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A ENGENHARIA NO BRASIL

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A ENGENHARIA NO BRASIL
“Antes que alcançasse o desenvolvimento que tem hoje, foi preciso que a engenharia civil percorresse um longo trajeto de seis mil anos desde que o homem deixou as cavernas e começou a pensar numa moradia mais segura e confortável. Já os templos, os palácios e os canais, que foram marca registrada na Antiguidade, começaram a fazer parte da paisagem cerca de dois mil anos depois do aparecimento das primeiras habitações familiares” (RIELI, 2012).
Desde o início do período colonial se vê surgir o início da engenharia no Brasil, quando os oficiais portugueses chegaram ao Brasil, a partir de 1549, para a montagem de uma infraestrutura para a colonização. Eles eram padres da Companhia de Jesus que desempenhavam ofícios como pedreiros, ferreiros, torneiros, carpinteiros ou mesmo construtores navais e cirurgiões. 
	Em 1792 ainda no período colonial, foi criada a Real Academia de Artilharia, fortificação e desenho, que formava oficiais engenheiros. Logo após a chegada da família real portuguesa ao Brasil a academia passou por sucessivas transformações dando origem a Escola Militar em 1839 que hoje é o atual Instituto Militar de Engenharia (IME) e a Escola central.·.
Na década de 1870 teve um grande aumento na economia com o café se estabelecendo como o principal produto de exportação e isso exigia medidas melhores para o escoamento do café e foi a partir daí que começou a implantação de uma rede ferroviária no país, surge então, à necessidade de novos profissionais de engenharia. A Escola Central deu origem a UFRJ que passa a formar engenheiros para as carreiras civis, desvinculando-se então da sua origem militar.
Á engenharia civil, mecânica, química e industrial (ou de produção) são as primeiras a emergirem na sociedade. Cada modalidade, por sua vez, reflete as especificidades de uma certa categoria de problemas, cuja solução está em um dado campo do conhecimento.
A engenharia civil se desenvolveu gradativamente no país, alcançando grande popularidade. Durante o governo Vargas, o Brasil era considerado um dos especialistas na tecnologia do concreto armado. Na época da ditadura militar, entretanto, houve uma considerável retração no setor da construção. Os preços das pequenas moradias tornaram-se muito altos, levando a um aumento forçado na construção de prédios.
A Engenharia Civil ganhou estudos mais sistematizados e as cidades passaram a crescer vertiginosamente, numa velocidade nunca antes registrada. Vieram os altos edifícios, as pontes quilométricas, o sistema de saneamento básico, as estradas pavimentadas e o metrô. Para construir obras tão distintas, o engenheiro precisou adquirir conhecimento profundo em pelo menos cinco grandes áreas: estruturas, estradas e transportes, hidráulicos e saneamento, geotécnica, materiais e construção civil. São essas modalidades que hoje compõem a base dos currículos das escolas de Engenharia Civil. 
ERROS DA ENGENHARIA X BOM ENGENHEIRO.
Os engenheiros são os principais atores envolvidos diretamente na pesquisa, na concepção e no desenvolvimento de cada produto que se lança no mercado, de cada edifício que se constrói nas cidades, de cada ponte, de cada estrada, de cada rua onde as pessoas passeiam a pé ou em seus automóveis. Engenharia forma profissionais responsáveis juridicamente por um projeto, ou parte dele, do início ao término. Por ser um profissional, a princípio generalista, ele é plenamente adaptável em diversas áreas e campos de trabalho.
Gerenciar, planejar, analisar e executar projetos que visam o bem-estar da sociedade e a proteção do meio ambiente são algumas das habilidades de um engenheiro civil.
Para obter sucesso profissional, o Engenheiro Civil necessita pensar e buscar soluções criativas e econômicas para os mais diversos problemas da sociedade, baseando-se em critérios de sustentabilidade e otimização de recursos; atento aos reflexos sociais e ambientais dos seus atos e, nesse contexto, encontrar soluções que sejam adequadas no âmbito político, social, econômico e ecológico.
Apesar de ser uma ciência exata, a engenharia é suscetível a desastres causados por erros humanos. Planejamento e estudos detalhados fazem parte do trabalho de um engenheiro. Mas engana-se quem pensa que mesmo assim erros de engenharia não acontecem. E muitos deles são fatais. Como por exemplo:
Ponte de Tacoma (Washington) — Esta ponte de 853 metros de comprimento foi inaugurada em 1940, mas ficou famosa depois de entrar em colapso. Acredita-se que o incidente tenha sido causado pelos fortes ventos que atingiram a região. Felizmente, apenas uma morte foi registrada: um cachorro
Desastre do Dirigível R101 — O R101 partiu do Reino Unido para Karachi, no atual Paquistão, com 54 passageiros e tripulantes a bordo. No entanto, devido a uma série de fortes rajadas de vento, o revestimento externo do dirigível rasgou, expondo o saco de gás dentro. Um incêndio tomou conta da aeronave, matando 46 pessoas
Desastre da barragem de St. Francis (Los Angeles) — Cerca de 12,5 bilhões de litros de água inundaram a região de Santa Clarita Valley no dia 12 de março de 1928, depois que uma barragem quebrou horas após um engenheiro inspecionar o local. 420 pessoas morreram na ocasião — inclusive 42 crianças.
O desastre nuclear das usinas de Chernobyl, localizado na Ucrânia, talvez seja um dos mais conhecidos do mundo. No dia 26 de abril de 1986, o reator da usina explodiu matando cerca de 4 mil pessoas devido à alta radiação. O acidente aconteceu devido à falta de manutenção preventiva nos equipamentos.
Torre de Pisa: Este é um dos erros mais charmosos do mundo. Quando foi construída, em 1173, na Itália, devido a uma falha, sua base começou a se inclinar. Muitas tentativas para concertar foram feitas, mas uma obra de restauração em 1838 atingiu o lençol freático do local e inundou a base da construção. Mesmo o ditador fascista Mussolini ordenando para que fosse aplicado cimento para endireitar o monumento, nada pôde ser feito, e a Torre de Pisa é sem dúvidas umas das construções mais famosas do mundo.
 	Por isso um bom profissional para evitar erros, precisa ser uma pessoa com capacidades multidisciplinares, bem como a capacidade de trabalhar com os outros, e continuamente se adaptar a novos desafios. Boas habilidades técnicas são, naturalmente, também essenciais. A falta de conhecimento e a negligência podem trazer danos irreparáveis, portanto, deve-se sempre investir mais para que coisas assim não se repitam.
Um bom engenheiro deve focar em ter as habilidades técnicas necessárias e capacidade para executar todas as etapas de seu trabalho. Enquanto um curso de engenharia irá fornecer a base deste conhecimento, como a tecnologia está em constante avanço um engenheiro deve continuar a aprender ao longo da sua carreira, com cursos extracurriculares de engenharia, participação em congressos e feiras na sua área, acompanhamento de publicações na área, e todas as formas possíveis para expandir seu conhecimento.

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