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Análise dos Indicadores Econômicos do Governo Dilma (2011-2012)

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Prévia do material em texto

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ 
ESCOLA DE NEGÓCIOS 
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS 
 
 
DOUGLAS MATEUS GONÇALVES SILVEIRA DORIGO 
LAÍZA LEAL PEREIRA 
LETÍCIA LOURENÇO DA COSTA 
WESLEY DAUAN DA CRUZ BATISTA PAWLUK 
 
 
 
 
 
 
 
AS BASES DA NOVA MATRIZ MACROECONÔMICA E OS ANOS 2011-2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2017
 
 
O Governo Dilma (2011-2012) 
 
Análise dos Indicadores Econômicos Gerais 
 
Eleita a 36ª presidente em outubro de 2010 e com início em janeiro de 
2011, o Governo de Dilma Rousseff havia herdado uma trajetória ascendente do 
governo anterior. Enquanto na Era Lula os indicadores de crescimento e 
comércio vinham em um trajeto positivo, ao longo do mandato de Dilma com 
Guido Mantega como ministro, foram se evaporando. 
Apesar da crise econômica- financeira internacional nos EUA, Dilma 
assume a presidência com a economia equilibrada e com uma taxa de 7,5% do 
Produto Interno Bruto (PIB). Esse crescimento elevou o consumo e 
consequentemente, uma inflação de 6,50% (ante a 5,91%). A taxa de 
desemprego mostrava-se reduzida em 5,3% no final do Governo Lula. Esses 
indicadores deram fôlego a presidente por mais um ano. 
Em 2012, opostamente ao ano anterior o governo estava enfrentando 
dificuldades na gestão macroeconômica, em especial, ao crescimento 
inflacionário, que teve início a partir do segundo semestre deste ano. Os índices 
demonstravam claramente uma queda da taxa de crescimento e que viria a se 
repetir em 2013. 
Depois de uma rápida recuperação em 2010 de 7,5%, as taxas de 
crescimento reduziram ao patamar de 2,7% e 1,0% nos anos subsequentes. 
Essas taxas implicam crescimento médio anual de 2,0% em 2011-13 e 1,9% em 
2011-14. 
 
INDICADORES ECONÔMICOS: 
 
Produto Interno Bruto (PIB) – 2010/2011 
 
O Produto Interno Bruto brasileiro, é a soma de todos os bens e serviços 
produzidos no país. Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE) a economia brasileira um crescimento baixo de 
2,7% em 2011, taxa muito inferior ao que foi registrado no ano anterior. Em 
 
 
valores correntes, a soma das riquezas produzidas no ano passado chegou a R$ 
4,143 trilhões e o PIB per capita ficou em R$ 21.252. 
Segue os resultados detalhados da evolução do PIB do Brasil durante 
2011: 1º trimestre de 1,3%, no 2º trimestre de 0,8%, no 3º trimestre -0,1% e no 
4º trimestre 0,3%. 
Este crescimento, de acordo com o IBGE é resultado do crescimento de 
3,9% da agropecuária, seguido da indústria com 1,6% e o setor de serviços com 
2,7%. 
O registro anual ficou abaixo do PIB potencial da economia brasileira. 
Economistas afirmam que o motivo deste crescimento baixo se deve a crise 
econômica nos EUA e na Europa. Também sendo prejudicada pela adoção de 
políticas de combate a inflação aderida pelo Banco Central, elevando a taxa 
básica de juros (Selic), desestimulando o consumo. 
 
Produto Interno Bruto (PIB) – 2011/2012 
 
Em 2012, ocorreu uma nova desaceleração com crescimento de 
1%, abaixo do que o mercado e o governo esperavam no início do ano. Em 
valores correntes, o PIB atingiu R$ 4,403 trilhões. O PIB per capita ficou em R$ 
22.400. 
Os resultados detalhados da evolução do PIB do Brasil durante 2012: 1º 
trimestre de 0,1%, no 2º trimestre de 0,4%, no 3º trimestre de 0,6% e no 4º 
trimestre de 0,6%. 
O desempenho foi puxado pelo lado da oferta, o setor de serviços foi o 
único setor que cresceu com 1,7% em 2012. Os demais como agricultura teve 
queda de 2,3% e a indústria fechou também em queda de 0,8%. Pelo lado da 
demanda, o consumo das famílias desacelerou e subiu 3,1%. 
Claramente, nota-se que o novo governo estava enfrentando problemas 
com a gestão macroeconômica. Esses problemas estavam relacionados ao 
processo inflacionário, que começou a partir da segunda metade de 2012. 
Tentando acelerar o crescimento do PIB em 2012, o governo brasileiro 
decide tomar medias como diminuir a taxa básica de juros. Reduzir imposto (IPI 
– Produto sobre Produtos Industrializados) para setores de eletrodomésticos, 
 
 
automóveis, materiais de construção, também auxiliando na desaceleração da 
economia brasileira no ano. 
 
 
Fonte: IBGE 
Taxa básica de juros (Selic) – (2011/2012) 
Como medida inicial com intuito de evitar o aumento da inflação fora do 
cumprimento da meta de 2011, o Governo Dilma promoveu o aumento da taxa 
de juros. Na 156ª reunião do Copom, o Banco Central decide elevar a taxa Selic 
a um percentual de 11,25%. Na próxima reunião os juros aumentaram 
novamente em 0,50 pontos percentuais, chegando a 11,75% ao ano. Em abril, 
novo ajuste na Selic levou a taxa para marca 12%. Com esse continuo aumento, 
o Brasil foi considerado um dos países com as taxas reais mais elevadas do 
mundo que chegou a julho de 2011 com um nível de 12,50%. 
Ao elevar a Selic, o objetivo o Banco Central é fazer com que o custo do 
crediário também suba e, consequentemente diminua o consumo das famílias 
para conter o ritmo da inflação. 
Após o corte de juros de agosto de 2011 de 0,5%, reduzindo para 12% ao 
ano, o intuito do governo era criar incentivos ao aquecimento da atividade 
econômica, o Banco Central promoveu um forte afrouxamento na política 
monetária, com novos cortes de 0,5 na Selic nas reuniões subsequentes, 
iniciando o próximo ano com 10,5%. 
 
 
Caindo consecutivamente, a taxa de juros chegou a outubro de 2012 ao 
menor nível da história atingindo 7,25%. 
 
Fonte: Banco Central do Brasil 
Histórico das taxas de juros 
Histórico das taxas de juros fixadas pelo Copom e evolução da taxa Selic 
Reunião 
Período de 
vigência 
Meta 
SELIC 
% a.a. 
(1)(6) 
TBAN 
% 
a.m. 
(2)(6) 
Taxa SELIC 
nº data viés % (3) % a.a. (4) 
 172ª 16/01/2013 
17/01/2013 - 
06/03/2013 
7,25 0,90 7,12 
 171ª 28/11/2012 
29/11/2012 - 
16/01/2013 
7,25 0,91 7,14 
 170ª 10/10/2012 
11/10/2012 - 
28/11/2012 
7,25 0,88 7,14 
 169ª 29/08/2012 
30/08/2012 - 
10/10/2012 
7,50 0,82 7,39 
 168ª 11/07/2012 
12/07/2012 - 
29/08/2012 
8,00 1,06 7,89 
 
 
 167ª 30/05/2012 
31/05/2012 - 
11/07/2012 
8,50 0,93 8,39 
 166ª 18/04/2012 
19/04/2012 - 
30/05/2012 
9,00 0,99 8,90 
 165ª 07/03/2012 
08/03/2012 - 
18/04/2012 
9,75 1,07 9,65 
 164ª 18/01/2012 
19/01/2012 - 
07/03/2012 
10,50 1,30 10,40 
 163ª 30/11/2011 
01/12/2011 - 
18/01/2012 
11,00 1,45 10,90 
 162ª 19/10/2011 
20/10/2011 - 
30/11/2011 
11,50 1,21 11,40 
 161ª 31/08/2011 
01/09/2011 - 
19/10/2011 
12,00 1,48 11,90 
 160ª 20/07/2011 
21/07/2011 - 
31/08/2011 
12,50 1,40 12,42 
 159ª 08/06/2011 
09/06/2011 - 
20/07/2011 
12,25 1,33 12,17 
 158ª 20/04/2011 
21/04/2011 - 
08/06/2011 
12,00 1,49 11,92 
 157ª 02/03/2011 
03/03/2011 - 
20/04/2011 
11,75 1,46 11,67 
 156ª 19/01/2011 
20/01/2011 - 
02/03/2011 
11,25 1,27 11,17 
 155ª 08/12/2010 
09/12/2010 - 
19/01/2011 
10,75 1,21 10,66 
 
 
Inflação (2011-2012) 
 
O nível de preços da economia brasileira inicia uma trajetória ascendente 
no final de 2010 de 5,91%, ultrapassando o teto da meta estipulada pelo CMN 
(de 4,5%) em vários períodos de 2011. O Governo Dilma observou uma 
elevação da inflação no seu primeiro ano de mandato em 6,5%. No terceiro mês 
de 2011, com pressões advindas dos preços do grupo alimentação e transportes, 
o IPCA se manteve num nível elevado, de 0,79%. Assim sendo, necessária a 
utilização de uma política monetária (alterações da taxa de juros) contraindo 
crédito da economia, com o intuito de reverter à subida de preços. 
No final de 2011, as expectativas diminuíram referente à inflação do 
próximo ano. Apesar disso, havia um estimulo na demanda doméstica, 
especialmenteno excesso de consumo das famílias, expansão do crédito e pela 
geração de emprego, fatores que provocaram uma nova escalada dos preços 
em 2012 e para os anos seguintes. 
Novamente para 2012, a inflação fecha acima do centro da meta, segundo 
IBGE a inflação oficial medida pelo IPCA registrou um resultado de 5,84%, mais 
abaixo que o resultado de 2011. 
As causas da aceleração da inflação nos últimos meses de 2012 foram 
provocadas pelo aumento dos preços dos alimentos, devido a problemas 
climáticos. A taxa foi aumentando gradualmente desde agosto, quando estava 
em 0,41%, até dezembro, quando atingiu 0,79%. 
 
 
 
 
 
Desemprego – (2011-2012) 
 
Ao termino do final de 2010, a taxa de desemprego registrou 5,3%. Em 
2011, o Brasil fechou o ano com a menor taxa de desemprego segundo IBGE de 
4,7%. Com média no ano de 6%. No mês de dezembro deste ano, a população 
desocupada caiu 9,5% ante novembro (menos 119 mil pessoas). No ano de 
2011, os desocupados somaram, em média, 1,4 milhão de pessoas, 10,4% a 
menos que em 2010 (1,6 milhão), o que representou 116 mil desocupados em 
um ano. Já a população ocupada (22,7 mihões) manteve-se estável frente a 
novembro e apresentou 1,3% ante dezembro de 2010, representando 283 mil 
ocupados em 12 meses. 
Os trabalhadores que possuem carteira assinada no setor privados (11,2 
milhões) não teve variação, somente comparado a dezembro de 2010 registra-
se uma elevação de 6%, o que representa 638 mil postos de trabalho com 
carteira assinada. 
No ano de 2012, a taxa de desemprego em dezembro ficou em 4,6%, a 
mais baixa já registrada pela série histórica do IBGE até aquele ano. A 
explicação do resultado parte pela procura por trabalho, quando as pessoas 
deixam de buscar emprego devido ao período de festas. 
A média de 2012 ficou em 5,5%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego 
(PME). Na comparação a dezembro de 2011, o conjunto de desempregados 
cresceu 0,2% frente a dezembro de 2012 e teve queda de 3% ante novembro. 
Em dezembro de 2012, o Brasil tinha 1,1 milhão de desocupados. Os 
desocupados em média, era cerca de 1,3 milhão de pessoas. 
A população ocupada, 23,4 milhões em dezembro, ficou estável em 
relação ao mês anterior e representou 3,1% em relação a dezembro de 2011. 
 
 
 
 
Mercado de trabalho – (2011/2012) 
 
Como mencionado anteriormente, mesmo com um cenário de 
desaquecimento da atividade econômica, a taxa de desemprego é destaque nos 
dois anos do Governo Dilma, com registro de 2011 de 4,7% e 2012 com 4,6%. 
Os indicadores analisados no período de 2011 e 2012 apontam um ritmo 
favorável no desemprenho do mercado de trabalho brasileiro. A taxa de 
desemprego e informalidade encontravam-se em níveis historicamente baixos. 
Observando a evolução da população ocupada, o destaque positivo fica 
por conta dos empregados com carteira de trabalho assinada, que registraram 
um crescimento de 3,5% no ano de 2012 em relação a 2011, o que equivale a, 
a aproximadamente 412 mil novos contratos com carteira assinada. 
 
 
O nível de informalidade médio da população ocupada em 2012 ficou em 
34%, uma queda de 1 p.p. em relação a 2011. 
Com dados do nível de ocupação, em média, 2,2% em relação a 2011 
(484 mil novos postos de trabalho em 2012). A população ocupada correspondeu 
a aproximadamente 23,4 milhões de indivíduos, em dezembro de 2012. A maior 
diferença entre 2012 e 2011 está situada nos últimos meses do ano. 
 
INDICADORES FISCAIS 
 
Segundo o Banco Central do Brasil, os indicadores fiscais são medidas de 
evolução das finanças do setor público que permitem avaliar o desempenho 
fiscal de um país ao longo do tempo. Assim incluem: 
 Indicadores de fluxos (receitas, despesas e necessidades de 
financiamento); 
 Indicadores de estoques (endividamento e créditos). 
E de acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a situação fiscal é 
sempre um parâmetro fundamental dentro de qualquer avaliação que vise a 
identificar se determinado país tem capacidade de colocar em prática políticas 
públicas eficazes, se apresenta perspectivas favoráveis de vivenciar um período 
de crescimento econômico sustentável e, mais diretamente, se possui 
disposição e condição de honrar seus compromissos nas quantidades e nos 
prazos assumidos. 
 
Resultado nominal do governo central – Conceito abaixo da linha 
 
Segundo o BCB, o resultado nominal é o conceito fiscal mais amplo e 
representa a diferença entre o fluxo agregado de receitas totais (inclusive de 
aplicações financeiras) e de despesas totais (inclusive despesas com juros), em 
determinado período. 
No gráfico abaixo, os resultados do governo central foram levados em 
consideração preços de set 2017, utilizado como deflator o IPCA. 
 
 
 
 
Fonte: Banco central do brasil 
 
Percebe-se que é característico dos resultados nominais e primários uma 
grande oscilação no tempo, motivo este, ao prolongamento ao ano 
imediatamente anterior ao período estudado, demonstrando que este efeito não 
é característico somente no período. Ademais, ao trazer todos os valores para 
datas atuais, retiramos quaisquer efeitos que possam ter sido ocorridos pela 
inflação. Deixando claro que apresentam esforços semelhantes, com exceção 
de novembro de 2012. Agora trazendo para valores anuais e abrindo em % do 
PIB, não se nota quaisquer diferenças significativos nos dados. 
 
Resultados anuais em R$ Milhões - Valores Correntes e % PIB 
Discriminação 
2010 2011 2012 
R$ 
Milhões 
% 
PIB 
R$ 
Milhões % PIB R$ Milhões % PIB 
Receita total 918.531,4 23,6% 988.270,1 22,6% 1.059.889,4 22,0% 
Despesas 706.388,2 18,2% 731.710,8 16,7% 812.632,4 16,9% 
Resultado primário 
do governo central 78.723,3 2,0% 93.035,5 2,1% 86.086,0 1,8% 
Juros nominais -124.508,7 -3,2% 
-
180.553,1 -4,1% -147.267,6 -3,1% 
Resultado nominal 
do governo central -45.785,5 
-
1,2% -87.517,6 -2,0% -61.181,7 -1,3% 
Fonte: Banco central do brasil 
-40.000,0
-30.000,0
-20.000,0
-10.000,0
0,0
10.000,0
20.000,0
30.000,0
40.000,0
50.000,0
Resultados do governo central
RESULTADO PRIMÁRIO DO GOVERNO CENTRAL
JUROS NOMINAIS
RESULTADO NOMINAL DO GOVERNO CENTRAL
 
 
 
Resultado primário do governo central – Conceito abaixo da linha 
 
Segundo o BCB, o resultado primário corresponde ao resultado nominal 
excluída a parcela referente aos juros nominais (juros reais mais atualização 
monetária) incidentes sobre a dívida líquida. 
 
Fonte: Banco central do brasil 
Percebe-se que o resultado primário, ao longo do período apresenta 
movimentos cíclicos e constantes, que se comparados a receita e despesas 
totais, não há um esforço de aumente da diferença entre eles, aumento da 
receita ou diminuição das despesas. 
 
Dívida bruta do governo geral 
 
Segundo a SNT, é o indicador fiscal para efeitos de comparação 
internacional que abrange, o total das dívidas de responsabilidade dos governos 
federal (incluindo INSS), estaduais e municipais, junto ao setor privado (títulos 
públicos), ao setor financeiro, ao Banco Central e ao resto do mundo. 
-50.000,0
0,0
50.000,0
100.000,0
150.000,0
200.000,0
250.000,0
Resultado primário do governo central
RECEITA TOTAL DESPESA TOTAL RESULTADO PRIMÁRIO DO GOVERNO CENTRAL
 
 
 
Fonte: Banco Central 
 
Percebe-se que a dívida que o brasil possui é fortemente ao cenário 
doméstico, ou seja, dívida interna. Algo que não é de se espantar dado a taxa 
Selic aplicada durante o período, 12,25% no início de 2011. 
 
Dívida líquida do setor público 
 
Segundo o BCB, é o balanço entre o total de créditos e débitos dos 
governos federal (inclusive INSS), estaduais e municipais. 
 
Fonte: Banco Central 
 
 0
 500 000
 1 000 000
 1 500 000
 2 000 000
 2 500 000
 3 000 000
Dívidabruta do governo geral - em milhões 
correntes
Dívida interna Dívida externa
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
 1 200 000
 1 250 000
 1 300 000
 1 350 000
 1 400 000
 1 450 000
 1 500 000
 1 550 000
 1 600 000
ja
n/
10
m
ar
/1
0
m
ai
/1
0
ju
l/1
0
se
t/
10
no
v/
10
ja
n/
11
m
ar
/1
1
m
ai
/1
1
ju
l/1
1
se
t/
11
no
v/
11
ja
n/
12
m
ar
/1
2
m
ai
/1
2
ju
l/1
2
se
t/
12
no
v/
12
Dívida líquida do setor público - em milhões 
correntes
Absoluto (%) PIB
 
 
Neste gráfico, a DLSP aumenta consideravelmente com relação ao ano 
anterior, atingindo seu pico em fevereiro de 2012. E se for levado em 
consideração somente a relação percentual ao PIB, estaríamos caindo em um 
engano de interpretação, já que essa diminuição porcentual foi suplantada pelo 
um maior crescimento do PIB. 
 
INDICADORES MONETÁRIOS 
 
Meios de pagamentos ampliados 
Segundo o BCB, o conceito amplo de meios de pagamentos definido com 
base no critério de seus sistemas emissores. O M2 corresponde ao M1 e às 
demais emissões de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno 
por instituições depositárias. O M3 é composto pelo M2, pelas quotas dos fundos 
de renda fixa e pelas carteiras de títulos registrados no Selic. O M4 engloba o 
M3 e os títulos públicos de alta liquidez. 
Meios de pagamento ampliados em R$ milhões 
correntes (Saldos em final de período) 
Período M1 M2 M3 M4 
jan/11 257 449 1 348 031 2 554 397 3 044 764 
fev/11 254 481 1 367 533 2 607 903 3 108 018 
mar/11 251 849 1 393 939 2 643 344 3 141 177 
abr/11 248 312 1 401 820 2 660 060 3 166 798 
mai/11 249 576 1 427 174 2 698 452 3 211 639 
jun/11 253 840 1 453 998 2 732 704 3 246 230 
jul/11 252 615 1 474 644 2 783 398 3 281 266 
ago/11 248 260 1 500 708 2 837 482 3 345 760 
set/11 255 033 1 531 092 2 880 181 3 381 726 
out/11 252 814 1 538 019 2 903 549 3 417 915 
nov/11 261 200 1 569 029 2 948 926 3 460 844 
dez/11 285 377 1 617 480 3 030 280 3 550 253 
jan/12 259 833 1 591 803 3 085 568 3 599 587 
fev/12 256 909 1 599 649 3 121 925 3 645 124 
mar/12 257 523 1 614 347 3 187 247 3 719 362 
abr/12 258 845 1 610 857 3 220 247 3 751 980 
mai/12 259 530 1 637 111 3 254 940 3 805 677 
jun/12 265 317 1 660 340 3 292 410 3 839 123 
jul/12 265 536 1 668 505 3 344 253 3 888 410 
ago/12 267 209 1 685 549 3 394 806 3 945 335 
set/12 274 835 1 702 277 3 421 891 3 975 576 
out/12 273 299 1 707 092 3 466 552 4 045 885 
nov/12 287 577 1 724 123 3 504 430 4 068 986 
dez/12 324 483 1 764 049 3 518 467 4 103 137 
Fonte: Banco Central 
 
 
 
 
Fonte: Banco Central 
 
Depósitos compulsório (%) 
Ao longo de 2011 – 43%; 
A partir de julho de 2012 – 44%. 
 
INDICADORES DE CRÉDITO 
 
Carteira de crédito 
Segundo o BCB, o saldo em final de período das operações de crédito 
contratadas no Sistema Financeiro Nacional, inclui operações contratadas no 
segmento de crédito livre e no segmento de crédito direcionado. 
 
Fonte: Banco Central 
1,3
1,32
1,34
1,36
1,38
1,4
1,42
0
500.000
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2.500.000
3.000.000
3.500.000
4.000.000
4.500.000
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Política monetária - em milhões correntes
Meios de pagamento amplos Base Monetária Ampliada Multiplicador monetário
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
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Saldo da carteira de crédito em relação ao PIB - %
 
 
 
Taxas de juros de operações de crédito 
Segundo o BCB, essas taxas de juros representam o custo efetivo médio 
das operações de crédito para os clientes, composto pelas taxas de juros 
efetivamente praticadas pelas instituições financeiras em suas operações de 
crédito, acrescidas dos encargos fiscais e operacionais incidentes sobre as 
operações. 
 
Fonte: Banco Central 
 
Spread das operações de crédito 
Segundo o BCB é a diferença entre a taxa média de juros das novas 
operações de crédito livre contratadas no período de referência e o custo de 
captação referencial médio. 
 
Fonte: Banco Central 
 
13
14
15
16
17
18
19
20
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ar
/1
1
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de
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12
Spread médio das operações de crédito - p.p.
1,5
1,7
1,9
2,1
2,3
2,5
m
ar
/1
1
ab
r/
11
m
ai
/1
1
ju
n/
11
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de
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12
Taxa média mensal de juros das operações de crédito - % 
a.m.
 
 
CONTAS EXTERNAS 
 
Balança comercial 
A balança comercial compreende a diferença entre exportações e 
importações de uma economia. 
 
Fonte: Banco Central 
 
Reservas internacionais 
As reservas internacionais são os depósitos em moeda estrangeira dos 
bancos centrais e autoridades monetárias. 
 
Fonte: Banco Central 
 
-5.000.000.000
0
5.000.000.000
10.000.000.000
15.000.000.000
20.000.000.000
25.000.000.000
30.000.000.000
ja
n/
11
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11
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Balança comercial - US$
Exportações - US$ Importações - US$ Saldo - US$
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
ja
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12
Reservas internacionais - US$ (milhões)
 
 
Taxa de câmbio 
A taxa de câmbio é uma relação entre moedas de dois países que resulta 
no preço de uma delas medido em relação à outra. 
 
Fonte: Banco Central 
 
PRINCIPAIS MEDIDAS DE POLÍTICA ECONÔMICA DE CURTO PRAZO 
(FISCAL E MONETÁRIA) 
 
O Governo Dilma iniciou com resultados positivos que vinha obtendo da 
recuperação da crise mundial de 2008 passada na gestão do governo Lula, o 
que justifica no seu primeiro mandato a desaceleração do crescimento 
econômico. A nova matriz macroeconômica mostrou uma nova visãopara 
direcionar ao crescimento econômico, considerando o controle de preços e 
controle cambial, subsídios, maior tolerância com a inflação, diferente do tripé 
macroeconômico (meta de inflação e fiscal para superávit primário e regime de 
câmbio flutuante). 
Há várias vertentes sobre as causas da desaceleração do crescimento 
durante o governo Dilma. Para os novo-desenvolvimentismo a política fiscal 
expansionista em conjunto com o gasto público excessivo contribuiu tanto no 
governo Lula quanto no governo Dilma, além da política fiscal considera a 
estrutura produtiva, baseado no aumento da taxa de juros e depreciação da taxa 
real do câmbio, ao qual se viu a necessidade de um ajuste fiscal. 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
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Índice da taxa de câmbio efetiva real (IPCA) -
Jun/1994=100
 
 
Já os heterodoxos a mudança do crescimento pela demanda foi um dos 
motivos da desaceleração econômica, em conjunto com a sobrevalorização 
cambial influenciando a atividade doméstica. Os incentivos fiscais e subsídios 
agregaram o aumento dos gastos sociais e investimentos, ao qual se via a 
necessidade de contração fiscal e monetária para o ajustamento. 
Os resultados que se mostram durante o governo Dilma apresentou um 
baixo crescimento, alta inflação, taxa de câmbio depreciada, incentivo ao crédito 
dos bancos públicos, redução de IPI, impostos para o consumidor, subsídio ao 
crédito e outras ações que o governo fazia intervenção para incentivar o 
consumo e investimento. Porém essas ações provocaram alguns erros ao qual 
gerou um excessivo gasto público, pouco crescimento e impactos na política 
monetária, já que a inflação se manteve alta. 
Conforme resultado primário do setor público é o resultado da 
arrecadação primária descontado as despesas primárias, no qual depende da 
arrecadação para saldar a receita federal composta por receita administrativa, 
previdenciária e outras. 
O gráfico abaixo apresenta os dados históricos, focamos no período do 
Governo Dilma que vem tendo queda constante até 2013 com saldo positivo, 
após este período houve déficit público. 
 
Gráfico – Resultado Primário do Setor Público 
 
 
 
 
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) financiado pelo recurso 
primário federal houve aumento no período de 2011 a 2014 conforme as regras 
estabelecidas em 2005. 
Gráfico – Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) despesas primárias federais (% 
PIB) 
 
 O investimento apresentou queda ao âmbito do investimento do governo 
federal para favorecer o investimento privado, o intuito era expandir o setor 
industrial que se mantinha estagnado desde 2009, em conjunto com a queda de 
arrecadação fiscal, subsídios e incentivos fiscais. 
 
Arrecadação Federal e as Desonerações 
 Após a crise de 2009 houve mudança na arrecadação federal dos 
impostos e as contribuições decorrentes à queda da participação da indústria no 
PIB. Sendo assim, a queda do IPI, redução do spread bancário, redução do 
preço de energia, controle da inflação e valorização cambial foram os meios para 
aquecer a indústria como meio de recuperar o crescimento econômico. Os dados 
do gráfico abaixo mostram a queda de arrecadação da receita federal na 
tentativa de aquecer a indústria, mas não obteve grande sucesso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela – Impactos anuais das desonerações instituídas entre 2011 a 2014 (R$ bilhões) 
 
 No Governo Dilma o resultado primário se mostrou em déficit, mesmo com 
a tentativa de estimular a indústria e o aumento dos gastos públicos em conjunto 
aos demais fatores apresentados anteriormente a receita federal se mostrou 
inferior ao quanto o governo havia de despesa, acarretando ao déficit público 
apresentado até a data de hoje. 
 
Tabela – Taxa média real de crescimento por períodos selecionados 
 
 A dívida do governo federal a cada ano aumentava, o que impactou em 
2015 o aumento do saldo de pagamento de juros, aumento do dólar e o 
 
 
descontrole dos gastos públicos que já estavam abarrotados, chegando a atingir 
em 2016 70% do PIB conforme mostra o gráfico abaixo. 
Gráfico – Dívida líquida Setor Público e Dívida Bruta Governo Geral (% PIB) 
 
 
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior 2011 e 2012. 
 
A política industrial para os quatro anos do mandato de Dilma Roussef foi 
formulada no Plano Brasil Maior, em agosto de 2011. Sabendo da importância 
da indústria para o desenvolvimento e para a elevação da renda no país, o Plano 
Brasil Maior deu continuidade às políticas desenvolvimentistas do ex-presidente 
Lula. Este plano foi estruturado em três eixos: redução dos custos dos fatores de 
produção e oferta de crédito para investimentos, fortalecer as cadeias produtivas 
com desenvolvimento tecnológico e qualificação da mão de obra, e por fim, 
defender o mercado interno e promover as exportações. 
A primeira medida de política industrial posta em prática pelo governo, foi 
a desoneração da folha de pagamento, que iniciará já em 2011. Visando reduzir 
os custos da mão de obra, foi instituído a eliminação da contribuição patronal de 
20% sobre a folha de pagamento para 56 setores da indústria, serviços e 
comércio varejista. O critério de seleção dos setores é a existência de problemas 
de competitividade, como os relacionados à valorização cambial e à 
concorrência com produtos importados. Devido a gradual expansão da medida 
e de manifestações de interesse por diversos seguimentos produtivos em aderir 
a nova sistemática, tornou-se permanente a desoneração da folha de pagamento 
com a MP 651, de 09/07/2014. 
 
 
 Outra medida para redução dos custos foi a ampliação do Simples 
Nacional, que é um regime especial de tributos e contribuições unificando o 
recolhimento de seis tributos federais, um estadual e um municipal, e está em 
vigor desde 2007. A Lei Complementar nº 139, promulgada em novembro de 
2011, ampliou o limite anual de faturamento em 50%, e o teto da receita passou 
de R$ 24 milhões para R$ 36 milhões. E em janeiro de 2012, ampliou o limite de 
faturamento do Programa de Microempreendedor Individual para até R$ 60 
milhões, incluindo também entre as suas vantagens a isenção de taxas para 
registro da empresa, a simplificação de tributos, as facilidades creditícias, a 
redução da burocracia e permitiu que as receitas de até R$ 3,6 milhões de 
produtos exportados fossem excluídas para fins de enquadramento. 
 E a desoneração dos investimentos, foi mais uma das medidas para 
garantir a diminuição dos custos das empresas, com a redução de tributos 
incidentes sobre investimentos produtivos. 
“A desoneração generalizada dos tributos federais sobre os bens de 
investimento permitiu, desde julho de 2012, limitar os custos da 
tributação de máquinas e equipamentos aos decorrentes do prazo de 
48 meses referente à devolução do crédito estadual de ICMS (Imposto 
22 sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), no caso das 
empresas não beneficiárias do Simples Nacional. Dessa maneira, foi 
possível reduzir o custo do investimento em capital fixo, estimulando 
novos negócios fundamentais para o desenvolvimento do país. ” (ABDI, 
2014, pg. 21) 
Para favorecer a expansão da capacidade produtiva, a ampliação da 
abrangência e do orçamento do Novo Programa de Sustentação do Investimento 
(PSI) e Programas Setoriais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico 
e Social (BNDES), ofertaram condições excepcionalmente favoráveis de 
financiamento dos investimentos, comempréstimos de baixo custo associados 
às prioridades de política pública e no fomento setorial como estratégia para 
alavancar o crescimento. 
 
 
 
Fonte: BNDS 
Produção: Própria equipe. 
 
 No que se refere ao fomento da escala e especialização das cadeias 
produtivas, com inovação tecnológica e qualificação profissional. No segundo 
ano de mandato da Presidente Dilma, visando o desenvolvimento do setor 
automotivo brasileiro, o governo federal lançou o Programa Inovar Auto que 
incentiva a inovação da cadeia produtiva de veículos automotores, concedendo 
direitos a incentivos e benefícios fiscais as empresas participantes e 
condicionando ao programa percentuais mínimos de investimento em P&D 
(Pesquisa e Desenvolvimento) e dispêndios em engenharia, Tecnologia 
Industrial Básica (TIB) e capacitação de fornecedores, feito pelas empresas. 
Outro programa que foi estendido no âmbito do Plano Brasil Maior, foi o 
PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de 
Semicondutores. Que além da redução a 0% da alíquota de tributos federais nas 
aquisições de componentes e máquinas no mercado interno e nas importações 
de componentes para ativo fixo da indústria, até 22 de janeiro de 2022. O 
governo, em setembro de 2012, passou a incluir fornecedores de insumos 
estratégicos para a produção de semicondutores e Displays (telas de LCD, LED, 
etc.) 
77.132
25.180
13.583 16.401
37.559
75.872
27.312
15.571 17.256
32.165
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
90.000
Sistemas de
Mecânica, Eletrônica
e Saúde
Sistemas Intensivos
em escala
Sistemas Intensivo
em Trabalho
Sistemas do
Agronegócio
Comércio, Logística e
Serviços Produtivos
Desembolsos do BNDS para os Sistemas Produtivos 
do PBM (R$ milhões)
2011 2012
 
 
Com objetivo de modernizar os serviços de telecomunicações, o governo 
federal institui em setembro de 2012, o Regime Especial de Tributação do 
Programa Nacional de Banda Larga (REPNBL), oferecendo as empresas de 
telecomunicações que tiverem projetos para modernizar suas redes, o benefício 
da desoneração de impostos federais sobre máquinas, equipamentos, material 
de construção e mão de obra utilizados na implementação desses projetos. 
Também em setembro de 2012, foi implementado o Regime Especial de 
Incentivo a Computadores para Uso Educacional (Reicomp), que beneficia os 
fabricantes de computadores habilitados no Prouca - Programa Um Computador 
por Aluno, com isenção de cobrança de IPI, PIS/Pasep-Cofins, II e CIDE dos 
fabricantes de computadores portáteis, tanto na aquisição de matérias-primas e 
produtos intermediários quanto na comercialização. Com o objetivo de estimular 
o uso da informática como instrumento de aprendizagem, promovendo inclusão 
digital nas escolas públicas. 
E o RETID – Regime Industrial Tributário para a Industria de Defesa foi 
criado pela Lei nº 12.598, de 21 de março de 2012, que institui regras especiais 
para a compra e a contratação de produtos e sistemas de defesa no país. Entre 
seus benefícios está a suspensão do IPI e PIS/Cofins nas vendas internas para 
as empresas contempladas. 
Com vistas a ampliar o suporte à inovação e à competitividade da indústria 
brasileira, o Plano Brasil Maior investiu em modernização e inovação nos 
institutos: Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, e 
o INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial, esperando com seus 
esforços reduzir o tempo de concessão de pedidos de marcas e patentes, o que 
terá efeitos positivos sobre a inovação, a produtividade e o crescimento. 
Com essas medidas adotadas no Plano Brasil Maior, os dois primeiros 
anos do mandato da presidente Dilma Rousseff, tiveram taxas de investimento 
de 20,6 em 2011 e 20,2 em 2012. 
As políticas de comércio exterior foram protecionistas no governo Dilma. 
Incluem a concessão de isenções tributárias e crédito para estimular as 
exportações brasileiras, a facilitação de acesso a mecanismos públicos de 
financiamento, medidas de redução de custos administrativos e ações de defesa 
voltadas contra práticas desleais e ilegais de importações. 
 
 
Com o objetivo de incentivar exportadores a comercializarem não só a 
matéria bruta, mas também produtos derivados, motivando-os a investir em 
inovação e a empregar mais funcionários. O governo federal instituiu em 
dezembro de 2012 o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários 
para as Empresas Exportadoras (Reintegra), que concede a devolução de até 
3% das exportações. Essa medida foi renovada ao longo do mandato. 
Em agosto de 2012, foi criado sob a forma de sociedade anônima, a 
empresa pública denominada Agência Brasileira Gestora de Fundos 
Garantidores e Garantias (ABGF), que tem por objetivo facilitar o acesso ao 
financiamento das exportações brasileiras, facilitando e agilizando a concessão 
de garantias. 
“Sob sua administração, funcionarão fundos dedicados a garantir 
operações de comércio exterior ou projetos de infraestrutura de grande 
vulto, denominados, respectivamente, Fundo para Financiamento de 
Infraestrutura (FGIE) e Fundo para Comércio Exterior (FGCE). A União 
fica autorizada a participar como cotista de FGIE com limite R$ 11 
bilhões para cobertura de riscos relacionados a projetos de 
infraestrutura, construção naval, aviação civil, PPPs (Parcerias Público 
Privadas) e à realização dos grandes eventos esportivos; e como 
cotista do FGCE com limite de R$ 14 milhões para garantir risco 
comercial (inclusive para Micro, Pequenas e Médias Empresas - 
MPMEs), político, extraordinário e de descumprimento de obrigações 
em operações de comércio exterior. “ (ABDI, 2014, pg. 48) 
Afim de fortalecer a indústria nacional de bens de capital e de informática, 
o Governo Federal deu continuidade, porém estabeleceu novo procedimento ao 
programa Ex-tarifários. Esse procedimento consiste na redução temporária do 
Imposto de Importação para 0% ou 2%, sob importação de máquinas e 
equipamentos sem produção similar no Brasil. 
 Apesar de todas essas medidas adotadas no Plano Brasil Maior, para 
proteger e aumentar as exportações, é possível observar na tabela abaixo que 
o nível de exportações não teve aumentos significativos em resultado do PBM. 
Série histórica do Balanço de Pagamentos (US$ milhões) 
Discriminação 2011 2012 
 I II III IV I II III IV 
Transações correntes - 19 315 - 15 983 - 19 996 - 21 738 - 16 119 - 19 145 - 15 519 - 23 435 
 Balança comercial 2 560 9 229 9 597 6 238 1 916 4 122 8 140 3 242 
 Exportações 51 054 66 928 71 586 65 938 54 978 62 064 63 304 61 938 
 Importações 48 494 57 699 61 989 59 700 53 062 57 942 55 164 58 696 
Fonte: IBGE 
 
 
 
 
Fonte: IBGE 
Produção: Própria Equipe 
 
POLÍTICAS SOCIAIS E DE RENDA 2011 E 2012. 
 
 No que se refere as políticas sociais e de renda, a ex-presidente Dilma 
Rousseff também, deu continuidade ao modelo do ex-presidente Lula. 
Programas para a erradicação da miséria no Brasil e a elevação do País como 
referência no investimento para educação e esportes marcaram os dois 
primeiros anos de seu mandato. 
A presidenta Dilma criou o Brasil Sem Miséria, que trouxe avanços ao 
Programa Bolsa Família. Um plano que ataca a pobreza extrema em três eixos: 
garantia de renda, acesso a serviços e inclusão produtiva. O governo federal 
ainda avançou em políticas sociais ampliando o subsídio do programa Minha 
Casa Minha Vida, que chegou a 96% do imóvel, com isso até 2012 mais de 970 
mil moradias entregues. 
Foram repassados R$186,3 milhões a 2,16 milhões de famílias, no 
Programa Brasil Carinhoso que destina recursos aos alunos de zero a 48 meses, 
matriculados em creches públicas ou conveniadascom o poder público, cujas 
2 560 
9 229 9 597 
6 238 
1 916 
4 122 
8 140 
3 242 
-
 2 000
 4 000
 6 000
 8 000
 10 000
 12 000
I II III IV I II III IV
2011 2012
Balança Comercial 2011 e 2012 (US$ milhões) 
 
 
famílias sejam beneficiárias do Programa Bolsa Família. Segundo o Ministério 
da Educação, este programa retirou 2,8 milhões de crianças de até seis anos de 
idade da extrema pobreza em 2012. Também deram continuidade aos repasses 
ao programa Bolsa Família, que em 2012 garantiu a frequência escolar de 96,7% 
das 15,1 milhões de crianças e jovens beneficiários do programa. A educação 
profissional ganhou destaque com a criação do Programa Nacional de Acesso 
ao Ensino Técnico e Emprego que garantiu mais 2,5 milhões de vagas em 2012, 
para jovens e trabalhadores em cursos profissionalizantes. E deu continuidade 
aos programas Ciências sem Fronteiras e Mais Educação. 
Reduziu a tarifa energética em média a 20% e também reduziu a taxa de 
juros cobrada pelo crédito ás famílias, afim de incentivar o consumo e aumentar 
o nível de emprego e investimento no país. Até outubro de 2012, foram criados 
1,7 milhão de postos de trabalho e o Brasil atingiu o menor nível de desemprego 
da história. 
No que se refere a infraestrutura, a modernização dos aeroportos ganha 
destaque com investimentos que em 2012 ultrapassavam R$ 7 bilhões. E 38,5% 
das obras e ações de grande complexidade do PAC2 foram concluídas, um 
investimento de R$272,7 bilhões executados em 2011 e 2012. E devido a copa 
do mundo de 2014, sediada no Brasil, dois novos estádios foram inaugurados 
em 2012. 
 
 
 
 
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