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RESENHA O CORTIÇO

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Relatório ou Resumo de Atividade Complementar
	Nome: Eduarda Rosa de Oliveira
	RA: 6275185584
	E-mail: dudaolvr1@gmail.com
	Data: 16/10/17
	Curso: Pedagogia
	Série: 1º Semestre
	
	
RESENHA DO LIVRO “O CORTIÇO” – Aluísio Azevedo
O Cortiço (1890), expressão máxima do naturalismo brasileiro, conta a história de João Romão, um imigrante português grosseiro, avarento, esperto e ambicioso. Em seu empenho de ganhar dinheiro, faz inúmeros sacrifícios pessoais e não se detém diante de nada: engana, explora os outros e até rouba. Com o objetivo de comprar seu estabelecimento e tentar enriquecer. 
Após muito esforço, tornou-se proprietário de um a venda no subúrbio do Rio de Janeiro. João Romão enriquece às custas de sua obsessão pelo trabalho de comerciante, mas também por meios ilícitos, como os roubos que pratica em sua venda e a exploração de Bertoleza, a quem engana com uma falsa carta de alforria. Bertoleza é uma escrava sofrida, que respeita os brancos e confia cegamente em João Romão, toma-o como um ser superior, e sem hesitação o serve como empregada e como amante. Ambicioso que é, João engana a pobre moça e utiliza das suas economias para comprar um pedaço de terra, aumentando sua propriedade.
João Romão vive para trabalhar de domingo a domingo, o dinheiro é o que mais lhe importa. Tudo que ganha vai para o banco e para comprar terrenos e imóveis. Assim começa a ficar rico, pois não paga ninguém para fazer nada, ele mesmo começa a construir o seu cortiço. Rouba material de construção de outras obras, ou seja, construía sem gastar nada. Dessa forma consegue construir três casas, início do seu grande cortiço e também arranja dinheiro para comprar uma pedreira, tornando-o rico. 
Passa a ser distribuidor de mercadorias com vários depósitos e seu cortiço tem noventa e cinco casinhas. “Estalagem de São Romão. Alugam- se casinhas e tinas para lavadeiras”. 
Miranda, um negociante português, muda para a Rua do Hospício, um prédio perto da venda de João Romão, para afastar a mulher de outros homens. Miranda pegou em flagra a esposa com outro, mas por interesse e dinheiro não divorciou- se da mulher, Dona Estela. Eles não têm nenhuma relação sentimental, só sexual e financeira, não se falam, odeiam- se. Têm a filha Zulmirinha em comum. Miranda quer comprar o terreno de João Romão para ter mais quintal, mas esse não quer de jeito nenhum, o que provocou uma rixa. Miranda morre de inveja de João Romão que ficou rico sem precisar de se casar.
A vida no cortiço é descrita como um organismo único de pessoas e costumes. E ao longo do livro começam a aparecer vários personagens distintos, como: lavadeiras, italianos, prostitutas... Há muita algazarra no cortiço. Gente demais num espaço reduzido. Miranda reclama do barulho e das confusões.
João Romão queria se casar com Zulmirinha, filha de seu rival, uma moça mais refinada como pensava João Romão. Sendo assim, Miranda avisa e entrega Bertoleza para seu verdadeiro dono. Dias depois, em uma manhã chuvosa, policiais chegam ao cortiço juntamente com o dono verdadeiro da escrava Bertoleza, para busca-la. Pega de surpresa, Bertoleza se sente arruinada pela traição de João Romão e não pensa duas vezes ao tirar a própria vida. Já caída morta no chão, João se sente arrependido mas esse arrependimento dura pouco. Logo após esse acontecido, João Romão torna-se o mais novo membro de uma sociedade abolicionista.
O livro o cortiço nos traz sobre influencia o naturalismo/romantismo, esse período se caracteriza pelo determinismo, ou seja, a ideia de que a natureza define o destino dos personagens e com condição dos valores sociais. Este livro é um dos romances brasileiros mais importantes, tem uma grande importância na literatura. Mesmo que não seja leitura obrigatória, ‘O Cortiço’ e outras obras do gênero merecem espaço na leitura juvenil. A obra faz uma dura crítica social, denuncia preconceitos raciais e a exploração do homem pelo homem. O Cortiço é uma das maiores críticas à sociedade fluminense que se formava. Aluísio, como abolicionista, retrata o caso de João Romão e Bertoleza, mostrando a exploração e sub tratamento da escrava perante todos. O livro enfatiza o cortiço como uma comunidade em que os moradores moram em quartos que são alugados por preços excessivos e moradores humilhados, principalmente os negros que sofrem com preconceito racial e de classes superiores como a burguesia. Retrata também os infortúnios da época como a prostituição, assédio, adultério, inveja, traição e a hipocrisia. 
	EDUARDA ROSA DE OLIVEIRA, Acadêmica do Curso de Pedagogia, 1º Semestre - Universidade Anhanguera, Polo de São José do Rio Preto - SP.

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