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Vibrações Capítulo 1: Fundamentos de vibrações 1.1 Observações preliminares • Breve história e importância; • Etapas envolvidas na análise de vibrações são delineadas; • Conceitos essenciais; • Conceito de análise harmônica - pode ser utilizada para análise de movimentos periódicos gerais. 1.2 Breve história 1.2.1 Origens • Descoberta dos primeiros instrumentos musicais. • Pitágoras: primeiros estudos 1.2 Breve história • Aristóteles: em 350 a.C. escreve sobre música e som; • Vitrúvio: por volta de 20 a.C. escreve sobre propriedades acústicas de teatro (seu tratado De architetura libri decem ficou extraviado por séculos e foi redescoberto no século XVI d.C); 1.2 Breve história • Terremotos na China: Zang Heng inventa o primeiro sismógrafo. 1.2 Breve história 1.2.2 De Galileu a Rayleigh • Galileu estuda o comportamento do pêndulo simples: - período independe da amplitude; - relação entre a frequência e o comprimento do pêndulo, além da ressonância; - Entendimento na relação entre frequência, comprimento, tensão e densidade de uma corda vibratória. 1.2 Breve história • Marin Mersenne considerado o pai da acústica. • Sauveur e Jonh Wallis observaram o fenômeno de formas modais: nós e ventres em uma corda vibrando; • Newton: publica Philosofiae naturalis principia mathematica em 1686; 1.2 Breve história • Brook Taylor: Solução teórica do problema da corda vibratória: Solução teórica concorda com experimentos de Galileu e Mersenne; • Procedimento de Taylor aperfeiçoado por Bernoulli, D’Alembert e Euler, através da inclusão das derivadas parciais. • Princípio da superposição provado por Bernoulli; 1.2 Breve história • Lagrange apresenta solução analítica do problema da corda vibratória em 1759; • Equação da onda desenvolvida por D'Alembert em 1750; • Estudo de vibração de vigas delgadas desenvolvido por Euler e Bernoulli (1744 e 1751 respectivamente); • Charles Coulomb estuda vibrações torcionais em 1784. 1.2 Breve história • Problema de vibração de membrana retangular flexível resolvido por Simeon Poisson; • Vibração de membrana circular estudada por Clebsch em 1862; • Rayleigh publicou seu livro sobre teoria do som em 1877. 1.2 Breve história 1.2.3 Contribuições recentes • Frahm estuda vibrações torcionais em eixos de hélices de navios em 1902. • Stodola: Vibração de vigas (aplicável a pás de turbinas), placas e membranas ; 1.2 Breve história • De Laval: Solução prática para vibração de disco rotativo desbalanceado; • Timoshenko: teoria aperfeiçoada de vibração de vigas; • Mindlin: teoria para análise de vibrações em placas grossas. 1.2 Breve história • Poincaré e Lyapunov: teoria matemática de sistemas não lineares no final do século XIX; • Taylor, Wiener e Khinchin: teoria das vibrações aleatórias; • Advento de computadores na década de 50: métodos numéricos para análise de vibrações. 1.2 Breve história 1.3 Importância do Estudo • Maioria das atividades humanas envolve vibrações; • Primeiros estudiosos: entendimento de fenômenos naturais; • Recente: aplicações na área de engenharia: projeto de máquinas, fundações, estruturas, motores, turbinas e sistemas de controle. 1.3 Importância do estudo • Motores de acionamento: desbalanceamento; • Motores a diesel: vibrações podem provocar ondas terrestres que geram incômodos; • Rodas de locomotivas: afastam-se do trilho por desbalanceamento; • Turbinas: vibrações causam falhas catastróficas; 1.3 Importância do estudo Vibrações podem provocar: • Falha por fadiga; • Desgaste mais rápido em componentes de máquinas; • Ruído excessivo; • Afrouxar ou soltar elementos de fixação (parafusos e porcas); • Trepidação, que gera mau acabamento superficial. 1.3 Importância do estudo • Se a frequência natural coincidir com a frequência de excitação externa, ocorre a ressonância, que resulta em deflexões excessivas e falha. • Teste de vibrações é procedimento padrão no projeto e desenvolvimento da maioria dos sistemas de engenharia. 1.3 Importância do Estudo 1.3 Importância do Estudo 1.3 Importância do estudo • Transmissão de vibração a seres humanos: desconforto e perda de eficiência; • Ruído gerado por motores provoca desconforto e danos às propriedades; • Vibração em painéis pode gerar mal funcionamento ou dificultar leitura; • É finalidade importante: reduzir a vibração; 1.3 Importância do estudo Por outro lado, a vibração pode ser útil: • Esteiras transportadoras, peneiras, compactadores, máquinas de lavar, escovas de dente elétricas, brocas odontológicas, bate-estacas, testes de materiais, processos vibratórios de acabamentos e circuitos eletrônicos na filtragem de frequências indesejadas. 1.3 Importância do estudo • Melhora em processos de usinagem, forjamento, fundição e soldagem, simulação de terremotos em pesquisas geológicas, estudos em projeto de reatores nucleares. 1.4 Conceitos Básicos • 1.4.1 Vibração: Movimento que se repete após um intervalo de tempo. • 1.4.2 Partes elementares de sistemas vibratórios: - Meio para armazenar energia potencial (mola ou elasticidade); - Meio para armazenar energia cinética (massa ou inércia); - Meio de perda gradual de energia: amortecedor. 1.4 Conceitos Básicos 1.4 Conceitos Básicos - Vibração envolve alternar energia potencial e cinética em um sistema. • 1.4.3 Graus de liberdade: Número mínimo de coordenadas independentes requeridas para determinar completamente as posições de todas as partes de um sistema a qualquer instante. 1.4 Conceitos Básicos 1.4 Conceitos Básicos 1.4 Conceitos Básicos 1.4 Conceitos Básicos • Coordenadas necessárias para descrever um sistema: coordenadas generalizadas. Podem ser cartesianas ou não. 1.4 Conceitos Básicos • 1.4.4 Sistemas discretos e contínuos Número finito (discreto) ou infinito (contínuo) de GDL. 1.5 Classificação de Vibrações • 1.5.1 Vibração Livre e Vibração Forçada Vibração Livre: Sistema vibra por conta própria após uma perturbação inicial; Vibração Forçada: Vibração de um sistema sujeito a uma força externa. 1.5 Classificação de Vibrações • 1.5.2 Vibração não amortecida e amortecida: Se nenhuma energia for perdida ou dissipada durante a oscilação: Vibração não amortecida. Se ocorre dissipação de energia: vibração amortecida. 1.5 Classificação de Vibrações • 1.5.3 Vibração linear e não linear Se todos os componentes básicos do sistema se comportam de maneira linear: Vibração linear. Princípio da superposição é válido. Se algum dos componentes se comporta de maneira não linear: vibração não linear. 1.5 Classificação de Vibrações • 1.5.4 Vibração determinística e aleatória Se o valor da excitação que está agindo sobre o sistema for conhecido em qualquer instante de tempo: Vibração determinística Excitação não determinística ou aleatória: valor não pode ser previsto. Descrita em termos de quantidades estatísticas. 1.5 Classificação de Vibrações 1.6 Procedimento de Análise • Variáveis do sistema (excitação e resposta) são dependentes do tempo. • Resposta depende de condições iniciais e excitações externas; • Sistemas são muito complexos: só características importantes são consideradas; • Análise envolve: modelagem matemática, obtenção de equações governantes, solução das equações e interpretação dos resultados. 1.6 Procedimento de Análise Etapa 1: Modelagem matemática • Representa todos os aspectos importantes do sistema; • Detalhado o suficiente para conseguir descrever o sistema sem torná-lo muito complexo; • Linear ou não linear; • Pode-se refinar o modelo. 1.6 Procedimento deAnálise 1.6 Procedimento de Análise 1.6 Procedimento de Análise 1.6 Procedimento de Análise Etapa 2: Derivação das equações governantes • Princípios da dinâmica para obter equações do sistema (2ª Lei de Newton, princípio de D’alembert, da conservação de energia etc). - DCL de todas as massas do sistema e forças agindo sobre elas; - Sistema discreto: EDO - Sistema contínuo: EDP 1.6 Procedimento de Análise Etapa 3: Solução das equações governantes - Métodos padronizados para resolver equações diferenciais; - Transformadas de Laplace; - Métodos matriciais; - Métodos numéricos. 1.6 Procedimento de Análise Etapa 4: Interpretação dos resultados - Solução das equações governantes fornece deslocamentos, velocidades e acelerações das massas do sistema. - Interpretação feita considerando a finalidade da análise e possíveis implicações nos resultados do projeto. 1.6 Procedimento de Análise • Exemplo 1.1: Modelo matemático de uma motocicleta • Desenvolva uma sequência de três modelos matemáticos do sistema para investigar vibrações no sentido vertical. Considere a elasticidade dos pneus, a elasticidade e o amortecimento das longarinas (no sentido vertical), as massas das rodas e a elasticidade, amortecimento e massa do motociclista. 1.6 Procedimento de Análise 1.6 Procedimento de Análise • Exemplo 1.1: solução • Começando com o modelo mais simples e refinando gradativamente. Modelo com 1 gdl (b) e mais refinado (c): 1.6 Procedimento de Análise Modelo mais refinado (d); Modelo não é único: recombinand o parâmetros de (c), pode- se obter (e) 1.7 Elementos de Mola • Mola linear é um tipo de elo mecânico com, de modo geral, massa e amortecimento desprezíveis. • Uma força é desenvolvida sempre que houver movimento relativo entre as duas extremidades: • F é a força da mola, x a deformação e k é a rigidez da mola 1.7 Elementos de Mola • Trabalho realizado na deformação da mola: • Muitas molas são não lineares após certa deformação. Em muitos casos considera-se linear, pois as deflexões são pequenas. Em outros, usa-se processo de linearização. 1.7 Elementos de Mola 1.7 Elementos de Mola 1.7 Elementos de Mola • Processo de linearização: - A carga de equilíbrio estático F causa uma deflexão x*. - Uma força incremental F, a deflexão adicional é x. - A nova força pode ser expressa usando série de Taylor: (1.3) 1.7 Elementos de Mola - Para valores pequenos de x, os termos de derivadas de ordem superior podem ser desprezados. Assim: (1.4) - Como F = F(x*), podemos expressar F como: (1.5) 1.7 Elementos de Mola • k é a constante linearizada em x*: • Elementos elásticos como vigas também se comportam como molas. Considerando a massa da viga a seguir desprezível em comparação com a massa m, temos: 1.7 Elementos de Mola 1.7 Elementos de Mola • Pela resistência dos materiais: (1.6) W=mg é o peso da massa m, E é o módulo de Young e I é o momento de inércia da seção transversal. Assim, de 1.1 e 1.6: 1.7 Elementos de Mola 1.7.1 Associação de molas: Caso 1: Molas em paralelo 1.7 Elementos de Mola Da figura 1.27a: Se keq é a constante elástica equivalente, então: 1.7 Elementos de Mola • De 1.8 e 1.9: • Para n molas em paralelo: 1.7 Elementos de Mola • Caso 2: Molas em série 1.7 Elementos de Mola Da figura 1.28: Visto que as molas estão submetidas à mesma força W, então: • E: 1.7 Elementos de Mola • De (1.13) e (1.14): Ou: Substituindo em (1.12): 1.7 Elementos de Mola Isto é: Para n molas em série: 1.7 Elementos de Mola • Em certas aplicações, molas estão ligadas a componentes rígidos como polias, alavancas e engrenagens. Nesses casos, pode-se determinar uma constante elástica equivalente usando equivalência de energia (Exemplo 1.5). 1.7 Elementos de Mola • Exemplo 1.2: k equivalente de um sistema de suspensão Determine a constante elástica equivalente da suspensão se cada uma das três molas helicoidais for fabricada em aço com G = 80 x109 N/m2 e tiver 5 espiras efetivas, diâmetro médio de enrolamento D = 20 cm e diâmetro do arame d = 2 cm. 1.7 Elementos de Mola 1.7 Elementos de Mola Exemplo 1.2: solução A rigidez de cada mola helicoidal é (consultar formulário no início do livro): Como as três molas são idênticas e paralelas: 1.7 Elementos de Mola • Exemplo 1.3: Constante elástica torcional de um eixo de um propulsor a hélice 1.7 Elementos de Mola Determine a constante elástica torcional do eixo de hélice em aço da figura. Solução: Considerando os segmentos 12 e 23 como molas em série, e verificando pela figura que o torque é igual à T em qualquer seção, obtemos: 1.7 Elementos de Mola Como as molas estão em série, da equação (1.16): 1.7 Elementos de Mola • Exemplo 1.4: k equivalente de um tambor de içamento 1.7 Elementos de Mola • Determine a constante elástica equivalente do sistema quando o comprimento de suspensão do cabo é l. Admita que o diâmetro efetivo da seção transversal do cabo é d e que o módulo de Young de viga e do cabo é E. 1.7 Elementos de Mola • Exemplo 1.4: solução A constante elástica da viga em balanço é dada por: A rigidez do cabo sujeito a carregamento axial é: 1.7 Elementos de Mola 1.7 Elementos de Mola Visto que tanto o cabo quanto a viga suportam a mesma carga W, podem ser considerados molas em série. Assim: 1.7 Elementos de Mola • Exemplo 1.5: k equivalente de um guindaste 1.7 Elementos de Mola • A lança AB é uma barra de aço uniforme de comprimento de 10 m e área de seção transversal de 2.500 mm2; • Um peso W é suspenso enquanto o guindaste permanece estacionário; • O cabo CDEBF é feito de aço e tem área de seção transversal de 100 mm2. Desprezando o efeito do cabo CDEB, determine a constante elástica equivalente do sistema na direção vertical. 1.7 Elementos de Mola Solução: Pode-se determinar a constante elástica pela equivalência de energias potenciais dos dois sistemas; Como a base do guindaste é rígida, o cabo e a lança podem ser considerados fixos nos pontos F e A; O cabo CDEB é desprezível, podendo considerar o peso W agindo no ponto B, como mostrado: 1.7 Elementos de Mola 1.7 Elementos de Mola Um deslocamento vertical x do ponto B provocará uma deformação vertical de: x2 = x cos 45° na mola k2 e x1 = x cos (90° – ) na mola k1; O comprimento do cabo FB, l1, é: O ângulo satisfaz a relação: 1.7 Elementos de Mola A energia potencial total (U) pode ser expressa pela equação (1.2): Onde: 1.7 Elementos de Mola Uma vez que a mola equivalente na direção vertical sofre uma deformação x, a energia potencial de mola equivalente (Ueq) é: Fazendo U = Ueq, obtemos: 1.8 Elementos de Massa ou Inércia • Elemento de massa ou inércia é um corpo rígido; pode ganhar ou perder energia cinética sempre que a velocidade do corpo mudar. • 2ª Lei de Newton: F=ma; • Trabalho = Força x deslocamento; • Trabalho realizado sobre uma massa é armazenado na forma de energia cinética da massa. 1.8 Elementos de Massa ou Inércia 1.8 Elementos de Massa ou Inércia 1.8.1 Associação de massas Caso 1: Massas de translação ligadas por uma barra rígida. 1.8 Elementos de Massa ou Inércia • Supondo a massa equivalente em m1. • As velocidades das massas m2 e m3 podem ser expressas em termos da velocidade de m1. Se admitirmos pequenos deslocamentos angulares para a barra: 1.8 Elementos de Massa ou Inércia Igualando a energia cinética do sistema de 3 massas à do sistema de uma massa equivalente: De (1.18) e (1.19): 1.8 Elementos de Massa ou Inércia Caso 2: Massas de rotação e translacionais acopladas 1.8 Elementosde Massa ou Inércia • Considerando a massa m, com velocidade de translação , acoplada a outra massa (momento de inércia J0) com velocidade rotacional . • Podem ser associadas para obter (1)Uma única massa equivalente de translação meq; (2)Uma única massa equivalente rotacional, Jeq. 1.8 Elementos de Massa ou Inércia • 1.8 Elementos de Massa ou Inércia • Elemento de massa ou inércia é um corpo rígido; pode ganhar ou perder energia cinética sempre que a velocidade do corpo mudar. • 2ª Lei de Newton: F=ma; • Trabalho = Força x deslocamento; • Trabalho realizado sobre uma massa é armazenado na forma de energia cinética da massa. 1.8 Elementos de Massa ou Inércia 1. Massa equivalente de translação. A energia cinética das massas é dada por: E a energia cinética equivalente pode ser: 1.8 Elementos de Massa ou Inércia Visto que: e , a equivalência de T e Teq dá: • 1.8 Elementos de Massa ou Inércia 2. Massa rotacional equivalente. Aqui e . A equivalência de T e Teq leva a: • 1.8 Elementos de Massa ou Inércia Exemplo 1.6: Massa equivalente de um sistema 1.8 Elementos de Massa ou Inércia • Determinar a massa equivalente do sistema, no qual a ligação rígida 1 está ligada à polia e gira com ela. Solução: Supondo pequenos deslocamentos; Pode-se determinar meq pela equivalência de energia cinética dos sistemas; 1.8 Elementos de Massa ou Inércia Quando m é deslocada de uma distância x, a polia e a ligação rígida 1 giram por um ângulo p = 1 = x/rp; Com isso, a ligação 2 e o cilindro são deslocados de: x2 = pl1 = xl1/rp; Como o cilindro gira sem deslizamento, gira por um ângulo c = x2/rc = xl1/rprc; 1.8 Elementos de Massa ou Inércia • 1.8 Elementos de Massa ou Inércia • A energia cinética do sistema fica: • • Onde J1, Jp e Jc são os momentos de inércia de massa da polia, ligação 1 e cilindro; • e são as velocidades lineares da massa m e link 2; 1.8 Elementos de Massa ou Inércia • 1.8 Elementos de Massa ou Inércia Obtemos a massa equivalente: 1.8 Elementos de Massa ou Inércia • Exemplo 1.7: Mecanismo came- seguidor 1.8 Elementos de Massa ou Inércia O sistema consiste de: Uma haste (comando de válvula) de massa mp; Um balancim de massa mr e momento de inércia de massa Jr ao redor de seu CG; Uma válvula de massa mv; Uma mola de válvula de massa desprezível. Determine meq supondo sua localização em: (i) ponto A; (ii)Ponto C; 1.8 Elementos de Massa ou Inércia Solução: O deslocamento x da haste provoca uma rotação do balancim r = x/l1, e um deslocamento da válvula xv = rl2 = xl2/l1 e o C.G. do balancim desloca- se para baixo uma distância de: xr = rl3 = xl3/l1. A energia cinética do sistema fica: 1.8 Elementos de Massa ou Inércia • 1.8 Elementos de Massa ou Inércia Igualando T e Teq e observando que: , , e , obtemos: • 1.8 Elementos de Massa ou Inércia • 1.9 Elementos de Amortecimento • Amortecimento: Energia de vibração é gradativamente convertida em calor ou som. Ocorre redução da resposta -> deslocamento diminui gradativamente. • Admite-se que amortecedor não tem massa nem velocidade. • Força de amortecimento só existe se houver velocidade. 1.9 Elementos de Amortecimento • TIPOS DE AMORTECIMENTO: • Amortecimento viscoso: é o mais comum. Ocorre quando sistemas mecânicos vibram em um meio fluido como ar, água, gás ou óleo. Exemplos típicos são: película de fluido entre superfícies deslizantes, fluxo de fluido ao redor de um pistão dentro de um cilindro, fluxo de um fluido através de um orifício e película de fluido ao redor de um mancal. 1.9 Elementos de Amortecimento • Amortecimento por Coulomb ou atrito seco: nesse caso, a força de amortecimento é constante, no sentido oposto ao movimento do corpo. Ocorre pelo atrito entre superfícies não lubrificadas. • Amortecimento material ou sólido ou por histerese: Quando o material é deformado, ele absorve ou dissipa energia através do atrito. A área do diagrama do ciclo de histerese representa a energia perdida por unidade de volume do corpo por ciclo . 1.9 Elementos de Amortecimento Ciclo de histerese para materiais elásticos: 1.9 Elementos de Amortecimento 1.9.1 Construção de amortecedores viscosos: Usam-se duas placas paralelas separadas por uma distância h e um fluido com viscosidade . Uma das placas se move com velocidade . A camada de fluido em contato com esta placa se move com a mesma velocidade. A camada em contato com a placa fixa não se move. A velocidade das camadas intermediárias varia linearmente entre 0 e . 1.9 Elementos de Amortecimento A tensão de cisalhamento na camada de fluido a uma altura y é: (1.26) é o gradiente de velocidade. 1.9 Elementos de Amortecimento A força de cisalhamento ou de resistência (F) desenvolvida na superfície da placa é: (1.27) A = área da superfície da placa em movimento, e: (1.28) c é a constante de amortecimento. 1.9 Elementos de Amortecimento • 1.9 Elementos de Amortecimento 1.9.2 Associação de amortecedores Amortecedores em associação podem ser substituídos por um amortecedor equivalente adotando-se um procedimento semelhante ao adotado para associação de molas. 1.9 Elementos de Amortecimento Exemplo 1.8: Folga em um mancal 1.9 Elementos de Amortecimento Verificou-se que um mancal, que pode ser aproximado por duas placas planas separadas por uma fina película de lubrificante, oferece uma resistência de 400N quando é usado óleo SAE30 como lubrificante e a velocidade relativa entre as placas é 10m/s. Se a área da placas (A) for 0,1 m, determine a folga entre as placas. Suponha que a viscosidade absoluta do óleo SAE30 seja 50 reyn ou 0,3445 Pa-s. 1.9 Elementos de Amortecimento Solução: Visto que F pode ser expressa como: Temos: Modelando o mancal como um amortecedor do tipo placa plana, a constante de amortecimento é dada por: 1.9 Elementos de Amortecimento Usando os dados conhecidos, (E.2) fica: 1.9 Elementos de Amortecimento Exemplo 1.9: Desenvolva uma expressão para a constante de amortecimento do amortecedor mostrado. 1.9 Elementos de Amortecimento Solução: A constante de amortecimento pode ser determinada usando a equação da tensão de cisalhamento para fluxo de fluido viscoso e a equação da taxa de fluxo de fluido; O amortecedor consiste de um pistão de diâmetro D e comprimento l movendo-se com velocidade v0 dentro de um cilindro cheio de líquido com viscosidade . 1.9 Elementos de Amortecimento Sejam: d a folga entre o pistão e a parede do cilindro; e a velocidade e a tensão de cisalhamento a uma distância y da superfície móvel; ( - d) e ( + d) a velocidade e a tensão de cisalhamento a uma distância (y + dy) da superfície móvel; O sinal negativo de – dindica que a velocidade diminui à medida que nos aproximamos da parede do cilindro. 1.9 Elementos de Amortecimento • A força viscosa sobre esse anel é: • A tensão de cisalhamento é: • (E.2) em (E.1): 1.9 Elementos de Amortecimento • A força sobre o pistão causará uma diferença de pressão nas extremidades do elemento: • Desse modo, a força devido à pressão na extremidade do elemento é: 1.9 Elementos de Amortecimento Onde (Ddy) denota a área anular entre y e (y + dy); Considerando velocidade uniforme no sentido do movimento do fluido, as forças de (E.3) e (E.5) devem ser iguais. Assim: Ou: 1.9 Elementos de Amortecimento Integrando duas vezes e usando as condições de contorno: = 0 em y = 0; = 0 em y = d. Obtemos: 1.9 Elementos de Amortecimento A taxa de fluxo pelo espaço da folga pode ser obtida integrando-se a taxa de fluxo por todo um elemento entre os limites y = 0 e y = d: O volume de líquido que escoa através do espaço de folga por segundo deve ser igual ao volume deslocado pelo pistão. Assim, a velocidade do pistão será igual à taxa dividida pela área do pistão. 1.9 Elementos de Amortecimento Isso dá: De (E.8) e (E.9): 1.9 Elementos de Amortecimento Expressando a força como: Podemos determinar a constante de amortecimento: 1.9 Elementos de Amortecimento Exemplo 1.10: Constante elástica equivalente e constante de amortecimento equivalente de um suporte de máquina ferramenta 1.9 Elementos de Amortecimento Uma fresadora de precisão está apoiada em quatro suportes isoladores de choque (figura a). A elasticidade e o amortecimento de cada isolador de choque podem ser modelados como uma mola e um amortecedor viscoso, como mostrado na figura (b). Determine a constante elástica equivalente, keq, e a constante de amortecimento equivalente, ceq, do suporte da máquina-ferramenta em termos das constantes elásticas (ki) e das constantes de amortecimento (ci) dos apoios. 1.9 Elementos de Amortecimento 1.9 Elementos de Amortecimento Solução: Os diagramas de corpo livre das molas e amortecedores são mostrados na figura (c); Admitindo o centro de massa G localizado em posição simétrica em relação às quatro molas e aos amortecedores, observamos que todas as molas estão sujeitas ao mesmo deslocamento e todos os amortecedores estão sujeitos à mesma velocidade ; 1.9 Elementos de Amortecimento Como consequência, as forças que agem sobre todas as molas (Fsi) e todos os amortecedores (Fdi) são: Considerando as forças totais como Fs e Fd, podemos expressar as equações de equilíbrio: 1.9 Elementos de Amortecimento Onde: W = força vertical total (incluindo a força de inércia) que age sobre a máquina de fresar; 1.9 Elementos de Amortecimento 1.9 Elementos de Amortecimento Da figura (d): De (E.2) e (E.1): Onde ki = k e ci = c, para i = 1,2,3,4. 1.9 Elementos de Amortecimento Obs: Se o centro de massa G não estiver localizado em posição simétrica em relação às quatro molas e aos quatro amortecedores, a i-ésima mola sofre um deslocamento de e o i- ésimo amortecedor experimenta uma velocidade , onde e podem ser relacionadas com o deslocamento e a velocidade de G. Nesse caso, (E.1) e (E.4) precisam ser modificadas. 1.10 Movimento harmônico • O movimento oscilatório pode repetir-se (pêndulo simples – movimento periódico) ou ser irregular (terremoto). • O tipo mais simples de movimento periódico é o movimento harmônico. 1.10 Movimento harmônico • Exemplo de movimento harmônico simples 1.10 Movimento harmônico • O deslocamento x da massa m é: • A velocidade e aceleração ficam: • Aceleração diretamente proporcional ao deslocamento: movimento harmônico simples. 1.10 Movimento harmônico 1.10.1 Representação vetorial de movimento harmônico 1.10 Movimento harmônico • Projeção da extremidade do vetor no eixo vertical é: • No eixo horizontal fica: 1.10 Movimento harmônico 1.10.2 Representação de movimento harmônico por números complexos Qualquer vetor no plano xy pode ser representado como um número complexo: Onde e a e b denotam os componentes x e y de . 1.10 Movimento harmônico • O movimento oscilatório pode repetir-se (pêndulo simples – movimento periódico) ou ser irregular (terremoto). • O tipo mais simples de movimento periódico é o movimento harmônico. 1.10 Movimento harmônico 1.10 Movimento harmônico Se A denota o módulo e representa o argumento, o vetor pode ser representado por: Com: E: 1.10 Movimento harmônico Observando que i2=-1, i3=-i, i4=1, ..., cos e isen podem ser expandidos em série: 1.10 Movimento harmônico As equações (1.39) e (1.40) dão: E (1.36) pode ser expressa como: 1.10 Movimento harmônico 1.10.3 Álgebra de números complexos Números complexos podem ser expressos sem usar a notação vetorial por: E: Onde: E: 1.10 Movimento harmônico A soma e a diferença de números complexos: 1.10 Movimento harmônico 1.10.4 Operações com funções harmônicas O vetor da figura (1.39) pode ser escrito como: Onde denota a frequência circular (rad/s) do vetor no sentido anti-horário. Diferenciando (1.51) no tempo: 1.10 Movimento harmônico O deslocamento, velocidade e aceleração podem ser expressos como: 1.10 Movimento harmônico 1.10 Movimento harmônico Funções harmônicas podem ser somadas vetorialmente. 1.10 Movimento harmônico Onde: e e, da figura, a magnitude do vetor resultante é: O ângulo : E: 1.10 Movimento harmônico Exemplo 1.11: Adição de movimentos harmônicos Determine a soma de dois movimentos harmônicos: x1(t) = 10 cos (t) e x2(t) = 15 cos(t +2). 1.10 Movimento harmônico Solução: Método 1: Relações trigonométricas: Já que a frequência circular é a mesma para ambas, x1(t) e x2(t), expressamos a soma como: Isto é: 1.10 Movimento harmônico Reorganizando: Igualando os coeficientes de cos t e sen t, obtemos: 1.10 Movimento harmônico Método 2: Usando vetores: Para um vetor arbitrário de t, os movimentos x1(t) e x2(t) podem ser representados graficamente como mostrado na figura: 2 rad = 114,6° 1.10 Movimento harmônico A adição de vetores dá: 1.10 Movimento harmônico Método 3: Usando números complexos: Os dois movimentos podem ser representados por números complexos: A soma de x1(t) e x2(t) pode ser expressa como: Onde A e podem ser determinados pelas equações (1.47) e (1.48) como A = 14,1477 e = 74,5963° 1.10 Movimento harmônico 1.10.5 Definições e terminologia • Ciclo: Movimento de um corpo de sua posição de equilíbrio, para sua posição extrema em um sentido, para sua posição extrema em outro sentido e volta a sua posição de equilíbrio. • Amplitude: O máximo deslocamento de um corpo em relação à sua posição de equilíbrio. 1.10 Movimento harmônico • Período de oscilação: Tempo que leva para concluir um ciclo: • Frequência de oscilação: Número de ciclos por unidade de tempo (ciclos/segundo = Hertz). • f = frequência circular, = frequência angular (rad/s). 1.10 Movimento harmônico • Ângulo de fase: Considere dois movimentos vibratórios: Esses movimentos são síncronos (mesmo ), mas não atingem seus valores máximos ao mesmo tempo. O máximo do segundo vetor ocorre radianos antes do primeiro vetor. Esse ângulo é o ângulo de fase. 1.10 Movimento harmônico 1.10 Movimento harmônico • Frequência Natural: Se após uma perturbação inicial, um sistema continuar a vibrar por si próprio, a frequência com que ele oscila é a frequência natural. Um sistema com n graus de liberdade terá n frequências naturais. 1.10 Movimento harmônico • Batimentos: Quando dois movimentos harmônicos com frequências próximas são somados, o movimento resultante exibe um fenômeno chamado batimento. Por exemplo: • Onde é pequeno. 1.10 Movimento harmônico • A soma desses movimentos é: Usando a relação: (1.65) pode ser escrita como: 1.10 Movimento harmônico 1.10 Movimento harmônico • Oitava: Quando o valor máximo de uma faixa de frequência é o dobro do mínimo, ele é conhecido como uma faixa de oitava. Cada uma das faixas: 75 – 150 Hz, 150 – 300 Hz e 300 – 600 Hz são faixas de oitavas. 1.10 Movimento harmônico • Decibel: Várias quantidades da área de vibrações e som usam essa notação. Originalmente, um decibel foi definido como uma razão entre potências elétricas: • • Visto que a potência é proporcionalao quadrado da tensão (X), o decibel (dB) fica: • • X0 é uma tensão de referência. 1.11 Análise Harmônica • Embora o movimento harmônico seja o mais simples de tratar, o movimento de muitos sistemas vibratórios não é harmônico. Mas, suas vibrações são periódicas e podem ser representadas por série de Fourier como uma soma infinita de senos e cossenos. 1.11 Análise Harmônica 1.11.1 Expansão por série de Fourier Se x(t) é uma função periódica com período , sua representação por série de Fourier é: Onde é a frequência fundamental e a0, a1, a2, ...b1, b2 são coeficientes constantes. 1.11 Análise Harmônica • Para determinar an e bn, multiplicamos (1.70) por cos nt e sen nt, e integramos sobre um período . Percebemos que todos os termos do lado direito, exceto um, serão zero. Assim: 1.11 Análise Harmônica • Qualquer função periódica pode ser representada como uma soma de funções harmônicas. • A maioria das funções periódicas pode ser aproximada com apenas algumas funções harmônicas, como mostra a figura a seguir: 1.11 Análise Harmônica 1.11 Análise Harmônica • A Série de Fourier pode ser representada pela soma de termos somente em senos ou somente em cossenos: • Onde: • E: 1.11 Análise Harmônica Fenômeno de Gibbs • Quando uma função é representada por uma série de Fourier, pode-se observar um comportamento anômalo: à medida que o número de termos (n) aumenta, pode-se perceber que a aproximação melhora, exceto na vizinhança da descontinuidade. O desvio estreita-se, mas sua amplitude permanece constante. • O erro na amplitude permanece em aproximadamente 9%. 1.11 Análise Harmônica 1.11 Análise Harmônica 1.11.2 Série de Fourier complexa De (1.41) e (1.42): cos t e sen t podem ser expressos como: 1.11 Análise Harmônica • A equação (1.70) fica: • Onde b0 = 0. 1.11 Análise Harmônica • Definindo os coeficientes complexos de Fourier cn e c-n: • A equação (1.82) fica: 1.11 Análise Harmônica • Os coeficientes de Fourier podem ser determinados usando as equações (1.71) a (1.73): 1.11 Análise Harmônica 1.11.3 Espectro de frequência • As funções harmônicas ancos nt e bn sen nt são harmônicas de ordem n de x(t). • Têm período /n. • Podem ser representadas por linhas verticais em um diagrama de amplitude (an e bn ou dn e f) em relação à frequência (n), denominado espectro de frequência ou diagrama espectral: 1.11 Análise Harmônica 1.11 Análise Harmônica 1.11.4 Representações no domínio do tempo e da frequência • Uma função harmônica x(t) = A sen t dada no domínio do tempo pode ser representada pela amplitude e pela frequência no domínio da frequência; • Qualquer função periódica pode ser representada no domínio do tempo ou da frequência; • A representação no domínio da frequência não dá as condições iniciais. 1.11 Análise Harmônica 1.11 Análise Harmônica 1.11.5 Funções pares e ímpares • Função par: • Expansão por série de Fourier: • a0 e an são dados por (1.71) e (1.72). 1.11 Análise Harmônica • Função ímpar: • Expansão por série de Fourier: • bn é dado por (1.73) 1.11 Análise Harmônica • Em alguns casos, uma função pode ser considerada par ou ímpar, dependendo da localização dos eixos coordenados: 1.11 Análise Harmônica • Necessário calcular somente os coeficientes an ou bn; • Um deslocamento do eixo x equivale a somar uma constante igual à quantidade de deslocamento. 1.11 Análise Harmônica • No caso da função ímpar (figura ii), a expansão por série de Fourier fica: • Se a função for par (figura iii): • As funções x1(t) e x2(t) representam a mesma onda, exceto pela origem. Assim, existe também uma relação na expansão em série de Fourier. 1.11 Análise Harmônica • Observando que: • Pela equação (1.91): 1.11 Análise Harmônica • Usando a relação sen (A + B) = senA cosB + cosA senB, (1.94) fica: 1.11 Análise Harmônica • Visto que cos[2(2n-1)/4] = 0 para n = 1, 2, 3... e sen[2(2n-1)/4] = (-1)n+1 para n = 1, 2, 3 ..., a equação (1.95) fica: que é igual à equação (1.92). 1.11 Análise Harmônica 1.11.6 Expansões em meia-faixa • Algumas funções são definidas somente no intervalo 0 a . Essas funções não são periódicas, mas podem ser expandidas no intervalo – a 0. • A extensão pode resultar em uma função ímpar ou par; • A expansão em série de Fourier resulta em termos de seno (ímpar) ou cosseno (par). Qualquer uma dessas expansões pode ser usada para determinar x(t). 1.11 Análise Harmônica 1.11 Análise Harmônica 1.11.7 Cálculo numérico de coeficientes • Se x(t) não tiver uma forma simples, a integração pode ser complicada. • A função x(t) pode não estar disponível (determinação experimental de vibração, por exemplo). Só os valores de x(t) em vários pontos t1, t2, ... tN estão. • Nesses casos, an e bn podem ser obtidos por integração numérica. 1.11 Análise Harmônica 1.11 Análise Harmônica • Suponha que t1, t2, ... tN sejam um número par de pontos equidistantes no período (N é par), com os valores correspondentes de x(t) dados por x1 = x(t1), x2 = x(t2), ..., xN = x(tN). • A aplicação da regra trapezoidal fornece an e bn (fazendo = Nt): 1.11 Análise Harmônica Exemplo 1.12: Expansão em série de Fourier Determine a expansão por série de Fourier do movimento da válvula no sistema came-seguidor mostrado na figura. 1.11 Análise Harmônica 1.11 Análise Harmônica Solução: Se y(t) denotar o movimento vertical da haste da válvula, x(t), pode ser determinado pela relação: Ou: onde 1.11 Análise Harmônica O período é dado por . Definindo: pode ser expressa como: A equação (E.3) é mostrada na figura a seguir. 1.11 Análise Harmônica Para calcularmos os coeficientes de Fourier an e bn, usamos as equações (1.71) a (1.73): 1.11 Análise Harmônica 1.11 Análise Harmônica 1.11 Análise Harmônica Como consequência, a expansão em série de Fourier de é: Os três primeiros termos são mostrados no gráfico da figura mostrada. Pode-se ver que a aproximação chega ao formato de dente de serra com um número pequeno de termos . 1.11 Análise Harmônica Exemplo 1.13: Análise numérica de Fourier As variações de pressão da água dentro de um cano medidas a intervalos de 0,01 segundo são dadas na tabela 1.1. Essas variações são de natureza repetitiva. Faça uma análise harmônica das variações da pressão e determine as três primeiras harmônicas da expansão por série de Fourier. 1.11 Análise Harmônica 1.11 Análise Harmônica Solução: Visto que as variações de pressão repetem-se a cada 0,12 segundo, o período é e a frequência circular da primeira harmônica é radianos por 0,12 s ou . Como o número em cada onda (N) é 12, obtemos pela equação (1.97): 1.11 Análise Harmônica Os coeficientes an e bn podem ser determinados pelas equações (1.98) e (1.99): Os cálculos envolvidos nas equações (E.2) e (E.3) são mostrados na tabela 1.2. 1.11 Análise Harmônica Por estes cálculos, pode-se obter a expansão por série de Fourier das variações de pressão p(t) (Equação 1.70): Lista de Exercícios – 2017/02 Exercícios do RAO, 4ª edição em português, capítulo 1: 1.4; 1.24; 1.33; 1.40; 1.50; 1.66
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