As principais categorias de barreiras não tarifárias presentes no comércio 
internacional são as seguintes: 
- quotas. Ex: limitação de importações pela fixação de quotas para produtos; 
- aplicação do Acordo sobre Têxteis e Vestuário (ATV) Ex: quotas do Acordo 
Multifibras; 
- proibição total ou temporária. Ex: proibição de importação de um produto que 
seja permitido comercializar no mercado interno do país que efetuou a proibição; 
- salvaguardas. Ex: aplicação de quotas de importação ou elevação de tarifas por 
questões de medidas de salvaguarda, exceto salvaguardas preferenciais previstas 
em acordos firmados; 
- impostos e gravames adicionais. Ex: adicionais de tarifas portuárias ou de 
marinha mercante, taxa de estatística, etc. 
- impostos e gravames internos que discriminem entre o produto nacional e o 
importado. Ex: imposto do tipo do ICMS que onere o produto importado em nível 
superior ao produto nacional; 
- preços mínimos de importação/preços de referência. Ex: estabelecimento prévio 
de preços mínimos como referência para a cobrança das tarifas de importação, 
sem considerar a valoração aduaneira do produto; 
- investigação anti-dumping em curso; 
- direitos anti-dumping aplicados, provisórios ou definitivos; 
- investigação anti-dumping suspensa por acordos de preços; 
- investigação de subsídios em curso; 
- direitos compensatórios aplicados, provisórios ou definitivos; 
- investigação de subsídios suspensa por acordo de preços; 
- subsídios às exportações praticados por terceiros países; 
- medidas financeiras. Ex: criação de sobretaxa para as importações, empalme 
argentino; 
- licenças de importação automáticas. Ex: produtos sujeitos a licenciamento nas 
importações, apenas para registro de estatísticas; 
- licenças de importação não automáticas. Ex: produtos sujeitos a anuência prévia 
de algum órgão no país importador; 
- controles sanitários e fitossanitários nas importações. Ex: normas sanitárias e 
fitossanitárias exigidas na importação de produtos de origem animal e vegetal; 
- restrições impostas a determinadas empresas. Ex: exigências específicas para 
importações de produtos de determinadas empresas 
- organismo estatal importador único. Ex: produtos cuja importação é efetuada pelo 
Estado, em regime de monopólio; 
- serviços nacionais obrigatórios. Ex: direitos consulares; 
- requisitos relativos às características dos produtos. Ex: produtos sujeito à 
avaliação de conformidade; 
- requisitos relativos à embalagem. Ex: exigências de materiais, tamanhos ou 
padrões de peso para embalagens de produtos; 
- requisitos relativos à rotulagem. Ex: exigências especiais quanto a tipo, tamanho 
de letras ou tradução nos rótulos de produtos; 
 9 
- requisitos relativos à informações sobre o produto. Ex: exigências de conteúdo 
alimentar ou protéico de produtos ou de informações ao consumidor; 
- requisitos relativos à inspeção, ensaios e quarentena. Ex: produtos sujeitos à 
inspeção física e análise nas alfândegas ou a procedimentos de quarentena; 
- outros requisitos técnicos. Ex: exigência de certificados relativos à fabricação do 
produto mediante processos não poluidores do meio ambiente 
- inspeção prévia à importação. Ex: inspeção pré-embarque 
- procedimentos aduaneiros especiais. Ex: exigência de ingresso de importações 
somente por determinados portos ou aeroportos 
- exigência de conteúdo nacional/regional. Ex: discriminação de importações para 
favorecer as que tenham matéria-prima originária do país importador 
- exigência de intercâmbio compensado. Ex: condicionamento de importações à 
exportação casada de determinados produtos 
- exigências especiais para compras governamentais. Ex: tratamento favorecido aos 
produtos nacionais em concorrências públicas; 
- exigência de bandeira nacional. Ex: exigência de uso de navios ou aviões de 
bandeira nacional para o transporte das importações. 
 
4 O QUE ACONTECE AO ESTABELECER TARIFAS AO COMERCIO EXTERIOR? 
 
Qualquer que seja o objetivo da política tarifária, sua adoção provoca várias 
alterações na economia, principalmente nos países de pequena participação no comercio 
internacional, e provoca perda para os consumidores, que não compensados integralmente pelos 
ganhos dos produtores e receita do governo, já que um país pequeno, cujo o comércio é incapaz 
de afetar as relações de trocas internacionais, pois o preço interno é muito maior em relação ao 
preço internacional devido a sua ineficiência de capacidade de produção. 
Por outro lado os países com grande representação comercial são muito mais 
favorecidos, pois conseguem diluir as tarifas protecionistas entre os países exportadores e 
consumidores domésticos, que pagam preço mais elevado nos produtos importados. 
Outra forma muito comum de proteção é o subsídio oferecido pelo governo 
para incentivar o crescimento das exportações e equilibrar a balança comercial, já que os 
subsídios atuam como um imposto negativo, encorajando os exportadores que oferecem seus 
produtos ao mercado internacional a custos bem menores. Apesar dos produtores ter um aumento 
na receita, os custos destes subsídios recaem sobre os consumidores, que pagam mais pelo 
produto interno e sobre o governo, que banca estes subsídios. Embora o subsídio cause perdas ao 
país ele é amplamente empregado em alguns setores da economia considerados estratégicos para 
os governos. 
Quando o país subsidia a exportação e tem grande participação no comercio 
internacional,as distorções são ainda maiores, pois ele acaba prejudicando também os países 
exportadores principalmente os países pobres e em desenvolvimento que são dependentes da 
exportação de produtos agrícolas, já que este setor principalmente nos EUA, recebe grande 
incentivo por parte do governo, diferentemente dos agricultores brasileiros que lutam para 
conseguir empréstimos a .juros mais atrativos para financiar suas atividades. 
O mercado internacional caracteriza-se, hoje, pela formação de blocos 
econômicos que exercem em relação a seus parceiros comerciais uma força centrípeta, pois 
atraem negócios de maior vulto para o mercado ampliado, e força centrífuga, pois podem afastar 
o ingresso de bens e serviços através de barreiras protecionistas, além de contribuir para desvio 
 10 
de comércio com terceiros países e também o fenômeno da globalização dos circuitos produtivos 
e das correntes de comércio e investimentos. A globalização ocorre em dois níveis. Ela decorre 
dos avanços das telecomunicações, que aproximam povos, nações e idéias. Num segundo plano, 
pode ser vista como a multinacionalização das estruturas de produção e de comércio, sendo, de 
certa forma, uma estratégia empresarial. 
O Brasil tem participado dos esforços integracionistas da América Latina e 
contribuiu não só para o processo de integração física e de desenvolvimento harmônico, como 
também para múltiplas modalidades de cooperação no continente, através alguns tratados de 
integração e cooperação econômica iniciados entre a Argentina e o Brasil em 1985. Este processo 
teve como objetivo principal a criação de um espaço econômico integrado entre Brasil e os países 
do Cone Sul, desde o início. 
Em virtude de sua peculiar posição, dimensões territoriais e demográficas dos 
países-membros, o Mercosul é um dos mais importantes blocos econômicos do mundo atual. O 
potencial de crescimento do comércio entre os países-membros do Mercosul é amplo, não apenas 
na área tradicional do intercâmbio de produtos, mas crescente nas áreas de serviços, tecnologia, 
investimentos, recursos humanos e também na de tecnologia de ponta. Embora o 
desenvolvimento tecnológico dos países-membros do Mercosul seja baixo, existe amplo campo 
para o progresso nesse setor. O direito comunitário é o instrumento da integração abrigando as 
estruturas ou formas de organização comunitária e as normas que regem sua operação. Sem essa 
sistematização jurídica não é possível integrar-se. 
O processo de desgravação automático, iniciado em fins de 1991, foi o primeiro 
passo para a formação de uma Zona de Livre Comércio entre os quatro países, posteriormente 
transformada em União Aduaneira, a partir de 1° de janeiro de 1995. A construção do Mercosul, 
dessa forma, ultrapassa o campo comercial ou econômico envolvendo toda a sociedade e as 
comunidades nacionais num único processo de desenvolvimento integrado, representando um 
processo muito mais complexo que mera integração econômica ou comercial entre quatro países 
irmãos. 
 
5 DESVIOS NO MODELO DO LIVRE COMÉRCIO 
 
O processo de liberalização comercial resulta, certamente, em maiores 
oportunidades de crescimento econômico, em virtude da maior competitividade alcançada por 
significativa parcela dos meios de produção. Em contrapartida, a existência de um sistema de 
defesa comercial eficaz, ágil e transparente é condição sine qua non para a manutenção de uma 
economia aberta, pois evita que os produtores domésticos afetados pela concorrência desleal de 
alguns produtos importados pressionem por medidas de proteção incompatíveis com as regras da 
OMC. Além disso, um sistema assim constituído garante a sustentabilidade das medidas 
adotadas, viabilizando a defesa daqueles que estejam efetivamente sendo prejudicados por 
importações objeto de prática desleais, tais como o dumping, o cartel, trust ou beneficiadas por 
subsídios. 
A partir de 1870, a fusão de empresas em conseqüência das crises ou do livre 
jogo do mercado, no qual as mais fortes e hábeis absorviam as menores, acarretou uma 
concentração do capital em grau muito mais elevado do que anteriormente, causando importantes 
modificações no funcionamento do sistema capitalista. surgiram as grandes corporações 
industriais e financeiras, as quais iniciaram os primeiros processos de "cartéis", "trustes", 
monopólios, oligopólios e "holdings", que caracterizam o chamado Capitalismo "Monopolista", 
substituindo o capitalismo liberal a livre concorrência. 
 11 
Dumping significa a prática comercial que consiste em vender um produto ou 
serviço por um preço irreal para eliminar a concorrência e conquistar a clientela. Proibida por lei, 
pode ser aplicada tanto no mercado interno quanto no externo. No primeiro caso, o dumping 
concretiza-se quando um produto ou serviço é vendido abaixo do seu preço de custo, 
contrariando em tese um dos princípios fundamentais do capitalismo, que é a busca do lucro. A 
única forma de obter lucro é cobrar preço acima do custo de produção. No mercado externo, 
pratica-se o dumping ao se vender um produto por preço inferior ao cobrado para os 
consumidores do país de origem. 
O dumping foi definido como prática desleal de comércio internacional pelo 
acordo do GATT em 1947 e, hoje, pelo Código Anti-dumping da OMC, tem seus efeitos 
minimizados. Contudo, a complexidade técnica que reveste suas matérias tem inibido as 
incursões dos doutrinadores pátrios que, até a presente data, pouco abordaram a temática, 
deixando firmar-se a falsa compreensão de tratar-se de algo distante e estranho à realidade 
brasileira. O dumping somente veio a adquirir maior importância face à globalização da 
economia brasileira e à integração das empresas nacionais ao mercado mundial. 
Dumping é uma palavra de origem inglesa que não tem encontrado tradução nas 
línguas latinas, sendo incorporada, em sua grafia original, ao vocabulário de inúmeros idiomas, 
dentre os quais o português. O Black’s Law Dictionary define dumping como "o ato de vender 
grandes quantidades a um preço muito abaixo ou praticamente sem considerar o preço; também, 
vender mercadorias no exterior por menos que o preço do mercado doméstico" 
O dumping implica a exportação de uma mercadoria para outro país por um 
preço abaixo do "valor normal", entendendo-se como tal um preço inferior ao custo de produção 
do bem ou então inferior àquele praticado internamente no país exportador. Esta situação gera 
inúmeras distorções na economia do país importador, podendo levar à ruína empresas já ali 
instaladas ou impedir que outras mais estabeleçam firmas em seu território. À evidência, em se 
perpetuando tal sorte de acontecimentos, o padrão de vida das pessoas que habitam o país lesado 
será abruptamente reduzido, seja em função da extinção de empresas e postos de trabalho, seja 
em virtude da artificial redução dos preços das mercadorias. 
Conhecedor dessa realidade e tendo em vista impedir o recrudescimento 
protecionista das legislações aduaneiras dos países, o GATT regulamentou o dumping. Registre-
se, todavia, que tal atitude, incentivada pelas principais nações integrantes do Comércio 
Internacional, não fora motivada pelo altruístico sentimento de se evitar o "laissez faire, laissez 
passer" na seara internacional e todas as danosas conseqüências advindas de sua prática. Ao 
contrário, a disciplina do dumping pelo artigo VI do GATT 1947 tem por escopo evitar que 
medidas anti-dumping sejam adotadas de forma tão discricionária que findem por inviabilizar o 
livre comércio entre as nações. 
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, órgão integrante do 
Ministério da Justiça, já definiu dumping como a temporária e artificial redução de preços para 
oferta de bens e serviços por preços abaixo daqueles vigentes no mercado (eventualmente abaixo 
do custo), provocando oscilações em detrimento do concorrente e subseqüente elevação noexercício de especulação abusiva. 
O monopólio trata da situação em que um setor do mercado com múltiplos 
compradores é controlado por um único vendedor de mercadoria ou serviço, tendo capacidade de 
afetar o preço pelo domínio da oferta. Nesse cenário, os preços tendem a se fixar no nível mais 
alto para aumentar a margem de lucro. Alguns monopólios são instituídos com apoio legal para 
estimular um determinado setor da empresa nacional, ou para protegê-la da concorrência 
estrangeira, supostamente desleal por usar métodos de produção mais eficientes e que barateiam 
 12 
o preço ao consumidor. Outros monopólios são criados pelo Estado sob a justificativa de 
aumentar a oferta do produto e baratear seu custo. A empresa estatal Petrobrás era a única com 
permissão para prospecção, pesquisa e refino do petróleo até 1995, quando o Congresso autoriza 
a entrada de empresas privadas no setor. Existem pelo menos três formas de monopólio: 
 
- Cartel : Empresas concorrentes fazem acordo para dominar o mercado. Os cartéis 
tem 4 características : divisão territorial do mercado, controle das matérias 
primas, volume da produção e controle dos preços de venda dos produtos. Trata-
se da associação entre empresas do mesmo ramo de produção com objetivo de 
dominar o mercado e disciplinar a concorrência. As partes entram em acordo 
sobre o preço, que é uniformizado geralmente em nível alto, e quotas de produção 
são fixadas para as empresas membro. No seu sentido pleno, os cartéis 
começaram na Alemanha no século XIX e tiveram seu apogeu no período entre as 
guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por impedir o acesso do 
consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis. Tendem a 
durar pouco devido ao conflito de interesses. 0 cartel é constituído por várias 
empresas independentes do mesmo ramo que se reúnem a fim de estabelecer 
acordos sobre preços e produção para cada empresa que, entretanto, mantém sua 
autonomia. o cartel reparte os mercados de venda, fixa a quantidade de produtos a 
fabricar, determina os preços e distribui os lucros entre as diferentes empresas. a 
concorrência transforma-se em monopólio do grupo. 
- Truste: Conjunto de empresas que se juntam para dominar o mercado. O controle 
é acionário mas as empresas tem autonomia. Os trustes podem ser horizontais , 
quando as empresas atuam no mesmo ramo de produção. Ou verticais, quando o 
conjunto de empresas produz desde a matéria prima até a venda do produto. 
Reunião de empresas que perdem seu poder individual e o submetem ao controle 
de um conselho de trustes. Surge uma nova empresa com poder maior de 
influência sobre o mercado. Geralmente tais organizações formam monopólios. 
Os trustes surgiram em 1882 nos EUA, e o temor de que adquirissem poder muito 
grande e impusessem monopólios muito extensos fez com que logo fossem 
adotadas leis antitrustes, como a Lei Sherman, aprovada pelos norte-americanos 
em 1890. 0 truste procura obter o controle total da produção, desde as fontes de 
matérias primas até a distribuição da mercadoria, dispondo assim da oferta e dos 
preços. os métodos para a formação desses conglomerados eram muitas vezes o 
suborno ou a guerra comercial que consistia em baixar artificialmente o preço das 
mercadorias até derrotar a(s) firma(s) concorrente(s) para depois incorporá-la(s) e 
fixar os preços à vontade. 
 
- Holding: controle acionário sobre várias empresas. A holding é a forma legal do 
cartel ou mais ainda do truste. 
- Também existem casos de oligopólio, que è a prática de mercado em que a oferta 
de um produto ou serviço, que tem vários compradores, é controlada por pequeno 
grupo de vendedores. Neste caso, as empresas tornam-se interdependentes e 
guiam suas políticas de produção de acordo com a política das demais empresas 
por saberem que, em setores de pouca concorrência, a alteração de preço ou 
qualidade de um afeta diretamente os demais. O oligopólio força uma batalha 
 13 
diplomática ou uma competição em estratégia. O objetivo é antecipar-se ao 
movimento do adversário para combatê-lo de forma mais eficaz. O preço tende a 
variar no nível mais alto. Podem ser citados como exemplos de setores 
oligopolizados no Brasil o automobilístico e o de fumo. 
- Existem também as chamadas barreiras naturais, como o idioma, os pesos e 
medidas, o alfabeto, hábitos, usos e costumes, a religião e a moeda, alias, esta 
ultima, a qual em 1944, a partir da Conferência de Bretton Woods, EUA, criou-se 
um conjunto de regras estabelecidas pelos países ricos e acatadas pelos demais 
para controlar as atividades financeiras em nível internacional, o qual indicou o 
dólar, moeda dos EUA, e a libra esterlina, do Reino Unido, como padrões de 
conversão e moedas de reserva. O valor delas é vinculado ao do estoque de ouro 
daqueles países e é convertido em taxas fixadas pelo Fundo Monetário 
Internacional (FMI). Na prática, o dólar transforma-se na única moeda 
internacional. Alguns países, como a França, entendem que o dólar não é forte o 
suficiente para ser moeda de reserva e defendem a criação de uma moeda 
internacional, idéia sustentada pelo economista John Maynard Keynes. Também 
existem os casos de moedas fracas, as quais possuem, ao contrário, valor de troca 
instável e espelham economias desequilibradas. O Brasil acumula oito alterações 
monetárias no período republicano: réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, 
cruzado novo, cruzeiro e cruzeiro real tiveram seu valor arrasado pela inflação . O 
real, criado em 1994, apresenta, em 1995, atributos de moeda forte, pela sua 
pequena variação, mantendo o poder de compra estável. Mas a avaliação do 
comportamento de uma moeda só é válido quando feito por longos períodos 
 
 
6 CONCLUSÃO 
 
 
O presente artigo referente às barreiras tarifárias possibilitou uma melhor 
compreensão destes fatores que influenciam o comércio internacional complementando o atual 
conhecimento acadêmico até aqui conseguido, sob prismas com um menor grau de distorção da 
realidade, possibilitando assim nos conferir uma melhor visão deste composto e suas variações 
práticas. 
O escopo deste artigo se restringiu às atuações das barreiras tarifárias e não-
tarifárias, sua composição e suas distorções no comércio internacional. Por se tratar de um 
assunto de ação global no âmbito do comércio internacional, o presente artigo pode certamente 
gerar uma discussão com maior profundidade, não sendo o objetivo ora proposto. 
As barreiras ao mercado tanto quanto suas disfunções, muitas vezes impostas 
pelos blocos econômicos constituem-se em manipulações no comércio como uma forma de 
proteger o mercado interno de cada país e também de tentativa de controle do mercado externo. O 
protecionismo de mercado é a antítese do liberalismo, impedindo o crescimento orgânico e sem 
interferências do comercio internacional. 
As barreiras de mercado, tanto as tarifárias quanto as não-tarifárias 
normalmente favorecem os principais blocos econômicos (a idéia de país neste caso perde sua 
função) em detrimento dos blocos mais fracos e também dos países que não possuem uma 
organização em blocos econômicos. 
 14 
A empresa em questão possui algumas deficiências em seu sistema de 
marketing e finanças, o que não lhe permite o alcançar até o presente momento a posição de 
liderança mercadológica de seu ramo de atuação, porém, através de suas virtudes inexploradas até 
o presente momento e mesmo do fortalecimento dos pontos fortes e neutros corporativos, pode-se 
empregar ações particulares o que lhe conferiria a tão almejada posição de liderança à empresa. 
O artigo, por conseguinte aqui executado por de substancial colaboração para o 
desenvolvimento acadêmico bem como empresarial, como uma encava, unindo dois mundos e 
garantindo o mútuo exercício e aplicabilidade do item e, por conseqüência formando-se assim 
uma simbiosesaudável e com muita propriedade. 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BARRAL, Welber Oliveira (Org.), O Brasil e o protecionismo, São Paulo: Aduaneiras, 
2002. 
SILVA, Camila Vasconcelos, Relações Comerciais: Brasil - EUA, Disponível na Internet via 
WWW.URL: http://www.univap.br/biblioteca/hp/Mono 2001 Rev/022.pdf arquivo capturado em 
14/07/2003. 
SOARES, Fernando Brito, Breves reflexões sobre os fundamentos da política agrícola da 
união européia, Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, 2001.

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